Só Podem Estar A Brincar Comigo!!! 2 escrita por Susana


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Eu sei que passou muito tempo mas tive realmente muito ocupada, então DESCULPEM!!!
Bem este capitulo é dedicado à Lorena Quevelyn (vais perceber porquê :D )
Boa leitura!



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POV Crystal

Eu e Paul fomos até casa, depois de discutirmos minimamente qual seria o plano da minha fuga, porém não tínhamos nenhum plano bem traçado, ainda.

Entrei em casa seguida por Paul que foi para o quarto e me deixou ali sozinha na sala. Nós tínhamos de manter as aparências, mas o facto de ficar ali sozinha sem ele, sem aproveitar os últimos momentos juntos, matava-me.

Decidi sentar-me no sofá a ver televisão e tentar acalmar a minha mente, antes que Edward a conseguisse “ouvir”.

Então, quando estava eu na “paz do senhor”, aparece a minha adoradíssima Savana. Ela ficou a olhar-me de cima abaixo, com um esforço e uma expressividade exagerados, já que eu estava sentada. Depois de me analisar fez um engasgar parvo.

“O que é que eu havia feito para merecer aquilo?”

- Algum problema? Posso ajudar-te? - perguntei sarcástica.

Ela riu-se histericamente.

- Por muitas reencarnações que tenhas continuarás sempre a ser patética.

Eu ri-me, de uma maneira que me assustou a mim mesma. Parecia uma psicopata.

- E tu achas-te muito superior? Afinal, deve ser muito bom ter uma relação com alguém que nunca nos amou nem amará, não é?

Ela ficou a olhar para mim chocada.

- Como é que sabes disso? Como?

Fiz uma cara de desentendida e perguntei:

- Sei o quê? Não estou a perceber...

Levantei-me calmamente e comecei a caminhar para me ir embora dali.

- Tu andas a enganá-los a todos! Eles iam morrendo por ti e tu andas a enganá-los, sua cabra!! Eu vou denunciar-te e eles vão correr contigo!

Olhei para ela disse ameaçadoramente:

- Não sabes onde te estás a meter!

Comecei a avançar para ela, com uma andar de predadora. Sinceramente, apetecia-me caçar, estava a ficar com sede e era muito tentadora a ideia de caçar ali mesmo, naquele exato momento. Os meus instintos sobrepuseram-se à razão e eu lancei-me à caça, mas antes que a atingisse fui eu atingida por um corpo.

O meu impulso foi lutar e atacar, mas o ser que me estava a prender ao chão foi ajudado por outro e a força exercida sobre mim duplicou. Ouvia rosnados, o que me fez perceber que aqueles “seres” eram lobos.

- Larguem-me! - gritei.

Ouvi passos apressados, leves e pesados. Concluí que a casa em peso estava ali... Sorte a minha... teria público naquela humilhação.

- O que se passa aqui? - perguntou Carlisle com um tom de voz imponente, que metia respeito a qualquer um.

Senti um dos corpos a levantar-se, mas o outro permaneceu imóvel sem aliviar a força que estava a exercer em mim.

- És capaz de sair de cima de mim!? - perguntei frustrada.

Ele rosnou em resposta.

- Bem, não ACEITO UM NÃO! - reclamei chateada.

- Saí de cima dela. - disse Jake com voz de macho alfa. Aquela voz que metia respeito até aos que não eram lobos, tipo eu.

Senti-me ser solta e respirei de alívio, levantei-me e virei-me para apreciar a cena que estava montada. Sem dúvida nenhuma que ali estava instalado o circo... e o palhaço, infelizmente, era eu!

- Será que agora me podem explicar o que e passa aqui? - perguntou Carlisle, novamente.

- Ela estava a atacar a minha mãe! - disse um dos que, havia uns momentos atrás, estava em cima de mim.

Será escusado de dizer que todos ficaram a olhar para mim chocados.

- Estava com fome e ela apareceu. Não tenho culpa! - defendi-me, tentando fazer-me de inocente.

Digamos que toda a gente se passou, mas vi um sorrisinho nos lábios de Rose, afinal ela sabia quem eu era realmente e sabia que não tinha sido apenas uma questão de fome que havia motivado o meu ataque.

- Eva, se queres te alimentar fá-lo fora daqui. - disse Edward calmamente.

- Vocês nem me deixam sair de casa! A culpa disto é vossa!- contra-argumentei.

- Amanhã irás caçar connosco! - disse Carlisle.

Respirei fundo, sabia que o que eu ia dizer ia magoá-los, mas tinha tido uma ideia que poderia tornar o meu plano de fuga mais fácil e rápido.

- Animais!? Não seja ridículo! Eu não me quero tornar uma fraca como vocês. - vi Rose a arregalar os olhos espantada. - Eu gosto de sangue humano e não me vou sujeitar a uma dieta dessas!

Olhei para Paul que estava imóvel, mas percebi pelo seu olhar que ele tinha entendido a minha ideia. Então, ele reagiu e dirigiu-se ao centro da “ação”, onde estava eu frente a frente com Carlisle, virou-se para este e disse:

- Eu levo-a a caçar. Não tenho sede por sangue, por isso conseguirei controlá-la.

Carlisle olhou para ele e assentiu.

- Podes, mas não cries ilusões Paul, esta não é a nossa Crystal nem a frágil Eva. Esta é um monstro.

Auch! Aquilo doeu!

Fiz tudo para me controlar e não chorar, pelo menos até sair dali acompanhada por Paul.

- Vamos agora? - perguntou-me Paul.

Acenei afirmativamente com a cabeça.

Pelo menos havia uma coisa positiva no meio daquilo tudo, eles haviam desistido de mim. E, por muito que isso doesse, agora eles estavam a salvo. Os Volturi, mesmo que viessem descobrir que eu os tinha visitado eles achariam que não era necessário fazerem nada. Afinal os Cullen odiavam-me.

Saí de casa acompanhada por Paul.

Caminhámos um bom tempo sem proferir uma única palavra. Eu ia remoendo tudo o que tinha acontecido. As palavras de Carlisle ecoavam repetidamente na minha cabeça. Estava completamente destruída por dentro. O meu pai... o meu pai...

Quando já estávamos suficientemente longe de casa para ninguém nos ouvir, Paul fez-me parar e pegou na minha mão, puxando-me para os seus braços. E, eu comecei a chorar compulsivamente.

- Eles... odeiam-me... - disse no meio do choro.

Ele apertou mais o abraço, deu-me um beijo no topo da cabeça e murmurou:

-Eles vão perceber o porquê, quando tudo se resolver. - ele tentou acalmar-me.

-Eles nunca poderão saber! Isto não se vai resolver! - disse desesperada – Eles vão odiar-me para sempre!

- Ainda podes voltar atrás e contar-lhes tudo, eles vão ajudar-te. - disse Paul calmamente.

Neguei com a cabeça, eles nunca me deixariam voltar se soubessem e eu tinha de ir para Itália. Eu não deixaria que mais ninguém morresse por mim.

- Contar o quê? - perguntou Rose.

Ela tinha-nos seguido? Porquê?

O que é ela tinha ouvido?

Nem sequer me tinha voltado para Rose com medo do que ela tivesse ouvido, quando ouvi outra voz:

-Nós podemos ajudar-te no quer que se passe. - disse Edward.

Olhei para eles, antes que ouvisse mais alguém, valia mais enfrentar todos de uma vez, do que estar a sofrer às prestações.

Ao virar-me vi que só lá estavam eles os dois e respirei fundo. Seria mais fácil dar a volta apenas a dois do que a 10...

- Não há nada para contar – disse eu.

- Crystal, não sejas assim, podes confiar neles. Eles vão ajudar-nos... - disse Paul.

- Não! Eles não vão! Além disso não há em que me ajudar! - gritei já sem saber o que fazer.

Que raio é que o Paul pretendia?

- Se não contas tu, conto eu! Eu não te vou impedir de ir, mas tu não me vais impedir de me vingar! - disse Paul de uma forma que me assustou.

- Ir aonde?? - perguntou Rose enervada.


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Notas finais do capítulo

Então?
O que acharam?
Espero que tenham gostado.
Eu já tenho o resto da história pensada e vou tentar postar com mais frequencia, mas não posso prometer nada :(
Beijinhos e até ao próximo capitulo ♥



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