The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world


Capítulo 39
Coração confuso




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Eu estava verdadeiramente confusa. Se Steve não tencionava ter nada comigo porque me beijara? E porque é que quando o beijava o sentimento era muito mais forte do que quando beijava Nathan? Eu não sabia o que se passava comigo.

- Então isto foi para quê?- perguntei com toda a minha confusão

- Isto foi um impulso...um impulso que não devia ter acontecido...não to posso negar, és uma das minhas melhores alunas, se é que te posso chamar aluna e desde o dia em que te vi entrar no autocarro que o meu coração está colado a ti. Não sei o que se passa comigo e tenho medo de saber.- Steve virou-se de costas para mim e falou.

- Mas Steve!

- Não, por favor não Kath. Não vale a pena continuar, isto não podia ter acontecido, jamais.

- Mas, e agora?- perguntei ainda mais confusa

- Agora levo-te a casa e depois não acontece nada. - depois de algum silêncio virou-se bruscamente para mim e abraçou-me com força.- Só quero que saibas que eu te amo, independentemente daquilo que as leis mo permitem e que se eu pudesse faria-te a mulher mais feliz de todo o planeta. Agora, não dá para fazer mais nada...-suspirou quando me libertou do abraço

-Já mais esquecerei algo como isso...- falei meio em choque

- Anda, vamos voltar. Eu deixo-te em casa.

- Eu vou ficar mais um tempo...podes ir indo, eu não vou longe...- respondi séria

- De certeza? 

- Absoluta.

- Liga-me assim que chegares a casa. Não quero que me preocupes e continuo a ser o teu superior e protector. - ele disse agora com um tom mais autoritário

- Não se preocupe Jameson, eu sei cuidar de mim. Mas farei isso tal como o senhor disse.- respondi séria.

- Agradeço. Vemo-nos nas aulas.

Virei-lhe as costas e olhei para a pequena lagoa que cintilava com a luz do sol.

«Não quero que me preocupes...» «se eu pudesse faria-te a mulher mais feliz de todo o planeta.» pensei.- Uma ova!- falei em voz alta.

- Está tudo bem, menina?- uma idosa que estava a passar mostrou-se preocupada.

- Não...mas vai ficar...obrigado, foi amável de sua parte ter perguntado.- respondi amigavelmente e com o meu sorriso habitual nos lábios.

- Pense que por mais que as tempestades existam nunca duram para sempre. A vida também é assim, choramos mas não o fazemos para toda a nossa vida. Você ainda é jovem, tudo vai passar. Tudo passa.- a senhora disse com um ar acolhedor.

- Obrigado. Era disso que estava a precisar....

- Pense num amigo e peça para o abraçar. Os abraços também curam feridas...- ela disse com um sorriso e continuou o seu caminho.

Custava a querer mas na verdade ela tinha razão. Eu tinha a certeza de que se regressa-se a casa, Thomas estaria lá de braços abertos para me abraçar e com todo o tempo para me ouvir e acalmar. Ele era aquilo que eu tinha de mais próximo de um amigo.

Olhei uma última vez para o lago e decidi procurar uma cabine telefónica. 

- Sim?- Thomas respondeu assim que o telefone lhe deu os primeiros toques.

- Thomas, sou eu...- respondi cansada e quase em lágrimas.

- Desculpa, não estou a conhecer-te, o teu nome?

- A Katherine...anda buscar-me por favor!- supliquei

- Ai meu Deus, desculpa, desculpa, desculpa e desculpa eu não estava a reconhecer a tua voz. O que se passou? Onde estás?

- No parque...aquele parque que tu me mostras-te.

- O nome é....?

- Ah sei lá, não tive tempo de ler...

- Okay, fica do lado da escola ou do lado oposto' Acalma-te por favor...

- Do lado oposto.- eu estava a esforçar-me para não me libertar em lágrimas

- Não saias daí, eu vou já a caminho!- foi a última coisa que ouvi dele.

Coloquei o auscultador novamente no seu lugar e deixei-me escorregar pelo poste abaixo. Estava um dia totalmente lindo mas havia sinais de nuvens e não tardava nada ia começar a chover.

Devo ter ficado cerca de meia hora á espera que Tom chegasse mas nada. Ele não vinha e eu decidi ir andando. Estava quase a sair do parque quando começa a chover e o carro do Tom aparece bem na minha frente.

- Entra!- ele saiu do carro e fez uma breve corrida até onde eu estava.- O que se passou, pequena?

-Leva-me para casa...- pedi em lágrimas e encharcada.

- Anda...- Thomas abraçou-me até ao carro.- Pelo caminho explicas o que aconteceu...

Fechou a porta do carro, que entretanto tinha aberto, e contornou a sua frente (do carro) até ao seu lugar.

- Thomas....- comecei a falar.

-Kath, eu pedi para explicares. Mas se não quiseres eu compreendo...juro que compreendo.- ele disse enquanto colocava a mão dele sobre a minha e me olhava com um olhar que apenas um irmão poderia me oferecer.

- Obrigado Tom, mas eu preciso de falar...

- Okay, falamos em casa, então. Pode ser?

- Podemos ir comer qualquer coisa? Estou esfomeada!- exclamei e isso fez-nos rir.

- Vamos a um sítio especial.- ele sorriu.- Tenho a certeza que vais gostar. 

Sorri de volta e centrei-me em algo que não me fizesse chorar nem me lembrar de nada daquela manhã.

Assim que chegamos ao lugar onde o Thomas me "ia dar de comer" um moço apareceu  e mostrou-se muito útil, levando-nos até uma mesa para dois. E assim que fomos servidos eu contei-lhe tudo. Desde a figura de Nathan ao lado de Filipa até ao acontecimento com Steve e ele mostrou-se completamente á vontade com o assunto.

- Mas, tu afinal gostas do Nathan ou do Jameson?- perguntou assim que terminei de contar a história toda.

- Esse é um problema...- suspirei

- O quê? Tu não sabes?- ele mostrou-se surpreso.

- Não...eu gosto dos dois, assim como gosto de ti. Acho que são amigos e que o meu coração me anda a pregar partidas...

- Não digas isso, sempre foste uma rapariga decidida, acabarás por te decidires, eu tenho a certeza de que sim...

- Tom, o problema não é esse...olha pelo meu ponto de vista: se optar por Nathan, o meu amor nunca será correspondido, mas se optar por Steve o amor é correspondido, porém...

- A carreira militar não deixa que a segunda hipótese aconteça..- Tom completou o meu racocínio.- Eu sei disso, mas não podem contornar isso? Tornar as vossas vidas demasiado agitadas? Sair das normas e do normal? È nisso que o amor age, é nessas maluqueiras que acabam por nos saber bem no nosso interior...- continuou com um brilho radiante e diferente nos olhos.

- Tu estás apaixonado?- perguntei totalmente fora do contexto.

- Não, mas já estive e sei bem aquilo que senti...Não deixes que a tua vida seja afectada por um sentimento...junta-os a todos e sê feliz.

- Não sei se consigo...

- Fazemos assim...vamos ao cinema depois do almoço, tu escolhes o filme e vemos se essa carinha volta a ter o brilho natural. Pode ser?

- Isso foi totalmente fora do assunto!- sorri

- Mas ao menos esses lábios mostraram aquilo que eu queria ver...Aceitas o meu convite, ou não?

- Aceito, é o mínimo que eu posso fazer depois de estares a ser um querido comigo...- falei sentimentalmente

- Mas eu não quero a companhia desta rapariga sentimental, eu quero a Katherine.! Aceitas o desafio?

-Desafio aceite...- respondi com um sorriso ainda maior

- Agora, vamos voltar para casa...tenho de tomar um duche antes de irmos ao cinema, ou queres comer mais alguma coisa?

- Não, vamos voltar...- peguei no meu telemóvel e levantei-me.

- Fica á minha espera, já vou.- Tom avisou enquanto se dirigia ao balcão para pagar.

Saí da sala e encostei-me ao carro. Não demorou muito até que uma mão se apoderasse do meu braço e assim que me virei dei de caras com o Nathan. Ia falar, mas ele impediu-me.

- Precisamos de falar.- foi o que disse depressa mas claramente


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