As Profecias. escrita por Greco Figueiredo


Capítulo 4
Indiana


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os erros de português.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/270982/chapter/4

PVO Steve


O vento estava forte. Cass não parava de vômitar, isso era realmente nojento. Estavamos voando havia três horas pelo menos e a velocidade era muito alta. Como Poseidon criou os cavalos eu tinha a habilidade de conversar com eles e eles não calavam a boca, principalmente o de Cass. Meu cavalo era totalmente preto e olhos dele eram brancos, suas asas pareciam asas de anjos, bem cuidadas. O cavalo de Minos combinava com ele, do meu ponto de vista. Tim um tom meio roxo e preto ao mesmo tempo e não parava de se mexer. O cavalo de Luck era bem branco, literamente falando. O de Walt parecia uma zebra e o de Cass não consegui ver a cor porque ele estava todo vômitado.

– Cass, vou te falar uma coisa porque seu seu amigo, porque sou seu irmão. Você fede. – disse Minos. Luck pareceu intrigado.

– Uma tempestade... MEU ZEUS, UMA TEMPESTADE! – quando ele gritou já era tarde demais. O vento ficou muito forte e os pégasos perderam a estabilidade, um tipo de furacão estava sugando a gente.

– RESISTAM! – eu disse para todos os pégasos, a confusão era grande. Estavamos voando em forma de “V” e Luck estava bem na ponta direita, ao lado do furacão, ele não conseguiu resistir e o furacão o sugou. Como o silêncio tivesse nos tomado, a tristeza. Luck não tinha como sobreviver. Porém, no meio de tudo aquilo, ele surgiu voando, seu pégaso foi sugado, mas ele voava em uma velocidade incrível. O furacão começou a se mover na nossa direção, não havia escapatória. So me lembro de ver todos meus amigos cairem para diferentes lados.



Acordei em algum hospital de Indianápolis. Estava deitado em uma maca bem na entrada do hospital, todo molhado. Havia dois médicos discutindo a minha situação, um deles dizia para outro para esperar eu acordar e me mandar embora. O teto era totalmente branco e havia duas lâmpadas dentro de uma proteção, que era vermelha e branca. A maca era bem macia, porém muito pequena até mesmo para mim. Ela tinha um metro e uns quarenta centímetros de altura eu tinha um metro e alguma coisa. Só sei que eu era mais alto. Me levantei e um dos médicos me dispensou.

– Apareceu outros quatro meninos de mais um menos a minha idade por aqui? – perguntei.

– Não. – o médico respondeu. Ele apontou a porta de saída para mim.

– Ah, onde me acharam? – perguntei.

– No Grandview Lake.

– E onde fica? Acharam um cavalo por lá?

– Fica a cinco quilômetros seguindo em direção reta. – sai do hospital e segui em linha reta. Precisava chegar até meu cavalo, ou até seus restos. Todos meus suprimentos estavam com ele. No caminho só havia casas, casas e casas. Até que avistei um lago bem grande, corri até ele. Só de chegar perto da água já me sentia melhor. Comecei a entrar. Quando tinha me dado conta estava no meio do lago e estava nadando. Do outro lado do rio, tinha uma floresta e bem na margem havia alguns destroços, marco de um pouso mal feito. Meu pégaso estava vivo e estava lá dentro, nadei até lá e entrei na mata.



Eu já tinha andando pelo menos quatro horas dentro da floresta e estava bem cansado. Uma dor de cabeça danada, devido a fome. Até que escutei um grito, rugido, algo do tipo. Só sabia que era do meu pégaso. Corri até o local e lá estava ele, lutando pela sua vida contra... Grifos? Havia três grifos e se Minos estivesse aqui iria dizer que eram estilosos. Um era branco, como a neve, outro era preto, como eu, e outro era vermelho e tinha uma cicatriz muitro grande no olho direito. Haviam cercado meu pégaso e ele estava em apuros, preso num suporte acoplado no dorso dele, estava minha bainha com a espada. O grifo preto estava bem na frente e o branco ao lado, o vermelho bem atrás. De qualquer modo eles iriam me ver, corri até a espada. Consegui, saquei ela e quando me virei uma garra afiada veio na minha direção, sem dar chance de escapatória. Com o arranhão eu voei para longe do meu pégaso que pareceu feliz e triste com a minha chegada.

– Cuidado, eles são fortes! – ele disse para mim – Ah e meu nome é Jon-Jon. – disse o pégaso. Jon-Jon? Que nome esquisito. Ele deu um coice no grifo vermelho que provavelmente tinha me atacando, o afastando. Mesmo sendo atacado e mandando para longe a adrenalina estava em meu corpo e não senti quase nada, investi contra o grifo preto, que estava me encarando. Ele veio para cima de mim, era um grifo idiota. Cravei minha espada com tudo em seu crânio e deslizei por baixo do tronco dele. O único problema foi que minha espada ficou cravada nele, ou seja, meu estilo ficou para trás. O grifo brancou viu o suposto irmão virar pózinho e veio com tudo na minha direção, mas Jon-Jon o empurrou. No meio do pó eu vi minha espada, aproveitei para pegar minha espada, quando a peguei o grifo vermelho da cicatriz cravou as garras dele com tudo no meu ombro e levantou voo. Gritei de tanta dor, mas não soltei a espada e a levantei com tudo e cravei na barriga do monstro, fazendo ele virar pó. Cai no chão, quase desmaiando. Jon-Jon havia mandando o grifo branco embora. Ele veio até mim e desmaiei.




Acordei e estava em cima de Jon-Jon. Havia pelo menos cinco pessoas na nossa volta. Todos estavam semi-nus? Prisioneiro de indíos? Não me pareceu nada legal. Resolvi fingir que ainda estava desmaiado. Depois de alguns minutos senti algumas mãos passando pelo meu corpo e me tirando do pégaso. Fui carregado até uma tenda. Ouvi uma conversa.

– Quem é esse? – perguntou um homem, de voz rouca, porém clara.

– Achamos ele e o cavalo, quase mortos. Deve ser um de nós. – disse uma voz feminina. Decidi me levantar e ver o lugar. A tenda era feita de um pano marrom e eu estava em alguma coisa dura que era para ser uma cama. Era realmente pequeno o lugar. Me levantei e saí da tenda. Os dois me viram.

– Olha quem acordou. – disse a mulher..

– Oi, meu nome é Samuel. Samuel Sullivan. Está e minha amiga, Lydia. – Samuel era um cara alto e negro, ele era totalmente careca. Lydia era uma mulher que tinha talvez uns vinte e dois anos. Ela era baixinha e tinha olhos claros. Seus cabelos eram loiros. Diferente das pessoas que me trouxeram, eles não estavam semi-nus, o que de certo modo era uma pena, adoraria ver essa Lydia só com a parte de baixo. Samuel vestia uma camisa regata preta e uma bermuda branca, estava descalço. Lydia estava com um macacão vermelho, e usava umas sandálias pretas. Suas unhas eram pintadas de preto e branco, estilo é para poucos mesmo. Samuel passou a mão pela a careca e mostrou um sorriso branco – Bem vindo a Indiana.

– Indiana? Estado ou é o nome do lugar que estamos?

– É o nome do estado e o nome do lugar que estamos – disse Lydia – Parece que o remédio já fez efeito. – ela disse enquanto olhava meus ferimentos por cima.

– Menino, qual seu nome? – perguntou Samuel.

– Steve.

– Steve, você sabe que existem deu...

– Sei. – o interrompi – Sou filho de Poseidon. – ele arregalou os olhos.

– E o quê um filho de Poseidon faz por aqui? Você é grego por falar Poseidon...

– Sim. Eu estava indo para Las Vegas e um furacão pegou a mim e os meus amigos. – olhei pela volta, tinha mais pessoas que o acampamento – Você disse que sou grego.. Existem outros? – Samuel assentiu.

– Nórdicos, Egípcios e Romanos. Os deuses Nórdicos e Egípcios são diferentes dos Romanos e Gregos, mas os deuses Gregos tem formas Romanas, logo tem dois acampamentos. Agora, por que os deuses nunca falaram isso? Eu não sei, só sei que houve guerras, choques de cultura. Sou contra isso. Por isso eu e meu irmão Joseph criamos este acampamento. Para salvar todos aqueles que queriam a paz. Ainda não conseguimos criar uma barreira mágica contra qualquer monstro, por isso você foi atacado por aqueles grifos. Os humanos nos vêem como indíos. – um menino de cabelos pretos e um pouco lisos apareceu atrás de Samuel.

– Senhor, outro ataque. Classe T.

– Toque o sinal. Steve, ache uma arma e nos ajude. – corri até o local onde estava tendo uma batalha, era numa campina. Nossos aliados lutavam de uma maneira incrível, lanças, porretes, todo tipo de arma. Eu contei muitos monstros, muitos mesmo. Estavamos em desvantagem, mas nossos campistas eram habilidosos demais. Lydia me jogou uma espada curta, já era o suficiente. Parti para a luta.



Escorpiões Gigantes são chatos. Suas garras e sua cauda ficavam me atacando muito rápido, desse jeito eu ia morrer. Ele me atacava com a cauda a cada cinco segundos. Decidi atacar. Tentei cravar a espada em sua cabeça, mas ele bloqueou com uma das garras. Usou a cauda para me matar, mas eu desviei para a esquerda. Ficamos nesse ataque-desvia por dez minutos, eu estava ficando cansado. Para minha alegria uma figura escura apareceu com uma velocidade incrível, ele usava uma armadura semi-completa e uma espada curvada, com uma meia-lua. Num movimento rápido ele cortou fora a cauda do escorpião, girou no próprio eixo e pulou em cima do escorpião, dando várias espadadas nele, até matá-lo. Ele me olhou e perguntou:

– Tudo bem?

– S-sim... – ele deu meia volta e correu de volta a luta. Eu fui também. Quando eu estava no acampamento tirava um tempo para estudar sobre os monstros, na batalha tinha muitos ciclopes e lestrigões. Um lestrigão investiu contra mim, eu me abaixei e cortei a perna dele fora, deixei ele cotoco e segui em frente, matava uns e outros. A batalha já estava quase no final. Um cicolpe me pegou por trás e me jogou longe. Me levantei um pouco tonto e o ciclope estava me observando. Ele catou um porrete do chão e veio na minha direção. Corri contra ele e cravei a espada na coxa dele, mas pareceu que não fez efeito algum, tirei a espada e recuei. Ele continuou na minha direção, achei que ia morrer. Uma voz ecoou na minha cabeça. “O anel, Steve. O anel”. Olhei para o anel que meu pai me deu e ele brilhava, passei meu dedo indicador da outra mão por cima. Me senti muito mais forte. Corri contra o ciclope em uma velocidade muito grande. Ele nem viu o quê lhe atravessou. A guerra estava praticamente vencida. Até que... Três Minotauros chegaram!? Isso não era possível. Eu li que só havia um Minotauro. Atrás deles tinha um menino bem alto, ele usava uma armadura que protegia só da cintura pra cima. O Minotauro do meio provavelmente era o líder, estava usando um machado gigante e armadura completa. Os outros dois estavam sem nada. Literalmente falando.

– Steve, pegue o menino que está atrás deles, ele é o líder! – obedeci imediatamente, contornei os Minotauros e foi na direção dele, ele estava de braços cruzados e se virou para mim. Já era, pensei. Quando fui decepá-lo, ele esticou o braço numa velocidade quase tão grande quanto a minha. Ele estava usando duas tonfas metálicas com a ponta bem afiada. Ele arregalou as sombrancelhas quando viu a minha velocidade.

– Que interessante. – ele disse. Ignorei e tentei cravar a espada na barriga dele, mas ele bloqueou com uma das tonfas e com a outra ele tentou cravar no meu ombro direito. Numa velocidade bem parecida com a dele eu recuei. Ele me atacou, sua velocidade realmente era muito enorme, com a tonfa da mão direita ele tentou cravar no meu pescoço e a outra ele tentou cravar no meu umbigo. Eu girei a espada do pescoço pra baixo, bloqueando o ataque. Tentei estocar ele, mas ele bloqueou e ainda tentou atacar, mas recuei.

– Você é rápido – disse.

– Você também é, como? – ele perguntou.

– Não é da sua conta. – disse e logo depois tentei cravar a espada nele, mas o efeito do meu anel já estava acabando.

– NÃO! – Samuel gritou. O cara que estava lutando comigo riu e depois ele saiu correndo. Seja lá o que ele queria, ele conseguiu. Foi até o local onde Samuel estava, um menino negro, parecido com Samuel e que havia me ajudado estava deitado no chão, com um perfuração grande no peito. Ele ia morrer.

– Eu... Venci? – ele perguntou, Samuel estava chorando muito e mal conseguia falar.

– S-sim... V-você v-venceu...

– Que bom... – Joseph fechou os olhos e morreu.




O céu estava claro, o sol era forte. Seria um belo dia se não estivesse tendo um enterro. Todos estavam presentes. Samuel estava com a espada do irmão na bainha, ele vestia um sobretudo preto e uma calça preta. Todos estavam de preto, menos eu, que estava vestindo uma camisa cinza e uma calça jeans. A cova de Joseph estava aberta e lá havia um pequeno caixão. Samuel suspirou e começou a falar.

– Meu irmão Joseph e eu tínhamos duas famílias. A primeira... – ele fez uma cara negativa – Vamos apenas dizer que não funcionou muito bem. – ele pegou a espada do irmão da bainha e começou a balançar ela – Mas com o passar do anos nós constítuimos uma nova... E foi essa família, todos vocês. A quem o coração dele realmente pertencia. – ele esticou os braços, apontando para todos os presentes – Vejam... Uma família era algo que, Joseph e eu precisávamos. Ela nos ofereceu proteção do mundo exterior... Um mundo que, nunca entendeu, ou apreciou, o que nos faz diferente. Há outros como nós, lá fora... Nos sombras, na luz. Todos ávidos por um mundo que nunca os aceitou como eles realmente são. Eles, como nós, são abençoados. Dotados com habilidades extraordinárias. E eles, como nós, lutam para procurar seu lugar no mundo normal. Caçados por seus passados... Por aqueles que os feriram, e os afastaram de seus destinos. Cada um deles merece a chance de ser quem realmente são. Mas para quê? Com que propósito? Aqui, neste lugar, nós oferecemos salvação. – ele parou por um momento o observou a todos – Oferecemos esperança. Oferecemos redenção. E um por um, eles virão para o nosso lado, para a nossa família. E então, encontrarão seus caminhos para casa. Todos juntos serão mais fortes. – ele se voltou para o caixão do irmão e continou falando – Ache seu caminho para casa, irmão. – ele jogou a espada do irmão e começou a puxar a terra para dentro do caixão, para fechá-lo. Ele se virou e voltou para o acampamento, todos o seguiram. Menos eu, fiquei parado ali observando. Tive vontade de chorar, de parar com essa guerra. Queria simplesmente ficar... Ali.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Profecias." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.