Diário de Semideuses escrita por Karla Aguiar


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo *o* (avá)



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- Obrigada. – Disse para a moça da diretoria antes de sair da sala e esbarrar em algo. Melhor, em alguém.

- Desculpe! – Fui me apressando ao dizer para a goarota de cabelo castanho-escuro liso que estava no chão.

- Não se desculpe. – Ela disse pegando minha mão e se levantando. Provavelmente entendendo minha cara de confusa, ela falou – Eu estava ouvindo atrás da porta. – Ela deu um sorriso. – É um hobby, saber quem são os novatos. Prazer, Victória Gama. Chame de Vick, por favor.

- E eu...

- Isabelle Aguiar, já sei disto – Ela me interrompeu antes que pudesse falar. – Deixe-me ver o que mais sei de você. Estudou em mais de 10 escolas em todos esses anos, é hiperativa, e, sim boas notas. – Fiquei um tanto pasma daquela menina saber tanto sobre mim, e envergonhada por ela saber das minhas expulsões e da minha hiperatividade. – Não se preocupe, estamos juntas nessa, garota. Quer dizer, tirando a parte das boas notas. – Ela deu um sorriso simpático.

- Sério?

- Sério. – Disse ela pegando meu papel de horários – Uh, primeira aula de biologia. Olhe pelo lado bom, o professor não vai te apresentar à turma, e, ah, sim, também estou nessa aula. – Ela então me arrastou até a sala de biologia.

Não tinha trocado mais de 5 palavras com Victória, mas de alguma forma, sabia que isso era o início de uma grande amizade.

~~~~~

- E então, o que achou do nosso maravilhoso dia de aulas? – Perguntou Vick com seu melhor tom de sarcásmo na parte “maravilhoso dia de aulas”.

- Sinceramente? Terrível.

- Vai se acostumando, é quase sempre assim. – Ela disse.

- Quase sempre? Wow, estou criando expectatívas nesse “quase”. – Falei antes de ouvir uma voz de patricinha que vinha de uma garota de cabelo preto com cachos feitos no babyliss.

- Ah, uma novata! – Disse a menina com o melhor tom de ironia. As duas outras meninas que acompanhavam-na, uma de cada lado, deram risadas esganiçadas.

- Alicia... – Disse a Victória como se já estivesse acostumada a lidar com elas.

- Victória! Que felicidade a minha de encontrar você! – Ela disse com o tom de sarcásmo. – E, ah, sim, novata, ande com pessoas com mais classe, vai pegar má recutação, querida.

- E, ah, sim, Alicia, vai pastar, e leva suas amiguinhas junto. – Disse logo, já estava me irritando com aquelas garotas metidas.

- O que você disse? – Falou Alicia.

 - Quem você pensa que nós somos, coisinha? – Disse a menina do lado esquerdo da garota.

- Deixem-nos pensar... – Disse Vick – Vacas?!

- Ora sua... – Começou a outra do lado direito da Alicia.

- Não, vamos deixar-las  em paz, depois cuidamos delas. Vamos, meninas. – Interromeu Alicia se afastando de nós.

- Ela deveria gter dito “vamos, vacas”. – Sussurrou Vick.

- Agora tenho que ir. Se eu não chegar logo em casa minha mãe me mata. – Disse me despedindo de Vick.

~~~~~

- Mãe? – Disse ao chegar em casa.

- Estou aqui na cozinha, querida. – Gritou minha mãe.

- O que houve? – perguntei olhando para o tanto de chocolate que ela tinha comprado – Barras de chocolate, sorvete, e até biscoitos de chocolates -. Na maioria das casas, isso era bom, mas na minha, isso geralmente significava que eu ia me ferrar.

- Nada! Não posso mais comprar doces para a casa? – Disse minha mãe, mas eu sabia, alguma coisa ia acontecer realmente.

- Mãe... Da última vez que você comprou tanto chocolate para casa, eu passei um ano em uma escola militar.

- Tudo bem, é assim, você vai ter que ir para um acampamento de verão...

- No meio do ano? – Interrompi.

- Não é exatamente um acampamento, é quase, como um centro de treinamento, você vai ver. – Ela falou com um tom doce, doce demais.

- Treinamento para o quê? – Perguntei.

- Olhe, lá eles lhe explicarão melhor. – Ela disse mordendo o lábio inferior. Era um código entre nós. Não faça mais questionamentos. É isso, e fim.

- Tudo bem, então, em quantos dias eu vou pra lá?

- Amanhã de tarde.

- Amanhã? Você ficou louca? – Falei quase gritando.

- Ainda sou sua mãe, então não fale asism comigo, mocinha. – Disse minha mãe trazendo de volta o habitual tom estressado.

- Mas, mãe! Eu estava conseguindo me adaptar a esse colégio!

- E também vai conseguir se adaptar ao acampamento. – Disse ela pegando o celular. – Olha que lugar bonito, estreito de Long Island, na colina Meio-Sangue?

- Meio-Sangue? E, mãe, só tem campos de morango nesta foto.

- Como dizia, lá eles lhe explicarão melhor, tenha uma boa noite de sono, Isabelle.

- Boa noite então né.


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Notas finais do capítulo

Ficou lecau? e-e



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