Naquele quarto com luzes de vela. Ouviam-se respirações profundas, sussurros angustiosos. Era a Anne. Tendo mais um de seus pesadelos. Um sonho de um incêndio. Assustou-se com aquelas luzes. Parecia está no meio de uma cidade.

Puft! Acordou. Alívio. Sua única pergunta depois de sair daquele lugar terrível era saber de quem era aquele sonho. Não saia da sua cabeça. Não davam para reconhecer ninguém, as pessoas estavam embaçadas, irreconhecíveis.

Estava na hora de arrumar-se para ir para a escola com sua amiga, que morava ao seu lado. Desceu a escada meio tonta, parecia ser um desafio sem fim.

Não era fácil para a sua mãe ter que acordar quase todos os dias para acalma-la de sonhos terríveis. Esse ficou na sua cabeça.

Um café da manhã rápido estava ansiosa para falar com a amiga Mallu. Era amiga desde cedo. Na época que é preciso ter alguém para empurrar o carrinho de mão, por falta de irmãos. Sua amiga era uma das poucas pessoas que acreditava nos sonhos dos outros na cabeça de Anne. Claro que Anne não saiu dizendo para todo mundo, era fato que todos iriam zoar da sua cara, e não ia acreditar. Estava claro que ficariam com medo que Anne sonhasse coisas intimas, bem chato. É a mesma coisa que dizer: Não seja falso (a), por que um dia vou saber. Se soubessem, Anne seria totalmente discriminada.

Pensamentos a Anne tinha, mas e aquele momento que ficamos sonhamos, sem saber se estamos errados ao não, ela não tinha.  É difícil imaginar que não se pode levar seu corpo na leveza de um pensamento.