Só Podem Estar A Brincar Comigo!!! 2 escrita por Susana


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Bem, estou na recta final desta fic, por isso espero que gostem do próximos capitulos.
Boa leitura.



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POV Crystal

- Ela não foi levada para um sítio qualquer, quando foi raptada! Ela foi levada para Volterra! - despejou Paul.

- O quê? - gritou Edward.

Bem, estava tudo tramado! Eles iam perder a cabeça e não me deixariam voltar... IAM TODOS MORRER!

- Eles vão-se arrepender! - sibilou Rose.

- Não, não vão! Vocês vão me ajudar a ir embora e vão esquecer que eu estou viva.

Rose abriu muito os olhos sem os desviar de mim, chocada. Eu odiava vê-la olhar daquela maneira para mim. Ela era uma pessoa muito importante para mim.

- Não nos podes pedir isso... - murmurou.

- Eu morri por algum motivo. Respeitem esse motivo e mantenham-se vivos. - declarei.

Todos se calaram e ficaram a olhar para mim magoados. Eu sabia que ao dizer aquilo os ia ferir, mas podia ser que dessa forma eles percebessem que não havia alternativa.

- Já expressei a minha opinião. -afirmou Paul.

- Vem. Vamos levar-te ao aeroporto. - disse Rose, para surpresa de todos.

POV Rose

Levámos-la ao aeroporto. Não havia nada a fazer, se não deixá-la ir.

No entanto, não nos deixaríamos de vingar dos Volturi. Iria planear tudo com Edward e Paul, ninguém além deles. Ela tinha razão, ela havia morrido por algum motivo e quanto menos gente estivesse envolvida, menos gente poderia vir a morrer.

Estávamos os três a caminhar sem rumo por Seattle, todos calados como numa marcha fúnebre. Aquilo estava-me a deixar com um stress, afinal ela estava a voltar para o ninho de vespas e nós aqui sem fazer nada, a andar pela cidade como zombies, quase que podíamos estar a gravar uma cena para o “The Walking Dead” só nos faltava começar a grunhir.

- O que é que vamos fazer? - perguntou Edward, tirando os zombies asquerosos e feios da minha cabeça.

- Quanto a vocês não sei, mas eu tenho uns certos vampiros para matar. - disse Paul.

Enervei-me.

Ele só podia estar a brincar comigo!

- Estamos juntos nisto, Paul. Não vais fazer nada sozinho. Queres morrer? - perguntou Edward, também, visivelmente alterado.

- Se os matar, porque não? - disse ele sarcástico.

- Controla-te! - rebentei – Sabes bem que se morreres ela não vai aguentar! Se não te quiseres manter vivo por ti, fá-lo por ela!

Ambos ficaram a olhar para mim.

Eu apenas acenei com a cabeça para continuarmos a andar.

POV Crystal

Estava em Itália e tinha de me apresentar de novo aos Volturi. O que me estava a dar um medo, porque Aros poderia desconfiar de alguma coisa e poderia me pedir para ver o que tinha acontecido na minha viagem.

Mas porque é que ele iria desconfiar de mim?

Era só continuar fria e obediente como sempre fui. Eu era uma excelente atriz, ele não iria desconfia de nada.

No meio daquela divagação, nem reparei que tinha chegado a Volterra.

Respirei fundo, num ato profundamente humano, um hábito que me acalmava e me preparava para o que estava para vir.

Entrei e dei de caras com Jane.

- Então, Eva, gostaste da viagem? - perguntou-me no tom normal que ela costumava usar com qualquer pessoa minimamente próxima, isto quer dizer, um tom frio, mas não tão frio como o normal – O Aros aguarda-te na sua sala, ele quer falar contigo.

- Obrigada, Jane.

Ela tinha acabado de me largar uma bomba em cima! Será que ele sabia?

Claro! Que parva que eu tinha sido! Esta podia ter sido a maneira de ele testar a minha lealdade e eu tinha caído como uma patinha na armadilha!

Se o meu coração ainda batesse, estaria totalmente descompassado naquele momento. Eu sabia que se ele sequer desconfiasse, eu estaria morta em menos de um milésimo de segundo. Pelo menos seria uma morte rápida.

Cheguei à porta da sala e entrei, o mais calmamente possível, para não levantar desconfianças, se ele não as tivesse.

- Mestre. - fiz uma vénia quando estava suficientemente perto.

- Eva! Minha querida Eva! Estás de volta! - disse ele a sorrir, radiante, como se estivesse mesmo feliz por me ver, a sua melhor representação de sempre. - Tenho notícias para ti.

- Diga. - tentei transmitir confiança, mas sentia-me aterrada.

- Tenho um trabalho para ti, quer dizer para nós , os mais eficientes dos Volturi e quando viemos a fazer a seleção achei que estavas à altura dos nossos melhores guardas.

- Obrigada pela consideração.

- É merecida. Bem, o trabalho é destruir um clã que infringiu regras de anonimato, eles revelaram-se a um humano. E sabes quais são as regras, o nosso dever é fazer cumprir as regras e punir aqueles que não as cumprem.

Acenei afirmativamente.

Um peso gigante que ameaçava esmagar e sufocar-me desde que Jane tinha falado comigo, foi retirado dos meus ombros.

- Irei com todo o prazer, mestre. Porém, antes de partir, pedir-lhe-ia para ir caçar. Estou sedenta.

Ele assentiu-me afirmativamente.

Saí daquela sala e dirigi-me aos meus aposentos para vestir algo mais apropriado a uma Volturi.

Decidi ir a caminhar, calmamente, até ao bosque que havia perto de Volterra e era um sítio que agradava muito aos campistas.

Eu já não sabia o que pensar em relação à minha vida. Se eu nunca me tivesse recordado de tudo, agora não teria tantas duvidas à cerca da minha vida. Agora seria apenas uma Volturi e agiria em conformidade com isso. Não teria saudades da minha família, família que eu tinha deixado magoada. E, não sentiria as saudades avassaladoras de Paul, que estava a sentir, apesar de tudo eu amava aquele lobinho e ele agora estava tão diferente... O tempo havia-o deixado muito mais maduro, porém não lhe havia tirado a teimosia...

Ao chegar ao centro do parque inspirei e senti o cheiro de humanos, três para ser mais concreta, dois adultos e uma criança. Os meus instintos de caçadora apoderaram-se de mim e eu comecei a correr para o local.

As minhas presas eram uma família que estava ali a acampar, a criança devia ter uns seis anos, mas eu não me retraí e aliviei a minha sede. Porém, depois de a minha garganta já não arder, os remorsos assolaram-me e eu saí dali a correr para qualquer sítio onde eu não tivesse de ver aquilo. Afinal, eu ainda era uma Cullen.

Sabem, sei que pode soar lamechas e estúpido, mas encontrei-me num local do bosque que me lembrou Forks e a minha família e, então, desabei no meio do chão e comecei a chorar compulsivamente.

Senti uma presença, mas nem tive forças para me levantar, além disso não me pareci que quem ali estava me quisesse fazer mal.

- Tenho muita pena que tudo tenha acontecido daquela forma tão trágica, não era essa a minha intenção, Crystal... - eu conhecia aquela voz cristalina e pura.

Olhei para a frente e vi-a, a terceira mulher. Ela estava ali, novamente à minha frente. Como é que era possível?

- O que faz aqui? - perguntei ainda em lágrimas.

- Ora essa! - exclamou indignada – Vim ajudar-te, como faço com todo o meu povo.

Sinceramente, não percebi o que ela queria dizer com o seu “povo”, eu não fazia parte da tribo.

- Eu não faço parte do seu povo. Sou uma inimiga mortal!

- E, no entanto, amas desesperadamente o Paul, o teu inimigo mortal. - ela olhou ternamente para mim – Dois dos meus filhos tiveram um imprinting por ti. E, achas que não fazes parte do meu povo? És uma peça fulcral no meu povo...

- Por minha causa, pessoas do seu povo morreram!

- Tu vais salvar o nosso povo!

Olhei para ela espantada. Sinceramente, o que poderia eu fazer por eles? Eu estava ali presa em Volterra!

- Não percebo.

- Irás perceber, não te preocupes. Eu vim aqui porque te queria devolver algo.

Então, ela estendeu-me a mão e nela estava um punhal, não, não era “um” punhal, era o punhal!

- Quero apenas pedir-te algo: usa-o bem desta vez – ela sorriu-me carinhosamente – Adeus, minha filha.

E, desapareceu deixando-me ali com aquele punhal na mão.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Deixem-me as vossas opiniões, por favor.
Beijinhos, adoro-vos ♥



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