Sai correndo dali, não podia mais nem sequer olhar para ele. Eu não acreditava que ele me levaria para um acampamento, para ficar isolada de todo o mundo. Corri ao meu quarto, tranquei a porta, e pulei na cama. Ali mesmo chorei. Shelby me pagaria por bem ou por mal. Enxuguei algumas lagrimas que insistiam em cair, e peguei outra roupa no armário (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=61375385 ) peguei as chaves do carro e fui a casa da Shelby. Toquei a campainha e uma mulher de avental, de cabelos grisalhos a abriu:

-Oi, posso ajuda-lá?

-Pode sim, a Shelby está?

-Ela deu uma saidinha, mas já já ela esta voltando. Quer espera-lá?

-Claro- Afinal, eu iria amanhã pra merda do acampamento, e talvez não teria uma chance dessa

-Você pode esperar lá no quarto dela, é só subir as escadas e é a segunda porta á direita

Agradeci e subi as escadas, abri aporta e me deparei com um típico quarto de adolescente: roupa para um lado, posters na parede, objetos no chão. Fui andando em meio à bagunça ate a estante que ficava do lado contrario do quarto. Lá havia algumas fotos em família, algumas bonecas, algumas maquiagens,  uma foto do Pedro. Espera, Pedro? O Pedro que eu conheço, a única pessoa que fala comigo, Shelby gostava do Pedro? Continuei olhando as fotos e havia uma que ela estava com a família e Ethan estava na foto, junto aos seus pais, quer dizem então que Shelby é parente de Ethan? É muita coisa nova de uma vez. Ainda encarava a foto quando escutei uma pessoa pigarrear atrás de mim

-O que você esta fazendo aqui?- Shelby disse alterada

-Ah nada, só passei para dar um ‘oi’- Ainda de costas para ela, tirei uma foto dos porta-retratos.

-Sai do meu quarto agora!

-Ok babe, com muito prazer. – Dei um sorriso sarcástico e sai.

Desci as escadas dando um risinho baixo, olhei para a cozinha e dei um aceno com a mão para a mãe dela, ela sorriu e sai pela porta da frente. Era um pouco de informação de mais no momento. Entrei no carro e dirigi ate em casa. Pulei do carro e corri ao meu quarto. Peguei o cabo USB que ficava à direita da minha cama, e o pluguei no computador junto ao meu celular. Passei as fotos que havia tirado do quarto da Shelby e as imprimi. Dobrei-as e coloquei na minha bolsa.

Ainda eram 20 horas e a fome já batia, desci à cozinha e peguei um panfleto de uma pizzaria que ficava aqui perto. Liguei e pedi uma pizza de lombo com catupiry, demoraria 45 minutos então subi ao banheiro e liguei o chuveiro. Deixei que a água com si lavasse minha alma. Meu celular despertou e eu me enrolei na toalha me secando. Coloquei uma calça de moletom e uma regata e sai de casa com a carteira indo em direção a pizzaria. Cheguei lá e minha pizza já estava pronta, paguei para o homem que estava no caixa e indo à saída, estava olhando para baixo e sem querer colidi com um menino alto, e cheiroso- sim, eu cheirei o menino rerere-

-Ah me desculpe, como sou desastrada, desculpa mesmo.

-Não foi nada- Disse ele. Olhei pra cima, e que sorte eu tenho em. – Violet!

-Hm, oi Pedro- disse e fui tentando desviar dele para poder ir embora, não queria conversa com ele, eu sei que a razão é estúpida mas mesmo assim magoou.

-Precisamos conversar Violet.

-Eu não quero papo contigo Pedro- Dito isso, ele segurou meu braço e eu o fitei. O que ele acha que estava fazendo?- Me solta Pedro, agora! Se não eu vou gritar- Ele não me soltou, no instante que eu fui gritar ele tapou minha boca e eu mordi a mesma

-Me deixa falar contigo e eu não te irrito mais. Prometo.

-Tá! Fala logo!

-Descobri o que aconteceu com a sua mãe. –Suspiro- Mas já que você quer ir embora pode ir. –Esse garoto conseguia me irritar

-Teu cu Pedro, fala logo, eu tenho mais coisa pra fazer do que ficar olhando pra sua cara.

-Tá, tá, nervosinha. Então, na noite do acidente eu fui pra sua casa pra ver se você já havia chego de viagem. Sua mãe disse que você não havia chego e não sabia que dia você voltaria então disse obrigado e fui para os fundos da casa, fui em direção o nosso balanço. Fiquei lá por mais ou menos vinte minutos olhando o céu e pensando em você, em nós. Ate que eu escuto um grito na frente da casa, sai correndo para lá. Vi sua mãe no chão com sangue percorrendo todo o lado dela, olhei para frente para ver se o carro ainda estava lá, e por sorte ainda estava. E era Ethan que dirigia, junto com os pais. Violet me perdoe por ser a pessoa que “desmascarou” Ethan, me perdoa mesmo.

Agora sim que era muita coisa para minha cabeça. Não poderia ser Ethan, eu confiava nele, embora ele faça parte da família de Shelby é impossível que ele tera feito isso com minha mãe, com minha família, comigo! Levantei da mesa que estávamos sentados e corri. Não consegui pensar que Ethan foi o responsável pelo acidente. Cheguei em casa arfando e dei de cara com meu pai:

-Não se esqueça Violet, amanhã você vai pro acampamento. Arrume as malas- Disse autoritário. Acendi com a cabeça e subi as escadas.

Joguei-me na cama e comecei a pensar em Ethan e em tudo que acontecera desde a chegada dele. Muitas coisas mudaram desde então. Acabei adormecendo em meio dos pensamentos. Meu celular tocando me despertou do sono leve que estava tendo. Puxei ele pra perto de mim e li o visor

Uma chamada perdida

Cliquei na caixinha da chamada, e a ligação era de Ethan. Que sorte eu tenho em. Tentei ligar de volta e a ligação caiu na caixa postal. Vi as horas no visor do celular e eram três e trinta e cinco da manhã, comecei a pensar no acampamento. Eu não posso ir para lá sem descobrir onde Ethan está e porque ele fizeste isso com minha mãe. Então peguei uma roupa do closet (http://www.polyvore.com/run/set?id=66132664 ) e a vesti, peguei uma mochila um pouco grande e lá coloquei blusas, calças, escova de dentes, um par de tênis, e mais algumas coisas pessoais. Abri a janela de casa e pulei, a altura não era tão grande mesmo que meu quarto fosse no segundo andar, corri olhando para frente, eu via apenas algumas luzes que eram de faróis de carros até que minha visão inteira ficou preta.