The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world


Capítulo 38
Nascimento de Romance


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu sei que me tenho estado a "baldar" mas acho que este capítulo ficou muito bom.
A inspiração veio de Within Temptation (Destroyed- 2008), espero que o achem tão bom como eu ^^



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"– Chegamos.- Tom disse com um grande sorriso e começou a sair do carro.- Não vens?"

- Acho que vou...só preciso de tempo para relembrar tudo isto.- menti com um sorrio amigável

- Oh deixa-te lá disso e anda, estamos todos á tua espera.

Bem, decidi sair do carro e entrar, afinal de contas o que perderia eu? Absolutamente nada.

- Kath, que bom ver-te querida. Como correu a viagem?- Nicole perguntou enquanto me abraçava bem apertado.

- Correu bem, obrigado. Não ouve muita turbulência e eu consegui divertir-me imenso durante estas duas semanas.- sorri

- Vá querida, depois falamos. O Nathan está lá em cima á tua espera.- ela respondeu com um ar bastante engraçado.

- Sendo assim não o vou fazer esperar...- respondi enquanto lhe dava mais um abraço.

- Força...- Tom sorriu idiotamente. 

- Posso?- perguntei depois de dar três toques na porta.

- Sim, claro que podes.- Nathan apresentou-se rapidamente ao meu lado com um dos seus maiores sorrisos, - Como foi a viagem?

- Boa.- respondi enquanto colocava as malas em cima da cama.- E tu? Como estives-te sem mim?- perguntei timidamente.

- Um pouco mais concentrado nos estudos...

- Isso é bom...acho...- eu estava confusa.

- Está tudo bem?

- Sim. Quer dizer, não sei, diz-me tu...

- Está tudo bem.

- Pronto, okay.

Um silêncio estranho e muito constrangedor permaneceu entre os dois e eu foquei-me na parede á minha frente apenas para ter um foco visual.

- Katherine?- Nathan perguntou de repente

- Diz, Nathan.

- Passou-se alguma coisa com o Jameson durante estas duas semanas?- ele perguntou um pouco envergonhado.

- Não se passou nada de mais Nathan. Tivemos treinos, assaltos, ele passou por duas mortes. Basicamente foram duas semanas bastante cansativas...- suspirei.- Não precisas de te preocupar Nathan. Eu ainda sei onde é o meu lugar na vida militar...

- Não era isso que eu queria dizer...eu queria dizer que eu não esqueci aquilo que se passou entre nós antes de tu teres viajado.

- E eu quero-te dizer que também não esqueci, mas queres saber? O melhor é esquecer-mos, eu sei que tu ainda amas a Filipa, e eu não estou preparada para ter algo com quem não sabe o que fazer de certos sentimentos.- fui mais fria do que aquilo que eu pretendia e rapidamente me arrependi.

- Kath, escuta por favor. Eu não esqueci a Filipa, confesso...tenho estado com ela durante este tempo e estamos a entrar numa espécie de acordo. A Filipa sabe que nós os dois já estivemos juntos...- Nathan disse um pouco desiludido.

- E o que é que eu tenho a ver com isso?

- Só pensei que aquela vez tinha sido especial para ti, assim como foi para mim...- Nathan respondeu triste e já a sair do meu quarto.

- Aquela vez foi só uma vez...- suspirei mentindo.

- Pois...parece que foi.- ele disse antes de desaparecer no corredor.

«O que foi que eu fiz?» pensei e as lágrimas preencheram o espaço onde supostamente deveria estar um brilho específico de alegria.

- O que se passou? O Nathan saiu a chorar e  não me quis dizer o que se passou.... Porque choras?- Thomas perguntou enquanto me abraçava forte.

- Sou uma idiota...só faço asneiras!...- falei no meio do choro.

- O que se passa?

- Eu e o Nathan tivemos uma coisa bastante pessoal e intimida antes de eu partir para Oxford. Agora, ele disse-me que tinha sido especial e eu respondi que tinha sido apenas uma vez...sinto-me tão arrependida....- chorei mas falei mais facilmente.

-E estás assim só por causa disso?- Tom falou mais amigavelmente do que nunca

- Não. Estou assim porque não entendo o que se passa com a porra do meu coração! Não entendo o porquê de ele me fazer ser tão fria e ao mesmo tempo tão arrependida e carinhosa... eu acho que estou farta desta confusão toda!

- Tem calma...Kath olha para mim por favor.- Tom levou a sua mão ao encontro da minha face e fez-me olhá-lo nos olhos.- Tu não tens culpa de nada. Eu sabia que algum dia ias rebentar, e ao que parece esse dia chegou. Tens de libertar essa dor que está aí dentro, sei lá, grita, berra, pratica boxe! Faz algo que te liberte, algo que te pareça familiar e um pouco mais normal...

- Queres saber Thomas? Tens toda a razão! Acho que vou correr.....

- Não queres comer alguma coisa antes de ires?

- Não, eu depois como qualquer coisa...- respondi enquanto me libertada do abraço e secava as lágrimas.- Agora eu vou até casa do Nathan, tenho de falar com ele...

- Acho que faz sentido...

- Por favor Thomas, vou mudar de roupa. Importas-te de sair?

- Claro que não. Não quero ver desgraças!- ele brincou

- Até parece que estou assim tão má!

- Não, nada disso. Estás perfeita minha boba.- respondeu antes de sair.

- Obrigadooo....

Assim que fiquei pronta desci e avisei Nicole de que ía sair. 

E assim que cheguei a casa do Nathan, uma sensação estranha apoderou-se de mim e senti o meu estômago ás voltas. Parte de mim não queria ir bater aquela porta mas a outra parte queria resolver o assunto, e era essa parte que falava mais alto.

- Bom dia menina, em que posso ajudar?- uma mulher muito parecida com Nathan apareceu assim que toquei á campainha.

- O meu nome é Katherine, sou militar, quer dizer, estou em inícios de carreira militar, será que posso falar com o Nathan?- perguntei educadamente.

- Claro que sim. Mas o meu filho fez alguma asneira?- ela perguntou quase em choque

- Não, nada disso. Eu sou uma amiga, ou pelo menos era até a alguns minutos atrás.

- Quer dizer que o meu filho chegou a casa num estado lastimável porque discutiu com uma amiga? Só mesmo aquele rapaz...

- Sim, mas a briga foi das feias e eu lamento o estado em que ele ficou. Eu disse muitas coisas que não devia ter dito, eu estava confusa, irritada da viagem e acho que acabei por descarregar nele. A maior parte do que disse não foi sentido e lamento...Mas ele está em casa?- perguntei sendo sinceramente triste.

- Sim, está na companhia de uma amiga também. Quer entrar?- a mulher perguntou com um sorriso amigável.

- Por acaso chama-se Filipa?- perguntei receosa

- Por acaso chama. Conhecem-se?

- Sim, somos colegas...olhe, foi adorável falar consigo, por favor diga ao Nathan que eu estive aqui, só isso.

- De certeza que não quer entrar?

- Sim...ele tem muito que conversar com essa amiga e não vou atrapalhar. Eu depois tento resolver as coisas...- disse triste e virei costas, pronta a desaparecer daquele terror, mas a voz de Filipa fez-me virar novamente.

- Katherine! Tenho uma óptima notícia para te dar, ía agora mesmo a tua casa mas já que aqui estás...podemos falar?- ela disse histérica

- O que se passa?

- Nathan e eu...bem a gente está a tentar algo...- ela disse assim que o Nathan apareceu á porta para ver com quem ela falava.

- Parabéns...- respondi com um sorriso nos lábios enquanto as lágrimas escorriam pela minha face e os meus olhos se focavam em Nathan-

- Está tudo bem?- ela perguntou 

- Claro que está, espero que sejas mais feliz do que antes.- respondi calmamente e depois virei costas.

- Falamos amanhã?- ela gritou

- Claro!- respondi.

Comecei  a correr até casa, que ainda ficava a uma longa distância e cada vez que a imagem de Filipa ao lado de Nathan me aparecia na cabeça eu corria com mais intensidade e as lágrimas escorriam a esse ritmo, já nem a dor tinha um ritmo normal de doer.

Quando passei á frente da escola militar Steve deve ter-me visto e começou a correr atrás de mim mas eu só parei do outro lado da cidade. Onde havia um parque com um laguinho no meio.

- Kath? Venho atrás de ti desde a escola.... o que se passa contigo?- ele perguntou preocupado assim que chegou á minha beira e me viu a chorar perdidamente sentada num dos bancos. 

- Sou uma idiota Steve! Uma idiota!- gritei enquanto as lágrimas teimavam em escorrer ferozmente dos meus olhos.

- Não és nada disso...o que se passa? Conta-me, podes sempre contar comigo...

- Conheces aquela idiota que  se sente apaixonada por um dos seus melhores amigos e que discute com ele? Aquela que depois se arrepende e vai até casa dele para se desculpar e resolver as coisas e encontra-o aos sorrisos com a sua melhor amiga? Essa idiota, parva e estúpida sou eu!

- Não digas asneiras. A rapariga idiota, parva e estúpida é esta que está aqui á minha frente. É esta desconhecida que não se dá valor nenhum. A Katherine que eu conheço é maravilhosa, contagiante, divertida...e sempre que sorri o seu brilho duplica e ela passa a brilhar mais do que o sol. Essa rapariga é aquela que se esconde quando esta parva quer aparecer. Não a escondas demasiadas vezes...

- Mas Steve, eu nem sabia que amava o Nathan! Ele era apenas um amigo...era assim que deveria continuar...- respondi ainda a chorar mas com menos intensidade.

- O amor não se sabe, quando se descobre é tarde de mais...

- Mas....

- Não há mas's no amor simplesmente é assim: ou acontece ou não acontece..- ele interrompeu-me - No teu caso, não sei. Se o amas luta, mostra aquilo que vales. És uma militar, não recebes as coisas de mão beijada...

-Lutas para as conquistar.- continuei, desta vez com um sorriso nos lábios.- Eu não vou lutar, porque tudo o que preciso não é ele.

- Então é o quê?

-És tu...- sorri- tu és aquilo que eu preciso para continuar em frente, olha a velocidade com que me acalmas-te.

- Mas...não estou a perceber....tu e eu somos amigos e profissionalmente companheiros.

- Estás a dizer-me que não sentes nada por mim? Nadinha mesmo?

- Aquilo que sinto não pode ser correspondido. Não porque amas o teu amigo mas sim porque a nossa vida militar não nos o deixa.

- Sempre tão direitinho até parece que...- fui calada pelos lábios dele que se colaram nos meus.

- Era disto que falavas?- ele perguntou quando nos separamos.- Era isto que querias? Que eu assumice que é isto que eu queria? Que desejo todas as noites que a Megan não volte a aparecer porque quem eu quero ao meu lado és tu? Que muitas vezes temia pelo meu filho, mas quando te via abraçada a ele em Oxford fiquei sem medo de to apresentar?Eu já amei e acabei por viver esse amor intensamente, e olha o resultado.

- Mas nós somos diferentes!- retaliei

- Somos diferentes mas acaba por ser igual! Não podemos de qualquer das formas!

- Então isto foi para quê?


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Notas finais do capítulo

Beijo minhas /meus lindas (os)



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