A Ordem escrita por carol_marie87


Capítulo 2
Capítulo 2 - A cidade das maçãs




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POV Bella Havíamos saído da capital dinamarquesa há 10 minutos e nos dirigíamos a Brigite que ficava a 100 km. Edward estava dirigindo e Jacob e Nessie estavam no banco de trás, dormindo abraçados um ao outro. Jacob foi o único que convenceu a Nessie a aceitar a mudança. Era incrível o modo como ela ficava cada vez mais dependente dele. Senti um arrepio. Será que a hora que os dois iriam se apaixonar estava chegando¿ Nesse momento eu desejei com todas as forças, que Nessie tivesse mais tempo. Eu senti cheiro de maçã. Olhei a minha volta e vislumbrei uma floresta feita única e exclusivamente de macieiras. Os dois lados da estrada eram cercados de várias árvores com maçãs com um vermelho muito intenso. O mais intenso que eu já vira. Maçãs vermelhas cor de sangue. Apesar de eu ter deixado de se alimentar de comida humana, aquelas maçãs estavam atraindo meu apetite. Sentia como se o sabor daquelas maçãs fosse diferente de qualquer coisa que eu já tenha provada. -Chegamos – Edward me tirou de meu devaneio e me mostrou uma placa que anunciava a entrada da cidade. Era portal adornado com várias pequenas maçãs de metal com cores idênticas ás da estrada. Nunca havia visto uma construção tão delicada. Acima das inúmeras maçãs havia o nome da cidade escrita em letras de ouro com uma caligrafia perfeita. Que artista havia feito aquela obra de arte¿ -Quem fez esse portal? - perguntei sem pensar. -Não sei, mas se você quiser, eu posso descobrir. -Não precisa, foi só curiosidade. É muito lindo. -Se você acha o portal de entrada lindo, devia conhecer o resto da cidade. Ele não estava brincando, a cidade era mesmo linda. Havia várias casas rosa e branco semelhantes a casas de boneca, com jardins enormes. Em cada um dos jardins havia uma macieira. -Nesta cidade maçãs é o que não falta – comentei. -Tem razão- Edward riu- Tem três macieiras na casa que nós compramos. A mulher que nos vendeu falou que a maçã era o símbolo de Brigite Nori. Eles acreditam que se você tiver uma macieira em seu quintal, Brigite estará presente e os protegera. -Brigite está bastante presente aqui – falei tentando esconder minha apreensão, dei graças a Deus por Edward não ouvir meus pensamentos, porque eu era uma vampira que estava apavorada por ter a impressão que um monte de macieira está me olhando. Me mudei para uma cidade com árvores mal assobradas – Ela estará presente em nossa casa. -As macieira te incomodam? – ao que parece não consegui esconder. -Claro que não, são só árvores. É que é meio estranho encontrar um lugar em que a vegetação é coberta única e exclusivamente por macieiras. O que eles tem contra a laranjeira e o eucalipto? - tentei manter o clima leva. -Realmente, pinheiro cairia bem. Segundo me contaram, as mais velhas dessas árvores foram plantadas a trezentos anos pelos fundadores da cidade, em homenagem a salvadora deles, mais tarde seus descendentes transformaram a maçã no principal produto econômico da cidade, e a plantação aumentou vertiginosamente. -Deu pra ver. A produção é muito grande? -Brigite é a maior produtora de maçã da cidade. Daqui á três dias é a comemoração do aniversário de Brigite e a festa da maçã. As moças solteiras adoram ir lá para pedir marido, dizem que dá certo. -Espero que nenhuma delas queira o meu. -Nem Brigite Nori me separa de você. Gostaria de ir nesta festa? -Bom, acho que sim – de repente eu tive a sensação que algo iria acontecer nesta festa. POV Gwen -Gwen, tem certeza que não quer ir para casa? - pergunta minha mãe na porta do meu consultório - Agora você é uma mulher casada, tem que estar ao lado de seu marido. -Mãe, sabe que eu não posso – falei. Eu amava muito minha mãe, mas ela era humana e havia certas coisas sobre mim que ela não entendia – O Sr Mitch fará a passagem essa noite. -Como pode ter tanta certeza? Eu o examinei hoje e ele estava muito bem. Eu sei tanto de medicina quanto você e digo que ele vai ficar bem – falou com a voz embargada sofrendo com a possibilidade do velhinho que sempre lhe dava uma maçã antes dela entrar no hospital morrer. A morte é muito difícil para os humanos. Apesar de muitas vezes a morte ser um golpe também para nós, membros da Ordem. -Brigite me disse – falei, por mais duro que fosse ela precisava entender – Ela pediu para eu ajudá-lo na entrada do mundo dos mortos. -Você não pode salvá-lo com seus poderes? - ela me perguntou, com um olhar triste como se já soubesse a resposta. -Não. É morte natural, não posso fazer nada. -Entendo. Seu marido sabe que você está aqui? -Sim. Ele se ofereceu para ajudar, mas ele é de linha diferente, ele iria atrapalhar uma missão dessas. -Vou fingir que entendi. Pra mim, quanto menos eu souber de assuntos da Ordem melhor. Estou indo, talvez sua irmã não esteja envolvida com algo estranho, o que eu duvido. -Pode me fazer um favor, mãe? -Claro. -Eu preciso ajudar a organizar a Festa da maçã, por isso terei que me ausentar do hospital pelos próximos três dias, mas alguém marcou uma entrevista com um médico que acabou de se mudar para cidade e quer um emprego no hospital. Ele virá amanhã ás duas da tarde, o nome dele é Dr Charlise Culen. Pode entrevista-lo para mim? -Claro, é meu horário de folga. Organizar um festa é algo saudável e normal – ela enfatizou muito normal. As vezes, eu sinto pena da minha mãe, ela devia amar muito meu pai para concordar em mergulhar neste caldeirão de bizarrice que é a nossa família. De repente tive a impressão que a próxima festa da maçã será inesquecível.

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