As Bruxas De Tonderville- A Maldição escrita por Yan Bertone


Capítulo 5
Um Passado Distante




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O lugar era extremamente mágico. Fadas voavam por todos os lados e ninfas do bosque conviviam com quem quer que fosse que estava lá.

Ao entrar, senti uma coisa maravilhosa, como se tivesse me encontrado no mundo e pela primeira vez me senti confortável naquela nova cidade. Tinha um sorriso no rosto e não deixei de perceber que todos sorriam e acenavam para mim logo que me viam.

–Que lugar é este?- perguntei para Angus. Não estávamos mais no carro e foi a primeira vez que o vi sorrir desde que o conheci.

–Foi você quem construiu este lugar.- disse ele- Estávamos em tempos de crise e as bruxas estavam quase que tomando o poder. Nessa época eu ainda lutava do lado delas, mas foi quando partiram que descobri onde era meu verdadeiro lugar. Vim para cá, isso tudo tinha sido acabado de construir, muita coisa fazia parte da natureza, mas as construções foi você quem bolou, de modo que sempre houvesse um lugar para quem necessitasse e tivesse alma pura.

–É tudo incrível.- eu disse. O lugar parecia mais um bosque, com cachoeiras e com construções que não afetaram de maneira alguma o lugar.

–Eu sei.- disse Angus- Agora deixe-me te apresentar a algumas pessoas.

Ele e eu fomos para uma das construções que tinha lá, os seres não viviam somente nos bosques, apenas alguns, mas também tinham aqueles que ficavam nas construções.

–Olá Angus.- disse uma mulher.Ela estava cozinhando algo em um caldeirão, mas não parecia nada com uma comida- Olá James.

–Como ela sabe meu nome?- cochichei para Angus.

–Ela sabe tudo o que você quiser.- respondeu.

–Querem comer alguma coisa?- perguntou ela apontando para o caldeirão. O que tinha lá dentro era um líquido verde e gosmento, pensei que ela estivesse falando sério e estava prestes a recusa quando ela deu um risada- Brincadeira, isso é para Marta, ela me pediu para fazer hoje de manhçae tenho que terminar isso até de tarde.

–James conheça Talita.- disse Angus- Ela pode te dar a informação que precisar, mas de maneira limitada. Ela também faz as poções para nossa bruxa, mas não se espante, ela é uma bruxa do bem e só faz encantamentos bons. Mais tarde vai conhecê-la.

O modo como era a rotina naquele lugar era impressionante, não nem um pouco parecido com o que eu tinha visto antes em toda a minha vida, mas sentia que já tinha estado naquele lugar um dia, mas não me lembrava quando.

–Acredito em você.- eu disse para Angus.

–Acredita no que? peguntou ele.

–Que eu sou a reencarnação de alguma pessoa e que criei tudo isso.- expliquei- Foi somente quando entrei aqui qeu senti algo diferente, mas não sei dizer como foi. Sei que tem algo especial em mim, mas não sei o que é.

–Escute uma coisa James.- disse Angus- Você é mais do que pensa, não sabe a força que tem, mas eu sei e sei quem foi você no passado. Você foi o rei que baniu todas as bruxas, foi você, e será aqui que vai descobrir como cada coisa aconteceu, mas antes tenho que te dar uma coisa.

Eu o segui por todo o bosque e finalmente chegamos a uma clareira, ao nosso redor, as árvores pareciam se juntar te tantas folhas que tinham, muito diferente da Floresta Sombria peto de casa, mas o que mais me chamou a atenção foi o que Angus estava fazendo, a poucos metros a minha frente ele tinha uma pá em suas mãos.

Estava desenterrando algo, parecia que não havia nada ali, mas logo parou e observou. Um grande sorriso preencheu seu rosto, se é que era dele mesmo, debaixo da terra ele retirou um embrulho e o entregou a mim.

–Segure.- disse ele- Isso pertenceu a você. Quando morreu você me pediu para guardar e que um dia encontraria alguém que devesse realmente tê-la, eu só não imaginava que fosse você.

Abri o embrulho e dentro dele tinha uma espada. O tempo não a prejudicou, não tinha nenhum arranhão e parecia intacta.

–Eu lutei com isso?- perguntei.

–Sim.- disse Angus- Depois de muito trabalho e luta contra as últimas bruxas que restaram você quase conseguiu. Elas já tinham sido banidas, mas elas mais comandavam do que lutavam. Tinham seu exército, mas não era um exército comum, era feito de Bichos-Papões.

–Bichos-Papões?- perguntei- Pensei que isso fosse coisa de criança.

–Não é.- disse- São as crianças quem mais o criam, as que acreditam neles, se acreditarem e tiverem medo deles eles vão surgir, mas é de noite que saem debaixo da cama delas e ficam livres para sempre, indo para a Floresta Sombria.Foram as bruxas quem os descobriram, elas são mais poderosas que eles então conseguiram fazer um pacto. Eles lutariam apra elas em troca de recompensas, uma delas foi a imortalidade, a outra, a riqueza infinita.

–Como sabe de tudo isso?- perguntei.

Pelo modo como falava, Angus parecia saber de muitas coisas e muitas delas sobre meu passado, era isso o que me interessava. Eu tinha que descobrir como muitas coisas aconteceram pois elas podiam afetar o futuro. Se as bruxas fizessem novamente o pacto eu não sabia o que poderia acontecer.

Fico imaginando como seria as criaturas da Floresta Sombia andando no meio das pessoas que não tem nada a ver com esse mundo, mas que serão afetadas se não fizermos nada.Posso nunca ter pensado que algo assim aconteceria em minha vida, mas era nesse momento que estava acontecendo.

Se uma guerra estava por vir tínhamos que nos preparar e lutar com o que fosse preciso, tínhamos que ter armas e munições, mas nada disso valeria a pena se não houvesse treinamento. Se eu pude antes certamente poderia fazer isso agora, só não sabia como, mas teria qeu descobrir. Teria que ter informações sobre meu passado e o que fez com que minha morte acontecesse.

Poderia não haver falhas se eu soubesse qual foi a minha falha anteriormente. Penso como ficaria minha família e amigos se algo desse errado, mas não podia dar, dessa vez teríamos que fazer tudo perfeitamente bem. Angus não respondeu minha pergunta, o que me fez repetí-la.

–Como sabe de tudo isso?- perguntou e ele ergue seu olhar para mim. Seu rosto indicava que a resposta a seguir era séria e teria que levar isso a sério, mas depois de tudo o que aconteceu era difícil de não levar.

–James.- disse ele- Eu sou um Bicho- Papão e foi você quem me criou quando pequeno. Naquela noite você tinha ido visitar sua falecida mãe no cemitério da cidade. Era tudo muito simples naquela época, ou ao menos parecia. No caminho você viu uma caveira e ficou pensando naquilo. Eu poderia não existir, mas seu pai lhe disse antes de dormir."Cuidado com o Bicho-Papão, eles vive debaixo da sua cama". Em consequência disso você me imaginou e não tive outra alternativa a não ser ir para a Floresta Sombria.




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