The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world


Capítulo 36
Vésperas de volta




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Steve seguiu em frente e ordenou-me que levasse o pequeno Steven para casa, assim fiz.

- O papá vai demorar muito?- perguntava de vez em quando.

- Não sei, mas deve estar a chegar.- respondia com um sorriso.

Algumas horas depois, Steve chegou, todo encharcado e tinha alguns cortes nos braços e tronco. Felizmente Steven já tinha adormecido a fazer festinhas ao cachorro.

- Não te preocupes, eu estou bem...Steven?- perguntou quando abri a boca para lhe perguntar o que se passara.

- Já dorme. O que foi aquele barulho?

- Mais um assalto, este foi diferente...- Steve disse com os olhos embaciados pelas lágrimas.

- Porquê?

- Porque aquele homem não devia ter morrido. Ele não merecia! Não merecia...- Steve afastou-se de mim, provavelmente não queria que eu o visse a chorar.

- Steve...?- virei-lhe o rosto para mim.- Não sei o que se passou mas, porque estás assim? O que aconteceu?

- È o seguinte...- Steve levou-me  a sentar ao seu lado.

- Fazemos assim, vou buscar a caixa de primeiros socorros, enquanto contas eu cuido desses ferimentos.

Subi rapidamente até ao meu quarto e com silêncio tirei aquela caixa pequenina que Steve tanto reclamara por a levar.

- Então, foi um assalto á casa do meu tio.- Ele começou a falar assim que me coloquei em posição para o ajudar.- Ele resistiu e o resultado foi ter levado um tiro no peito. Demorei porque tentei trazê-lo á vida mas a minha tentativa de  reanimação foi em vão. Que merda!- Steve foi falando vagarosamente enquanto eu lhe  desinfectava todas as feridas.

- Lamento...

- Eu também...Isto ainda demora? Preciso de descansar...

- Não, está quase.

Assim que terminei mandei-o ir dormir para o quarto, não o deixaria dormir no sofá no estado em que estava..

(.....)

Estas duas semanas tinham passado depressa. Era já no dia seguinte que eu regressaria com Steve aos Estados Unidos.  

Olhei a noite pela janela do meu quarto, as estrelas estavam brilhantes, imediatamente comecei a relembrar aqueles momentos que eu tinha com a minha mãe. Em pequena ela ficava várias noites a contar-me histórias ao luar.

- Tudo bem?- Steve perguntou da porta do quarto

- Sim.- respondi com um sorriso calmo e cansado.

- Portaste-te bem durante estas semanas. Tens uma boa prática de mãos, só tens de melhorar o teu centro de gravidade para manteres o equilíbrio.

- Não me vou esquecer disso.

- Não preferes ver a noite cara a cara?- ele perguntou ao meu lado, olhando para o mesmo céu que eu.

- Como assim?

- Anda comigo.

Steve levou-me até uma varanda que eu desconhecia naquela casa.

- Obrigado.

- Bem... eu queria falar contigo sobre outro assunto.- Steve sentou-se ao meu lado.

- Diz.- respondi séria e interessada

- Sobre a tua mãe. Eu estive a pensar, o teu tio não era idiota, não ía dizer ás pessoas todas as câmaras que tinha colocado. De certeza que colou mais, mas das de militar, aquelas invisíveis a pessoas comuns.

- O que queres dizer com isso?

- Quero dizer que ele pode ter filmado a sua morte, e se isso tiver acontecido a tua mãe pode estar safa. 

- Tás a falar sério?- perguntei animada

- Claro que sim...vamos aproveitar e fazer aquilo que eu te disse...

- Faço prova em campo..- concluí

Ele sorriu e levantou-se.

- Não te esqueças que amanhã tens de acordar cedo...- disse antes de entrar novamente.

Ele tinha razão, em tudo o que tinha dito. No dia seguinte estaríamos de volta. Ele tinha passado  muito naquela região, durante aquelas duas semanas tinha tido duas mortes: do seu tio logo na primeira semana e a do pai dele. Eu admirava a sua força, mas sentia que ele sofria.  

Depois, foi Nathan que me veio á cabeça, não falava com ele desde os primeiros dias em que eu tinha vindo para Oxford. Como estaria ele? Eu esperava que bem, mas também descobriria.

Agora estava tarde, eu tinha de dormir.


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