Só Podem Estar A Brincar Comigo!!! 2 escrita por Susana


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Estou de volta, e acho que abdo a bater records, aahhahah, afinal já é a terceira vezes que posto em duas semanas e toda gente sabe que eu sou um bocado lenta para postar :)
Mas sabem é a emoção, afinal este capitulo é todinho Crystal x Paul, e como eu já não escrevia com este casal, que é O casal desta fic eu fiquei muito excitada!!!!
Bem eu recomendava a ouvirem a música "I won't give up" do Jason Mraz e "A Thousand Years" Christina Perri ao lerem este capitulo.
Boa leitura ♥



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POV Eva / Crystal

Tinha acabado de chegar a Seattle e a minha mente estava num turbilhão de ideias. Apesar de já não ser apenas a Eva, mas também ter as memórias de Crystal, os últimos acontecimentos enquanto humana, antes de ser transformada, voltaram para me assombrar.

Eu não sabia como é que eles iam reagir à minha aparição e à minha nova condição, isto é, eu era uma vampira, não má, mas uma vampira que sede aos seus instintos e eles eram vampiros “vegetarianos”. Porém, eles iriam entender e iriam ajudar-me a mudar isso, afinal eles eram a minha família, eles foram capazes de enfrentar os vampiros mais poderosos do mundo por mim...

E nesse sentido, no sentido das emoções, eu sentia-me mais a Crystal do que a Eva.

Esta era outra questão que me estava a consumir. Afinal eu devia ser a Eva com as memórias da Crystal, no entanto, eu sentia-me ao contrário. Eu sentia-me a Crystal com as memórias de Eva, o que só me fazia sentir ainda mais grata à minha família por não ter desistido de mim, nem mesmo quando eu reencarnei no corpo desta menina insegura e mal tratada pela mãe biológica.

Então tomei uma decisão, iria-me apresentar como Crystal e não como Eva.

Comecei a dirigir-me para casa dos Cullen, primeiro a passo humano, mas depois não consegui conter a excitação e comecei a correr mal cheguei ás zonas verdes, isto é, à floresta.

Quando cheguei perto da casa senti o cheiro dele fresco. Ele tinha estado li à poucos instantes atrás. Escusado será dizer que a minha excitação aumentou exponencialmente e senti os meus olhos a ficarem húmidos. Limpei-os imediatamente, eu não queria que o nosso reencontro fosse no meio de lágrimas e choro.

Comecei a seguir-lhe o rasto devagarinho e em total silêncio, para que eu o conseguisse apanhar de surpresa.

Então dei com ele, num local que me fez lembrar nosso lugar, sentado numa rocha a olhar para um ponto fixo e a chorar em silêncio. Quase que desabei nesse exato momento. Mas não era assim que eu queria que fosse o nosso reencontro.

- Agora, até já choras... É andas mesmo a perder qualidades – disse e tom de brincadeira – Será que ainda serias capaz de me aquecer? Ahahahh

Ele olhou-me confuso. Afinal ele estava ali a ver a Eva, transformada numa vampira e, o que eu disse, apenas eu, a Crystal, podia saber, afinal era uma brincadeira só nossa.

- Sentiste a minha falta? - perguntei a sorrir.

Ele continuou a olhar para mim como um burro a olhar para um palácio. Isso deixou-me muito magoada, pensei que ele não se fosse esquecer assim tão depressa... Mas se calhar era melhor, eu teria de voltar para Volterra e ele, ou o Paul que conhecia, nunca o deixaria. Assim pelo menos não o punha em risco.

Senti os meus olhos a ficarem húmidos e virei-me de costas para me ir embora, não queria que ele me visse assim.

- Pequena... não vás... - pediu-me em tom de súplica.

“Pequena”, ele lembrou-se de mim. Não consegui controlar o choro e comecei, inclusivamente, a soluçar, mas não me virei até que senti os seus braços fortes a abraçarem-me e me voltei para poder encostar a minha cabeça ao seu peito. Como era bom estar naqueles braços outra vez...

- Não chores... desculpa... não sabia como reagir, nem se estava a alucinar... - ele apertou-me mais contra si – Foram 24 anos... quase, quase 25... - ele fez outra pausa quando a sua voz se tornou trémula... - Acho que no meio de todo este sofrimento e azar... sou até um homem sortudo, afinal é a minha 3ª oportunidade de ficar contigo... - disse a última parte a sorrir.

Deixei-me estar um pouco mais, ali, naqueles braços a que eu sabia que pertencia, a tentar acalmar-me e a pensar no que tinha acabado de dizer “...ficar contigo...”, eu queria ficar ali com ele para sempre, mas havia uma enorme confusão na minha vida.

- Paul, não é assim tão...

- Shiu – ele interrompeu-me – Nunca disse que seria fácil...

Então pegou-me na cara com muito delicadamente e beijou-me. Ai como eu sentia falta daquilo, daquele calor dos seus lábios contra o frio dos meus... Então deixei-me levar naquele beijo e esqueci-me de tudo, toda a confusão da minha vida, e deixei-me aquecer nos braços e na boca a que pertencia desde o início, desde que o vi.

Quase 25 anos e ele continuava perfeito...

- Porque choravas? - perguntei-lhe preocupada.

- Porque pensei que te havia perdido outra vez e desta vez para sempre... - disse ele afagando-me o cabelo, enquanto eu continuei com a cabeça no seu peito.

Estivemos , durante uns minutos assim, abraçados sem sequer permitirmos que uma única brecha se abrisse entre nós.

- O que aconteceu? Há cinco meses? - e parou por uns segundos, para depois perguntar – Quem és tu? Eva ou Crystal?

Levantei a cabeça e olhei para a sua face que tinha uma expressão calma e feliz, aquilo parecia ser uma mera curiosidade, ou isso, ou ele aprendeu a representar.

- Isso é muito complicado.... nem sei por onde começar...

Ao que ele respondeu carinhosamente:

- Começa pelo inicio, 5 meses atrás.

Acenei afirmativamente e conduzi-o à pedra para ele se sentar e sentei-me ao colo dele, não estando disposta a afastar-me dele nem por um segundo sequer.

- Bem, acho que já deves saber o que aconteceu naquela noite entre mim e o Mathew, ou vá, entre a Eva e o Mathew... Estávamos bêbados e aconteceu...

- Sim, eu sei. - disse ele com uma calma impressionante na voz. Se fosse há 24 anos atrás ele teria explodido de raiva. Ele estava bem mais maduro. - Eu quero é saber o que aconteceu depois.

Respirei fundo e, então, quando eu ia para falar lembrei-me de que isto era só uma viagem e eu teria de voltar para Itália antes que Aros começasse a desconfiar de alguma coisa e se ele soubesse da verdade nunca me deixaria voltar e os Volturi acabariam com a minha família de uma vez por todas e eu não queria isso.

Naquele momento já me questionava sobre a minha sanidade mental, quando decidi voltar para Seattle, só estava a pôr a minha família em perigo, mais uma vez. Eu era mesmo uma idiota!

Comecei, então, a inventar uma história. Eu até tenho jeito para isso, até poderia escrever fanfics... ahahhaha.

- Paul, naquele dia eu saí da festa muito abalada com o que tinha acontecido e deixei-me vaguear pela rua a divagar... - até ali não fazia sentido mentir – Então apareceu um vampiro que me raptou sem me deixar sequer reagir, e levou-me sem saber para onde ia. - bem, até ali também não lhe menti – Então fiquei inconsciente e quando acordei, 3 dias depois de uma longa e penosa tortura, a transformação, eu era uma vampira. Ele ensinou-me a controlar-me e a controlar o meu dom e há uns tempos ele disse que se eu quisesse podia fazer uma viagem para conhecer o mundo. Então, como há uns dias eu, sem saber como, me tornei, também, na Crystal e me senti totalmente esmagada por saudades vossas decidi que era o momento certo para fazer a minha viagem. - acabei e fiquei à espera de uma reação dele.

Ele parecia estar num mundo à parte, onde eu não tinha direito a entrar.

- Não me respondeste à minha última pergunta – disse ele passado, mais ou menos, 2 minutos de silêncio que me deixaram super nervosa.

- Isso é difícil de explicar. - fiz uma pausa para escolher bem as palavras, para que ele me percebesse – Eu sinto-me como era à 24 anos atrás ó que venho com as memórias e alguns sentimentos da Eva. Nada dela está esquecido por mim, pelo contrário, eu também sou fruto de toda a sua vida, só que eu me sinto mais como a Crystal. Percebes?

Fiquei novamente à espera de uma reação da sua parte, que tardou em vir.

- Eu sei que é difícil, eu própria ainda não o percebo muito bem, só que eu gostava que...

- Não te vais embora outra vez e vais-me dizer quem é ele. - ele disse simplesmente, interrompendo-me.

Isso era a única coisa que ele me podia pedir, que eu não podia fazer...

- Não. - disse baixinho.

Ele olhou para mim incrédulo e perguntou:

- Não queres ou não podes?

Eu sabia o que queria responder, mas também sabia o que tinha de responder para que ele não insistisse mais e ficasse em segurança.

- Não quero.


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Notas finais do capítulo

Então????
O que acharam?????
Gostaram????
Como acham que o Paul vai reagir???
Deixem as vossas opinões e pode ser que eu me inspire e escreva mais um capitulo ainda esta semana! ( mas não prometo nada, com a escola e tudo... mas vontade não e falta)
Só mais uma coisa, como está o tempo por aí??? Aqui esteve a chover granizo (não sei se esta a expressão que vocês usam aí no Brasil para quando chovem pedrinhas de gelo) e eu estou deprimida, apesar de amar o Inverno e a chuva. É que tenho os pés gelados!!!!!
ahahhahaha
Beijinhos e até ao próximo capitulo ♥



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