O Quarto Do Fim Do Corredor escrita por Kadu Soares


Capítulo 2
uma nova familia


Notas iniciais do capítulo

este vai estar mais recheado de suspense, espero que gostem ^^



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10 anos depois...

Cristina é uma linda mulher de cabelos castanhos claros, olhos verdes esmeralda, com seus trinta e poucos anos, aparentava uma idade de uma moça de vinte. Casada com Arthur, um investigador experiente, que já passava de seus quarenta anos, tinha cabelos pretos, seus olhos era azuis cintilantes, o que não tinha um bom contraste em seu rosto, não tinha uma beleza comparada a da esposa, mas amava mais do que qualquer coisa que tinha em sua vida, o amor dos dois era algo incrível, pouquíssimas vezes brigavam e quando isso ocorria, as pazes eram feitas em menos de dez minutos.

Cristina trabalhava em casa, fazia artesanato com peças recicláveis e outros tipos de materiais, sua criatividade em fazer objetos era surpreendente. Largou a faculdade para fazer o que amava fazer, o artesanato, e viver com os amores de sua vida, Laura e Arthur tinha três filhos: Larissa, Miguel e Pedro, que eram simplesmente os maiores presente de suas vidas.

Larissa tinha apenas quatros anos de idade, seus cabelos eram iguais os da mãe, castanhos claros, seus olhos eram iguais aos de seu pai, azul cintilante, era uma linda garotinha, muito obediente e inteligente para sua idade.

Miguel e Pedro eram gêmeos, tinham seis anos e eram o reflexo do pai, entretanto era tinham a beleza de uma criança, tinha os cabelos negros e os olhos azuis cintilantes, assim eram a copia do pai.

Cristina e Arthur moravam de aluguel em uma casa próxima ao mar, entretanto Arthur recebeu uma proposta no trabalho que o mandava ir para uma pequena vila, onde ocorreram vários desaparecimentos e ele deveria ir em busca de investigá-los.

Na mesma noite que Arthur recebe a proposta sua família faz as malas e decide ir com ele, já que poderia ser muito tempo de investigação e sua família seria indispensável para que não ocorresse muito estresse durante o período.

Já com as malas prontas eles “caem na estrada” para chegar logo na vila chamada de: vila da meia noite. Ao chegar à entrada da vila avistaram logo um hotel que se destacava em meio às pequenas casas, o hotel, tinha pelo menos uns vinte andares, fazia parte dos projetos do prefeito da cidade que tinha planos para melhorar a vila, mas por alguma razão não revelada o prefeito acabou com todas as obras, e nunca mais pôs os pés na vila da meia noite.

Arthur parou o carro enfrente a delegacia local, e foi falar com o delegado sobre os desaparecimentos enquanto que sua esposa e seus filhos esperavam no carro, Cristina estava feliz pelo entusiasmo de Arthur pelo novo caso, ela vidrara o olhar na delegacia, tinha péssimas lembranças de qualquer coisa envolvida com lei ou justiça. O passado de Cristina era um segredo, nem mesmo Arthur sabia o que sua esposa tinha passado, pois quanto mais tentava saber, menos ela dizia.

Enquanto recordava as piores lembranças que tinha, Cristina virou-se para o lado e logo levara um susto tão profundo que passara horas para se recuperar. Uma velha senhora estava encostada na janela do quarto, tentava olhar que estava no carro, a velha tinha uma aparência monstruosa; seu rosto era flácido, sua pele tinha uma cor branca de cadáver, seus olhos eram pretos e deles brotavam um olhar horripilante que chegou a gelar  a espinha de Cristina, dos olhos da velha desciam lagrimas de sangue, seu cabelo estava coberto com um lenço vermelho e sua roupa era semelhante a de uma cigana, depois de vários minutos olhando para a janela a mulher foi embora deixando Cristina com medo ate de olhar para o lado.

Cristina não disse uma palavra ate a chegada de Arthur, que logo reparou que a esposa parecia ter visto um fantasma, as crianças que também estavam no carro pareciam não ter visto nada, e por isso Cristina estava ainda mais assustada.

- Vamos embora daqui, por favor- Cristina disse com uma voz tremula - eu não estou me sentindo bem.

Arthur não pensou duas vezes e acelerou o carro partindo em disparada para o hotel que avistaram ao chegar à cidade.

O hotel era o maior prédio de toda a vila, era pouco habitado, já que pouquíssimas pessoas visitavam a vila. Assim que desceu do carro, Cristina sentiu um forte vento bater em seu casaco, e quando olhou para o lado viu a mesma velha que a observava no carro. Com medo, Cristina se abraçou com Arthur, mas não disse nada, temendo que ele duvidasse de sua sanidade mental.

O casal deixou as crianças no carro e entraram no hotel para fazer o cadastro, havia apenas uma pessoa na recepção do hotel; era um velho muito estranho, aparentava uma cara de que não dormia há séculos, as olheiras e “pés de galinhas” se destacavam em seu rosto marcado pela idade. O velho estava em uma cadeira de balanço de madeira, sobre suas pernas um manto xadrez na cor vermelho e azul escuro, o velho olhava brutamente contra a janela que lhe dava a visão de fora, parecia nem ter percebido a chegada do casal, entretanto logo perguntou:

- Vieram passar a noite? – o velho perguntou mudando o olhar em direção ao casal.

Arthur então respondeu:

- Na verdade não temos tempo certo para ir embora, estou trabalhando na delegacia local, e... - o velho interrompeu dizendo:

- Tenho um quarto perfeito para vocês e seus filhos. – o silencio reinou em pelo menos 5 minutos, como aquele velho sabia da existência das crianças já que ele se quer as tinha visto?

Então Arthur perguntou:

- Como sabe que temos filhos?

O velho deu um forte suspiro e lentamente voltou seu olhar para a janela, logo depois disse:

- Eu observei vocês desde que chegaram na porta do meu hotel, é o meu trabalho, passo horas olhando para essa janela e vi no momento que seus três filhos desciam do carro e vocês os impediram já que queriam fazer o cadastro no hotel para só depois ir buscá-los.

A resposta do velho foi meio estranha, ele muito falou, mas pouco foi explicado, Cristina estava com medo, mas ali era o único lugar que tinha para se abrigar enquanto seu marido encerrava o caso, ainda com medo de que as crianças poderem estar correndo risco, ela foi ate o carro para ver como elas estavam.

Ao chegar no carro, ela reparou que as crianças estavam dormindo no banco do carro, uma com a cabeça em cima do ombro da outra, os olhos de Cristina brilhavam pela cena tão linda que avistara, então voltou para o interior do hotel, deixando as crianças trancadas no carro, da mesma forma que estavam antes dela chegar.

Quando voltou para a recepção do hotel, Cristina foi se abraçar com Arthur e o avisou que as crianças estavam bem, então o velho continuou:

- Como dizia, tenho o quarto perfeito pra vocês, entretanto ele tem apenas dois quartos, um dos quartos tem uma cama de casal, mas o outro possui três camas, então será perfeito para os seus filhos. – Um sorriso aparecia no rosto do velho, não parecia ser o mesmo que foi visto pelo casal ao chegarem ali. O velho levantou a mão lentamente em direção a Arthur e se apresentou – Meu nome é Francisco e sou o responsável por todo este hotel. – Arthur apertou a mão do velho e se apresentou junto da esposa.

O casal foi então ver o quarto, ficava no décimo terceiro andar do prédio, no fim do corredor do terceiro andar... o casal abriu a porta lentamente, e entrou, o local era aconchegante, espaçoso e simplesmente perfeito para a família, o cadastro no hotel foi feito e então o casal foi buscar as crianças que continuavam dormindo no carro, levaram-nas para o quarto onde continuavam a dormir como pequenos anjos, Cristina e Arthur deixaram os três no quarto e foram para a sala onde Arthur perguntou:

- Espero que goste passar alguns dias aqui meu amor.

- Vou estar com você, e meus filhotes, esses dias serão perfeitos – respondeu Cristina

O casal estava feliz com o quarto, mas desconhecia a tragédia que ocorrera nele.


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Notas finais do capítulo

e então gostaram? então comentem deixando sua critica sendo ela boa ou não tão boa... rs. ^^
ainda não acabou viu logo logo o novo capitulo *-*