O Cavaleiro E O Lobisomem escrita por ge-bnfo


Capítulo 12
labirinto infernal




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Os dois grupos foram por direções totalmente opostas. O grupo de Zack tinha que fazer o reconhecimento das condições do lugar, mais precisamente do pólo sul. Eles só tinham duas escolhas para ir ao tal local. Poderiam  pegar um navio ou ir por magia.

Poucos magos conseguiam esse feito. E os que podiam cobravam muito. Zack estava pensado em uma forma de conseguir dinheiro rápido sem prejudicar ninguém.

O grupo de Dante podia seguir a cavalo até onde poderia ser o local onde eles encontrariam a bussola de hades. A primeira etapa era conseguir cavalos, o que foi fácil já que Eliza era general e as pessoas gostavam dela.

Depois teriam que seguir a norte, para encontrar o labirinto infernal.

O labirinto infernal era o típico lugar em que os jovens achavam que iriam virar herói e acabavam morrendo. Não havia informações de como era o local visto por dentro. Quem entrava lá, ou não saia, ou acabava ficando doido.

Mas isso nem incomodava Dante o que incomodava eram as brigas entre Lisa e Elizabeth. Qualquer coisa era motivo para discutição.

-Você esta nos atrasando – Eliza domava o cavalo bem, diferente de Lisa.

-Não posso fazer nada, eu não estou acostumada a andar á cavalo – Lisa bufou, sabia que Elizabeth tinha razão, mas não podia aceitar isso.

-Então fique ai, vai ser melhor para nos – Eliza foi um pouco fria, mas achava necessário.

-Os incomodados que se mudem! – Lisa retrucou – você é que esta sobrando, já temos um cavaleiro, não precisamos de um terceiro homem também.

-Do que você me chamou loira burra! – Eliza perdeu a compostura e isso já tinha acontecido varias vezes, Lisa tinha esse poder.

-Chamei você de mulher-homem! – Lisa riu.

-Retire o que você disse! – Eliza colocou o cavalo para cima de Lisa.

-Nunca – ela se virou.

-Dá para parar com isso! – Dante entrou com o cavalo no meio das duas – vocês são crianças por acaso. Nos temos uma coisa seria para fazer, há muita coisa em jogo. – Dante mostrou o rosto de decepcionado.

As duas se olharam por um breve momento e tiveram que se aguentar. Dante já tinha muito peso nas suas costas e as duas sabiam, elas resolveram dar uma trégua por Dante.

-Mas no fim quem vai ficar com ele sou eu – Lisa nunca tinha assumido isso, mas fez questão de falar na frente de Elizabeth.

-Nunca vad... – Eliza pensou e se envergonhou – não me importo com ele.

                                                                       X

O grupo de Zack chegou a uma cidade não muito grande, mas tinha não perdia muito para a capital Deodon. A cidade estava em clima de festival e os festivais sempre tinham competições.

Zack teve uma idéia de como conseguir dinheiro.

-Vamos participar das competições? – Zack sugeriu para os outros.

-Seria divertido e nos podemos até ganhar algum premio – Irian concordou no mesmo instante.

-Acabou meu ouro – Gandalfr tirou os bolsos para fora da calça – preciso beber, vou participar também.

Todos olharam para Vicent que era o único que não tinha tomado uma decisão.

-Por que estão olhando para mim – Vicent se assustou – eu vou participar sim, pelo bem de Elena e da minha cidade.

-Eu vou procurar alguma competição de arco e flecha e também de xadrez se for possível – Zack olhou para Gandalfr e rapidamente pensou em que ele devia participar – você Gandalfr eu sugiro qualquer competição em que envolva força, os oponentes vão te subestimar.

-Ninguém subestimar um anão! – Gandalfr ficou nervoso e acabou por sair em busca de algum concurso.

-Irian, eu sugiro qualquer coisa que exija beleza – Zack não se conteve ao falar – uma competição de canto ou desfile seria bom para você.

-Vou me virar, não se preocupe – Irian também saiu.

-E você Vicent, eu não consigo pensar em nada, você nem pode ficar exposto ao sol – Zack se rendeu não conseguia mesmo  pensar em nada para Vicent.

-Claro, você é humano – Vicent riu vitorioso, mas não tinha vencido nada, saiu por ultimo.

                                                                        X

O grupo de Dante chegou ao local onde seria o labirinto infernal. As historias dos sobreviventes eram que o labirinto tinha vida própria, as historias que dos sobreviventes eram muito fantasiosas, mas não por isso poderiam ser só puro imaginação.  

Dante estava preparado para tudo. Se tivesse um minotauro, que viesse o minotauro. A medusa também seria uma provável habitante do lugar, ou pior grifo negro.

Com tudo, também haveria a chance de não existir ninguém para lutar. Mas Dante não parava de pensar, por que as pessoas ficavam doidas? Tinha que ter uma explicação.

Na entrada da caverna Dante que estava na frente resolveu falar.

-Eu vou entrar sozinho – Dante se decidiu – é perigoso de mais.

-Não – Eliza tentou se mostrar forte – você só veio aqui por causa de mim.

-Se ela vai, eu também vou, não sabemos o que pode acontecer – Lisa só conseguiu arranjar essa desculpa, na verdade ela estava curiosa.  

-Eu vou também – Louis tirou uma adaga que estava na perna – parece interessante e eu não vou deixar minha irmãzinha sozinha.

-Façam o que quiser – Dante teve que aceitar, sabia que não iria conseguir fazer elas mudarem de idéia – Lisa, fique sempre perto de mim.

-Certo – Lisa sorriu.

Elizabeth não sabia por que Lisa recebia tratamento especial. A ruiva acabou ficando com ciúmes, queria o mesmo tratamento, mas nunca iria falar algo assim. Precisava ser forte, ou fingir pelo menos.

O lugar estava dentro de uma caverna que não parecia ter fim. A pintura branca se destacava, a construção era muito bem arquitetada. Cada pilastra no lugar certo, paredes em todos os lugares, as plantas dava aparecia de um lugar velho, mas o próprio era muito bem cuidado.

Tudo começou a ficar mais escuro ao andar.

Dante andava na frente seguido de perto por Lisa e logo depois por Elizabeth e mais atrás estava Louis, observando bem e escrevendo num caderno descrevendo o lugar. Ele gostava de registrar as coisas. E era bom nisso.

-Tente não ficar muito distante – Dante disse para Louis que acenou afirmando.

-Vou tentar.

-Dante, eu posso segurar a sua mão? – Lisa perguntou, mas logo algo inesperado aconteceu.

Um buraco retilíneo se formou, o chão pareceu se mexer e Lisa e Elizabeth caíram. Dante tentou segurar a mão de Lisa, mas mesmo assim ela caiu. O chão voltou ao normal.

-Droga! – Dante socou o chão – sabia que não devia ter deixado elas virem.

-Alguém fez de propósito – Louis ficou serio, mas ainda sim calmo – mas vamos continuar, temos que achar a tal bussola.

-Mas... – Dante tentou falar, se sentia culpado.

-Elas podem se virar – Louis disse – acredite nas duas, mas você tem que tomar a decisão.

- Vamos continuar – Dante se decidiu – temos que dar prioridade a missão, se não só vamos cair em armadilhas – Dante usou a lógica e decidiu o melhor a se fazer – mas se tocarem num fio de cabelo de uma das duas, não vou conseguir me controlar.

-Vamos – Luis tomou a frente.

Em um andar em baixo, estavam Lisa e Eliza. As duas não se machucaram com a queda, mas o andar de baixo era mais escuro, então elas não estavam bem.

Eliza deu a mão para Lisa levantar e ela aceitou. As duas ficaram um tempo sem olhar uma para outra, mas no fim tinha que se ajudar para sair dali.

-Vamos, se ficarmos aqui, não sair não é? – Eliza falou como se fosse uma ordem, era costume do trabalho como general.

-Sim, eu quero voltar para o lado dele – Lisa tirou a poeira da roupa.

As duas andaram por um tempo, mas estava bem escuro, então Lisa resolveu invocar um animal. Era um pássaro de fogo e ele iluminou o caminho.

-Eu achei que você fosse inútil – Eliza riu, era difícil era dar uma risada – mas estou vendo que você tem seus méritos.

Lisa ficou calada, não tomou aquilo como um elogio.

Depois de andar por um tempo elas se sentaram para conversar. Queriam se conhecer melhor para ai sim poder odiar uma a outra, ou se dar bem.

Depois de conversar um pouco elas viram que não tinha tanto motivo para aquela hostilidade toda. Na verdade tinham sim, e se chamava Dante.

-Você realmente gosta dele? – Eliza perguntou.

-Sim, eu me apaixonei, ai ele desapareceu e esse sentimento aumentou, eu posso dizer que eu amo ele – Lisa se confessou – não sei como aconteceu, mas o jeito dele me fez gostar daquele idiota.

 -Eu também acabei gostando dele – Eliza resolveu se confessar também – ele é o meu primeiro amor, também não sei como eu me apaixonei, acho que foi o jeito confiante dele, ou a forma como ele me consolou quando eu precisava.

-Então vamos competir de forma justa – Lisa apertou a mão de Eliza – eu acho que somos rivais no amor.

-Sim, e agora somos amiga também não é? – Eliza perguntou.

-Claro que não, nunca seria amiga de uma ruiva – Lisa brincou e as duas riram.

                                                                   X

Zack já estava no concurso de arco e flecha há um tempo e já havia chegado a final. Um dos participantes poderia sugerir uma disputa e Zack exagerou.

-Por que não atiramos com os olhos vendados, num alvo que nos nunca vimos, por que treinando ainda dá, mas sem nunca ver – Zack sabia que iria acertar.

Por que atirar uma flecha vendado depois de muito treino não é tão difícil, mas atirar sem ter um único treino é quase impossível acertar, só a sorte faria a flecha ir na direção certa. Eles nem sabiam qual era a direção do alvo.

O outro participante teve que aceitar. Primeiro foi o homem da cidade ele atirou e a flecha fincou no chão.

Zack fez toda uma atuação se ele atirasse simplesmente as pessoas iriam achar que era magia e o concurso seria anulado. Ele colocou a flecha devagar no arco, respirou fundo, puxou sem pressa, quando puxou o máximo a flecha ele parou respirou fundo se concentrou e soltou a flecha.

A flecha estampou o alvo.

-Eu posso dar um showzinho a vocês – Zack tentou arrumar mais dinheiro – mas vão precisar me pagar muito.

Enquanto isso Irian brincava pelo festival despreocupada. Gandalfr já tinha vencido todos os concursos de luta em que tinha participado. Depois todos se reunirão.

Zack estava orgulhoso de ter conseguido todo aquele ouro.

Então todos mostrando quanto tinham ganho para poder ver se era o necessário para pagar um mago. Vicent tinha conseguido muito ouro.

-Como você conseguiu tanto? – Zack se surpreendeu, nem sabia que Vicent tinha algum talento.

-Mágica, um mágico nunca revela seu segredo – Vicent riu, sabia fazer alguns truques, mas não era um mago, era um ilusionista.

-Acho que isso é o bastante – Zack junto todo o outro numa sacola grande, que ficou pesada.

Na mesma cidade tinha um mago que oferecia uma passagem de avião para o pólo sul (kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk eu tinha que colocar isso) o nome passagem de avião era o nome da mágica usada.

Eles mostraram o outro e nem precisaram dar todo, o mago fez alguns círculos no chão e depois usou sua magia.

Alguns segundos depois eles estavam num lugar bastante frio. Neve e gelo por toda a parte.

-Droga, nos devíamos ter comprado roupas mais quentes – Zacl falou enquanto sua boca tremia.

-Não, por isso, eu achei que nos íamos precisar – Irian tirou os casacos que tinha comprado – estava barato então eu pensei que ia ajudar.

-Desculpa Irian, eu achei que você estava só brincando pelo festival – Zack olhou de uma forma melhor para ela – desculpa.

-Nos somos amigos isso não é necessário – Irian entregou os casacos.

-Então nos vamos para o norte – Zack estava com um mapa que o mago deu, tinha a posição onde eles estavam e possíveis lugares para seguir.

                                                                                X  

Dante e Louis andaram sempre na mesma direção. Essa era a única forma de não ser enganado pelo labirinto, que parecia estar vivo. Então depois de um tempo eles encontraram uma sala fechada.

A sala era escura, ao redor mais escuro ainda. No chão havia muitas ossadas e algumas usavam armaduras. Louis por um breve momento hesitou e ao contrario de Dante não estava se sentindo seguro.

Louis que estava um pouco nervoso ficou hipnotizado por um olho amarelo que estava no escuro da sala. Acabou sendo controlado.

Tirou uma adaga da canela e jogou na direção de Dante. Dante segurou a faca antes que ela o penetrasse.

-Já sei como eles morrerão aqui – Dante deu uma risada – você colocou eles para lutarem contra os seus companheiros, covardia.

A coisa que estava no escuro se escondeu e Louis investiu contra Dante. Ele estava com cinco facas em cada mão e uma na boca. Disparou uma rajada de facadas.

A metade acertou em Dante. As que acertariam pontos letais Dante esquivou e as outras ele não podia, então acabou ficando com cinco facas alojadas no corpo.

Dante fez menção de pegar a espada, mas achou que seria uma má idéia. Se aproximou de Louis numa velocidade imperceptível e acertou um soco que fez Louis desmaiar.

-Fazendo amigos se enfrentarem – Dante acabou rindo – você é ridículo, fica se escondendo no escuro, acha que eu não posso te ver?

Dante tirou uma das facas que estava na sua perna e jogou no meio do escuro. Acabou acertando uma coisa.

Ele constatou que a coisa estava morta e a trouxe para a parte mais clara.

Era um pequeno Neop, uma criatura que tem uma cabeça grande e um único olho, maldosa por natureza. Não tem braços, as pernas são longas e pode hipnotizar seus inimigos, seu corpo é de cor amarela. A faca acertou bem no centro do olho. Que é a única forma de matar essa coisa.

Dante colocou Louis nas costas se continuou o caminho.

Eliza e Lisa estavam cansadas de tanto andar. Até que encontraram uma cachoeira dentro daquele lugar. Era bem estranho, mas elas não se importaram. Algo observava de dentro da água.

Lisa se aproximou e um tentáculo se aproximou e segurou Lisa.

Eliza tirou desembainhou a espada e cortou o tentáculo, Lisa tirou o pedaço de carne de cima dela e fez alguns movimentos com as mãos, raios saíram da sua mão e atingiram a cachoeira.

O polvo gigante foi eletrocutado e acabou morrendo.

As duplas ainda encontraram muitos outros perigos e armadilhas naquele labirinto, mas ambos acabaram no mesmo lugar.

-Vocês estão bem? – Dante estava preocupado.

-Sim – Eliza afirmou.

-Você não veio nos salvar – Lisa reclamou.

-Eu acreditei em vocês e sabia que esse labirinto era pouco para vocês – Dante sorriu para as duas – ainda bem que não aconteceu nada com vocês.

Eliza ficou corada no mesmo instante e Lisa gostou do que ouviu, só não gostou de ter ouvido no plural, ficou com ciúmes.

-É aqui deve ser o fim – Louis disse – na porta esta falando que só uma pessoa pode entrar de cada vez, e não pode estar armado com nada, qualquer quebra de regras e a porta não vai se abrir.

Dante deixou a espada nas mãos de Lisa e a armadura que estava numa sacola nas mão de Eliza.

-Eu vou – Dante tomou a responsabilidade – eu sou o melhor em lutas individuais, alguma objeção?

Ninguém respondeu , até que Lisa resolveu falar.

-Tome cuidado – Lisa segurou a mão dele.

-Boa sorte – Elizabeth falou sem olhar nos olhos de Dante.

-Leve uma das minhas adagas – Louis jogou a faca – ninguém vai perceber.   

-Não, regras são regras – Dante pegou a faca e a jogou de volta.

-Você é quem sabe – Louis fingiu que não ligava.

-Vejo vocês depois – Dante abriu a porta que por sinal era enorme, entrou e a porta se fechou sozinha.


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