As Profecias. escrita por Greco Figueiredo


Capítulo 3
A Missão


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os erros de português.



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PVO Walt


Já bastava o Steve ser filho de Poseidon, agora o Luck ser filho de Hades e Zeus? Não sei o por que, mas sinto cheiro de conspiração. Os únicos que ainda não foram reclamados foram eu e Cass. Mas Cass não estava nem aí. As vezes eu penso que o Cass é algum tipo de psicopata, mas aqueles psicopatas bons, tipo o Dexter. Daqui a duas horas haveria a última etapa do torneio e nessa etapa iria ser decidido se a gente ia para a missão ou não. Restou apenas outras duas equipes. A dos filhos de Ares, claro, e a dos filhos de Hermes, Apolo e Atena. Minos me chamou para escolher algumas armas no arsenal, resolvi ir.

– Na boa, o neguinho merece uma surra. – Minos disse.

– Pior é o Luck, que é filho de dois deuses maiores.

– Ah, o Luck é um escroto. – Minos deu de ombros – Na boa, eu curti essa espada aqui.

– Eu acho que isso é um gladio, cara.

– Que gladio o que, mano. Cala a boca, tu só fala merda. Na boa, fica na sua. – Minos começou a me xingar.

– Cara, tu não sabe dos bagulho e quer argumentas, velho. É um gladio sim. – puxei a espada da mão dele e comecei a mostras os pontos detalhados que diferenciavam o gladio da espada comum – Então você entendeu agora, doente?

– Não quero essa espada mais, coisa zoada.

– Beleza então, doente. Dá pra mim que eu quero.

– Pensei que tu ia querer aquelas soqueiras lá no fundo. – Minos apontou para um par de soqueiras que me lembravam alguma coisa. Me aproximei delas e eram bem bonitas e pareciam novas. Pareciam luvas normais, feitas de couro azulado, mas tinham espinhos que pareciam ser feitos de prata por todos os lados.

– Não me parece muito eficaz. Dane-se. – jogueis as duas soqueiras bem pro canto do arsenal.

– O.k. Você que sabe. – um menino moreno apareceu na entrada do arsenal, nos chamando.

– Ei, idiotas. Quíron está esperando no pavilhão.

– Partiu pavilhão! – Minos disse de uma maneira brincalhona e saiu correndo do arsenal, me deixando para trás. Tentei correr até ele, porém algum idiota colocou o pé na minha frente e fez eu cair bem na frente da arena.

– Mas o quê...

– Ah, desculpe. – o homem que fez eu cair de cara no chão estava vestindo uma armadura completa, era magro e alto. Tinha um porrete apoiado no ombro direito. Seus cabelos eram bem lisos e um pouco pretos, como os meus. Seus olhos eram castanhos escuros – Você está bem? – ele perguntou.

– Não, não. Cai de cara no chão só, na verdade me sinto até mais forte. – o quê não deixava de ser verdade. Por alguma razão, me sentia realmente forte – Quem é você?

– Hércules, me chamo Hércules.

– Ah, como o deus da força lá? Muito másculo. – ele riu.

– Ouvi que vai ter um grande dia hoje.

– Ouviu? De quem? Da sua mã... – calei. Me esqueci que estava falando com um estranho.

– Na verdade, não. Tenho uma dica para te dar, não julgue um livro pela capa. – ele saiu andando em linha reta, até que o perdi de visão. Resolvi seguir até o pavilhão.

Quíron estava sentando ao lado do pai de Minos. Estavam bebendo alguma coisa verde, acho que era cachaça verde. No meio do pavilhão, dois meninos gêmeos, estavam fazendo apostas para ver qual equipe iria vencer. Eles tinham cabelos grisalhos e loiros, pareciam anjos. De longe, porque de perto eram feios de doer. Estavam com uma prancheta e andavam um do lado do outro, o irmão da esquerda, que estava com a prancheta me viu e veio até mim, com o irmão bem ao seu lado.

– E aí, campeão. Todos estão apostando nos filhos de Ares, mas eu acho que vocês que irão ganhar. – ele tinha a mentalidade de um menino de 9 anos, nossa – Enfim, quer apostar?

– Hum.. Eu aposto no meu time, tenho... Só cem pratas, é pouco? – o menino arregalou os olhos.

– Não, não. É o suficiente. - ele pegou a grana da minha mão e deu pro irmão, que guardou em uma pochete preta que estava presa em sua cintura. Quíron fez um sinal e todos corresponderam e se aquietaram. Ele estava com uma expressão severa no rosto. Seus cabelos longos e um tanto enrolados pareciam que estavam mais... Brancos? Ele se ajeitou e começou a falar.

– Bem, chegou a hora de eu lhes apresentar o novo diretor e coordenador de atividades do acampamento. Theodore Bagwell. Um cara magro e baixo, seus cabelos eram bem pretos e espetados para cima. Seus olhos totalmente negros. Vestia uma camisa branca e uma calça social preta, me parecia um humano normal. Mas tinha uma expressão meio psicopata no rosto.

– Podem me chamar de T-Bag. Era assim que me chavamam na cadeia. – todos ficaram abismados, então ele percebeu o erro e se corrigiu. – Estou apenas brincando. – eu percebi que ele não estava, sabia que ele era um maluco. Ele contornou a mesa do corpo docente e ficou bem a nossa frente. – A etapa final do torneio começa agora, arrumem suas armaduas, equipes, armas, tudo. Ah, haverá uma “coisa especial”. – ele fez um sinal com os dedos na parte de “coisa especial”, de uma coisa eu sei, coisa boa aquilo não era. Depois me dei conta que ele tinha um tipo de TOC estranho, não parava de fazer coisas estranhas com a língua, o quê aumentava ainda mais a minha teoria que ele era meio louco.

– Nossa, colocaram um usúario de crack, LSD, cocaína e derivados para ser nosso diretor. Eu não pretendo ficar aqui por muito tempo. Espero que depois que voltarmos da missão esse maníaco tenha sido demitido. – disse Minos, um tanto quanto raivoso. Corri até o arsenal e escolhi minhas armas. Peguei aquele gladio que Minos deixou para trás, uma armadura que protegia apenas meu peito e duas adagas. Arrumei as duas adagas no bolso da minha calça e coloquei um cinto com um suporte perfeito para o gladio. Lá no canto, consegui ver as luvas, soqueiras, como quiserem. E parecia que elas brilhavam mais, como se estivessem me chamdando. Corri até elas, peguei e as guardei no meu bolso que estava uma das adagas. Minos apareceu na porta do arsenal.

– Tá na hora, partiu, partiu.

– Para com esse “partiu”. Tu é doente?

– Tanto faz. – saimos juntos do arsenal e fomos até o ponto de encontro com o nosso grupo. Cass não usava nenhuma armadura, só umas luvas especiais para o arco. Seu arco era longo e composto, nas duas pontas era dourado e um pouco afiado, seu cordel era marrom, talvez até de cobre. Sua aljava tinha pelo menos vinte flechas, acho que metade era daquele tipo explosivo. Luck estava usando um protetor de ombros e uma proteção para a coxa, já que levou uma facada na última vez. Na sua bainha havia uma espada curta. Steve estava usando uma armadura semi-completa e, já que fora descoberto com filho de Poseidon, estava usando um tridente para experimentar. Minos estava sem nada, apenas com uma camisa escrita “Fuck the Police”. Havia um soco inglês na sua mão direita e uma uva na sua mão esquerda, isso chamou a minha atenção.

– Gente, o Minos pretende salvar o dia com uma grande uva! – Minos me olhou e estendeu a uva para mim, antes que eu pudesse pegá-la ele a precionou e ela virou uma espada muito bela, de ouro até uma parte que era roxa, provavelmente marca de Dionísio. O cabo da espada ficava preso ao punho dele, evitando que alguém o desarmasse. Era uma bela arma.

– O.k. Calei minha boca. Quero ver se essa sua espada estranha vai te salvar. – ele deu de ombros e a espada voltou a ser uma uva. Ele a guardou no bolso e suspirou.

– Provavelmente vai ajudar em alguma coisa. – ele disse. Um corneta soou e entramos na mata. Um sátiro nos guiou por uma trilha para começarmos em um ponto específico, era o norte. Como ele tinha apostado na gente disse que o grupo de Ares ia começar no sul e o grupo misto ia no leste. Mas ele disse algo que me deixou com um pouco de medo. “Cuidado com os monstros”. Cuidado com os monstros? Pensei que não haveria nenhum monstro. Já não bastava ter que lutar com aqueles filhos de Ares nojentos.


Enquanto corriamos de três cachorros gigantes Luck resolveu falar que conheceu uma menina muito bonita e Minos não perdeu a oportunidade de tirar uma onda.

– Então quer dizer que ela curte... Bolinhos? – todos riram.

– Tá, meu. Que saco. – Minos e Luck foram para uma direção diferente e os cachorros seguiram eles. Apenas escutei Minos gritando.

– ISSO É CULPA SUA, LUCK, ELES VIRAM VOCÊ E PENSARAM “CARNE DE PORCO”! – eu, Cass e Steve nos sentamos. Estavámos exaustos.

– É melhor a gente fazer uma armadilha. – disse Cass.

– Cala a boca. – eu disse.

– Tá, meu. Desculpa se eu quero ajudar.

– Cala a boca, que saco. – Cass se levantou e sumiu no meio do mato, eu e Steve ficamos sentandos por mais cinco minutos até escutarmos Cass pedindo ajuda. Corremos o máximo que deu. Quando vimos Cass ele estava parado em um lugar um pouco aberto, de costas. Me aproximei e peguei no seu ombro.

– Doente. – ele se virou pra mim com uma cara de desculpa.

– Foi mal. – antes que eu pudesse reagir quatro figuras armadas com lanças e escudos e armaduras completas e um elmo estilo espartano apareceram e nos cercaram. Logo depois apareceu seu líder, Jason.

– Ora, ora. Que coisa bonita de se ver, mas cadê o menino estranho e o metido? – não consegui indentificar quem era quem, os dois eram estranhos e metidos.

– Não é da sua conta, bastardo. – Cass disse, tentando meter medo. Eu olhei para ele com uma cara de “O quê diabos foi isso? Acha que estamos vivendo em 1596? Idiota”. Ele entendeu e deu de ombros.

– Assim que achar os dois que faltam iremos vencer. – disse Jason.

– Não, ainda vai faltar os outro grupo. – Steve disse.

– Já cuidamos deles, haha. – um menino que estava entre os capachos disse.

– O.k. Vamos, andem. – andamos por pelo menos uma hora até eu ver um sinal de vida de Minos e Luck. Minos deixou uma pequena trilha de uvas, mas só eu entendi. Estavam nos observando. Jason largou a lança e o escudo e se sentou.

– Vamos parar por aqui. Tresh, vá fazer uma ronda. – um dos capachos saiu de perto e sumiu no meio da mata. Jason fez um sinal para um dos capachos, que nos obrigou a sentar. Três lanças estavam apontadas para nossas cabeças. Isso não era muito confortante. Um barulho na mata foi possível escutar, e, de uma maneira elétrica Minos apareceu, quando ficou na nossa vista ele correu na direção de Jason gritando:

– CHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUPAAAAAAAA MEU PAAAAAAAAAAAAAAAL! – ele deu uma voadora na direção dele, que não conseguiu desviar e os dois rolaram no meio dos arbustos. Um raio foi na direção do capacho que estava na ponta direita, o raio passou por toda sua armadura, que fez com que ele demaiasse na hora. Simultaneamente ele caiu em cima dos outros dois. Eu, Steve e Cass ficamos livres, na hora nos levantamos e vimos a confusão. Os dois capachos estavam se levantando e estavamos de certo modo despreparados. Minos e Jason passaram correndo pela gente e Minos vacilou por alguns segundos e disse:

– CORRAM! – em seguida vimos três cabeças de cachorro, não pensamos e saimos correndo. Chegamos até uma pedra bem grande, e, no topo dela Minos estava lutando contra Jason e estava levando uma surra.

– Cass, prepare uma flecha, Luck e Steve, segurem os cachorros. – corri até a pedra e subi nela. Minos estava quase caindo e Jason havia desarmado ele, investi contra ele de surpresa, dando um empurrão. Ele caiu no chão com tudo, mas a queda foi bem pequena, Jason se levantou em instantes.

– No já, certo?

– Certinho! – disse Minos.

– JÁ! – nos dois pulamos com tudo sobre as costas de Jason, finalizando-o. Todos nós comemoramos até que Steve nos interrompeu.

– Cara, sem querer ser chato... Mas, cadê os cachorros? E os capangas?

– Eles vão vir, Cass vá para o topo da pedra pequena. – Cass, o capacho obedeceu. Minos tirou do bolso a uva e a precionou, ela se transformou na espada.

– Pensei que você tinha perdido.

– Ah, não, não. Aquela era a espada de um cara que eu achei no chão. – todos nós esticamos nossas armas para frente. Depois de três minutos dois cães gigantes apareceram.

– Parece que os dois capagangas deram conta de um. – disse Luck. Os cães começaram a se aproximar.

– AGORA CASS! – todos nós nos abaixamos e tampamos os ouvidos, o cães vieram com tudo pra cima da gente, Cass soltou uma flecha.




Cass só podia ter algum problema mental. O idiota lançou uma flecha normal contra o chão e os cães partiram pra cima com tudo. Um dos cães pulou em cima de Steve e Minos foi ajudar o outro veio para cima de mim e Luck ficou para me ajudar, Cass lançava flechas e nenhuma acertava, incompetente. O cão avançou na minha direção e eu desviei para a esquerda. Estoquei a costela dele com a espada, mas parece que não adiantou em nada. Ele se virou para mim e mordeu a minha espada até me desarmar. Ele me encarou e seus olhos vermelhos diziam “Vou comer você, suculento”. Antes que ele me comesse, Luck o salvador, cravou a espada dele no traseiro do cão com tudo, predendo ele por tempo suficente até eu sacar minha adaga. Desferi um corte contra aquele olho feio do cão, o quê o deixou mais nervoso. Ele deu um “tapão” em mim e eu voei para longe. Totalmente tonto. Consegui ver as luvas. Devo ter puxado sem querer quando saquei a adaga, não tive escolha a não ser vestir-las.

– Walt! Não vou segurar por muito tempo! – o cão se livrou de Luck e se voltou para ele, mordendo-o bem na sua coxa que estava fraca. Ele tombou no chão e o cão pareceu soborear a comida. Me levantei e parti contra o cão, dando um socão em sua costela. Para minha surpresa, quando encostei nele com as luvas os espinhos cresceram e cravaram com tudo no cão, mas isso foi o de menos. O cão foi empurrado para pelo menos quatro metros de distância. Cass disparou uma flecha explosiva bem nessa hora, deixando todos nós tontos. Só me lembro de ver o cão de Minos desmaiando.



Todos estavam babando nosso ovo por ter conseguido, pessoas que apostaram na gente estavam vibrando de felicidade. T-Bag, o novo chefão do acampamento veio para nos parabenizar, ele estava fazendo aquela coisa estranha com a língua e a pose das mãos era bem estranha.

– Parabéns... Meninos. Acho que vocês irão para a missão, já tem as profecias. Só precisam pegar algumas coisas que os pais de vocês deixaram de presente. – ele olhou para Cass e riu – O seu pai não te deixou nada. – do nada um símbolo marrom apareceu em cima de mim, fui reclamado. Era... Um braço? Pior, um braço musculoso. T-Bag olhou para mim com um jeito especial. – Olha só, que algo inédito. Filho de Hércules. – ele não parava de mexer a língua, isso estava começando a me incomodar. – Durmam um pouco, amanhã vocês irão partir. – não tivemos tempo para nos exibir, fomos todos dormir e eu tive que ir para o chalé de Hermes, já que não tinha um chalé de Hércules.



Quando acordamos fomos diretamente instruídos até a Casa Grande. T-Bag e seu assistente novo, um cara moreno e careca, mas tinha uma barba bem grande e preta. Usava uma camisa preta e uma coisa escrita em branco.

– C-Note? – perguntou Cass.

– Sim. Problema?

– Não, não... – Cass pareceu pensativo – Afinal, qual o objetivo da missão? Não sabemos de nada, a profecia não dizia. – T-Bag coçou o queixo.

– Quíron não disse para vocês? – T-Bag entrou numa sala e abriu uma gaveta que ficava na parede. Ali dentro havia um papel – Acho que isso é para vocês. – eu peguei o papel e li em voz alta.

“Caros amigos. Lamento não dizer qual era o objetivo da missão antes, eu não tinha certeza qual era o verdadeiro motivo, agora, eu entendo. Vocês devem ir para Las Vegas, entendam: Salvem Johnny Vegga, salvem o mundo. Ele é um semideus, como vocês. Todos nós achamos que ele tinha morrido e somente agora seu pai nos contatatou e pediu um resgate, ele está em perigo. Com o tempo vocês entenderam seus destinos.” – C-Note pegou a carta da minha mão e nos dirigiu até uma sala, ali dentro havia um tipo de tatuagem e um anel.

– Presentes de Hades e Poseidon. – disse C-Note. Steve e Luck pegaram seus presentes. Luck, na pura ignorância, colocou a tatuagem embaixo do pulso, simultaneamente, a tatuagem grudou na pele dele.

– Meu deus, agora você virou de fato um emo. – Minos disse ao ver que a tatuagem tinha um formato exato de uma caveira. – Luck ficou calado. Steve colocou o anel e nada mudou.

– Nossa, você ganhou um anel vagabundo, que bacana. – Minos provocou Steve também, mas ele também não reagiu. T-Bag chamou a nossa atenção.

– Vão para a colina, lá tem cinco pégasos esperando por vocês, terminem a missão e não estraguem tudo. – e assim foi, partimos para a colina e lá tinha os pégasos, montamos e eles fizeram o resto do trabalho.



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