Possessão escrita por Chappy The Bunny


Capítulo 2
Recôndito


Notas iniciais do capítulo

Hey :3
A principio era pra ser uma one-shot, mas daí isso aqui surgiu também e tá aqui. Virou uma two-shot -q



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Entrou silenciosamente no quarto e viu que ela dormia. Serena, calma, como se nada estivesse acontecendo. Às vezes ele queria apenas poder estar como ela. Não preso, mas poder se livrar das suas tarefas e apenas ressonar singelamente, igual a ela.

Sem Aizen, sem os Espadas, sem lutas, nem nada.

Ajoelhado, passou as pontas dos dedos sobre a mão dela, a fim de sentir o calor. Sentia-se bobo e ao mesmo tempo impressionado. Ela mantinha-se quente e parecia nem ao menos ligar para o frio que estava fazendo.

Seus dedos percorreram as mãos, o cabelo macio, o rosto delicado e por fim traçaram a linha da boca.

Qual deveria ser a sensação de ter aqueles lábios contra a sua pele? Questionou-se, enquanto continuava levemente a desenhá-los.

Talvez fosse injusto tentar descobrir enquanto ela dormia.

Mas ele realmente ligava se seria justo ou não? Ela não era justa com ele, sendo quem era e o mantendo em constante contradição. Porque ele deveria ser?

Aproximou-se devagar e Orihime, inconscientemente, levou a mão ao rosto, coçando os olhos com as costas do dedo e abrindo os grandes orbes castanhos.

Ele imediatamente jogou o corpo para trás e disfarçou, inventando uma desculpa qualquer:

– Vim acordá-la. Seu café da manhã será servido em breve. – Disse a primeira coisa que lhe veio a mente, esquecendo-se de que ela tinha jantado há umas três horas

Um sorriso abriu-se no rosto da mulher que assentiu, sentando-se e o encarando.

Sem dizer mais nada, deixou o quarto com uma coisa em mente, perturbando-lhe.

Ela apenas olhou as costas se afastando e deixando-a sozinha, virou-se e voltou aos seus sonhos – que não se lembraria quando acordasse, mas nele certamente todos viviam felizes. Até mesmo Ulquiorra tinha um motivo para sorrir neles.

O que teria acontecido se tivesse ido adiante?

Uma coisa ele poderia dizer que invejava Kurosaki Ichigo: se o humano estivesse em seu lugar, com certeza ela teria dado permissão para que tomasse seus lábios.

Percebeu que não queria apenas tê-la em uma redoma de vidro, como queria poder tocá-la. Queria mais ainda que ela deixasse que ele a tocasse e que explorasse cada milímetro de seu corpo minuciosamente.

Isso, com certeza, era um desejo que ninguém saberia e que ficaria escondido dentro de um baú trancado a sete chaves, no recôndito de sua alma.


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