Eu ainda estava no aeroporto, sabe lá na minha cidade,
Liverpool, nós não podemos pegar um voo durante o dia, só depois das 23h00 nós
podemos pegar um avião ou um ônibus, nós vivemos no meio de uma guerra muito
violenta, nós não podemos fazer nada que somos automaticamente presos e
executados.

Vi algumas pessoas entrando no avião junto comigo, um menino
que sentou ao meu lado chamado Pete estava fugindo  de seus pais que tinhas brigas constantes, lá
ele poderei reencontrar sua avó que é umas das mais sabias e antigas mulheres
que vivem  na ilha de Berlyth. Lá todos
precisam de uma  pessoa velha e sábia
para ser mentor ou mentora, ainda mais agora que a guerra vai começar e todos
estão treinando para vencer o imenso exército de Nafra.

Assim que descemos do avião decidi que não ia continuar
minha jornada com Pete eu já tinha vários problemas e  não queria arranjar mais esse. Decidi começar
a procurar logo atrás do litoral que era aonde o aeroporto se localizava e nós
havíamos pousado. Cheguei lá por volta das 9 da manhã.Fui no primeiro grupo de
pessoas que eu vi, no início eles ficaram um pouco assustados, mas logo
começaram a dialogar comigo.

- Eu sou Jedah van Dickts vocês, conhecem Knaja van Dickts?

Eles pararam um pouco para pensar e uma mulher me respondeu:

-Sim ela é da aldeia ao lado, por que procura ela?

-Ela é minha mãe. E Danny? Ele é marido dela.

-Sinto muito querida mas Danny morreu há algum tempo em uma
luta anual que ocorre aqui. Dois homens de duas aldeias brigam até a morte para
provarem qual é a tribo mais forte, e infelizmente nessa Danny morreu.

Eu fiquei chocada, eu achei que eles seriam mais pacíficos e
que pessoas que tivessem essa capacidade de pensar mais não seriam capaz de tal
brutalidade, aliás briga não é a melhor forma de resolver problemas.

-Você... você pode me levar até a tribo?- eu falei ainda um pouco atordoada, afinal era meu pai.

-Claro- ela disse.

Fomos andando até uma pequena cabana, e lá estava ela, uma
mulher morena, alta e de olhos azuis. Para falar a verdade ela tinha uma
aparência de bem jovem, pelas minhas contas ela tinha apenas 33 anos já que ela
me teve com 16 anos.

Ela me encarou rapidamente, sem me reconhecer ela  viu algum traço familiar e me perguntou:

-Você é...?

-Jedah,
Jedah van Dickts.

Ela me abraçou forte e começou a chorar, ela apenas me
encarou e não disse uma palavra, continuou quieta durante um bom tempo, ela
ficou imóvel.

-Jedah, eu nunca pensei que te veria de novo. Como você veio
parar aqui? Sua avó sabe disso?- - Bem se eu soubesse que você está viva eu com
certeza teria vindo antes, e eu peguei um avião no aeroporto clandestino que
tem em nossa cidade. E respondendo á sua última pergunta não minha avó não sabe
que estou aqui.

- VocÊ fugiu?

- Mais ou menos, mas ela me escondeu isso durante toda minha
vida, eu não poderia continuar lá sabendo que meu lugar é aqui mãe.

-Mas você não veio para cá pensando que iria para a guerra
né?

Então eu me levantei em um pulo da cadeira em que eu havia
me sentado e disse:

-É lógico que vou para a guerra.

-Jedah, discutiremos isso depois, mas agora eu vou colher alguns frutos para fazer um almoço especial para você. Enquanto isso sua irmã
Linky, vai te levar para conhecer alguns lugares aqui.

Minha irmã era parecida comigo mais tarde eu fui descobrir
que ela era era 2 anos mais velha que eu.Fomos para a floresta que se apoiava no
litoral e lá eu vi belas arvores como as da minha antiga cidade, e eu sabia eu
lá eu ia me aventurar muito, conversei bastante com minha irmã, e ela me mostrou o vulcão de Berlyth, mas ela me advertiu que lá viviam várias ninfas que podiam tanto te prejudicar quanto te ajudar. De qualquer jeito era bom ficar longe delas.