Everything Can Change escrita por Sam


Capítulo 9
Acidente


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Boa leitura



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POV’s Rick

– Eu sabia! Lá no fundo eu sabia que isso ia dar merda! – Berrei me levantando e entrando em casa. – Por que justo a Isabelly? Eu sou um idiota! – Peguei meu celular, minha carteira e as chaves do carro que tinha alugado no dia anterior e continuei gritando pra mim mesmo. – Procuro ajuda, ela é a única que eu acho e ainda me dou mal! Nunca devia ter contado nada!

Entrei no carro preto que eu havia alugado e comecei a dirigir. Pra onde? Eu não fazia a mínima ideia! Eu não sabia onde Stew estava, eu não sabia onde ficava nada, pois a pessoa que iria me ajudar foi expulsa da casa da Stew, e eu estava andando muito rápido. Acho que estava a quase cem por hora, mas eu não ligava. Eu não ligaria se levasse uma multa ou provocasse um acidente. Eu queria me desculpar com a “minha” princesa. Um dia ela seria minha. Continuei acelerando, pensando que poderia ter a sorte de alcançar o carro da mãe da Anne. Se ao menos eu o reconhecesse...

POV’s Anne

Minha mãe parou em frente a casa da Stew, mas nem ao menos precisou buzinar. Ela saiu correndo de lá de dentro e entrou depressa no carro.

– Por favor, acelera! – Ela disse desesperada. Rick estava correndo atrás dela.

Minha mãe entendeu e acelerou. Ela olhou pra trás e a acompanhei. Rick estava sentado no meio-fio, chorando.

– O que aconteceu? – Ela estava com lágrimas nos olhos.

– Isabelly aconteceu! – Ela respondeu friamente e eu não acreditei.

– Não! Aquela vaca? – Minha mãe me olhou pelo retrovisor e eu me desculpei. – O que ela estava fazendo aqui?

– Eu não sei. Ela chegou ontem à noite, com Rick. Eles subiram pro quarto e, quando acordei, eles estavam rindo e tomando café. O MEU café! Na MINHA casa!

– Por que ela estava lá? – Eu estava pasma. Stew me contou tudo sobre sua vida antes de São Paulo, e o que aquela garota fez não foi nem um pouco legal!

– Eu não sei e nem quero saber! Ela começou a me insultar e eu a expulsei de casa. Ele quis se explicar, mas eu saí. O resto vocês viram...

– Não acredito! – Fiquei chocada, mas sabia que devia falar algo. – Você tem que falar com ele...

– O que? – Ela olhou pra mim, surpresa.

– Isso mesmo! Ele é seu melhor amigo e seu par pra primeira dança da sua festa de dezesseis anos, que é hoje! Trate de falar com ele! – Falei confiante, olhando pra frente.

POV’s Stew

Acho que Anne estava certa, mas não era tão fácil assim...

– Ah, eu não sei... Ele foi longe demais... – Falei e fiquei pensando por um tempo.

– Quantas vezes uma de nós não foi longe demais? Quantas vezes VOCÊ foi longe demais com ele, com esse seu ciúme possessivo? – É. Eu ainda tenho ciúme possessivo. Sei que não é legal, mas fazer o que?

– Eu concordo com a Anne, Stew. – Acho que Anne pensou: “Minha mãe concordando com o que eu falo?”, pois fez uma careta estranha. OK, elas era muito companheiras, mas nunca concordavam em nada. As idéias eram completamente diferentes! – Acho que se você gosta dele de verdade, e esse gostar pode ser de amizade TAMBÉM, você deve perdoá-lo. Fale com ele, ouça seus motivos e pense no assunto.

Encostei a cabeça no vidro e comecei a pensar em vários momentos só nossos. Como, por exemplo, a vez que ficamos conversando em frente ao barracão onde fazíamos teatro, depois que todos foram embora. Deitamos no chão e ficamos conversando sobre coisas banais e rindo. Ou, uma vez em que ele ganhou um prêmio de melhor ator coadjuvante e fiquei tão orgulhosa que subi no palco com ele e fiz o maior fuzuê comemorando. Teve uma outra vez em que estávamos em um acampamento, quando eu ainda gostava dele, mas ele ainda não sabia. À tarde, tínhamos que fazer tarefas, como: limpar salas, lavar banheiros e organizar as camas. Eu tinha acabado minhas atividades e ele estava lavando um banheiro comum, ao lado da quadra de futebol. Começamos a conversar, sozinhos, e acabamos chegando à assuntos bem “íntimos”, se é que você me entende. Não são todas as amizades coloridas em que a garota sabe o tamanho do "júnior". Era uma das coisas que nos fazia um casal de amigos beeeeem diferente dos demais. Acho que era um dos motivos que todos pensavam que iríamos acabar nos casando.

“Será que eu ainda gosto dele?... NÃO! Stew, se controla! VOCÊ NÃO GOSTA DO RICK! É SÓ AMIZADE DEMAIS!”, gritei em pensamento pra mim mesma. É. Eu não sou normal...

POV’s Rick

Tive um pressentimento ruim, seguido por um arrepio na espinha. Nem liguei. Deveria ser meu cérebro, pedindo pra eu diminuir a velocidade. Ouvi barulhos de sirene atrás de mim. DROGA! Eu estava a mais de cem por ora, o que mais poderia ser? Diminui a velocidade e, quando ia encostar o carro, o carro da polícia passou direto, seguido por uma ambulância. Acontecera algum acidente. Continuei dirigindo, um pouco mais devagar. Senti uma pontada no peito. Algo de errado estava acontecendo. Dirigi por mais alguns minutos e cheguei ao local do acidente. Estacionei o carro em uma vaga e saí. Havia um carro preto todo amassado no meio da rua e um outro vermelho na frente. Acho que o carro vermelho não respeitou o sinal vermelho e acabou provocando um acidente. “Espera aí, eu conheço esse carro preto...”, pensei e cheguei mais perto. Havia uma mulher loira no chão, ela estava toda ensangüentada, acho que deveria ser a motorista, pois estava abandonada ao lado esquerdo do carro. Pelo que eu percebi, estava morta. A parte da frente estava muito amassada. Com certeza não teria concerto. Uma menina loira estava no chão, ao lado do corpo. Ela estava com o rosto entre as pernas, chorando. Meu coração disparou quando vi quem era. Fiquei desesperado. Saí correndo pra perto ambulância e vi o que nunca desejaria ter visto em toda a minha vida. Minha princesa.


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Notas finais do capítulo

E aí? Digam o que acharam! ADORO receber comentários!



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