Harry Potter O Guardião Dos Dois Mundos escrita por Potter Felipe Peverell


Capítulo 3
Capítulo 3 - Feitiços Tenebrosos Das Trevas




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    A Toca. Finalmente um lugar onde poderia conversar.     

    Desprovido totalmente de sua sanidade mental, Harry chegou à casinha torta, magicamente segura, onde galinhas reinavam no jardim, afugentando os Gnomos que tanto perturbavam os Weasley (exceto Arthur, que os achava fascinantes). As luzes da cozinha estavam acesas. Há essa hora já deviam estar jantando. Naquela noite já fazia um ano que Rony desaparecera.

    Harry pensou; já fazia um ano desde que, no meio de toda a confusão de uma sombra na meia noite e Rony desaparecera, Hermione e Harry entraram em uma porta na arvore. Claro, teriam achado suspeito, e pensaram nisso, mas a voz de Rony foi ouvida de lá então a vontade de salvá-lo venceu. Mas não deu certo.

    Por mais que Harry quisesse matar Dug para saber onde o amigo estava, não podia. Principalmente por dois motivos: Dug estava em vantagem e se Harry o matasse Dug nunca contaria onde escondeu o amigo. De fato, não se poderia fazer nada naquele momento. A única esperança era achar o mundo interior e convencê-los a lutar contra Dug.

    O mundo interior... Harry pensava muito nisso; já que os desaparecidos vão pra lá depois de certo tempo, será que Rony não estaria lá? Só o que restava era acreditar.

    Harry abriu a porta e foi recebido por seus filhos: Alvo e Lílian.

    - Papai, papai, Rosa e Hugo tem um novo cachorro! – Disse Lílian, animada.

    - Que bom. E onde está? – Perguntou Harry, procurando o cachorro.

    - Está lá no fundo. – Disse Hermione, cumprimentando Harry. – Hugo, solte a Franga!

    - O que? – Perguntou Harry, demasiado surpreso.

    - Franga é o nome da cadela deles. Ideia do Jorge.

    - Só poderia ser.

    - Harry. – Era a Sra. Weasley – É bom te ver bem. Entre, estamos começando o jantar.

    Quando chegou a cozinha, encontrou a mesa lotada de gente. À ponta, estava o Sr. Weasley, com seus cabelos grisalhos (alguns ruivos), os óculos tortos; Gina ao seu lado, Jorge, ao lado de Roxanne e Fred II; ao lado estava Angelina, mulher de Jorge; Percy; a pequena Molly, ao lado da irmã: Lucy; Audrey, a mulher de Percy; Gui; Victorie, ao lado de Teddy Lupin (Os dois estavam noivos); Dominique e Louis (filhos de Gui), ao lado de Fleur; Carlinhos (que nunca se casou); a cadeira vaga de Hermione, que se sentava ao lado de Rosa que tinha ao seu lado o irmão, Hugo; Gina; as cadeiras vazias de Alvo e Lílian; a cadeira que Sra. Weasley tinha conjurado para ele; e a cadeira onde estava sentada a Sra. Weasley, ao lado do marido. Era muita gente para uma cozinha daquelas, mas aparentava que havia sido magicamente aumentada.

    - Harry – Disseram todos, quase ao mesmo tempo.

    E do nada, Harry sentiu algo arranhando suas pernas, olhou para baixo e viu o cachorro mais feio do mundo. No meio do focinho, onde deveria estar à boca, estava um bico, e na cabeça, pairava uma crista, suas patas tinham penas e no rabo também. Agora Harry entendera o porquê de chamarem a cadela de Franga.

    Harry se sentou e se deliciou com o ensopado de galinha que a Sra. Weasley e Fleur prepararam. Estava bom e Harry estava quase acabando, quando notou Franga olhando para ele e sentiu uma repentina vontade de parar de comer.

    Um tempo depois, Gina estava ajudando a sua mãe, as crianças estavam brincando, os outros conversavam na sala e Harry estava sentado sob o pomar, onde ele e Rony jogaram Quadribol uma vez. Hermione se juntou a ele logo depois.

    - Descobriu alguma coisa, Harry?

    - Kingsley foi em casa hoje. Descobri muitas coisas.

    E Harry contou tudo que havia ouvido de Kingsley para Hermione.

    - Então Dug tem todo esse poder? Nunca havia imaginado. Mas isso existe? Tirar a alma de um trouxa e criar um bruxo? Nunca li isso. – Disse Hermione, desesperada.

    - Você continua a mesma, Mione – Disse Harry, rindo.

    - Tenho que pegar o “Feitiços Tenebrosos Das Trevas”.

    - Já tem ideia do que podemos fazer?

    - Não. Nenhuma.

    - Devo perguntar ao Malfoy onde o pai dele conseguiu a chave. Quem sabe isso ajuda.

    - É... Quem sabe. – Disse Hermione que estava distraída com o livro “Feitiços Tenebrosos Das Trevas”.

    - Hermione... Como...?

    - Como o que, Harry?

    - Na sua mão... O livro...

    - Ah! É isso. Eu treinei aparatação silenciosa.

    - O que?

  - Aparatação silenciosa, Harry. É o jeito de você aparatar e desaparatar sem ser notado. Sem aquele som de estalo de chicote, sabe?

    - Onde aprendeu isso?

    - Em “Feitiços Tenebrosos Das Trevas”

    - Hermione... Você pode ser presa por isso...

    - Não, Harry. Esse é permitido. Muitos aurores usam esse estilo de aparatação. Só assim perseguem os bruxos das trevas em silêncio.

    - Ah... E como posso... – E Harry foi interrompido por algo entre suas pernas. Era Bichento. Estava extremamente velho e caridoso. Arrastou-se até o colo de Harry, passando a pata em sua mão para que lhe coçasse a orelha. Harry começou a acariciar o gato, até que Franga pulou de cima do galho da árvore em cima de Harry, perseguindo Bichento. Foi um escarcéu. Harry pulou de susto, Bichento pulou para o colo de Hermione, que soltou o livro, que caiu na cabeça de Harry, cujo grito do mesmo assustou o gato e pulou na cara de Hermione, seguido por Franga, que fez a mesma coisa.

    Depois de toda a confusão, a casa toda tinha saído para ver o que acontecera. Hermione estava descabelada e arranhada, Harry estava pálido e Bichento e Franga haviam sumido.

    Hugo saiu correndo para ajudar Harry e Hermione.

    - A Franga sofre de “amor patagônico” – Disse Hugo

    - Amor o que? – Perguntou Harry, sem entender.

  - Acho que quis dizer “amor platônico” – Disse Hermione

    - Isso mesmo, mãe! – Assentiu Hugo, sorrindo. Foi correndo atrás da Franga.

    Hermione continuou examinando o livro e Harry olhou para a lua. Estava extremamente cheia e brilhante. Pensava em Remo. Estaria virando Lobisomem se estivesse vivo e se fosse sexta. Lembrou-se de Tonks, de seus cabelos rosa chiclete...

    - AAAAAAAAAACHEEEEEEEI! – Berrou Hermione. Harry tomou outro susto. E Bichento aparecera ao seu lado, num pulo.

- Hermione, acho bom você parar de gritar assim. – Disse Harry, bravo.

    - Olha só Harry. Esse feitiço é pior do que uma horcrux. Ele rompe a alma do pobre e inocente trouxa, transformando em maligna.

    Hermione entregou o livro para o garoto e ele leu.

    “A separação das almas consiste em romper e dissolver a alma de um trouxa para converter em dor e sofrimento. Tempos depois se tornam clones da pessoa que o fez.

    A alma de um trouxa nunca mais voltará a ser a mesma. A dor se transpassa até as trevas mais profundas de seu corpo e atravessa o sistema nervoso da pessoa, dando uma nova personalidade. Essa tipo de magia corrompe o atingido como uma droga, levando ás mais sérias consequências até mesmo à criação de novos dementadores.

    Tal poder chegou aos pés de quem era poderoso o bastante para realizar tal fato: A Morte. Após os ocorridos, o poder do feitor fica páreo ao poder do demônio, arrogantemente voraz. A fome de tal feitor engolirá o mundo em apenas segundos, e pode não haver controle de tais almas. A vida do mundo pode correr risco. Se um trouxa é atingido, deve ser morto antes da lua de sangue.

    O ministério da magia do Brasil teve problemas com tal pandemia antes, em 1999, onde mais de cinco milhões de bruxos e trouxas foram mortos. O mandante de tal crime foi o temível “Pavão Humano” desaparecido desde 1945, ano em que o antigo Lorde Voldemort começara sua rebelião e o bruxo das trevas Gerardo Grindewald fora derrotado por Alvo Dumbledore, morto em 1997”.

    - Isso é até onde sabemos. – Disse Hermione.

    - Que horror. Criação de Dementadores... – Horrorizou-se Harry

    - O pior será descobrir os motivos. – Disse Hermione.

    - Motivos do que?

    - Desse ataque. Tem que ter algum motivo.

    Harry pensou no tal “Pavão Humano”. Lembrou-se do sujeito meio homem, meio ave que vira na tumba de pedra no Reino dos Cavalleres, um ano atrás, com Hermione e Vito. Será que era o mesmo?

    Chegara a hora de ir para casa. Harry se despediu de todos e aparatou com dois dos três filhos, agora preocupado com Tiago, que estava correndo o risco de se tornar uma vítima das trevas profundas. Harry não sabia o que viria agora, mas tinha certeza de que não seria fácil.


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