Loucura escrita por kune-chan


Capítulo 8
O8 - O Pedido.


Notas iniciais do capítulo

HAHA, gente, eu amei as reviews e por isso to postando beeem³ mais cedo do que eu falei. :D Viu, eu não sou tão má. ^^



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Sentado, com as pernas encolhidas, Sasuke não sabia oque pensar, ou oque falar. A visita de Naruto havia mexido muito com ele. Como, simplesmente alguém que te internou vai te visitar? E ainda fala um monte de asneiras no pé do seu ouvido? Naruto não entendia o por que do Sasuke ser do jeito que é. E, nem nunca vai entender.

Sasuke queria espancar aquele que um dia considerou um amigo de verdade. Apostava como ele nunca mais o tiraria daquele inferno.

Não percebeu quando a porta havia sido aberta, muito menos que a pessoa que adentrava o abraçou.

Conhecia muito bem aqueles braços macios...

-Sakura? – Perguntou envolvendo os braços ao redor dela.

-Você está bem, Sasuke-kun?

-Mais ou menos... – Respondeu deitando a cabeça no ombro dela.

-Oque você está sentindo? – Disse imitando o gesto dele.

-Eu não sei...

-Sasuke, você está tremendo.

E deveras, ele estava mesmo. Igual a outra vez, que passou mal, estava tudo frio à sua volta. Não entendia o porquê disso acontecer.

-Sasuke, me responde. – Disse quando sentiu o peso dele ficar maior doque deveria sobre o seu corpo.

Desencostou-o percebendo que ele já não conseguia manter o equilíbrio, e que ele tremia muito mais do que da outra vez.

-S-s-a-ku-r-ra.. – Falou batendo o queixo. – E-e-es-tá-á f-f-frio...

-Você está ardendo de febre, de novo, Sasuke-kun. – Ainda bem que havia levado uma seringa com calmante e um algodão com éter, para caso ele estivesse passando mal. Pegou um dos braços em que ele tentava abraça-la, e passou o algodão para logo em seguida espetar a seringa.

Apertou, observando o líquido do calmante não tão forte adentrar nas veias de seu paciente.

Quase que imediatamente, Sasuke fechou os olhos e jogou todo o peso de seu corpo nela, se sentindo mole de mais para agüentar-se sentado.

Deitou o Sasuke desmaiado no chão acolchoado e aproveitou a porta aberta para chamar o seu diretor, Kakashi.

-Me ajude Kakashi-san? – Perguntou a jovem médica.

-Oque houve Sakura?

-O Sasuke, está passando mal de novo. Chame uma maca, por favor?

-Claro. – Falou se virando e adentro em uma sala próxima. Logo chegou uma maca com dois médicos ao lado dela. Deu passagem para os homens adentrarem à cela e carregarem o moreno desmaiado no chão, com a blusa branca colada no corpo de tanto suor.

- Isso não está normal... – Disse andando ao lado da maca, olhando para a pessoa que estava ali deitada.

Iria fazer uma série de exames. Por quê todas as vezes que ele sofria fortes emoções passava mal desse jeito? Vai ver era somente uma maneira do organismo dele reagir perante a isso. Não. Isso não era normal.

Observou Sasuke abrir os olhos pela metade, debilmente. É, o calmante que ela dera fora somente para amenizar a tremedeira.

-Você está se sentindo melhor, Sasuke? – Perguntou enquanto entrada numa das salas do hospital.

Chegou no quarto do hospital, e deitaram ele. Sakura precisou de ajuda de um dos homens para poder retirar a blusa encharcada. Logo em seguida, o cobriu melhor e deu um remédio para febre.

-Eu... Quero vomitar... – Disse. “Meu Deus! Está pior do que eu pensava...”– Pensou Sakura.

-Hei, Neji-san. – Chamou o enfermeiro que cuidava do paciente que estava ao lado de Sasuke. Os dois homens que havia posto ele na maca.

-Oque houve Sakura-san?

-Me ajude a levar ele em um dos vasos sanitários?

-Ele está com enjôo?

-Sim.

-Dê um remédio para ele.

-Será pior.

-Sakura... – Falou Sasuke debilmente.

Sasuke estava começando a ficar pálido. Neji percebendo o mal estar dele, andou até o seu lado e ajudou-o a levantar. Andaram juntos até o banheiro daquela sala se hospital, e, num gesto rápido, Sasuke se curvou sobre o vaso sanitário e vomitou.

-Oque ele tem? – Perguntou Neji observando o mal-estar dele.

-Eu não sei... Já é a segunda vez que ele fica assim... – Disse se aproximando do homem curvado sobre o vaso sanitário. Vomitou mais uma vez. -Vou pegar um remédio. – Sasuke estava muito mal. Saiu de perto dele, indo pegar um remedinho.

Neji observou ela se afastar. Resolveu perguntar para o Sasuke se ele sabia o por que desse mal-estar.

-Eu acho que... – Botou a mão no estômago. – O trauma...

-Trauma?

-Eu... – E se curvou mais uma vez sobre o vaso. Neji o segurou com mais firmeza. Ele não vomitava comida, não tinha mais oque vomitar. Não tinha.

-Tenta prender um pouco o vômito, Sasuke-san. Você daqui a pouco vai vomitar bile. E depois, sangue.

Logo em seguida, Sakura chegou com um comprimido em mãos e um copo d’água.

-Tome, Sasuke-kun. – Falou erguendo-o com a ajuda do Neji. Mandou ele abrir a boca, e ele abriu. Depositou o comprimido na sua língua, para logo da-lo água na boca.

-Engoliu?

-Sim...

-Ótimo, venha. – Disse erguendo-o novamente. Neji o segurou pela cintura, sustentando a maior parte do peso dele. O deitou novamente na maca.

-Sakura-san, posso agora cuidar dos outros pacientes?

-Claro.

Neji saiu do quarto. Sakura se sentou na maca, ao lado do quadril do moreno. Passou a mão pela sua franja, arrepiando-a.

Ela havia o ouvido falar que tinha um trauma...

-Conte-me sobre o seu trauma. – Ordenou.

-Você ouviu? – Perguntou olhando-a com um certo esforço. Estava mole, porém não com sono. Ela assentiu. Ele pareceu hesitar um pouco antes de abrir a boca para falar.

-Quando eu era criança, logo quando os meus pais morreram, eu fiquei traumatizado. – Parou para respirar um pouco. – Havia perdido muito, em pouco tempo.

Sakura havia se inclinado para secar o suor da testa dele.

-Então você sofreu o trauma de perda?

-Claro. E eu passei tão mal quanto estou passando agora.

-E oque isso tem haver com o Naruto?

-Ele me traiu. Eu perdi meu melhor amigo.

Sakura o olhou, entendendo oque ele quis dizer. A perda havia sido tão grande, tão grande, que ele sentiu tanto como se o Naruto tivesse morrido. O trauma da perda. Então, a visita dele havia mexido demais com sua cabeça frustrada.

-Entendo...

Sasuke a olhou.

-Posso passar uma água na boca? – Pausa. – Este gosto é horrível. De vômito.

-Sim... – Falou saindo da sala mais uma vez. Ela parou no batente da porta, e de costas para ele, perguntou: - Você consegue se levantar?

Sasuke tentou se apoiar nos cotovelos, e, com muito esforço, conseguiu se sentar.

-Sim. – Falou um pouco mais animado.

Sakura se virou, e o olhou. Mesmo doente, Sasuke não deixava de ser bonito. Era impressionante como o cabelo grudado na testa e na lateral de seu rosto apenas o deixava mais atraente do que nunca. Ai, ai, como tinha saudades daquele corpo perfeitamente desenhado colado no seu, sem nenhum pano para atrapalhar o contato...

Cala a boca, Sakura!” Gritou em pensamentos.

Andou até ele, o segurando pelas costas para não cair.

-O efeito já está passando. – Disse. – Vem, acho que consegue andar. – Disse o segurando pela cintura enquanto ele passava um de seus braços no pescoço dela, para se apoiar.

Sasuke, ao contrário da outra vez, conseguiu mover os pés, sem se arrastar no chão.

Ele abriu um sorrisinho de canto, enquanto se apoiava na parede para andar melhor.

-Sasuke-kun, você está sentindo frio?

-Não. – Falou. Adentraram no banheiro, Sakura abriu um armário que havia ao lado da pia, e retirou uma escova de dentes ainda na embalagem e uma pasta.

-Você guarda escovas de dente aqui? – Ele perguntou. Sakura sorriu e falou:

-Elas estão aqui para casos como o seu. Para os nossos louquinhos não ficarem estéricos, a gente sempre guarda umas aqui. Eles são muito limpos, sabia? Não gostam desse gosto horrível que tem o vômito.

-Que legal. – Ele disse. Sakura abriu o pacote e pegou a escova de dente branca, depositando um pouco do creme dentário que saía daquele tubo.

-Tome. – Disse estendendo a escova para o moreno. Sasuke pegou e molhou, para logo em seguida se apoiar sobre a pia, escovando os dentes.

Sakura o observou. Melhor; olhou para a sua nuca. Como era lindinha! Branquinha, com fios de cabelo sobre ela, e para completar, tinha duas pintinhas. Ah.. Que pena que a nuca era o único ponto fraco dele.. Pois era a parte que ela mais amava. Mentira. Era a segunda, pois a primeira não era visível no momento, estava coberta por dois pedaços de pano: a cueca e a calça.

Eu já mandei você calar a boca, assim você não chega à lugar nenhum.”

Mas, ignorando esse fato constrangedor, sempre pensava como Sasuke não foi parar num orfanato depois que seus pais morreram. Afinal, tinha somente sete aninhos de vida. Era praticamente um bebê.

-Sasuke-kun... – Falou soltando um pouco mais a cintura dele e se aproximando de sua face.

-Hm? – Perguntou cuspindo a água cheia de espuma.

-Você quando era criança, bem, quando aconteceu aquilo... – Teria que falar com muuuuito jeitinho, era um assunto delicado. – Bem, quando os seus pais morreram...

-Sim? – Perguntou enquanto enxugava a boca.

-Como você fez para não ir para um orfanato?

Sasuke a olhou. Essa era uma história bastante curiosa.

Não gostava muito desse assunto, mas sabia que quando Sakura lhe perguntava algo, e ele não respondia, ela ficava até o fim de seus dias enchendo a paciência dele.

Era melhor contar para evitar aborrecimento.

-Bem, na verdade eu até fui parar em um orfanato.

Sakura o olhou.

-Jura? Por que você nunca me contou isso antes? - Perguntou curiosa, andando em direção à maca, com o Sasuke ao seu lado. Ele já conseguia andar sozinho, só ainda possuía o olhar cansado que havia adquiro à quase uma hora atrás.

-Porque eu não gosto de falar sobre isso. – Disse se dentando de lado, olhando para a parede branca ao seu lado.

-Ok, então. Pode não contar, se você preferir... – Falou se sentando ao lado do seu moreno predileto.

Não! Preferia contar a aturar ela falando no pé do seu ouvido futuramente.

-Não, eu posso falar.

-Então fale logo. – Falou se deitando, tampando a visão dele com os seus orbes verdes. Sasuke estendeu a mão, enrolando na ponta do dedo alguns fios do cabelo rosado dela.

-Eu, como já disse, até fui parar em um orfanato. Mas eu não durei muito tempo lá. Eu sentia muita falta dos meus pais, e lá no orfanato, eu era excluído. Então, eu fugi.

-Fugiu? – Perguntou com um sorriso divertido.

-Fugi. – Ele devolveu com um sorriso de canto. – Mas, quando eu voltei para casa, eu percebi que não era muito boa a minha decisão... Foi horrível ter que voltar a um lugar que eu saberia que viveria sozinho... –Deu um suspiro fraco. – Eu chorava noites a fio...

- Imagino..

Sakura percebeu que essa conversa não tomava bons caminhos. Tentou anima-lo dando um selinho rápido nele, mas qual não foi a sua surpresa ao sentir Sasuke agarrar a sua cintura e aprofundar o beijo. Ah... Beijinho com gostinho de pasta de dente... Hm, refrescante!

-Sasuke-kun, me responde uma coisa? – Falou quando haviam acabado de se beijar.

-Fala, minha bonequinha. – Ele havia chamado-a de ‘minha bonequinha’! Há quanto tempo não a chamava assim...!

-Oque você fez para aperfeiçoar o seu beijo? – Perguntou o abraçando forte.

-Nada. Por que?

-Você está melhor do que nunca. – Depois se aproximou mais do ouvido dele e sussurrou algo. Sasuke sentiu as suas bochechas esquentarem ligeiramente. Sakura percebeu o fraco rubor nele, e deu um beijinho estalado bem em cima.

-Sua pervertida! – Sussurrou contra a boca dela.

-Pervertida nada. Deve ser verdade. – Falou cheia de si.

O tempo se passou, os dois conversando pelo resto da tarde. Ela teve que ir embora na hora que percebeu que havia passado muito tempo com ele. Tinha mais coisas para fazer.

-Estou indo, Sasuke-kun. – Disse dando um último selinho nele. Andou até a porta, para logo em seguida se virar e falar – Você vai passar a noite no hospital, só para garantir o seu bem estar.

E saiu deixando um Sasuke pensativo sozinho naquela sala cheia de macas.

X

Naruto achava que, se ele não via mais ninguém, então não havia motivos para ele continuar internado naquele lugar. Talvez o tirar dali fosse o melhor a fazer, mas... Ele tinha mudado tanto a sua personalidade. Estava ainda mais distante e transtornado de quando o vira pela última vez.

Mas, será que se ele ficasse lá ele voltaria a ser oque era antes?

Hmm... Talvez não, ele não sabia. Estava confuso. Não sabia se tiraria o seu ex-melhor amigo daquela prisão pintada de branco. Um branco que ao invés de ajudar, só atrapalhava.

Se tirasse, Sasuke iria agradecer até o fim de seus dias por estar livre. Se não tirasse, provavelmente ele agradeceria por fazê-lo parar de ver aquelas pessoas inexistentes.

-Ahhh! Isso é confuso! Eu não agüento mais! – Gritou caindo sobre a cama desarrumada.

Sua cabeça doía em tanta confusão.

X

Já havia anoitecido, e Sasuke refletia sobre a sua vida. Havia crescido em uma família não tão rica, mas feliz, que o amava com todas as suas forças; porém perdeu tudo em um dia.

Cresceu sozinho: sem pais, sem irmão, sem vida. Conheceu seu grande amor nos últimos anos do colegial.

Namoraram, felizes, até ele descobrir que ela o traía com outro. Inconformado, se afundou na escuridão melancólica de seu apartamento sabe-se lá por quanto tempo. Dois anos, talvez... Reencontrou seu melhor amigo algum tempo depois.

Havia começado a ver todos os membros de sua família, havia até voltado a trabalhar e estudar. Para ele, seria o começo de sua felicidade, mas na verdade, era apenas o começo de sua loucura.

Foi dotado como louco, e devido há isso, foi parar em um manicômio. Reencontrou a mulher que o havia feito feliz algum dia. Ele havia perdoado-a, afinal, não havia mais motivos para continuarem zangados. A traição ocorreu há tanto tempo...

Estavam ficando, porém ainda não namorando. Nada muito certo.

Havia recebido a visita de apenas um dos causadores de suas tristezas, para apenas constatar que ele jamais sairia daquele lugar.

Pensando bem, o melhor jeito de se ver livre de novo era fugindo.

Foi tirado de seus pensamentos quando viu a porta se abrir, e entrar por ela uma mulher de coques com uma bandeja em mãos.

-Seu jantar, Sasuke-kun. – Falou levantando com um pouco de dificuldade a mesa que a maca tinha. Depositou a bandeja em cima. Sasuke se sentou melhor, observando o prato com o líquido vermelho a sua frente. Era uma sopa, mas nunca havia visto uma sopa tão vermelha.

-É sopa de quê? –Perguntou desconfiado pegando a colher que repousava na bandeja.

-Prove. – Disse a enfermeira simpática olhando para o paciente.

Ele mergulhou a colher na sopa, para logo em seguida erguer novametne até a boca. Provou, fazendo uma cara estranha. Logo depois reconheceu aquele sabor.

-Sopa de tomate? – Perguntou contente. Amava tomates!

-Sim, a Sakura-san pediu para fazerem para você. – Sasuke sorriu percebendo o quanto Sakura o conhecia bem. Até porque, ele nunca havia falado que gostava de tomates.

-Obrigado. – Ele falou para a enfermeira, que sorriu em resposta para logo em seguida se virar e sair do quarto. Tinha que comer logo, enquanto a sopa estava quente. Estava gostosa, porém meio sem sal. Era comida de um hospital, não era?

Foi tirado de seus desvandeios quando ouviu um barulho de salto alto em sua direção. Era Sakura, já sem jaleco se aproximando dele.

-Eu estou quase indo embora, vim aqui pra me despedir.

Sasuke sorriu, e perguntou o por que da sopa de tomate. Ela respondeu que os olhos dele sempre brilhavam quando fazia salada de tomate, então, deduziu que ele gostava.

-E gosto mesmo. – Respondeu tomando mais uma colherada. Sakura seu outro selinho nele, sentindo dessa vez um gosto de tomate. Sasuke se lembrou de que esteve pensando em um pedido: se Naruto não o tirasse por bem de lá, ele sairia por mal.

-Sakura, posso te pedir uma coisa? – Perguntou esperançoso.

-Claro. – Falou.

-Me ajuda a fugir?

-Não sei Sasuke-kun... Meio arriscado...

-Por favor, tenho um plano até.

-Ok, primeiro me conte.

Sasuke se aproximou do ouvido dela, cochichando. Ela concordou com o plano dele, logo de manhã, iriam por o plano em ação.


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Notas finais do capítulo

O/ quero reviews, hein? o/


PS: a fic tá acabandooo...



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