Gina’s POV

Eu acordei bem cedo no dia 24, levantei-me da cama e deixei Harry dormindo (sim, por incrível que pareça eu consegui um quarto pra mim e Harry com UMA cama de casal, nem queira saber como eu consegui isso, não foi fácil.) e fui me arrumar, eu tinha que estar perfeita. Acordei as meninas e as maquiei para a tarde, dei-lhe as roupas que elas usariam e fui acordar os meninos. Demorei meia hora pra acordar os três, então deixei eles se arrumando e fui tomar meu café com as meninas, credo, eu estou parecendo a mamãe.

–Eu não confio nos Malfoy. Eu não quero que vocês vão, Ginevra! -falando na Mamãe...

–Não me chama de Ginevra! E nós vamos sim, eles são legais, aprende que as pessoas mudam, mamãe. -respondi, já cansada de discutir com ela sobre isso.

–Não fale assim comigo, moçinha! E em momento nenhum eu disse que vou proibir vocês de irem, mas eu não quero que vocês vão. –Me senti culpada quando minha mãe falou aquilo, eu não queria ser ignorante com ela.

–Desculpa mãe. –Abracei ela. –Vai ficar tudo bem. Nós vamos ficar bem, todos nós, eu prometo. –Então levantei da mesa com as meninas e fui lá pra fora, queria conversar com elas enquanto os meninos tomavam café. Na verdade, queria falar com a Hermione.

–Mi, você vai ficar bem com o Malfoy lá? -comecei, sem rodeios.

–Claro que vou! Por que não ficaria? –Ela respondeu rápido e eu e Luna olhamos pra ela com uma expressão de dúvida. –Gente, eu estou com Fred, e eu estou feliz com ele, não se preocupem.

–Bom, eu sou neutra nessa história, não posso falar nada. –Disse Luna e eu sorri fraco.

–Eu só estou preocupada com a tia e a mãe dele. -eu disse.

–Ele tinha um carinho muito grande por elas, falava delas o tempo todo, de um jeito maravilhoso. –Hermione respondeu. –Talvez elas sejam legais.

–Sim, mas a aparência da Bella me dá arrepios. –Eu disse, Luna concordou comigo e Hermione riu, então os meninos se juntaram a nós e ficamos até a hora do almoço conversando. Quando era cerca de meio dia, nós entramos pra comer. Já estávamos sentados quando ouvimos a voz de Blás.

–Tem lugar pra mais dois? –Olhamos pra trás e o vimos com o braço na cintura de Pansy. Ela estava de calça jeans e camiseta básica, estranhei, mas não dei muita atenção a isso.

–Sempre cabe mais gente! –Minha mãe respondeu com um sorriso que foi forçado perfeitamente em seu rosto. Então Blás e Pansy se sentaram à mesa e começaram a comer conosco.

–Ronald, por que não vai conosco? –Perguntou Pansy sendo desnecessariamente educada com Ron.

–Por que não gosto de vocês. –Respondeu com desprezo na voz e Pansy torceu o nariz.

–Ronald, não fale assim com as nossas visitas! -Mamãe o repreendeu.

–Você gosta deles tanto quanto eu! -Ronald gritou. Mamãe ficou vermelha de raiva, estava a ponto de gritar com ele e dar início a uma longa discussão, mas Pansy pois a mão em seu braço.

–Não tem necessidade, sra. Weasley. Vocês realmente não são obrigados a gostar de nós. -Minha mãe se acalmou e sorriu fraco pra ela.

–Desculpe querida. -Ela respondeu e então Pansy sorriu e continuou comendo como se nada tivesse acontecido.

–Vamos galera? A tia Cissa vai estranhar a demora. – Blás disse assim que todos terminamos de comer. Estranhei a intimidade com que ele falou de Narcisa, mas não me importei muito.

–Vamos. -Respondi, então Harry com um aceno de varinha colocou nossos malões lá fora. –Tchau mãe, nós vamos nos cuidar, prometo.

–Se cuidem mesmo, meus bebês. –Sorri pra ela e a abracei.

–Com toda a certeza, vamos nos cuidar, né irmãozinho?! –Eu disse ao Fred.

–A irmãzinha aqui é você, Gininha! -Ele disse batendo em minha cabeça. Sorri pra Fred. Então ele se despediu da mamãe, depois dele, Neville e Luna, meu namorado e a Mi, então aparatamos para a mansão.

Hermione’s POV

Chegando à mansão, Fred e Ginny ficaram boquiabertos, eles nunca haviam entrado lá. Ri da reação deles, eu só não tive a mesma quando vim aqui a primeira vez, porque não foi uma ocasião muito agradável. Sorri com a lembrança, eu até gostava dela, era um momento de superação na minha vida e eu adorava cada um deles.

–Vamos entrando, as minhas tias estarão na porta, tia Cissa acompanhará as meninas aos quartos comigo e Leah, e tia Bella... –Sorri ao ver o carinho que Pansy também nutria por ela em sua voz, talvez ela não fosse totalmente louca. -... Vai acompanhar os garotos junto com Draco e Blás, nos vemos em meia hora na sala principal, certo Blás? -Blás concordou com a cabeça. -Leve-os para conhecer a mansão.

–Certo. Vamos gente. Por favor, sejam educados e cumprimentem minhas tias. –Pediu Blás e eu tremi com a ideia de cumprimentar Bellatrix.

Acompanhamos Blás e Pansy, que ao ver a Narcisa e a Bellatrix na porta, correram ao encontro delas e as abraçaram de uma vez só, e o que mais surpreendeu a todos, as duas SORRINDO retribuíram o abraço. Assim como eu, todos ficaram estáticos, sem reação. Bella estava diferente, dentes brancos e enfileirados perfeitamente, e cabelos lisos e pretos que tinham perfeita harmonia com seus olhos também negros, pelo que eu soube, essa é a aparência dela antes de Azkaban, antes de enlouquecer, e ela era linda, tinha um rosto calmo, confiável e... Maternal? Ela estava praticamente irreconhecível. Então eu sorri, aquela era a família em que Draco confiava, e eu agora sabia o porque. Fui a primeira a me mexer, e é claro fui primeiro em direção a Narcisa, que sorriu pra mim e me deu um leve abraço.

–Seja bem vinda Hermione, Draco falava muito de você, menina inteligente, nascida trouxa, porém a aluna mais dedicada de Hogwarts. –Corei fortemente, dei um sorriso tímido e desviei meu olhar pra Bellatrix que me olhava com uma expressão... Triste. Percebi que estava muito mais fácil identificar as expressões dela agora. Cheguei perto dela e por impulso a abracei forte. Ela retribuiu o abraço meio receosa.

–Depois quero falar com você. –Sussurrei em seu ouvido e ela assentiu.

Todos cumprimentaram Bellatrix e Narcisa, então entramos na Mansão e fomos em direção aos nossos quartos, quando estávamos na escadaria, Blás gritou.

–Hermione, esqueci-me de avisar, sua fama como ótima cozinheira trouxa correu, vai ter que ajudar no jantar. –Sorri.

–Malfoy! –Disse e dei um riso baixo. –Sem problemas, será um prazer ajudar, Bellatrix, se importa de me mostrar onde é a cozinha agora? –Perguntei com um olhar cúmplice.

–Claro que não, querida. –Ela disse e sorriu.

–Mi, logo ela? É perigoso e... -Gina sussurrou no meu ouvido.

–Shh, Ginevra! Leve minha mala ao quarto, por favor, eu sei me cuidar! -Desci até Bella com medo do que aconteceria a seguir. Mas eu precisava falar com ela.

–Granger, sente-se. –Disse ela apontando uma cadeira na cozinha, e sentando-se na outra a minha frente. –O que quer comigo?

–Me desculpar. -eu respondi, rápido.

–O quê? Por qual motivo? -ela perguntou, surpresa.

–Pelo seu marido, Draco me contou tudo e...

–Chega disso, chega desse assunto e chega dessa guerra! É natal afinal, não é? Ele fez o que tinha que ser feito. –Disse ela com uma expressão vazia. –O Voldy estava enlouquecendo com a sede de poder, ele ainda amava as crianças e a mim, mas esse amor, bom... Eu não sei se duraria muito tempo. -Estremeci ao var a intimidade com que ela tratava o Lord das Trevas.

–Sim Bellatrix. Eu sei que Voldemort estava enlouquecendo, mas você o amava, assim como a Narcisa também amava o Lucius, mais uma morte que foi culpa minha. Eu não consigo me ver sem o DraFRED. –Corrigi rápido, DROGA! POR QUE EU ESTAVA TÃO CONFIANTE ALI? QUASE EXPONDO MEUS SENTIMENTOS? PRA UMA MULHER QUE JÁ ME TORTUROU?! –Fred Weasley. Não sei o que faria se matassem a Fred Weasley. Eu com certeza não perdoaria a pessoa, eu enlouqueceria.

–Fred Weasley? Certo, vou acreditar por hora. –Ela disse e... Sorriu? –Hermione, entenda uma coisa, eu já superei. No começo era difícil, eu enlouqueci, você viu o que eu fiz no dormitório de Draco, meu sobrinho! E quando ele me disse que estava namorando VOCÊ, logo você, a causa de tudo isso, eu juro, juro que pensei seriamente em te torturar até a morte. -estremeci. -Mas vi que com você Draco estava feliz, como eu estava com o Voldy, e agora vendo você aqui, olhando nos teus olhos, percebi que você não tem culpa nenhuma querida, eu é que fui cega pela dor. Você não sabia de nada, não pediu para que Draco matasse a própria família. A única dor que sinto relacionada a essa guerra, é a dor da saudade, acredite. Eu só precisava dessa conversa com você pra me liberar totalmente dessa dor, e eu consegui, sou uma pessoa totalmente nova. –Então ela deu o primeiro sorriso sincero da noite, e era lindo. –E em relação a minha irmã, não se preocupe, ela não amava Lucius, ela desistiu dele quando Draco tinha cinco anos, e Lucius matou o animal de estimação dele pra ensiná-lo a "como ser um homem", Narcisa viu o quanto ele fazia Draco sofrer, e o amor foi se perdendo aos poucos, e Lucius enlouquecendo cada vez mais, ela sente falta do Lucius, sim, sofreu a morte dele, sim, ela já havia amado ele, Merlin! Um amor não se esquece garota! Pensa nisso! -Ao ouvir essas palavras, meu coração doeu, uma sensação estranha. -E pode chamar de Bella e Cissa, a gente prefere. -ela terminou seu discurso e eu sorri.

–Mesmo assim... Bella, eu quero que você me perdoe, eu juro, que se tivesse um jeito de Voldemort desistir e voltar a ser como você dizia que ele era eu...

–Não tinha criança, não existia mais jeito. –Ela sorriu. –Eu te perdoo com duas condições. –Tremi, engoli seco.

–Quais? -perguntei.

–Que faça o jantar inteiro trouxa, adoro a comida deles, Merlin! Se eles servem pra alguma coisa, essa coisa é cozinhar, com certeza! -ignorei a suposição de Bella, de que trouxas não servem pra nada e sorri.

–Eu até faço, mas vou precisar da sua ajuda.

–Certo. –Torceu o nariz. –Não gosto muito de cozinhar, mas acho que será uma boa oportunidade pra passar um tempo com você. Eu não sou tão má quanto pareço, eu também sei ser legal. -eu sorri.

–E qual seria a outra condição? -perguntei sorrindo e a expressão dela tornou-se séria.

–Pense bem no que você faz, criança. Nós só temos uma vida, e as pessoas que a gente ama também. Não faça nada que você vá se arrepender, prometa pra mim? -percebi que ela se referia a Draco, mas ignorei esse fato.

–Eu prometo. -Disse sem pensar e ela sorriu.

–Então está perfeito, o passado no passado e a gente vivendo no presente! -Ela respondeu, sorrindo abertamente.

–Ótimo! Vamos começar a cozinhar! –Peguei a varinha e num aceno da mesma eu estava com meu avental. Bella também pegou a varinha, trocou o vestido preto por uma calça jeans e uma camiseta e também colocou um avental com um bolso pra varinha. Peguei a minha varinha e tirei aquele bolso do avental, então conjurei um pote alto na mesa. –Varinhas ali, comida trouxa não se usa mágica. –Ela negou com a cabeça, se recusando a largar a varinha. Então conjurei os ingredientes que usaria e coloquei mina varinha no pote. –Vamos Bella, vai ser divertido. –Ela hesitou por um momento, mas depois pensou um pouco e colocou a varinha junto a minha. Sorri. –Certo, primeiro me passa o óleo. –Pedi e apontei para o mesmo na mesa, e ela me deu o vidro que eu despejei na frigideira. E assim foi o resto da tarde, eu, Hermione Granger, cozinhando comida trouxa com Bellatrix Lestrange, sem ressentimentos e sem brigas, acredite se quiser, passamos a tarde inteira rindo. Juro que se me descrevessem essa cena a uma semana atrás, eu azarava a pessoa. Merlin é realmente cheio de surpresas.

Estávamos quase acabando o jantar de Natal quando TODO MUNDO entrou na cozinha pra ver o que estava acontecendo. Cissa veio na frente com o resto do pessoal atrás.

–Vieram ver se a Hermione está viva? –Perguntou Bella risonha. –Ainda está sim, hoje há comida trouxa, mas amanhã no café eu estava pensando em colocá-la como prato principal. –Joguei o pano de prato nela. –Bagunça meu cabelo, que eu te coloco de comida mesmo! –Ela gritou e todos riram.

–Então quer dizer que Bellatrix Lestrange está se dando bem com Hermione Granger? -Draco, por incrível que pareça, se pronunciou sorrindo, não pra mim, mas sorrindo.

–É o que parece. –Eu me limitei a responder, sorrindo também.

–A guerra acabou. Chega de ter inimigos. –Bella respondeu.

–Agora saiam da minha cozinha! Já! –Gritei e rapidamente todos foram em direção a porta, rindo. –Você não Bella! Nem você Cissa! –Eu disse e elas pararam.

–Cissa, pode colocar a mesa pra nós? -perguntei. -E Bella fica de olho no forno, pois eu preciso me arrumar para a noite de natal, senão a Ginny me mata! –Elas sorriram.

–Antes de ir Hermione, deixe-me perguntar, o que fez vocês se entenderem? -Cissa perguntou, intrigada.

–Hermione é adorável, quando se olha dentro das pessoas, você descobre pessoas maravilhosas. Ela veio me pedir desculpas pela morte do Voldy e do Lucius, acredita?! –Narcisa riu baixo.

–Lucius não merecia menos que a morte, confesso que sofri muito, sabem como é, amor não se esquece, você pode deixar de senti-lo, mas esquecê-lo? Nunca. -Narcisa disse, e mais uma vez me veio aquele aperto no coração.

–Você não tinha mais nem uma ponta de amor por Lucius? –Perguntei curiosa.

–Não. Por Lucius não. Eu só estava com ele pra manter as aparências e a sanidade de Draco. -ela respondeu sorrindo.

–Que história é essa de por Lucius não senhorita Narcisa?! Você se apaixonou mais uma vez e não me contou NADA? –Bella quase gritou. Eu ri.

–Bom, acho que vocês têm muito que conversar, até o jantar. –Eu disse, sorrindo e colocando meu avental em cima da mesa. -Não queimem nada, e isso inclui a cozinha.

–Pode deixar, Mi! –Disseram rindo juntas.

Bellatrix’s POV

Não consegui ser grossa ou não perdoar Hermione, o olhar dela era puro e sincero, o que me fez lembrar minha filha. Sim, eu tive uma filha com Voldemort, sim, ela está viva, sim, eu sei quem é, sim ela estuda em Hogwarts, sim ela sabe que é minha filha, sim, é óbvio que ela é Sonserina, sim, Draco, Pansy e Blásio sabiam dela, porém não eram permitidos de ter nenhum tipo de contato com ela e nem ela com eles. Mas isso não vem ao caso, o assunto agora é a Cissa e seu novo amor.

–Pela milésima vez Bella, eu não estou apaixonada! Droga. -ela disse, sentando na cadeira.

–Você sabe que eu vou te atormentar o resto da sua vida, que não vai ser muito fácil comigo curiosa. –Alertei e ela se rendeu.

–Tá, eu to gostando de alguém, e você conhece! Muito bem por sinal! -ela disse, jogando os braços pro ar.

–Fala o nome, agora! -eu gritei.

–Não. -Dizendo isso ela saiu correndo pelos corredores da mansão e eu a segui rindo.

–Cissa! –Disse entre risos. –Quem é? Me conta, por favor! –Corri mais um pouco e ela também corria, então me aproximei mais dela e pulei em cima da mesma que caiu no chão com força. Começamos a rir e então percebi que não ria assim desde muito, muito tempo, era uma felicidade verdadeira, gostosa de sentir.

–Meu Deus, mãe, tia, vocês estão parecendo crianças de 15 anos! –Draco disse, bravo. Atrás dele Blás, Pansy e Leah riam. Eu gostava da nova namorada de Draco, e ela de mim, ela era bem divertida.

–E o que vai fazer Draco, bancar o pai chato? Pare com isso e deixe a sua família ser feliz! –Leah disse e Draco olhou pra ela com uma expressão incrédula.

–Ah é? Então eu vou fazer alguma coisa com essas duas sim, mas não vai nem se comparar a um "pai chato". –Então ele olhou para os amigos com cumplicidade e gritou -MONTINHO! –E num momento eu estava em cima de Cissa, no outro haviam quatro adolescentes em cima de mim e eu não conseguia me mexer. Então me lembrei do jantar.

–Meu merlin, o forno! –Então todos saíram de cima de mim e correram até a cozinha, onde graças a Merlin não tinha queimado nada, estava no ponto exato de tirar. –Não queimou nada, Merlin, a Hermione iria me matar. Leah pode ir atrás das meninas se arrumar? Eu sei que vai se enturmar querida, sei que será bem recebida. Preciso falar com eles quatro a sós. –Pedi com carinho, ela apenas sorriu e foi.

–Tem razão tia, a Granger realmente te mataria se algo aqui queimasse. –Disse Draco sorrindo. –O que tem de importante pra falar conosco? Algo grave?

–Não, na verdade algo até bom! Estou pensando em buscar a Lilith pra morar conosco, agora que a guerra acabou e eu estou sã e me reerguendo. –Todos sorriram. –Mas não tenho certeza se faço isso ou não.

–Lilith vai voltar? Merlin que dia lindo! Ela morre de saudades de casa tia, ela sofreu muito quando o pai morreu, e nós, sem podermos nos aproximar dela, sofremos junto. -Pansy disse.

–Eu sei que sofreram querida, eu sei. Eu queria estar lá com ela, apoiando ela. -Eu respondi, chateada.

–Ela tinha apoio minha irmã. –Narcisa falou. –Ela tem apoio, do Severo e dos ex comensais que eram designados pra segurança dela.

–POR MERLIN CISSA, ela tem o apoio de dois comensais que só têm a marca negra por que foram designados pra cuidar dela e não deixá-la participar de nada relacionado à guerra! MINHA FILHA foi criada por babás!

–Vocês sempre iam vê-la Bella, Voldy era louco, mas mesmo no auge de sua loucura nunca deixou faltar nada pra Lilith, nem mesmo o tal amor, que ele não sentia por quase mais ninguém! Nem ele nem você deixaram de visitá-la uma vez por mês. Você só se afastou quando enlouqueceu, mas eu fui até ela e expliquei a situação, ela entendeu e disse que esperaria você se acalmar para voltar a visitá-la. Ela não tem ressentimentos Bella. –Narcissa respondeu e eu limpei uma lágrima que insistia em cair.

–Certo. Ela volta pra casa hoje mesmo, vou apresentá-la no jantar de natal. Não digam a NINGUÉM! -Eu disse.

–Certo. –Todos concordaram.

–Tia, posso perguntar o que te fez querer trazê-la de volta? Espírito natalino? -Draco perguntou.

–Sinceramente? O que me fez querer minha filha de volta, foi a Hermione. -respondi sorrindo pra ele.

–Elas têm os mesmos olhos, não é?! -ele perguntou sorrindo e eu assenti. -Lindos olhos cor de chocolate. -ele disse sorrindo abertamente.

–E mais uma coisa, mas não contem a ninguém também, certo? -eu comecei a falar, já rindo.

–Certo! -todos disseram.

–A tia de vocês, no caso sua mãe, Draco... ESTÁ APAIXONADA! –Disse e comecei a gargalhar. A cara deles de espanto e o ciúme no rosto de Draco eram impagáveis. Narcisa tacou um jato de água no meu rosto e eu não fiz nada, estava rindo tanto que não podia reagir.

–Bella, como você pode?! Eu vou acabar com você! -ela gritou.

–Cissa, mantenha a classe. -eu disse, ainda rindo.

–Cala a boca! -ela gritou.

–Quem é? –Draco perguntou seco.

–Draco querido sua mãe já é bem grandinha pra resolver os assuntos dela sozinha, vá para a sala com o Blás que a partir de agora o papo é de mulher. –Pansy respondeu e Draco fez menção de negar.

–Vamos cara, você sabe que a gente não quer ficar aqui. –Blás disse, o puxando pelo braço. Draco revirou os olhos e saiu a passos firmes, nervoso.

–Mas eu vou querer saber quem é! –Draco gritou antes de sair da cozinha, então a Pansy começou com o que eu gosto de chamar de “MPCC, Método Pansy de Conseguir as Coisas”.

–Tia quem é? Fala quem é? Por favor, me fala quem é! Tia por favor! Não me deixa curiosa! Tia me conta! Tia me conta! Tia eu vou chorar! –Fez voz de choro. –Você não confia mais em mim, não me conta mais as coisas! -ela gritou.

–BASTA! –Narcisa também gritou. –Chega Pansy, mais uma vez eu me rendo, droga! –Pansy sorriu, piscou pra mim e abraçou Narcisa.

–Então conta tia! Quem é? -ela disse, sentando numa cadeira da cozinha.

–Certo, eu sei que pareço uma criança de quinze anos bobamente apaixonada, mas eu não consigo evitar, toda vez que eu vejo ele meu coração acelera, e todas aquelas coisas. –Confessou Narcisa, e eu sorri. –E não é de hoje, eu já gostava dele antes de gostar do Lucius, mas agora essa paixão reacendeu e, droga! –Eu já sabia quem era! Merlin que máximo! Eu iria juntar aqueles dois, eu e a Pansy iríamos juntá-los, como eu fazia com Cissa na adolescência, já que eu nunca envelheci e nunca vou envelhecer, principalmente agora que nada me impede!