O Cavaleiro E O Lobisomem escrita por ge-bnfo


Capítulo 2
Cinco guerreiros


Notas iniciais do capítulo

Bom esse capitulo foi incrivelmente difícil de fazer e ta grande. Meu amigo me ajudou omtem, então só pude postar hoje, tinha uns errinhos, que ele viu e eu num tinha visto. Por isso que é bom que mais alguem alem de você de uma olhada.
Bom se vocês estavam esperando pancadaria, estavam certos, não tenho muito mais a declarar.
Eu quero agradecer as pessoas que comentaram que resolveram ler meu recado.
E agradecer também a Hyuuga Natah ou melhor Ghaia!



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Lisa se via sem salvação, quando vindo do nada ouvira uma voz conhecida e que a tirava do serio.

-Você não vai brincar com ninguém! – Dante falou de algum lugar desconhecido, ele estava sem armadura e estava armado de uma espada curta, não teve tempo para vestir a roupa de aço puro.

Por esse motivo não podia ser visto, ele precisava de um ataque surpresa, mas não conseguiu se segurar quando ouviu aquele porco falar daquele jeito com Lisa.

Lisa se sentiu um pouco aliviada na hora que ouviu a voz dele, mas logo perdeu as esperanças, quando lembrou como Dante era e que dificilmente ele teria ido salva-la. Ela fez menção de falar alguma coisa, mas o ninja tapou sua boca.

-Leve-a para outro lugar! – O conde deu uma ordem ao tal ninja.

Sem pensar o Ninja seguiu as ordens E logo o duque também se afastou.

-Vamos, não pense que está escondido, eu posso vê-lo – O cego mais uma vez podia ver uma pessoa camuflada, mas dessa vez Dante estava na escuridão, era impossível vê-lo como era impossível ver Lisa, mas o cego apontou exatamente para o local onde Dante estava.

Dante saiu de uma parte onde a escuridão reinava e meio desanimado foi para o meio do salão. Cabelos negros soltos parte para frente e parte para trás, roupas escuras para se esconder melhor.

-Como você me viu? – Dante perguntou para o homem de olhos fechados.

-Eu posso sentir as vibrações de tudo, desde que você chegou, eu já sabia que você tinha invadido – o tal homem cego apontou para o lugar por onde Dante tinha entrando na mansão – e também percebi que você não é um humano comum.

-Boa habilidade, mas como eu não tenho tempo, quero saber quem vai vir primeiro ou se todos vão lutar comigo ao mesmo tempo? – Dante provocava os tais guerreiros.

-Calma, o meu pai gosta de assistir boas lutas, então nos vamos fazer um torneio e você terá cinco lutas, vai lutar com cada um de nos – o homem que estava com espada começou a dizer varias regras – se vencer todas, nos vamos deixar você levar a garota.

-Tudo bem, não tenho nada o que fazer mesmo, essa cidade é bem chata – Dante deu de ombros, sabia que iria vencer todas as batalhas. Ter confiança sempre dava certo. Por isso sempre tinha certeza que iria sair vitorioso, mas o homem cego era interessante e ele daria uma boa batalha – espero que vocês me divirtam.

Uma mulher apareceu para guiar Dante.

-As lutas não vão ter trapaças, mas cada luta vai acontecer num local diferente, obviamente cada local vai favorecer um dos nossos guerreiros – a mulher vestia uma roupa extravagante e sensual, em outros lugares a chamariam de prostituta, mas lá ela era chamada simplesmente de concubina.

-Esse lugar é bem grande! – Dante observava o local.

Que já era grande por fora e maior ainda por dentro, tinha instalações no subterrâneo e era pra lá onde Dante estava sendo levado. Era possível ver as marcas do trabalho para fazer aquela sala. Coisa que um mago com boas magias de terra poderia fazer rapidamente, mas o duque odiava magos.

Clevaus recebera esse titulo de duque, por que sua família já fora da nobreza, uma família sempre rica, sempre feia e sempre maléfica. Foi educado, pra viver do jeito que vivia, viver de um modo muito egoísta. A família era pura maldade.

Um mago por fim matou o seu pai, deixando esse ódio por magos que o fazia querer acabar com a guilda da cidade. Mas ele não ligava para o fato de que o mago matou o seu pai para salvar uma cidade inteira.

O local onde Dante foi deixado tinha uma estrutura em forma circular, um circulo perfeito. Era simplesmente pedras e terra, não havia madeira e nenhum metal para melhorar a construção. Fora feito só para receber lutas.

Dante andou e entrou em mais um circulo, feito no chão, com um bom tamanho para lutas desarmadas. Mais atrás tinha algo como um trono e depois de pouco tempo foi ocupado pelo duque.

-Esse tipo de luta só tem duas regras: quem sair primeiro do circulo perde a batalha e não é permitido usar armas. – a mulher se despediu e foi para próximo do duque.

-Espero que você dure pelo menos um minuto, garoto! – o duque engasgou de tanto rir.

Dante pensou por um momento “você não vai rir tanto, quando eu chutar o seu traseiro, velho desgraçado!”, mas não falou, era melhor não provocar muito ele.

Mais atrás seu adversário chegou, um homem alto e bem atlético. Seus músculos saltavam dos braços. Roupas apertadas e velhas. As mãos estavam enfaixadas, provavelmente treinava socando paredes e rochas. Pele escura originaria de muito treino no sol.

Entrou no que parecia um ringue e fez um movimento com os braços pressionando os músculos e bateu forte o pé direto no chão. Não falou nada, mas olhou nos olhos de Dante e disse tudo. O olhar do adversário dizia que ele estava com sede de sangue e o sangue que ele queria era o de Dante.

Dante deixou a espada aos cuidados de um servo que veio pegá-la.

-Cuide bem dela e espero que não façam nenhuma trapaça, não há nada que me deixe mais furioso do que injustiça, esta ouvindo duque! – Olhou para o duque com um olhar de quem não tinha muito a perder, um olhar despreocupado, de quem morreria para matar. Uma aura negra emanou de Dante.

Coisa que fazia todo adversário dele hesitar um pouco. Até o duque que estava um pouco distante sentiu medo, pelo que o cavaleiro negro emanava.

-Fale seu nome garoto, antes que não possa mais falar nada – o duque queria saber um pouco sobre ele antes de vê-lo morrer.

-Alguns me chamam de cavaleiro negro, mas como eu estou sem armadura pode me chamar de Dante – Dante estava se alongando e estralando alguns músculos – pode vir, já estou pronto.

-Argo! – o duque estava com raiva, por que conhecia o nome cavaleiro negro e sabia dos seus feitos - Mate ele em um minuto, se não o fizer quem morre é você!

O homem partiu pra cima de Dante como um touro, mas Dante era rápido e com facilidade esquivou do golpe jogando seu corpo para o lado. Argo pegou uma pedra que estava no chão e jogou em Dante e correu logo em seguida. Dante esperto socou a pedra, por que se tivesse se esquivado teria sofrido um golpe do seu adversário.

Argo veio logo depois da pedra e pôs seu braço direito para trás, logo depois o trouxe a toda velocidade para frente golpeando Dante, o mesmo se defendeu cruzando os dois braços. O soco pegou bem no meio da defesa de Dante e o impacto o fez ir um pouco para trás, quase passando a linha que demandava o fim do ringue. O soco fora forte e Dante não podia se dar o luxo de sofrer outro ataque.

Sem pensar muito agora Dante que iria pra cima de Argo. Com uma velocidade incrível Dante pulou por cima do homem e antes que caísse pegou a cabeça do seu adversário e enterrou a no chão. Logo depois carregou o corpo desmaiado de Argo pela cabeça e o levou até o fim do ringue. Acabando com a luta.

-Satisfeito duque? – Dante sorriu para o homem sentado – a luta acabou em menos de um minuto, não precisa mais matar esse homem.

O duque ficou furioso, mas não perdeu a compostura, aplaudiu forçadamente e depois se retirou. Dante sorriu vencedor e viu a cratera que tinha feito com a cabeça do adversário.

-Espero não ter exagerado.

                                                                                    X

-Da pra me soltar! – Lisa estava presa, numa espécie de cadeia e estava amarrada. Nas masmorras da mansão.

Ela estava sendo vigiada pelo cego, o que não fazia muito sentido, mas ele seria o ultimo a lutar. E ele via coisas que uma pessoa normal não via.

-Espere garota, talvez o seu salvador consiga realmente te salvar – ele estava sentado numa posição de meditação.

-Duvido muito, aquele idiota já deve ter perdido e morrido – Lisa bufou, mas se sentiu triste por dentro.

-Não, você se prende muito as aparências, só de estar na presença dele eu já sabia que ele era um guerreiro formidável – ele não saia da posição de meditação e seus lábios mexiam o mínimo possível para falar.

-Não tem como isso ser verdade – Lisa realmente não acreditava em Dante, ou realmente sentia que ele conseguiria salva-la, só não queria admitir esse sentimento.

-Sim é verdade, não há por que eu mentir, ele já venceu sua primeira luta.

-Verdade? – Lisa esboçou um sorriso, mas logo voltou ao rosto de sempre – deve ter sido pura sorte.

-Acredite nele, por que eu também acredito – o homem de cabelos verdes parecia realmente falar a verdade.

-Não entendo muito bem o que você fala, mas você parece uma pessoa boa, qual é o seu nome? – Lisa estava interessada naquele homem, ele era cego e via tudo, servia um homem mal, mas parecia ser bom. Ele era um enigma em pessoa.

-Um nome é trivial, não importa, mas se você quer me chamar de alguma forma, me chame de Snake, nome que foi dado pelo meu mestre – Snake significava basicamente cobra, que era o estilo de luta dele, usava uma lança ou ataques rápidos com as mãos.

-Como você sabe que Dante venceu? – Lisa perguntou por que Snake estava com ela desde que fora colocada naquela prisão.

-Eu não sei se ele venceu, mas sei que seu adversário esta desmaiado, então presumo que ele tenha saído vitorioso – Snake falava com uma certeza e firmeza, que tudo que ele falava parecia ser verdade.

-Por que você é servo do duque, é por dinheiro? – Lisa era uma garota muito curiosa, se fosse dada uma abertura ela iria fazer perguntas até a pessoa não poder responder mais.

-Não sou servo dele, não faço isso por dinheiro. Dinheiro é só uma coisa que o ser humano inventou para estar acima do outro sem precisar ser mais forte, mais habilidoso ou mais incrível. Faço por motivos que eu ainda não posso revelar e chega de perguntas – ele encerrou o que poderia ser o inicio de uma conversa.

                                                                             X

Dante agora estava num lugar a céu aberto no ultimo andar da mansão, a cobertura estava sem proteção, ou simplesmente era pra ser daquele jeito. E lá tinha mais um trono. Logo o duque chegou, com uma roupa diferente, um vestido vermelho puro. Ele não se importava muito com a roupa e um vestido era confortável o suficiente para ele. Decidira sempre usar vestido, depois da primeira vez que vestiu um. Mas na verdade era só uma cortina enrolada nele.

Logo o desafiante chegou. Helem o que parecia ser o mais fraco, mas era inteligente o bastante para fazer as melhores armadilhas e trapaças possíveis. Como já foi dito ele é franzino e se aproveita dos homens que o subestimam. Baixo, feio. Dois dentes saltavam da sua boca dando a aparência de um coelho, varias verrugas, espinhas e sardas no rosto. Cabelo liso preto penteados para os dois lados formando um traço calvo no meio. 

Ele veio com uma faca na mão. Pela forma como segurava nem parecia saber usar aquele instrumento. Roupas largas soltas no corpo para não atrapalhar os breves movimentos. Olhos abatidos de um animal indefeso, mas um sorriso claro no rosto de uma hyena.

A única regra dessa batalha era a proibição do uso de magias.

-Você não passa dessa cavaleiro negro! – O duque deu sinal pra que começasse a batalha – comecem!

Dante ficou parado, ele costuma ver as habilidades do oponente antes de lutar, por isso nunca iniciava uma batalha, só quando realmente precisava ou quando não tinha tempo. Helem fez um movimento com a faca fazendo menção de jogar ela e foi isso que ele fez. Facilmente Dante se esquivou da faca. Pulando para o lado.

Dante pisou no chão e sentiu-o tremer, o que era solido agora estava liquido e ele foi afundando.

-Simples! – Helem já se dava como vencedor – agora só preciso deixar o chão como estava de novo e ele morre.

A faca foi jogada para tirar a atenção de Dante, rapidamente Helem fez alguns gestos arcanos e usou uma magia de terra.

Se aproximou de onde estava liquido e ele fez o chão voltar ao normal, fazendo alguns gestos arcanos com muita velocidade e o chão estava voltando a ficar solido. Mas pouco antes de tudo ficar solido a mão de Dante saiu do liquido cinza e segurou a perna de Helem, mas de nada adiantou por que tudo voltou a ser chão, tudo voltou a ser o que era antes. E Dante não estava lá antes por isso foi amassado.

A trapaça estava tão clara como o sol da manha, mas quem se importava, Dante havia sido derrotado e isso era a única coisa que importava.

O duque aplaudiu.

Logo Helem era o vencedor. Foi andar tentando tirar a mão de Dante, mas não deu certo. A mão estava bem fixa e começava a apertar a perna do homem.

Um som estranho foi ouvido e como num passe de mágica. Helem tinha sumido e Dante estava na superfície. Da mesma forma que estava antes da luta começar.

-Como você fez isso? – O duque não acreditava.

-Um ilusionista nunca conta seu truque, então por que eu iria contar o meu? – Dante sorriu provocando Clevaus.

-E onde esta Helem? – o duque se levantou muito irritado.

-Ele esta onde eu estava, mas duvido que esteja vivo ainda, deve estar esmagado – Dante estava confiante – pode me levar pro próximo desafio logo, estou entediado.

Ninguém que estava no local conseguiu ver ou entender o que tinha acontecido. Dante não era mago, então como ele havia feito aquilo? E como ninguém viu o que ele tinha feito?

Perguntas que provavelmente não seriam respondidas, por ninguém além de Dante. A espada na mão dele brilhava como nunca, poderia ser ela a resposta?

Dante odiava trapaça e não havia sido fácil conseguir aquela espada, mas lá estava ela com ele. Helem queria se aproveitar usando um ataque mágico que seu adversário não esperasse, mas acabou sendo o fim dele trapacear.

-Dá próxima vez você não escapa! – o Duque estava com tanta raiva que acabou dando um tapa em uma das concubinas que lhe serviam. 

Dante olhou e quase partiu pra cima de Clevaus, mas se segurou, por que tinha que salvar Lisa. Matar o duque só causaria a morte dela.

Dante estava mais furioso ainda com a trapaça, mas fingiu não ter percebido, por que ele acabara fazendo o mesmo, usando um item mágico.

                                                                                          X

O próximo local era fora da mansão, a luz da lua nova, na floresta escura. Não estava claro nem muito escuro. Os animais próximos se afastaram pressentindo algum perigo. Dante causava isso nos animais.

Dante pensou “vai se arrepender por me deixar lutar a luz da lua”.

-A batalha não tem regras toda à floresta é o campo de batalha e quem acertar o primeiro golpe vence – mais uma das concubinas discursava o que precisava ser dito.

-Mas antes de começar, eu quero fazer uma aposta com você, já que não combinamos nada, se você ganhar todas as lutas eu devolvo a garota sem nem tocar nela, mas se você perder eu vou te sacrificar. Oferenda para os lordes da profundeza – O conde gargalhava com o que falava.

O lorde das profundezas era um ser do submundo, ou melhor, era um dos governantes do submundo o mais próximo de um rei na superfície, poucos haviam sobrado, era uma raça que odiava a si mesmo e por isso matara seus semelhantes. Um reinava e outros se escondiam, mas eram realmente poucos e procriação não era uma coisa simples e já não havia mais na vida daqueles seres. Porem eles viviam muito, séculos, claro se não fossem assassinados.

-Então você sabe sobre Baator? Não importa eu aceito o desafio – Dante sentiu uma nostalgia quando ouviu o nome Lorde das profundezas, mas não achava que o duque tinha ido ao submundo que era na verdade só outro nome para Baator.

Dante estava com sua espada de novo e seu adversário apareceu. Era o ninja, vestido todo de preto para não ser visto com facilidade. Só a parte dos olhos era vista e mostrava seus olhos pretos.

A ordem foi dada para o inicio da luta e o ninja havia sumido. Dante o perdeu de vista e agora estava em desvantagem.

A luta de um único ataque era mais difícil que a normal. Quem atacava não poderia correr o risco de ser atacado. Por isso a melhor opção era se esconder e usar um ataque surpresa. Coisa rotineira para um ninja e para Dante era uma luta difícil. Estratégia pura, coisa que Dante não usava, ele se jogava numa luta sem medo de morrer.

Dante se escondeu atrás de uma árvore e as primeiras estrelas ninjas atingiram o tronco da mesma.

A espada estava posicionada. Dante observou a trajetória dos objetos e viu um brilho no meio das arvores. Pensou que poderia ser uma armadilha, mas tinha que arriscar.

Correu em direção ao objeto que brilhava.

Três kunais vieram em sua direção. Ele rebateu duas e a outra ele pode  se esquivar. Numa velocidade incrível Dante chegou ao tal local onde o objeto brilhava e no fim era uma armadilha.

Ao pisar próximo ao local ele acionou uma rede que caiu sobre ele. Rapidamente ele cortou a rede e saiu da armadilha, mas não esperava que mais ataques viessem.

De todos os lados vinham kunais e estrelas ninjas na direção de Dante que teve que rebater quase todas. Uma caiu próximo ao pé de Dante. Ele se aliviou por não ter lhe atingido.

Mas foi proposital por que a kunai estava com uma faísca acessa e pólvora, o que daria uma boa explosão. Dante correu o máximo que pode e viu a explosão de longe.

Como um animal Dante farejou e sentiu o cheiro de pólvora bem acima dele. O ninja estava acompanhando todos os paços de Dante o fazendo de idiota.

Ele estava em cima de muitas arvores e estava bem protegido nenhum ataque atingiria ele ali, mas Dante não precisava subir, só precisava fazer o ninja descer.

Com velocidade Dante derrubou todas as arvores ao redor, cada corte derrubava uma arvore. Usava a força de um cavaleiro e a precisão de um samurai. Dante era mestre em vários estilos de espada.

Logo o ninja despencou de uma arvore que estava caindo e Dante mais rápido que a queda cortou também o ninja.  Um corte simples só para provar que tinha vencido.

Mais uma vez Dante venceu. Mais uma vez o Duque ficou furioso. E mais uma luta seria organizada.

                                                                                 X

-Eu preciso da sua ajuda – o homem cego de cabelos verdes pedia a Lisa.

-Mas você não vai lutar contra Dante? – Lisa não entendeu o pedido de ajuda.

-Não, eu não vou lutar contra Dante, na verdade eu quero cooperar com ele, mas antes eu preciso ter certeza de uma coisa – Snake saiu da posição de meditação.

-Do que? – Lisa fez mais uma pergunta e estava surpresa por ouvir aquele homem dizer isso.

-Preciso saber em que o Duque esta metido... – Snake colocou o dedo indicador na boca para fazer Lisa ficar quieta – não faça barulho, alguém esta vindo.

-Senhor a luta seguinte a que esta acontecendo é a sua, por favor, dirija-se ao local onde ela será realizada – um serviçal de armadura e espada veio informar Snake – eu fico com a prisioneira.

Snake se levantou e desferiu um golpe na nuca do serviçal que desmaiou no mesmo momento. Logo pegou as chaves e abriu a cela onde Lisa estava.

-Por que você não me soltou antes? – Lisa perguntou indignada.

-Por que eu não sabia que o seu amigo poderia derrotar três dos cinco melhores guerreiros daqui – Snake não costumava falar muito, mas agora ele dava muita importância às palavras, devia ter esperado bastante tempo por uma chance dessas – vou por o meu plano em pratica.

-Tudo bem se for para atrapalhar o Duque eu te ajudo – a maga resolveu ajudar a cobra.

                                                                       X

-Meu caro agora você vai ter uma boa luta de espadas – o guerreiro loiro de espada de pouco antes na entrada cumprimentou Dante. – Mas obviamente você vai perder, prazer me chamo Dom Xevantes!

-Pode me chamar de Dante – devolveu o cumprimento.

-Filho não enrole, derrote esse bastardo de uma vez! – O Duque estava todo sujo, havia acabado de terminar sua refeição, destruiu um banquete.

O filho era totalmente diferente do pai, era guerreiro, o pai nunca havia segurado uma espada. O filho era bonito e garboso, o pai era sujo. Ao menos uma coisa era igual, os dois eram corrompidos. O pai tinha corrompido o filho.

A luta agora seria num dos aposentos da mansão o quarto na verdade era só mais um lugar para lutas, nas paredes haviam varias armas, todos os tamanhos todos os tipos, prontas para cortar, furar e amassar. Mas a direita só tinham arcos e flechas, no meio as espadas atrás tinham lanças e na esquerda armas de todos os tipos, maças de guerra, bestas, machados e etc.

-Escolha a arma que quiser – Dom permitiu, que Dante se armasse.

-Não preciso, essa espada pra mim é o bastante e se quiser que eu lute desarmado eu lhe darei ela – Dante mais convencido do que nunca, só deixava o adversário com raiva.   

-Já estou pronto também – Dom estava com uma armadura de ferro puro, pesada e bem protegida, o helmo era simples, mas lembrava a cabeça de um cachorro, sua espada longa era grande e pesada, movimentos lentos, mas força. Era esse o estilo de luta dele.

A luta dessa vez seria até a morte, sem desistência sem piedade. O adversário que continuasse vivo venceria. E o Duque apostara seu filho, ou confiava de mais nele. E não havia regras, só morte.

-Que comecem então e que Dante morra dessa vez! – O duque decretou o inicio do duelo até a morte.

Dom rodeou Dante esperando uma brecha. Dante ficou parado encarando seu adversário. Não parecia uma luta justa, Dante já havia enfrentado três guerreiros e não estava de armadura, sua espada era uma leve e curta, não causaria nenhuma abertura naquela armadura enorme e pesada. Era o que parecia.

Dom investiu pra cima de Dante e consegui desferir um golpe que passou de raspão no braço de Dante, fazendo um corte leve. No mesmo ataque Dante também desferiu um golpe que só fez faísca nem riscou a armadura.

Um sorriso se fez por trás do helmo.

Mais cedo os serviçais prepararam a espada com veneno de escorpião altamente nocivo.

Dante sentiu uma tontura e parecia uma trapaça, mas não era, por que não havia regras para serem quebradas. Só morte.

Dante caiu de joelhos e desabou.

                                                                        X

Snake entrou no local da ultima luta, Lisa estava junto a ele, os dois percorreram um longo caminho até chegar até lá. E viram o corpo.

Estava morto, uma espada perfurou o seu corpo, perfurou seu coração.

Dom havia sido derrotado, mas como? Se Dante estava envenenado.

-Dante! – Lisa esboçou um sorriso no rosto quando o viu vivo, mas logo fechou o rosto ao ver o Duque.

-Como você fez isso, como? – O duque não acreditava, seu filho havia sido derrotado facilmente, mesmo com a grande vantagem, mesmo com o veneno na espada – Era pra você morrer com o veneno, nenhum humano sobreviveria aquele veneno.

-Não posso responder a sua pergunta, e você não iria entender se eu respondesse – Dante não se vangloriava, a morte era parte da vida dele, mas Dante não comemorava uma morte, ele sabia bem o que era morrer.

-Mate ele! – O duque viu Snake e já lhe deu ordens, não iria chorar pelo seu filho, mas sentiria muito ódio pelo homem que havia o matado.

-Não, eu me demito – Snake abriu os olhos, eram totalmente brancos, nascera assim nunca havia enxergado, não ver era normal.

-O que você esta falando seu desgraçado! – O Duque estava com os olhos vermelhos de tanta raiva – Solte o Ferro velho! – deu ordens para um dos empregados.

-Você esta preso Duque, pelo uso de magia do sub-mundo! – Snake retirou o manto esfarrapado que vestia e revelou a vestimenta da ordem sagrada, dos cavaleiros do rei. Uma roupa branca com azul, não usava armadura para dar velocidade e flexibilidade ao corpo.

-Desgraçado! – O Duque estava desesperado – Solte logo o Ferro velho!

O serviçal correu.

-Vai se entregar pacificamente ou vai lutar? Essas são as únicas duas escolhas – Snake decretou.

-Você esta bem Dante? – Lisa perguntou preocupada.

-Por que você estaria preocupada comigo? – Dante brincou – eu nem mesmo vim aqui pra te salvar.

-Idiota! – Lisa deu um soco no corte do braço dele.

-Não precisava bater ai Dante reclamou do lugar cortado.

-Vão para o inferno! – Clevaus já estava enlouquecendo.

E um barulho de correntes foi ouvido por toda a mansão, passos pesados. Cada passo fazia o chão tremer. Logo os barulhos foram aumentando e o que vinha estava mais próximo.

-O que é isso? – Lisa se agarrou em Dante para não cair.

-Ele esta vindo e vocês vão morrer – O Duque gargalhava lunático – Todos vão morrer!

E a parede cedeu e vindo de lá saiu uma criatura enorme. Com quase quatro metros, era um Golem, mas não um simples Golem era um Golem de ferro. O corpo todo feito de metal varias partes de armaduras, dentro do helmo só escuridão. Empunhava uma espada enorme do tamanho de um humano.

Esse tipo de criatura só poderia ser criada por magos do submundo, tamanha era a sua força. E emitia medo. Criado com partes de corpos humanos e partes de armaduras e ferro.

O golem de ferro não faz nada além das ordens dadas por seu mestre, não necessita de mais nada. Não é mal só cumpri ordens.

-Mate! – O duque ainda gargalhava – Mate todos, todos que estão aqui e depois destrua a cidade.

Ao ouvir isso o Golem se mexeu e a primeira vitima, foi feita. O próprio duque.

Sua cabeça foi cordata pela espada gigante, num movimento lento, mas imparável. O Duque se equivocou ao dar a ordem e acabou pagando por isso. O golem sé fez o que foi mandado.

Dante puxou Lisa pela mão. E correu.

-Me solta, é melhor lutarmos, você vai fugir? Ele vai para cidade destruir tudo – Lisa amava aquela cidade e lutaria por ela.

-Não vou fugir e nos não vamos derrotar esse monstro do jeito que estamos – Dante olhou para o lado e viu o cavaleiro da ordem sagrada correr também – concorda?

-Sim, precisamos de reforços – Snake corria pra cidade ao lado de Dante.

-Não, nos precisamos da minha armadura, se eu estiver com minha armadura posso derrotar essa coisa – Dante falava serio, não havia um pingo de brincadeira no que ele falava.

-E em que uma armadura vai te ajudar? – Lisa não conseguia entender o que ele queria dizer.

-Ela não é uma armadura normal, não posso dar muitos detalhes, mas eu posso derrotar aquele monstro com ela – Dante não estava com medo da criatura, mas não podia por a filha de Buts em perigo.

-Mas... – Lisa iria falar, mas foi interrompida por Snake.

-Ele tem razão e não me parece mentir pela forma que fala, confie nele garota – Snake a convenceu.

-Eu vou ganhar tempo pra vocês – Snake se posicionou perto da entrada da cidade.

-Fique vivo! – Dante fez positivo pra ele.

-Eu posso ajudar também? – Lisa parou e perguntou para Dante, estava se sentindo inútil desde que foi capturada.

-Não! – Dante negou sem olhar pra ela.

-Mas eu posso usar magias de ferrugem, seria fácil derrotar esse monstro – Lisa estava confiante e não aprovava a decisão de Dante – e não é como se você manda-se em mim.

-Bom eu não mando em você, mas você me perguntou “se você devia ficar” e eu respondi que não – Dante fingia não se importar.

-Então eu vou ficar! – Lisa falou decidida.

-Não, você vem comigo, vou deixar você aos cuidados de seu pai – Dante segurou a mão dela de novo.

-Por quê? – uma veia saltou na sobrancelha de Lisa – eu posso muito bem me virar sozinha.

-Ele é imune a magia – Dante falou um pouco sem jeito – e eu não quero que você se machuque.

Lisa achou estranho, mas decidiu seguir com ele.

Dante estava sentindo algo por Lisa, algo como um irmão mais velho sente pela irmãzinha ou pelo menos era o que ele achava.

                                                                                          X

Snake tinha dificuldades, era veloz e nenhum golpe da coisa enorme se aproximou dele, mas o problema era que seus golpes também não faziam efeito no Golem.

Se aproximar era pedir pra ser partido ao meio e sem uma espada ou lança sua opção era se esquivar dos golpes até achar uma abertura para um ataque físico mais forte. E foi isso que ele fez.

O golem não tinha precisão nos ataques só usava força e havia pouca velocidade naqueles movimentos. Depois do terceiro golpe seguido o golem pôs a espada para trás e de alguma forma Snake sentiu esse movimento, com essa abertura Snake se aproximou.

A espada caiu numa rajada. O Golem pusera a espada para trás para ter mais distancia e mais força no ataque ao ver o inimigo se aproximar atacou. A espada abriu o chão.

Snake havia esquivado como uma pena do ataque e depois desferiu vários socos numa das pernas do monstro enorme. Subiu por ela sabia onde pisava. Ele via o Golem da sua forma. E com um impulso numa parte de ferro mal colocada chegou à cabeça.

O monstro lento tentou se desvencilhar do inimigo, não conseguiu. Snake desferiu um golpe num dos olhos da coisa. O fazendo urrar de dor. Pulou se saiu e se distanciou.

Mas não esperava um ataque do braço que segurava a espada. Um soco muito forte o fez cair alguns metros à frente e cuspir sangue. Algumas costelas se quebraram com o impacto.

-Eu sabia que esse adversário não era pra mim – Snake ainda no chão tentava levantar – preciso de uma lança.

Ele já havia feito muito lutando sem poder ver. Fez coisas que pessoas com olhos normais não fariam.

E uma lança apareceu, na verdade foi jogada por um dos serviçais do Duque morto.

-Mate essa fera e nos livre do duque, por favor! – Um dos serviçais implorou.

-Vou dar o meu melhor – Snake segurou a lança com toda a força.

Jogou com uma precisão de arqueiro e com força de um minotauro. A lança acertou o local onde ficaria o coração da criatura.


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Notas finais do capítulo

Pintou um clima ai perto do final ou foi impressão minha, bom ja comecei a fazer o terceiro capitulo e como esperado esta mais difícil ainda do que fazer o segundo.



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