Lá Fora É Frio escrita por Mare


Capítulo 7
Chamando um pouco de atenção


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, explico tudo nas notas finais.
Quero dizer uma coisa: estou realmente desanimada em escrever essa fanfic, pois recebo menos de que 5 reviews por capítulo. Leitores fantasmas, se não comentarem, vou começar a estabelecer metas! (Ex: 5 reviews e posto outro capítulo). Bem, está avisado.
Boa leitura :)



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POV Lílian

Minha noite foi bem agitada. Não dormi quase nada, pensando no torneio. Confesso que também pensei um pouco nos gatos estrangeiros, mas deixe para lá.

Eu gosto do tipo de adrenalina que esse tipo de torneio me oferece, acho que vou me inscrever.

Não me contive e saí daquela cama quente. Desci as escadas do dormitório e sentei-me de frente à lareira, que estava apagada. Apenas pequenas faíscas saíam de vez em quando.

Não dei muita atenção à algumas pessoas que roncavam em outros sofás da sala. Peguei um jornal que estava em uma pequena mesa de centro.

‘TORNEIO TRIBRUXO: OS CONTRAS E A FAVORES QUE TRAZEM PARA A SOCIEDADE:

O Torneio tribruxo, realizado sempre com escolas da Europa, esse ano trouxe uma inovação: escolas de outros continentes. A Mercatta, escola brasileira, trouxe seus melhores alunos este ano, e outros sem importância, porém é uma escola que desafia o potencial de Hogwarts.

A Berkinjov, escola vinda da Alemanha, não mostra muitos pontos fracos este ano. O treinamento desta academia é muito severo, de acordo com muitos alunos, e eles vieram preparados.

Porém, esse torneio agressivo pode prejudicar o físico e a mente de jovens tão competentes? Estudos recentes feitos comprovam que sim!

A maioria dos torneios já realizados consiste em deixar um dos campeões mortos. Coincidência? Achamos que não.

As três tarefas são tão difíceis, que podem expor os campeões de cada escola em sérios riscos. Isso não é novidade.

Mas pense bem antes de orientar seu filho: vale a pena pagar um preço tão alto pela glória eterna?’

Que povo mais exagerado! Mas admito que essa matéria está um pouco estranha para ser do Profeta Diário.

Joguei o jornal de volta à mesinha. Comecei a pensar... McGonagall nunca nos exporia a um certo risco de alta gravidade deste jeito.

Mas se bem que, ao colocar seu nome no cálice, é o típico ‘Li e Aceito os Termos de Uso’. Ninguém nunca lê, mas aceita.

‘Pare de bobagens, Lílian! Isso é tudo o que você sempre desejou!’ pensei comigo mesma.

Acho que o sono estava embriagando minha mente, precisava de mais descanso.

Então subi, e me joguei na cama. Kate dormia serenamente na cama ao lado, e me perguntei se algum dia teria de novo um sono como aquele.

Porque, pelo o que acabei de ler, não vou ter.

POV Gui

Circe estava louca. TORNEIO TRIBRUXO?!?!? Eu não iria deixá-la se inscrever. Não mesmo. Ela é louca, mas não pensei que não tanto.

Pessoas morrem nesse torneio, e eu não posso perder a única pessoa que realmente se importava comigo! Se ela pensa que eu não li o profeta diário de hoje, está enganada!

Fui acordada por uma barulheira na sala comunal de Mercatta (apelidamos a sala comunal dos convidados brasileiros assim). Levantei da cama, minhas pálpebras pareciam pesadas no momento em que tentei abrir os olhos, mas só uma água no rosto e já passou.

Desci a escada aos tropeços, ainda sonolento.

–Que barulho É ESSE? Tem gente tentando dormir! –eu gritei na beira da escada.

–É só um enxerido que não sabe viver sem tomar conta da vida dos outros! –a voz de Circe gritou.

–Eu já disse que não é culpa minha se você vai esfregando esse caderno estúpido na cara de todos!

Mais pessoas iam descendo conforme o volume de voz aumentava, e reclamando como sempre.

–Como se fosse minha vontade mostrar tudo o que escrevo aqui para um idiota como você! Mas não vou perder meu tempo discutindo com você, seu... Seu... Seu MARICAS!

Então ela subiu correndo, com o caderno em mãos, em direção ao dormitório feminino, abrindo caminho entre os curiosos pela escada. Subi atrás dela. Como assim ela tinha um caderno/diário e não tinha me contado?

Abri a porta, e encontrei-a escrevendo em sua cama. As outras meninas dormiam. Ou fingiam dormir.

–Ei, Circe. O que é isto? –sussurrei, sentando na beirada de sua cama.

–Como eu desejo nessas horas aquele feitiço que não permite a entrada de meninos aqui.

–Pena que esse é o dormitório de convidados e eles não se preocupam com isso.

Ela riu com meu comentário.

–Sabe... –continuei. - David Rodrigues é realmente um maricas.

Ela esboçou um sorriso estonteante nos lábios, e fiz o mesmo.

–Quer sair daqui? –perguntei.

Ela assentiu, e fomos até o jardim de Hogwarts.

–Não se inscreva, Circe... Eu imploro...

–Esse assunto de novo? Se continuar, vou te chamar de maricas pra sempre.

–Que medo. Ok, vamos mudar de assunto. –ela riu de mim.

–Está rindo de mim ou para mim? –fiz cara de bobão.

–Seu maricas. Mudando de assunto... Eu estava pensando em publicar meu diário.

–Ah, então a Senhora Rígida resolveu ceder e irá finalmente aceitar que é uma ótima escritora?

–Mas tem um problema. Preciso da autorização da pessoa mais citada aqui.

–Ah, é verdade. Ou você pode simplesmente trocar os nomes. Fazer como se fosse uma ficção. O que acha?

–Não sei não. Acho que você não fica bem com outro nome.

Espera. O que ela acabou de dizer? Ela me citava muito naquele diário?

–Epa, epa. O que? –meus olhos estavam arregalados.

Ela estava esquisita.

–Só vou publicar depois que terminar de escrever, todas as páginas. E vai ser no fim do ano letivo. E não, você não vai ler.

Fiz cara de cachorro que caiu da mudança, e ela riu novamente.

–Além de rígida, escritora, também é bipolar?

–O que?

–À um minuto atrás, estava furiosa. Agora, rindo a toa.

–Ah, você sabe... É que agora estou com você. –ela sorriu, e consequentemente, eu também.

–Eu te amo, melhor amiga! –eu disse, e pude notar seu rosto tentando permanecer o mesmo sorriso.

POV Kate

Acordei meio zonza, acho que tinha dormido demais. Olhei no relógio, e as horas marcavam 12:00h.

Acho que, de fato, dormi demais. O sonho estava bom demais, o que eu podia fazer?

Levantei, fazendo o típico espreguiçar dos artistas: os dois braços começam lá em cima, e vão descendo lentamente.

O dia lá fora estava radiante, o sol brilhava.

Era hoje o dia das inscrições para o torneio. Olhei para a cama do lado, e não achei Lílian deitada lá.

Ela deve estar em seu lugar preferido... Debaixo da árvore mais linda da floresta proibida, lendo.

Minhas hipóteses se confirmaram quando ela entrou no dormitório com um sorrisinho bobo nos lábios, e com um livro nas mãos.

–Árvore escura, tronco grosso, clima suave e ‘A última música’? –perguntei.

–Na mosca. Perfeito! –vi que o livro não tinha mais marcador, então ela havia terminado.

–Qual o próximo da lista, senhora?

–Acho que nenhum, por enquanto. Vou me inscrever, e não vou ter tempo para ler.

–Você nem sabe se vai ser escolhida pelo cálice...

–Só falei hipotéticamente. Calma! –ela riu da minha cara.

Levantei, e me arrumei para o almoço.

–Roupa muito discreta. –Lílian comentou do outro lado do quarto.

E daí se eu gostava de usar vestidos curtos, não curtos demais que nem peruas, e saltos 15?

–E a sua não é nada notável. –eu disse. –Um suéter e uma calça cinza? Pelo amor de Merlin, Lílian! Vá se trocar agora!

–Não!

–Espera. Já sei. Se você perder uma aposta que vamos fazer agora, você veste o que eu mandar.

Peguei uma roupa do meu armário e joguei na cama dela.

–Vista isso se perder.

–Ok, qual a aposta?

–Quem conseguir um galeão de um menino bonito primeiro ganha. VALENDO!

Descemos as escadas, feito loucas. É claro que eu ia ganhar.

Cheguei ao primeiro menino que eu vi: Hugo.

–Huguinho... Tem um galeão?

–Sim, porque? –ele estava assustado. Sempre o desprezava.

–Dá o galeão logo se você quer ver uma Lílian sexy hoje no almoço. –sussurrei no ouvido dele, e imediatamente, ele me deu o galeão.

–Valeu, Hugo! Os meninos de Hogwarts agradecem!

Subi correndo, e 2 minutos depois Lílian chegou, sem galeão nenhum.

–Vista. –sorri maliciosamente.

Ela obedeceu, depois de muita reclamação, e quando saiu do banheiro, estava outra Lílian.

–É definitivo. Eu sou sua ‘vestidora’ a partir de hoje.

Ela riu envergonhada, e olhou para o próprio corpo.

A saia no joelho preta, de couro e de cós alto, estava linda. E a blusa branca enfiada dentro da saia, mais ainda. E o salto de uns 10 cm estava deslumbrante.

–É isso aí! –eu disse.

Ela fez um rabo no cabelo, então descemos para o almoço.

–Não acredito que me fez vestir isso.

Ela disse isso, e parece que todos os meninos da sala comunal estavam perplexos.

Alguém assoviou, e ela apressou o passo até o quadro/porta.

Fomos rapidamente ao refeitório (lê-se fiquei gritando para ela ir mais devagar e correndo atrás dela).

Não sei o que mais chamava atenção no Salão Principal: ela ou o cálice de fogo coberto de frente á mesa dos professores.

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Leiam as notas finais, agradeço! ♥


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Notas finais do capítulo

Bem gente, é que minha avó não estava boa de saúde, e ela acabou falecendo essa terça, e não tive muita inspiração desde então.
Só hoje, no sábado, consegui um horário calmo para sentar e escrever tudo.
Espero que tenham gostado, não se esqueçam de comentar, deixar reviews, amo vocês ♥
@cr4zyfan



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