Well Take Tomorrow, One Day At Time - Hiato escrita por Mad Hatter


Capítulo 19
A Crise Existencial de Thalia


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, como eu disse alguns capítulos atrás, eu vou viajar no dia 19 e não sei quando volto, E minhas aulas começam dia 4 também, então eu não sei quando posto de novo, e esse provavelmente vai ser o último capítulo desse mês de qualquer jeito porque não tem como eu postar de lá. O lado bom é que eu vou ter um tempinho pra escrever alguns capítulos bons.
Nesse capítulo eu decidi pelo menos tentar explicar como o Nico já sabia que tinha uma profecia, então eu vou escrever meu primeiro FLASHBACK. Desculpa qualquer coisa já, eu não sou muito experiente com esse tipo de narração...
ENJOY IT!!!



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Nico:

~Flashback On~

Eu corria desesperadamente até a Casa Grande.

Minha irmã voltou! Ela voltou!

A porta foi aberta com um estrondo. Todos pararam e me encararam estáticos enquanto eu passava os olhos por cada pessoa ali presente. Parei de procurar Bianca assim que encarei Percy.

-Ei! Onde...-dei uma pausa, recuperando o fôlego. - Onde está minha irmã? - perguntei, ainda sorrindo.

Ele trocou um olhar nervoso com Quíron, e deu um suspiro.

-Ei, Nico. - Ele se levantou devagar. - Vamos andar um pouco, está bem? Precisamos conversar.

(A Maldição do Titã, pág. 310 - adaptado)

[...]

Eu sumi dentro de uma sombra.

A primeira vez que eu viajei pelas sombras foi assustador: Espíritos do Hades gritavam coisas, pediam minha ajuda e imploravam para que eu os levasse comigo, mas tudo o que eu me lembrava era que agora eu estava sozinho, e que eu odiava meu primo mais do que eu um dia odiei meu pai por ter abandonado a mim e a Bianca.

Quando voltei a mim e percebi que estava envolto por espíritos, comecei a procurar pelo de Bianca.

Eu sentia, de alguma forma, que ela não estava ali. Que nunca estaria. Mas eu me negava a parar de procurar. Parar de tentar achá-la.   Ela era a única pessoa que eu sabia que queria meu bem, mas mesmo assim não consegui impedir a raiva dela se instalar em mim também.

Porquê ela tinha que se juntar as malditas caçadoras, afinal?

Se ela realmente se importava comigo, porquê me abandonou ali e saiu numa droga de missão, da qual tinha certeza que duas pessoas não voltariam vivas?

Me senti mais abandonado do que nunca, preso na escuridão.

Cai exausto em algum lugar, e desmaiei. Só para ser mais atormentado ainda pelos pesadelos.

[...]

- Garoto? - ouvi alguém me chamar. - Acorde logo, menino! - fui chacoalhado por mãos quentes e grandes. Abri os olhos devagar.

-Quem é você?! - praticamente gritei para o homem loiro na minha frente. Se Bianca estivesse ali, com certeza diria que ele era "gostoso"...

- Quem sou EU?! - perguntou, aparentemente indignado, e explodiu em uma risada, deixando a mostra seus dentes brancos perfeitos que, a propósito, eu nem conseguia encarar sem lacrimejar de tão brancos. - Sou EU, priminho! - ele ergueu os braços musculosos acima da cabeça, entusiasmado.

- Você faz algum tipo de comercial de pasta de dente? - essa foi a coisa mais inteligente que eu consegui pensar em perguntar na hora, o que só o fez cair na risada novamente.

-Cara, como eu senti falta de uma piada...- suspirou. - Apolo, caro priminho. Eu sou seu primo imortal, por assim dizer... Adoro esse título. - revelou.

[...]

Nos sentamos na beira da calçada, na frente de um Mc'Donalds (sacaram a piada né?kkkk) degustando dois sorvetes.

-Você vai se meter em umas poucas e boas enrascadas daqui algum tempo, priminho... Pode se preparar. - disse, e eu o encarei desafiador.

-Como sabe? Você é  vidente? - indaguei. Ingênuo, eu sei.

Ele sorriu.

-Confie em mim, Nico. Você ainda vai se apaixonar um dia... - ele suspirou, e terminou num sussurro. - ...E provavelmente não vai gostar de saber o que ela vai te contar...

- O quê? - perguntei. Ele bufou, divertido.

- Profecias são meio estranhas, Nico. Um dia você vai compreender o que eu lhe digo... - prometeu.

[...]

~Flashback Off~

Thalia dormiu em meus braços enquanto eu afagava seu cabelo com a ponta dos dedos e do nariz... Então podem imaginar minha situação quando eu acorde e aquela imbecil tinha sumido!

-Mas que droga, Thalia! - ralhei com ela, mesmo sabendo que ela não estava mais ali. Calcei os tênis numa pressa devastadora. - Você nunca me escuta!

Ela quer ferrar com a minha cabeça mesmo...

Cale-se, consciência inútil.

Coloquei minha jaqueta preta e entrei na sombra da cama. Aquela garota iria falar com o pai dela, com certeza.

Como cheguei a essa conclusão? Bem, se meu pai fosse Zeus, e tivesse tentado jogar alguns raios na minha cabeça, eu provavelmente iria estar me borrando de medo, mas não hesitaria em ir atrás dele para perguntar o que eu havia feito.

Pois é, eu sabia que ele sabia o que Thalia havia feito.

Isso ficou meio confuso, desculpe.

Thalia sempre foi previsível assim ou sou só eu que entendo ela melhor do que eu pensava? Enfim... Esqueça minha guerra de dilemas internos, eu vou continuar com a história.

Sai da sombra ao lado da mesa de recepção do Empire State, já com uma lista de umas 1000 palavras nada educadas para gritar para aquela garota irritante assim que a achasse, tamanha era minha fúria.

-600º andar, Olimpo. - falei friamente com o "porteiro", que nem se deu ao trabalho de levantar os olhos de sua revista Vogue (essa eu não vou em comentar... ¬¬').

-Muito engraçado, garoto... Tem uma audiência marcada com Júpiter também? - ele ironizou.

Agarrei a gola de sua blusa e o puxei da cadeira bruscamente.

-Primeiro : Júpiter é romano, e o Olimpo fica na Grécia. Segundo: PÉSSIMO momento para me deixar irritado... - falei, firme e frio no meu tom normal de voz, o que me fez soar meio intimidador demais, até mesmo pra mim. - 600º andar, por favor. - enfatizei o "por favor", deixando claro que não estava pedindo.

[...]

Entrei na sala dos tronos, mesmo sem ser convidado, e me instalei perto de um dos pilares que sustentavam o teto abobadado do grande palácio, se posso chamar assim.

Thalia estava ali, de costas para mim, tendo uma conversa nada amigável com Zeus.

-...Mas pai, eu...!

-Basta! - rugiu. -Você faz alguma idéia de como isso é grave?(desculpa de novo, sou Potterhead incorrigível... :|)Ártemis pode matá-la e exigir que sua alma seja levada para os Campos de Punição, se quiser! Eu mesmo faria isso se essa promessa tivesse sido feita a mim! - admitiu. Nenhum dos dois notou minha presença ali.

-Deve ter um jeito! - ela gritou e fez uma pausa, respirando fundo. - Você e os outros deuses vivem quebrando suas promessas. Por quê EU devo ser castigada?

-Você não compreende! NÓS somos imortais! Nem se quiséssemos poderíamos pagar por nossos erros nós mesmos!

-Mas ele não fez nada de errado! Fui EU quem quebrou um juramento! EU, e somente EU devo arcar com as consequências disso!

Engoli minha raiva, e sai de trás do pilar.

-Pare de tentar me proteger, por favor. - a interrompi.

Que clichê, Nico...

Ah... Cale a boca!

Zeus me encarou, vermelho. Thalia nem ao mesmo se virou. Apenas limitou-se a suspirar e abaixar a cabeça, mirando o chão.

- Vai embora antes que seja tarde, Nico. Não pode ficar aqui. - avisou ela.

Encarei Zeus, em um pedido silencioso. Ele apenas assentiu, e eu me aproximei um pouco.

-E quem vai me fazer sair? - perguntei, insolente, e ela caminhou com passadas rápidas, largas e fortes até mim, me encarou brevemente com aqueles olhos incrivelmente azuis, raiva estampada neles na forma de raios, e encostou a ponta dos dedos sobre meu umbigo.

E me eletrocutou.

Caí sentado no piso frio, abraçado ao redor de mim mesmo.

-Você enlouqueceu?! - gritei, furioso por ela ser tão teimosa.

-Não, VOCÊ é que está. Por vir atrás de mim. Agora vá embora. - respondeu, sem alterar o tom de voz. Podia ver em seus olhos que ela desandaria a chorar se eu a pressionasse. 

E ela, orgulhosa como é, não queria chorar na presença do pai.

Não queria parecer vulnerável.

Sinto muito, Thalia... Mas eu não posso fazer isso.

Finalmente, consciência! Uma coisa da qual concordamos!

- Eu prometi que não deixaria nada de ruim te acontecer, Thalia. - disse, me levantando. - Eu não vou deixar de cumprir-la... E só posso fazer isso ficando aqui com você.

Ela pediu permissão a Zeus com um olhar, e ele assentiu, irritado.

Ela se encaminhou para mim de novo.

-Eu não posso deixar você fazer isso. - admitiu num sussurro falho.

Prendi sua boca na minha puxando sua nuca em minha direção, dando o que foi provavelmente o beijo mais selvagem de minha vida.

Nos separamos, e eu lhe respondi, também num sussurro.

-Eu não estava pedindo permissão.

Ela abaixou a cabeça e sussurrou de volta.

-Estamos MUITO encrencados... -decretou.

-Então não existe novidade... - respondi, e apertei sua mão, voltando minha atenção para um Zeus aparentemente muito vermelho e irado... Não no sentido bom da coisa, e agradeci internamente por nenhum dos outros deuses terem presenciado aquela cena.

E então... Todos eles se materializaram magicamente na sala do trono, cada um se dirigindo para seu respectivo trono.

Zeus ergueu as mãos, nos "convidando" a caminhar até ele.

E caminhamos, de mãos dadas, para o que eu achei que seria o fim.

Não seja covarde, Nico. Não seja covarde.


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Notas finais do capítulo

QUERO MUITOS REVIEWS QUANDO EU VOLTAR HEIN!!!



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