POV Anne

Kath chegou tarde e nem jantou nem nada, o que se teria passado? Levantei-me, uma vez mais, mais cedo do que ela e fui fazer a higiene matinal. Quando terminei de me arrumar (http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_40/set?id=59069734) fui para  a cozinha. Pelo jeito era a única acordada.

Comecei a fazer o pequeno almoço. A minha mãe tinha de trabalhar e se ainda tivesse de cozinhar iria com certeza chegar atrasada.

- Bom dia...- ouvi a voz fraca de Kath por trás de mim.

- Bom dia, dormiste bem?

- Nem por isso...adormeci na poltrona, estou toda durida!- reclamou ela 

Sorri e disse-lhe que fosse para a sala enquanto eu acabava o pequeno almoço.

POV Kath

Depois de Anne me mandar para a sala sentei-me no sofá e fiquei muito pensativa. Pelos vistos não teria de me preocupar com a aceitação dos meus pais perante a noticia de que tinha entrado para a escola Naval. Mas e aquele fio? Era do meu padrinho segundo aquele "comentário" da minha mãe. Eu sabia que ele era militar e que por isso raramente me vinha ver mas....porque me daria o seu fio?

- Bom dia  querida...- falou o meu pai dando-me um beijo na testa.

- Bom dia pai. Desculpe aquilo de ontem, ao jantar, mas na verdade não estava com apetite...- respondi.

- Esquece lá isso. Mas está tudo bem?

- Sim, está. Não se preocupe...- respondi

Depois o meu pai seguiu para a cozinha e eu fui me arranjar, pois ainda estava de pijama.

Quando finalmente acabei (http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_41/set?id=59070005#stream_box) olhei-me ao espelho e vi a minha imagem uma vez mais antes de descer.

Quando cheguei á cozinha os meus pais já lá estavam a tomar o pequeno almoço com Anne. Decidi então aproveitar e falar com a minha mãe sobre o fio.

- Mãe...como é exactamente o meu padrinho?- perguntei.

- Oh minha flor, tu conhece-lo....- respondeu sem tirar os olhos do jornal.

- Eu sei, mas quando ele vem cá nunca fica muito tempo...eu gostava de saber mais sobre ele. Onde é que ele está? Em que país?

- O teu padrinho é um homem ocupado...está nos Estados Unidos, eu sei, que coincidência! É comandante...que queres saber mais?- perguntou olhando-me séria.

- Porque haveria de me dar o fio dele?- perguntei confusa

- Não sei...- respondeu parecendo também confusa...- bem, tenho de ir trabalhar.

Depois de também eu acabar o pequeno almoço ajudei Anne a arrumar as coisas e subi para o meu quarto. Tirei o fio do envelope e olhei-o atentamente, como se procurasse uma prova...algo que me dissesse o porquê daquele fio vir para mim. Mas nada...o fio era mais limpo do que uma garrafa acabada de desinfectar! 

Pensei, pensei, pensei mas nada me ocorria. Fiquei toda a manhã nisso: porque vieste para mim?- perguntava mentalmente sempre que o olhava.

Mas como era hora de almoço a minha irmã veio chamar-me.

- Anda Kath, vamos sair. Hoje vamos jantar com o pai lá no restaurante da esquina...- anunciou a minha irmã.

- Sério? Aos anos que não fazemos isso...- comentei arrumando o fio  e o envelope na gaveta da mesa de cabeceira.

- Eu sei... acho que ele quer passar todo o tempo possivel connosco agora que sabe que vamos mudar de país..

- Deves ter razão... 

Saimos de casa e fomos até a entrada do restaurante. Quando lá chegamos reparamos que o nosso pai não estava sozinho, estava a conversar com o patrão que por sua vez tinha um adolescente, certamente seu filho, com cerca de 19 anos.

Entramos e o meu pai olhou-nos imediatamente.

- Venham, temos uma proposta para vos fazer...- falou o meu pai