O Cavaleiro E O Lobisomem escrita por ge-bnfo


Capítulo 4
Arqueiro e ladrão


Notas iniciais do capítulo

Bom não tenho muito o que falar, obrigado pelo apoio e é isso.
O enem ta ja ai eu vou ter que estudar um pouco, então se não der para postar um capitulo por semana, postarei em duas.
Galera eu espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/271780/chapter/4

Nesse mundo ser ladrão era uma profissão, tinha que ser aprendido com um mestre na arte, ladrões que não tinham aula para serem ladrões, acabavam perdendo dedos ou mesmo morrendo enforcados. Havia uma cidade que abominava essa arte. Gondsvalle era uma cidade tão justa quando podia.

Era um berço de homens honestos e trabalhadores. Grande a cidade tinha casas para todos os lados, ruas e ruas, que faziam um labirinto só com duas saídas para o mundo. Os habitantes não saiam do lugar por nenhum motivo no máximo a floresta mais próxima era explorada. Mesmo podendo ir embora não iam. Eram um povo muito hospitaleiro.

Visitas traziam festas e desse jeito aconteceu quando Zack chegou à cidade. Era novo, se dizia comerciante e que havia sido roubado no caminho, por sorte havia encontrado esse cidade. Muito novo por volta de uns 18 anos. Cabelos curtos pretos e olhos enganadores que deixavam as garotas iludidas. Era bonito ao seu modo, sobrancelhas finas de quem parecia tirá-las e lábios com quase a mesma finura, nariz pequeno. Não se destacava, não precisa.

Chegou aos farrapos na cidade, roupas rasgadas e sem nenhum ouro, prata ou cobre. Trazia consigo só um colar que parecia valer alguma coisa. Dava impressão de família rica.

-Obrigado – um senhor padeiro agradecia por algum motivo ao estranho.

Cabelos b ranços, bigode branco e olhos quase brancos.

-Por que me agradece? – o rapaz sorria – Me dá um lugar para ficar, me da comida, roupas e ainda me agradece?

Zack Rubem, estava agora de roupa nova provavelmente feita a mão, tricotada com carinho de mãe para filho. Vermelha.

-Filho, você não sabe o que é viver num lugar, fazendo sempre as mesmas coisa, sempre trabalhando e proibido de conhecer o mundo, há alguns que gostam, mas não é a minha vida – o velho não era tão velho, mas o trabalho de anos acabou por tornado mais velho ainda, não tinha motivos para trabalhar – eu perdi meu filho e minha mulher para uma doença horrível, só deus sabe por que eles foram levados, sou obrigado a trabalhar por que é assim que as pessoas vivem nessa cidade , mas não tenho motivos para isso, só estou esperando a minha morte.

-Sinto muito – o estranho deu seus pêsames.

-Você estar aqui garoto, poder sustentar alguém faz bem para mim – o velho encerrou a conversa.

Na cidade não havia roubos ou ladrões. Passara-se dois meses que o estranho morava sem trabalhar naquela cidade. E algumas coisas haviam sumido, coisas sem muito valor.

Ninguém suspeitava de ladrões, por que aquilo não era comum, ou melhor aquilo não existia.

-O que você faz de dia garoto? – o velho se interessava de conversar com aquele jovem astuto.

-Você não me deixa trabalhar, passo o tempo vagando, olhando suas filhas, que me perdoe, mas são bem apetitosas. – Zack brincou.

O velho não segurou a risadas.

-Pois olhe o quanto quiser, elas não saíram de mim mesmo!

Mais um mês se passou e coisas mais valiosas começaram a sumir, jóias, dinheiro e o prefeito foi chamado para avaliar a situação.

-Existe um ladrão! – um conselheiro teve coragem o suficiente para falar essa palavra esquecida.

-Nunca houve um – o prefeito retrucou.

-Quem sabe o estrangeiro... – outro conselheiro começou, mas foi interrompido.

-Isso é preconceito, só pessoas justas conseguem encontrar o caminho para essa cidade – o prefeito continuou sem acreditar.

-Essa lenda não existe mais, nos precisamos resolver isso – o conselheiro ainda tentava convencer.

-Vamos investigar então e você saberá que eu estou certo! – o prefeito bateu na mesa.

Não passou muito tempo e o rapaz foi preso, sem provas, mas ainda assim acabou preso.

Zack não se confessou, mas também não se defendeu. O silencio em aceitação acabou deixando ele entre grades, uma prisão que nunca foi usada, era uma vergonha ser usada.

-Por que você não nega filho? – o velho estava um pouco triste aquele garoto estava sendo quase um filho para ele – eu sei que não foi você.

-Eu tenho meus pecados, não posso negar. – Zack estava serio, parecia aceitar a punição.

                                                                                   X

Noite de lua cheia, os três caminhavam a dias sem parar e viram uma cidade próxima.

-Vamos parar naquela cidade? – Lisa estava inconformada, fazia bastante tempo que ela não dormia numa cama.

-Não, eu avisei para não me seguir – Dante continuou firme, fazia questão de falar que não deviam ter vindo com ele.

-Seu humano idiota, assuma que você gostou de ver ela – Gandalfr ria de Dante.

-Nos vamos sim – Lisa segurou o braço de Dante – e você precisa de uma armadura nova, deixe esse lixo ai.

Dante ainda carregava a armadura antiga despedaçada.

-Tudo bem, mas no meu ouro ninguém toca – Dante se rendeu, sempre fazia as vontades de Lisa.

Conseguia enganar qualquer pessoa, mas ela sempre vencia.

-Preciso de roupas novas – Lisa pediu, com a mão estendida.

-Preciso de álcool – O anão também estendeu a mão.

-Não! – Dante rapidamente negou.

-Trabalhei na sua espada de graça e ainda luto por você, aos menos devia me dar umas bebidas – O anão, sentia falta da cerveja dos anões e precisava molhar a barba com qualquer bebida mesmo que ruim.

-Salvei sua vida e ainda deixo você estar na presença da minha beleza – Lisa passou a mão nos cabelos loiros.

-Tudo bem, mas não gastem, mais que o suficiente, preciso de uma armadura a minha altura.

Entraram na cidade. E dessa vez os forasteiros não foram recebidos com festa, foram recebidos com olhares desconfiados de quem já havia sido enganado uma vez.    

-Eles tem cara de quem não gosta de visitantes– Dante decretou.

-Não importa, eu preciso beber – O anão entrou na cidade sem medo.

-Vamos – Lisa chamou Dante.

Logo os forasteiros foram cercados, do meio da multidão saiu um ancião de cabelos brancos que marcavam o fim de uma vida, se apoiava numa bengala de madeira velha. Era o prefeito.

-O que vocês vieram fazer aqui? – o velho apontou a bengala para eles, como se eles não soubessem que a pergunta se dirigia a eles.

-Eu vim para ter um pouco de conforto, um bom banho, uma cama macia e roupas novas – Lisa falou sem vergonha, se encostou em Dante e se imaginou dormindo num travesseiro de pena de ganso.

-Vim para beber a bebida mais forte da pior taverna desse lugar – O anão também não se continha, gritou e acabou assustando algumas crianças, mas o que mais assustava era o machado nas costas.

-Eu quero um trabalho – Dante estranhamente disse isso.

Alguns habitantes sorriram, gostavam de pessoas trabalhadoras e nem era necessário dizer o que eles odiavam.

-Pois bem, nos temos um trabalho para um jovem aventureiro – o prefeito fez menção para Dante segui-lo.

-O que? Trabalho? – Lisa cochichou no ouvido de Dante.

-Você não viu a cara deles, algo ruim aconteceu, eles não nos trataram bem a menos que nos ajudemos – Dante falou baixo também.

-Que seja, não vou – o anão parou – preciso beber algo, obrigado pelas moedas de ouro, se precisar me procurem em uma taverna qualquer – o anão se despediu.

-Algumas coisa sumiram aqui na cidade, pouco depois que um homem apareceu na cidade - o prefeito começou a contar a historia – ele pediu ajuda e nos o acolhemos.

-Foi ele que roubou então – Lisa interrompeu o velho.

-Bobinha – Dante deu uns tapas na cabeça de Lisa a fazendo de idiota.

-Chame sua mãe de bobinha – Lisa se ofendeu, acabou por pisar no pé de Dante.

O velho dirigiu um olhar serio para os dois e eles acabaram por se concentrar na historia.

-Preciso de alguém que investigue e descubra o que aconteceu, ninguém sabe fazer isso aqui – O velho continuou – Vai aceitar o trabalho?

-O que aconteceu com o rapaz? – perguntou Dante.

-Ele esta preso – o velho falou decepcionado – vai aceitar o trabalho?

-Sim – Dante afirmou.

                                                                          X

-Foi você que roubou? – Dante perguntou para o rapaz entre grandes.

E não houve resposta.

-Perguntei se você roubou – Dante elevou a voz.

-Não mereço responder essa pergunta, chefe – Zack se manteve encolhido no canto desde que havia sido preso.

-Nos estamos tendo ajudar – Lisa resolveu se meter.

-E eu só quero ficar em paz, dona – o rapaz não se esforçou em virar a cabeça para olhar os visitantes.

-Abra a cela – Dante rugiu para o velho com as chaves.

E ele abriu.

-É melhor vocês saírem, não vão gostar do que vão ver – Dante apontou para a saída.

-Mas... – Lisa tentou ficar, mas o velho puxou ela pelo braço.

Algum tempo se passou.

-O que será que esta acontecendo? – Lisa já estava sentada esperando.

-Não foi ele – Dante saiu, da prisão mais nervoso do que nunca.

-Como você sabe? – Lisa perguntou.

-Não importa, o importante é que não foi ele que roubou, não diretamente ele – Dante tentava explicar – é difícil explicar sem ter uma prova.

-Então vamos solta-lo – o prefeito colocou a chave no bolso.

-Ele não vai aceitar sair – Dante – fez um mal sim, mas não foi culpa dele.

-Como você sabe tanto? – Lisa tentou mais uma vez arrancar alguma coisa de Dante.

-Não temos tempo para conversar – Dante retirou a espada – ele vai vir.

-Quem? – Lisa não via ninguém vindo de onde Dante olhava, mas sentia alguma coisa se aproximando.

Zack saiu da casa feita para prender ladrões que nem existiam. Seus olhos não eram os mesmo, parecia controlado por algo.

-Contrato com o submundo – Dante falou apontando para Zack – ele vendeu a alma dele.

-Mas ele parecia normal... - Dante interrompeu o velho.

-De dia ele não é controlado, á noite ele acaba por fazer o mal – Dante deixou lagar uma pena ao falar – é horrível.

-Mas ele só roubou – O prefeito ainda tentava discutir o assunto, não acreditava no que estava ouvindo.

-Começa assim, depois ele mata, por fim quando não sobrar ninguém vivo nessa cidade ele pula para outra – Dante continuou – e o pior é que ele sabe o que vai acontecer e não pode impedir.

Zack saiu andando em direção a alguma casa.

-Se não acredita observe-o, siga-o.

 E aconteceu, Zack acabou por roubar e o prefeito o viu fazer, não acreditou.

                                                                            X

Zack era o mais novo de uma família nobre, mas só tinha o nome, por que estava sem dinheiro.

Acabou por se apaixonar por uma moça nobre. E a mulher também se apaixonou.

O pai dela não aceitou o noivado, mas resolveu fazer uma competição de tiro ao alvo de arco e flecha pela mão da filha. Sabia que Zack nunca havia pego num arco na vida.

-O que nos vamos fazer? – Hilda perguntou para Zack o abraçando.

-Vou dar um jeito de virar o melhor arqueiro do mundo não vou perder você – Zack prometeu.

A família Rubem tinha contatos, mesmo não tendo dinheiro. Zack conseguiu encontrar um mago do submundo.

Sempre oculto em um traje escuro, nenhuma parte do corpo desses magos era vista, historias diziam que um único olhar queimava os olhos de quem via. Ou eram só historias.

Fez um pacto, pediu para ser o melhor arqueiro. Conseguiu, atirava flechas como ninguém, mas acabou por dar em troca sua alma.

Venceu o torneio e se casou com Hilda.

Matou-a, na lua de mel, foi a primeira vez que fora controlado. Quando tomou o controle do corpo de novo, pensou em se matar, mas não conseguia por mais que tenta-se.

Pulava de lugares altos, mas caia sem machucados, tentava se enforcar com uma corda e a corda se rompia. Enfiou uma espada no peito e ela virou pó. Só restava vagar pelo mundo.

Com muita culpa nas costas, trazia desgraça e acabava com muitas cidades, acabou por se conformar. Deixou a vida o levar.

Mas nessa cidade era diferente, aquele homem acolheu ele. Zack não queria mais aquilo, queria morrer de vez, mas se não morre-se, ser preso podia ser a solução.

                                                                            X

E o dia nasceu, Zack era Zack de novo e estava mais arrependido que antes.

-Eu fiz de novo não fiz? – Zack levou as mãos à cabeça cobrindo os olhos.

-Sim, mas essa foi a ultima vez – Dante deu a mão para ele levantar.

-Como você vai fazer para ajudar ele? – Lisa não tinha nem idéia do que era um pacto do sub-mundo, quanto mais como quebre-lo.

-Eu preciso matar o mago que fez o contrato – Dante falou decidido.

-Ou simplesmente cortar ele no momento de possessão – O anão apareceu vindo do nada – confie na sua espada.

-Mas e se ele morrer? - Lisa já se preocupava com o desconhecido.

-Ele vai ser libertado da mesma forma – Dante falou decidido.

-Me responda – o anão devia saber alguma coisa – você é o arqueiro fantasma?

-Sim, já me chamaram assim. – Zack respondeu sem animação.

-Então vai ser difícil – o anão realmente conhecia algo sobre Zack – já ouvi historias, um arqueiro sem alma e com arco e flechas invisíveis, já passou próximo a minha cidade.

-Desculpe, esse sou eu – Zack levantou – vou sair da cidade o quanto antes, não sei o que acontece se eu fugir, mas vou tentar.

-Não, eu vou te derrotar – Dante retirou a espada – à noite eu vou cortar você com essa espada.

E a noite caiu.

-Desculpe, eu aproveitei da sua hospitalidade – Zack se desculpava com o velho Bill que tinha o acolhido.

-Não precisa se desculpar sei que não foi culpa sua, vá de cabeça erguida, morra como um homem ou viva sem arrependimento e quando quiser voltar eu vou estar esperando você – O velho abraçou o garoto.

-Sou um monstro, matei minha mulher e muitas outras pessoas, não mereço compaixão – Zack se separou do abraço – Vou indo, tomara que eu morra.

Zack saiu, viu que deveria ser quase meia noite, a cidade estava deserta, todos dentro de suas casas por ordem do prefeito. Foi para o centro da cidade e viu Dante concentrado o esperando. O anão e a mulher estavam um pouco atrás, para observar o que iria acontecer.

Ele se aproximou de cabeça baixa.

-Levante a cabeça, existem muitos outros que também cometeram o mesmo pecado que você – Dante retirou a espada das costas, a espada de metal escuro brilhou na noite – vou fazer o máximo para você não sentir muita dor.

 -Obrigado – falou quase com a boca fechada.

-Não me agradeça, eu só quero uma luta boa, nunca quis ajudar ninguém – obviamente Dante mentiu.

Se havia uma coisa que Dante não queria ser era um herói, do tipo que sofre pelo bem dos outros, que sempre ajuda quem pode e acaba morrendo para salvar uma pessoa. Mas ele estava andando por esse caminho. Salvou aquele exercito, salvou Lisa, salvou aquela cidade chamada Loft e agora iria salvar Zack. Devia ter um motivo para não querer ser um herói, mas provavelmente viraria um.

O sino da igreja badalou, era meia noite. Os olhos de Zack perderam a vida, seu rosto já não tinha expressão nenhuma. Era quase um zumbi. Ela já ia se distanciando para roubar alguma coisa. Quando Dante resolveu entrar em ação.

Correu a espada em punho, segurava ela com as duas mãos por falta de outra espada. Não podia usar qualquer outra arma.

Decidiu acabar tudo com um único golpe e foi isso que ele fez.

Colocou a espada para trás e a trouxe para frente desferindo um golpe em forma de arco, mas a espada não cortou acabou esbarrando em algo invisível.

Zack segurava alguma coisa que não estava visível. Mas pela forma de segurar poderia ser um arco. Era o arco fantasma.

Controlado, o corpo se jogou para trás ganhando distancia, foi se distanciando. A mão direita ficou esticada para frente segurando algo e a outra mão pegou alguma coisa nas costas. Era uma posição de arqueiro. E o que ele pegou foi uma flecha.

De alguma forma ele mirou e soltou a flecha.

Dante ficou parado não pressentiu nada. O anão jogou o machado na direção de Dante. Acabou por quebrar alguma coisa.

-As flechas invisíveis, preste atenção – Gandalfr alertou Dante.  

-Sim – Dante engoliu seco.

Aquele era o melhor arqueiro, foi isso que ele pedira, deve ter conseguido. Se já era quase impossível saber a trajetória de uma flecha normal, imagina uma invisível. Era uma luta difícil o único jeito era se aproximar do arqueiro.

Dante resolveu se esconder e alguma coisa perfurou a parede onde ele havia se encostado.

-Droga! – Dante soltou uma praga.

Aquilo não era uma luta, era um tiro ao alvo. Dante se aproximava e Zack se afastava com mais velocidade, mas sempre soltando flechas, Dante se esquiva como podia, mas o arqueiro já havia conseguido cravar duas flechas uma braço esquerdo de Dante e outra na perna direita.

Não dava para saber como era feita aquelas flechas, mas ardia como se tivesse larva de vulcão. Uma queimadura abria espaço pelo tecido da pele de Dante, abrindo um buraco ainda maior que a flecha.

Era uma dor insuportável a o osso do braço atingido pela flecha estava derretendo.

Dante só tinha um braço e uma perna para pode lutar.

-Eu posso te curar – Lisa gritou de longe.

-Não, ele pode atirar uma flecha no seu coração, essa luta é só minha. – Dante recusou.

Dante desistiu. Desistiu de esquivar das flechas. Correu, correu em ziguezague numa velocidade muito grande. Nem o melhor argueiro poderia atingir muitas flechas em Dante com ele se movendo assim.

-Sou muito estúpido – Dante gritou – nunca devia tentar esquivar de coisas que eu não vejo.

A distância entre Zack e Dante diminui, mas ainda não era o bastante para uma luta de espadas, Dante incansável corria pela cidade atrás do arqueiro. Que mesmo se movendo ainda atirava flechas na direção de Dante.

Dante estava perfurado de coisas que ele não via, mas os ferimentos eram bem visíveis e feios. Algumas partes do corpo estavam congeladas do gelo mais frio e outras estavam queimadas do fogo mais quente.

O arqueiro era mesmo incrível, do tipo que ninguém quer como inimigo.

Dante chegou próximo o bastante para desferir um golpe com a espada. E ele atacou, atacou na altura da barriga de Zack, mas o mesmo acabou por se esquivar com uma pirueta, um salto mortal, a espada cortou o vento. Dante ainda não havia desistido.

Tentou mais um ataque, agora foi de cima para baixo, o rapaz rodou o corpo para o lado e acabou por ileso de mais um golpe.

Agora Dante usou toda a sua força e estocou a espada de frente. O arqueiro pulou por cima de Dante e ainda no ar disparou três flechas de cabeça para baixo, atingindo as costas sem armadura de Dante.

Caiu em pé, ele não ligava para as leis da gravidade. E quase se movimentou para fugir. Não conseguiu, por que a espada de Dante estava presa as suas costas, e ele enfiou até atravessar o corpo de Zack.

Antes de ser atingido Dante colocou a espada para trás adivinhando o fim da trajetória do salto do arqueiro.

O corpo de Zack se debateu, uma luz escura saiu dos seus olhos. Uma fumaça saiu da sua boca. E o rapaz desmaiou ainda com a espada no corpo. Mas a espada não feriu ele.

Dante retirou a espada que estava sem sangue, se surpreendeu. Por sorte o golpe só atingiu o vinculo que Zack tinha com o mago do submundo, agora ele estava livre do mago. Mas a sua alma ainda era do submundo.

Dante também caiu. Estava cansado, seu corpo estava todo torturado pelo gelo, fogo e pior pela larva.

-Alguma vez você vai terminar uma luta, sem acabar quase morrendo? – O anão olhou a situação do amigo e não se aguentou de rir.

-Só quando eu lutar com sua mãe numa cama – Dante riu também.

-Tente não me preocupar tanto – Lisa segurava os olhos para não chorar, abraçou Dante e molhou sua roupa de lagrimas – idiota!

                                                                              X

Um dia se passou e como mágica, Dante estava curado, nem cicatrizes apareciam, só as mais antigas.

-Vamos – Dante saia da cidade sem olhar para trás.

-Tem medo de te agradecerem é? – Lisa perguntou.

-Claro, ele acha que dói – O anão não se cansava de rir do amigo.

-Só não gosto de festas sem motivo – Dante não sabia mentir, na verdade ele não queria ser herói.

-Pra onde vocês estão indo? – Zack chegou mais atrás, com roupa leve de arqueiro e um arco, um porta flechas nas costas, mas não tinha flechas.

-Pro inferno! – Dante estressado falou, já não aguentava mais escutar essa pergunta.

-Então eu vou com vocês!

Zack, Lisa e Gandalfr riram e Dante se distanciou.

-Prazer Zack Rubem – estendeu a mão para Dante.

-Pode me chamar de Dante – apertou a mão dele – e se você virar um zumbi eu te mato.

Todos riram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso, o proximo cap, vai ser um pouco diferente vou avisando, nos vamos dar um giro nas alianças de guerra, pelo menos eu acho que vai ser, não estou totalmente decidido.
Bom até mais!
Ja na!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Cavaleiro E O Lobisomem" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.