A Ovelha e o Porco-espinho escrita por Silver Lady


Capítulo 10
Intervalo


Notas iniciais do capítulo

. Obrigada a todo mundo pelas palavras de apoio e compreensão, bem como pelos comentários.

Para quem ficar meio confuso, esta é a continuação do Prólogo, numa rápida volta ao presente. (lembrem-se de que os capítulos narrados aqui aconteceram meses antes). Este pedaço é curtinho porque eu estava levando muito tempo para escrever o capítulo e havia muitos leitores impacientes, então botei só esse pedacinho pra matarem a saudade, enquanto o resto não vinha.Não coloquei antes por causa das constantes atualizações do Nyah.



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Intervalo

De volta ao presente...

Vegeta fitou a mulher, sem acreditar no que ouvia. Na verdade, se não precisasse tanto de sua ajuda, teria ido embora antes, sem avisar. Esperara gritos, lágrimas, ameaças de expulsão definitiva, ou mesmo proibição de usar a nave: tudo menos aquela calma, como se ele estivesse indo passar alguns dias na cidade vizinha. Mas não ficou surpreso por muito tempo. Às vezes, achava que o raio daquela mulher lia a sua mente.


—Como sabe que vou embora? Andou me espionando?

—Bobo. Quem precisa espionar, com a mamãe lá na cozinha preparando a comidinha pra sua viagem?_ o tom e o olhar irônico de Bulma deixavam claro que a "comidinha" alimentaria um batalhão de Saiyajins_Mas mesmo antes disso eu já sabia. Papai me confirmou dois dias atrás que você havia “pedido” a ele para preparar a nave. Você esqueceu de ameaçá-lo de morte se abrisse a boca, por isso ele não achou que fosse segredo.


Vegeta deu um meio sorriso.


—Na verdade, seu pai me pediu para não esquecer a minha promessa de dar-lhe uma morte rápida e indolor, se os Andróides levarem a melhor.


Bulma revirou os olhos e suspirou.


—Isso é a cara dele.


Os dois trocaram meios-sorrisos com a excentricidade dos pais de Bulma.


—Se você não tivesse a mesma profissão de seu pai e não fosse oferecida como a loura burra, eu pensaria que foi adotada.


—COMO É QUE É?

—Entenda como quiser._ ele sorriu, fechando os olhos.


Bulma ficou cismada. Vegeta estava enrolando, e isso não era do seu feitio. Ele detestava conversa mole.


—Você não respondeu à minha pergunta.


Silêncio.


—Se esqueceu, posso perguntar de novo.


Ele parou de sorrir e lançou-lhe um olhar furioso.


"Deve estar louca para me ver pelas costas. Ótimo. Não pensei que seria tão fácil.”


—Sei muito bem o que perguntou.

Bulma abriu a boca para perguntar por que não respondera logo, mas Vegeta a silenciou com outro olhar. Não queria que ele fosse direto ao assunto?


—Preciso de mais daqueles uniformes. É a única coisa que ainda me prende aqui.


"A única coisa que ainda me prende aqui. A única coisa..." A frase cruel ecoou dentro da cabeça de Bulma, ricocheteando em suas paredes doloridas e fazendo seu coração afundar. Levou alguns segundos antes de respirar fundo e responder sem se trair:


—O que seria de você se eu não fosse uma garota rica, generosa e cheia de recursos (além de bonita)? — tirou de uma gaveta um estojinho de cápsulas e jogou-o displicentemente para ele.


Ele abriu o estojo, depois fez cara feia:

—Que brincadeira é essa? Aqui só tem quatro cápsulas.


—Hã-hã — a inventora sorriu e fez que não com o dedo — Em cada uma dessas cápsulas há um contêiner cheio de roupas. Tem suprimento aí para mais de um ano.


Qualquer outra pessoa no lugar de Vegeta teria ficado de queixo caído, porém ele apenas ergueu as sobrancelhas e guardou o estojo no bolso em silêncio. Não deveria ter ficado tão surpreso. Ambos sempre souberam que, mais cedo ou mais tarde, ele iria partir de novo. Havia apenas prorrogado a viagem.


—Está fabricando meus uniformes mais rápido agora. Para fazer o primeiro levou quase duas semanas — provocou.

Bulma deu de ombros:

—Humpf. Teria levado bem menos, se você não tivesse ficado no meu pé o tempo inteiro.

Na verdade, se não fosse por ele, teria levado bem mais tempo. Mas, e daí?


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