Não Me Bate, Afinal, Eu Te Amo. escrita por Mary e Mimym


Capítulo 42
Nós duas, dois amores, o que fazer?


Notas iniciais do capítulo

Oie!! Mais um capítulo ^-^. Não vou me desculpar pela demora, acho que cansa um pouco ficar lendo várias vezes "desculpa, mas...", enfim eu (Mary) não postei ontem, porque tive ensaio e cheguei cansada em casa e sem inspiração e criatividade para desenvolver a ideia dessa capítulo, a Iasmym não pode entrar, pelos motivos dela. Bem, o nome do cap. é relacionado a um momento da história, então quando for entrar em outro assunto o nome não vai fazer sentido, vocês irão entender ao lerem XD. Sem mais delongas, boa leitura!!



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Amy ficou em silêncio e corou. Jin percebeu que havia deixado a garota sem graça e mudou de assunto.

—Então... Acho que vou indo. Daqui a pouco tem treinamento.

—Ah! Você vai lutar, né?

—Vou sim... Eu, a Elesis e o Ro... – o ruivo pôs as mãos na cabeça, não queria ter dito o nome do azulado. – Desculpa.

—Não, não precisa. Tá tudo bem.

—Bem, eu fico mais um pouquinho, tá?

—Não.

—Como?

—... – Amy não havia pensado antes de falar.

—Você quer que eu vá?

—Não. Eu... É que você vai treinar, não quero atrapalhar.

—Você não me atrapalha. Amy, eu... – Jin a olhou nos olhos e Amy paralisou.

Ele tentava falar, mas as palavras não saíam e a rosada teve que fazer alguma coisa para sair daquela situação.

—Eu... eu vou. – Amy olhou para trás – Vou... vou falar com a professora Gyna, preciso esclarecer uma dúvida.

—Tá bom e eu... eu vou me concentrar para o treino.

—Tá bom. Boa sorte. – Amy saiu dali sem ouvir o que o ruivo diria.

—“Droga Jin! Seu idiota! Como você não disse nada!? Ela é tão linda, tão meiga... Por que eu a amo??! Ela nunca vai sentir isso por mim...” – pensou o ruivo indo para perto do ginásio.

Amy correu até a sala dos professores e quando entrou só viu a Mari. Mas a rosada nem ligou, falou com a ela mesmo.

—Mari, você pode me ajudar?

—Como? – perguntou a professora sem olhar para Amy, pois estava lendo um livro.

—Preciso saber algumas respostas.

—Algum exercício? Algo da matéria que não conseguiu entender? – Mari continuava concentrada no livro.

—Nada disso, quero saber sobre uma coisa que eu não sei muito. Um sentimento.

—Se você não sabe, eu saberei por acaso? – perguntou Mari num tom frio, agora ela a olhou.

—Na verdade eu queria falar com a professora Gyna, mas não a encontrei. – Amy nem sem importou com o que dissera.

—Eu não posso te responder. E por que não continua procurando-a? Assim você me deixa em paz.

—O intervalo está acabando e eu preciso falar com alguém, agora! – Amy pôs as mãos na cintura.

Mari apenas a olhou e depois voltou a ler seu livro. A rosada não sairia dali sem saber o que queria.

—Por favor! Me ajude!

—Você conseguirá as respostas que procura, sozinha. Não precisa da minha ajuda. – a professor dizia sem tirar os olhos do livro.

—Você já deve ter amado, logo, pode me responder.

—O que?

—É! Você nunca amou?

—Amar... Essa palavra já me perturbou muito. E eu não gosto muito dela.

—Como você não pode gostar da palavra amar?? É uma palavra tão linda.

—E mentirosa e sem sentido.

—O que?

—Procura no dicionário. O que está escrito é totalmente uma tolice.

—Você é estranha e tão fria.

—Não sou estranha, porém concordo que sou fria. Mas quem ama faz coisas sem noção. Ultrapassa limites. O nome deveria ser loucura, não amor.

—Amar é muito bom! Você sorri sem motivos ao estar perto de quem ama, adora conversar com ela e por mais que esteja triste ela pode te fazer feliz, apenas estando ao seu lado, nunca sentiu isso?!

Mari não conseguiu responder de imediato, lembrou-se de quando conversou com Sieghart e o quanto adorou, nesse momento um sorriso brincou em seu rosto. Mas ela logo afastou o moreno de seus pensamentos e voltou a ficar séria.

—O que você quer saber sobre o amor?

—Por que você sorriu? – Amy não respondeu a professora.

—Hã? – Mari não entendeu.

—A senhora sorriu quando eu perguntei se nunca sentiu amor por alguém.

—Sorri? Acho que não.

—Claro que sim! Uma diva nunca mente para seus fãs. – Amy cruzou os braços.

—Desde quando sou sua fã? – disse Mari ajeitando os óculos.

—Esquece. O fato é que você sorriu e eu vi.

—Você me chamou de estranha, mas está me superando. Enfim, eu não vou discutir com você, aliás, o intervalo vai acabar e você precisa ir para a sala.

—Eu vou... Mas quando quiser falar sobre essa pessoa que te faz sorrir, é só me chamar. Adorei conversar com você, mesmo com essa sua frieza.

—Não irei querer conversar com você novamente. Mas obrigado mesmo assim.

—Faltam cinco minutos ainda para terminar o intervalo. – disse Amy olhando para o relógio da sala.

—E você pretende ficar aqui os cinco minutos?

—Sim.

—Mas eu quero ler meu livro.

—Leia depois. Vamos falar mais um pouquinho sobre o que é amar.

—Eu acho isso uma péssima ideia.

—Não ache nada, apenas converse comigo. – Amy entrou na sala e sentou-se ao lado da professora.

—E o que mais você quer conversar? – Mari percebeu que a rosada não iria sair dali mesmo e fechou o livro.

—Eu briguei com meu namorado. – a menina respondeu num tom triste.

—E você não o amo mais, é isso? – mesmo não querendo, a professora tentou entender a rosada.

—Não! Eu ainda o amo muito, mas...

—Se o ama, então volte para ele.

—Não é tão fácil assim.

—Se vocês brigaram e você ainda o ama, volte e fim de conversa. – Mari se levantou.

—Espera! Eu ainda não te contei uma coisa.

—Não precisa e não me impeça de sair de novo, por favor.

—Não estou te impedindo de nada. Só quero continuar contando tudinho.

—E é muito longo o que você quer me contar? Por que não faz isso com suas amigas?

—Porque elas estão com seus namorados e não gosto muito das meninas da minha turma, são chatas.

—Pessoas chatas não são legais... – Mari a olhou – Você não é legal.

—Está me chamando de chata?!

—Eu não disse nada.

—Mas, com certeza, pensou. – Amy ficou emburrada.

Mari percebeu que foi um tanto grosseira com a menina e voltou a se sentar.

—Continue me contando, mas não sei se poderei ajudar.

—Eu amo o Ronan.

—Você já disse isso.

—Me deixa terminar? – Amy a olhou e estava impaciente.

—Antes que termine, quero saber umas coisas, posso?

—Pode.

—Você brigou com o seu namorado e encontrou mais alguém que o substituísse?

—O que?! Como assim!? Eu não irei substituir meu namorado! – Amy se estressou.

—Ok... Acho que eu não soube usar bem as palavras Mas me responda.

—Se eu encontrei alguém? Bem... Eu conversei com o Jin, mas...

—Então você deve estar sentindo a mesma coisa, que sente pelo Ronan, pelo Jin.

—Nunca! Ele é meu amigo, na verdade... Só nos falamos hoje, não costumo ter conversas com ele.

—Viu como o amor é complicado? Você nem sabe o que sente, apenas fica com perguntas que, às vezes, são bem difíceis de responder, ou quase impossíveis. – Mari falou numa frieza, parecia mesmo não sentir nada em seu coração.

—Não amo o Jin, eu... Eu acho que não. Não posso amar alguém assim, se já amo o Ronan.

—O amor não é direcionado apenas a uma pessoa, existem vários amores.

—Uau! Você falou uma coisa bem sentimental.

—Falei? Não. Só afirmei o que é fato.

—Você não pode ser tão fria assim, até alguém como você já amou. Não me esconda nada! Me conte tudo sobre ele. – Amy pôs os cotovelos na mesa, apoiou o queixo nas mãos e piscou os olhinhos.

—Quem é ele? – Mari ficou confusa.

—Eu que quero saber quem é.

—Quem é o que?

—A pessoa que você ama.

—E quem eu amo?

—Eu estou te fazendo essa pergunta. – Amy voltou a se sentar normal.

—Não posso responder algo que não sei.

—Sabe sim! Você ama uma pessoa, ou, pelo menos, senti algo muito forte por ela.

—Não sinto nada e nem por ninguém. Talvez pelos meus livros, mas como não são pessoas, acho que não importa muito.

—Não, não importa.

Nesse momento o sinal tocou e Mari se levantou.

—Bem, acho que nossa conversa acaba por aqui. Tchau.

—Não pense que eu não descobrirei quem você ama.

—Quando descobrir, me conte. Também quero saber. – Mari a deixou sozinha na sala e saiu.

Amy se levantou da cadeira e foi para a sua sala. Enquanto corria, para não chegar atrasada, acabou esbarrando, sem querer, na professora Gyna.

—Ai! Desculpa, foi sem querer.

—Tudo bem, Amy.

—Eu queria falar com a senhora na hora do intervalo.

—Eu estava na sala da Lothos.

—Ah!

—Era importante?

—Sim, mas eu falei com a Mari.

—Você conversou com a Mari? – Gyna franziu a testa, sabia que a professora não gostava de conversas, ainda mais com alunos.

—Sim, e foi bem legal. – disse a menina, sorridente.

—Essa eu queria ver. Bem, vamos?

—Sim.

As duas foram para a sala do primeiro ano, já que Gyna daria aula lá.

Enquanto isso, na sala da Lothos, Rey e Dio estavam em silêncio, apenas ouvindo o sermão da diretora pela discussão que os dois tiveram.

A menina não questionou, estava muito confusa e com raiva do que aconteceu e do tal segredo, parecia algo muito importante e ela precisava saber. Mas conhecia Dio, ele não iria contar nada até ele mesmo se pronunciar.

Lothos terminou e dispensou a menina, mas pediu que Dio continuasse.

—Por que ele vai ficar? – indagou Rey.

—Porque é uma ordem minha, e a senhorita não deve me questionar das minhas decisões.

—Não precisava falar dessa forma, queridinha. – mesmo Rey não tendo gostado da forma que a diretora disse, não deixou de falar com um tom debochado.

—Não vai me irritar facilmente, Rey. Agora saia da sala e sem mais perguntas, por favor.

Rey jogou seu cabelo para trás ao se levantar e saiu da sala sem dizer nada.

—O que a senhora quer falar comigo?

—Dio, você sabe que falou algo que não deveria, não sabe? – Lothos sentou-se na cadeira.

—Sei, mas... Ela deve saber e eu não posso viver com isso para sempre.

—Eu entendo. Pretende contar a ela logo?

—Ainda não, talvez... Talvez antes do campeonato.

—Ela irá te perguntar várias vezes até você dizer.

—Não, a Rey sabe como eu sou, sabe que não aguento pessoas me irritando. Ela não tentaria me perturbar com perguntas sobre um segredo, que eu disse que contaria.

—Gosto desse seu gênio forte e acho que você é a pessoa certa para me ajudar.

—Hã?

—Quero que me ajude.

—Isso eu entendi. Evolui.

—É bom o senhor ter mais paciência, ou o farei ficar perto de alguém que não gosta.

—Já tenho aula com ele por obrigação, então, por favor, perto do Sieghart não.

—Então seja mais paciente. Ainda não entendi essa sua implicância com ele.

—Ele é um ser muito irritante, não gosto.

—Você não gosta de muita coisa. A não ser de uma professora.

Dio a encarou, sentiu uma fúria controla-lo, mas conseguiu se acalmar, percebeu que era um teste que Lothos estava fazendo.

—O que pretende com isso?

—Estou vendo se suporta essas coisas.

—Terei que estar perto de alguém que não gosto?

—Sim.

—Se não é o Sieghart, não pode ser o...

—Sim, quero que o treine.

—Mas por que eu?!

—Você conseguiu se controlar com o que eu disse, conseguirá se manter com a cabeça fria quando treiná-lo.

—Sabe que eu posso mata-lo, né?

—Ele também pode te matar. – Lothos sorriu, mas foi por pouco tempo.

—Mari, Zero, até mesmo o Sieghart podem treiná-lo.

—Não. Eles já estão ocupados. Zero mais ainda. Preciso de você. Está aqui na escola por um motivo. Continue com ele, treiná-lo o ajudará de alguma forma.

—Me ajudará a querer ter mais ódio dele. Aquele debochado.

—Como se você não fosse.

—Está tentando me testar de novo?

—Não. Sei que é o único capaz de treinar esse menino.

—Para o Campeonato, não é?

—Sim.

—Acha que ele pode matar alguém nesse Campeonato?

—Você sabe que ele é bem forte, ainda mais com a arma que utiliza. Sei que ele não mataria ninguém, mas estou preocupada.

—Lass irá lutar?

—Sim.

—Agora entendo sua preocupação.

—Então, comece a treiná-lo hoje mesmo.

—Não posso nem me acostumar com a ideia? – Dio tentou fazer uma brincadeira, a conversa estava séria demais.

—Não. – Lothos continuou fria.

—Eu esperava por essa reposta. Mais alguma coisa?

—Não, pode ir.

Quando Dio ia saindo da sala, a diretora o chamou.

—Espera! Tenho só mais uma coisa a dizer.

—O que? – o asmodiano parou na porta.

—Eu ainda não falei com ele, então... Dê a notícia.

—Que legal! – disse Dio ironicamente.

—Era só isso mesmo, boa sorte.

Ele saiu da sala e foi até a sua turma.

—Com licença. Posso entrar?

—Eu iria preferir que ficasse aí fora. – disse Sieghart, com um sorriso debochado no rosto.

—Não era para você estar no ginásio? – Dio ignorou o que ele disse.

—Sim, só vim avisar uma coisa, mas já estou indo.

—Bem, eu vou...

—Eu já sei.

—Como você sabe?

—Eu, Mari e Zero somos professores, certo?

—E o que isso tem a ver?

—Antes de contar as coisas para vocês, meros alunos, Lothos nos diz o que fará, não pergunta nossa opinião, apenas nos diz, logo eu sei.

—Então chame-o, já que sabe de tudo. – Dio não estava acreditando.

—Lupus! Por favor, venha aqui.

O menino se levantou, o asmodiano continuou sério, mas ficou com um pouco de raiva por Sieghart saber mesmo.

—O que foi? – perguntou Lupus num tom indiferente.

—Prontinho. – Sieghart sorriu – Não é bom fazer com que o passado interfira no presente.

—Só se esse passado te perturba até os dias atuais. Aí fica meio complicado esquecê-lo.

Lupus ficou olhando um tanto confuso, permaneceu calado, mesmo estando entediado com aquilo. O professor não disse mais nada, apenas saiu da sala e foi para o ginásio.

—Ele me chamou e saiu da sala. Por que ele fez isso?

—Porque quem precisa falar com você sou eu.

—Se for pra me irritar...

—Venha comigo.

—Eu não vou...

—Apenas me siga, quieto!

—Lupus! Aonde vai? – Rey o chamou.

—Eu irei... – o menino olhou para Dio, não tinha resposta.

—Inventa. – ele murmurou.

—Eu não quero ficar na sala, você irá treinar, então... Andarei pela escola.

—Você está estranho.

—Rey, por favor, não precisa falar para a turma toda. Eu vou e você não vai me impedir. – o menino se virou e acompanhou Dio.

Os dois chegaram num campo a céu aberto, parecia ser de futebol, por ter traves e linhas que marcavam a grama. Uma arquibancada pequena de concreto, fora isso era um espaço grande e livre.

—O que estamos fazendo aqui?

—É um ótimo lugar para usar sua arma. Não matará ninguém aqui.

—Exceto... – Lupus tirou uma de suas Scarlets e apontou – Aquele pombo.

Um tiro saiu de sua arma, acertando em cheio a ave. Logo depois, o pistoleiro apontou a arma para Dio.

—O que você quer?

—Não adianta me ameaçar com uma simples arma. – o asmodiano se virou.

—Não vai me dizer!?

—... – Dio parou, ainda de costas – Eu o treinarei.

—Não preciso disso.

—Ah! Você precisa.

—Lothos que te pediu isso? Ela falou com Zero?

—Sim e sim. Ela sabe que você é bem forte.

—Haverá pessoas tão forte quanto eu. Eu disse isso ao Zero.

—Eu sei que haverá. Mas mesmo assim ela quer que eu treine você. Não pense que estou feliz com isso.

—Também não estou. – Lupus abaixou a arma.

—Bem, já que você sabe de tudo, vamos começar.

—Espera. Não irei fazer isso.

—Como?

—Não quero treinar.

—Você não precisa... Você não quer... Mas quem decide isso sou eu e não você.

—Só irei aceitar isso se...

—Não irei te pagar.

—Não pedi nada, ainda...

—Não deixe a palavra solta no ar. O que você quer? Anda! Não tenho todo o tempo do mundo.

—Qual é o segredo?

—Hã?

—O segredo que você esconde e que é do passado da Rey. E... Pelo que percebi... – Lupus fez uma pequena pausa – Sieghart também está envolvido.

—E como você tirou essa conclusão? – Dio tentava entender.

—Você disse que protegia Rey e deu para ouvir a discussão de vocês... Se falassem baixo...

—Evolui. – Dio falava entre os dentes.

—Você falou algo sobre um segredo do passado de Rey. E ainda a pouco, você e Sieghart falaram sobre passado... É só encaixar as peças.

—Lupus, escuta bem, eu não irei falar nada! Entendeu?

—Entendi... O que é uma pena. – o rapaz se virou e saiu andando, saindo do campo.

Dio respirou fundo e deu um sorriso no canto dos lábios.

—Você sabe que minha raça tem habilidades bem interessantes?

Lupus não deu a mínima e continuou andando.

—Eu posso fazer pessoas e objetos levitarem. Então... Acho que não se importaria se eu pegasse, emprestado, a sua querida Scarlet, se importaria?

Logo após o que Dio disse, a arma que estava na cintura de Lupus começou a flutuar e ir em direção ao asmodiano.

—O que?! – Lupus se espantou e parou de andar.

—Por que parou? Continue!

—Me devolve. – ele virou.

—Treine.

—Irei falar com a Lothos.

—Ela que me pediu e você sabe disso. Ela concordará comigo.

—A pistola é minha.

—Sim. Mas eu dei a palavra a Lothos que iria te treinar, então não dificulte nada, apenas treine.

—Ok. – Lupus o encarou.

Dio deixou a arma no chão e foi para a arquibancada. Lupus ficou com muita raiva, mas se manteve sério.

—Use todas as habilidades. Mire em um alvo.

—Pode ser você? – pela primeira vez, Lupus abriu um sorriso.

—Ainda não. Eu serie alvo de outro treinamento. Vamos começar pelo básico.

—Isso é sério? Você alegrou meu dia dizendo que tenho a oportunidade de mata-lo.

—Bom saber. Mas não sei se é bom afirmar algo.

—Acha mesmo que não irei te matar?

—Acho não, tenho certeza.

Lupus o encarou. Posicionou-se no centro do campo.

—Posso começar meu show de balas?

—Pode. – disse Lothos se aproximando de Dio.

—O que faz aqui?

—Dio, eu quero que não fale nada sobre o segredo, mesmo se o Lupus...

—Me chantagear? Ele já fez isso, mas eu dei um jeito dele ficar quietinho e não me perturbar.

—O que fez?

—Ele não ficou nada feliz ao ver uma das Scarlets em minha mão.

—Bom saber que não terá muito trabalho com ele.

—É... Só terei que aguentar esse garoto cínico.

—Você consegue. – Lothos olhou para Lupus – Por que ainda não começou seu show de balas?

O rapaz permaneceu sério, sacou a arma e deu início.

—Pulverizar!

Após dar alguns tiros, ele deu um chute no ar e finalizou com mais tiros.

—Caninos Gêmeos!

Dessa vez ele atirou para os dois lados, podendo atingir qualquer coisa a uma média distancia.

—Tormenta de... – Lothos o interrompeu.

—Lupus! Eu peço que, na luta, lute como aqui. Controladamente.

—Acha que, só porque o Lass irá lutar, eu posso... – ele riu – Não se preocupe.

—Bem, se me der a sua palavra, não irei me preocupar. Continue com o treino, eu já vou.

Dio não disse nada, nem se despediu, assim como Lupus. A diretora saiu e o menino continuou.

—Tormenta de Tiros!

Dio ficou espantado com a magnitude da habilidade, uma fenda no espaço surgiu e faz as balas caírem como chuva. Era algo incrível e assustador.

—Pretende usar? – perguntou Dio, fazendo Lupus parar.

—Se for necessário.

—Você quer ganhar mesmo esse Campeonato?

—Você acha que irei lutar por diversão? É claro que quero ganhar! E vou.

—Continue então.

—Disparo Final!

Nessa habilidade ele lançou seis granadas em volta de si mesmo e atirou nelas, fazendo uma grande explosão como se quebrasse o ar.

—Agora eu realmente entendi a preocupação da Lothos. – disse Dio num tom baixo.

—Quando eu começo a atirar em você? – perguntou Lupus.

—Hoje não, eu só quis conhecer seu verdadeiro poder. Já pude tirar minhas conclusões. Pode voltar para a sala. Amanhã treinaremos de novo, aqui mesmo.

—Ok.

Dio continuou na arquibancada, pensativo. Lupus não voltou para a sala, foi ver como estava o treino. Parou na porta do ginásio, ninguém o viu. Tentou encontrar Rey, mas acabou vendo Lin lutando. Não conseguiu tirar os olhos dela, aquele sentimento estranho voltou e ele não aceitou sentir aquilo novamente, então continuou procurando Rey e a encontrou, perto de Lass. Lupus fechou os olhos, como se tivesse lembrando-se de algo, balançou a cabeça afastando tais pensamentos, ou lembranças. Decidiu sair dali e fazer o que falou para Rey, andou pela escola.

O treinamento foi bem agitado. Dessa vez, nem Lire e nem Arme foram ver. Mari usou sua habilidade de Tecnomaga, e para seu estilo de treino escolheu o Campo Eletrônico para ajuda-la. Os alunos deveriam chegar até ela, mas teriam que passar pelo campo de eletricidade. Foi bem complicado, ninguém conseguiu e Mari disse que iria continuar com aquele treinamento até que alguém conseguisse.

Sieghart fez uma luta com cada aluno, ninguém conseguiu encostar nele. Lutou várias vezes, mas mesmo assim continuava ileso, só os alunos que acabavam a luta ofegantes e cansados.

No treinamento de Zero também teve luta, mas foram os alunos contra os alunos, ele sempre intercalava e mudava as duplas, como um sobrava, entrava no lugar do derrotado. Sempre interferia na luta, para continuar testando a concentração deles. Até Lin foi “desaprovada” no treino.

Foi um dia bem pegado para os alunos, pouquíssimos tiveram elogios dos professores.

Mari, de vez em quando, olhava disfarçadamente para Sieghart, mesmo não querendo. Parecia automático. A conversa com a Amy, entre outros acontecimentos, mexeu com ela. Era o tal sentimento, o amor?

 


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Notas finais do capítulo

Segredos... Treinamentos... Amor... O que vocês acham que vai acontecer?? Já dá pra ter uma ideia de como será esse Campeonato?? Garanto que terá muuuitas emoções.



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