Meu Mundinho escrita por sakuraHtinha, May Souza


Capítulo 7
Capítulo 6: Um beijo!


Notas iniciais do capítulo

Bem Mais um Cap pronto, dessa vez foi bem rápido!
O Cap 7 já está praticamente pronto, só falta dar algumas arrumadinhas.
Tenha uma boa Leitura Minna-San!



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Capítulo 6:

Um beijo!

Meu colégio é dividido em três edifícios de dois andares, verde, sim ele era pintado na cor verde, cada um era para uma série diferente. O primeiro prédio ficava o primeiro ano e a biblioteca, o segundo ficava o segundo ano e os laboratórios e o terceiro obviamente os terceiros anos e a secretaria, direção e coordenação tudo isso interligados por corredores extensos.

Eu e as meninas sempre ficávamos no gramado abaixo de uma árvore grande ao lado do terceiro prédio. Assim eu tinha que atravessar o enorme gramado até entrar no primeiro prédio.

Senti um puxão forte no meu pulso direito me fazendo dar dois passos desajeitados para trás e perde o equilíbrio, só pude escutar um barulho de algo pesado cair no chão e ecoar junto com um grito assustado, fechei os olhos esperando a queda. A lateral direita do meu corpo, minha bochecha, bateu em algo solido e quente fazendo minha cabeça rodar levemente. Senti meus dedos agarrarem um pano com força e um par de braços circular minha cintura, abri meus olhos desorientada dando de cara um par de olhos ônix.

–Você esta louco? - Gritei alto enquanto tentava soltar dos braços dele.

Ele não se mexia. O garoto deu dois passos para frente fazendo com que minhas costas batessem contra a parede do corredor, ele soltou minha cintura e botou as mãos apoiadas encima a cada lado de minha cabeça me encurralando contra ele e a parede. Arregalei os olhos.

–O que você esta fazendo? - Perguntei séria. Olhei diretamente nos olhos dele, mas, hey eu conheço esse garoto! Ele era o garoto que sentou ao meu lado no teatro. -Você é o garoto do teatro... - murmurei enquanto olhava ele.

O garoto inclinou a cabeça para o lado, me olhando intrigado. -Você é o garoto do teatro! - constatei tentando ignorar a posição esquisita.

–E você é quem eu procuro. –O garoto, acariciou minha bochecha direita distraidamente ignorando o que eu falei.

Ele parecia estar escolhendo bem as palavras, como se estivesse querendo premeditar cada reação minha.

– Você não se importaria de se afastar? - falei irônica. O garoto olhou em meus olhos e sorriu irônico, botou o rosto na curva de meu pescoço fazendo com que eu me arrepiasse.

–Sério, se afasta! - Falei nervosa abandonando a irônica. Senti seus lábios grudarem na pele de meu pescoço e sorrir. Ele estava muito perto, e parecia não se importa com a aproximação, parecia ate se divertir, como se essa situação não fosse constrangedora.

–Sei tudo sobre você!- Ele murmurou baixinho, senti cada movimento da boca dele contra a minha pele. Como assim, 'sei tudo sobre você'? Meu kami... Não vai dizer que ele é um stalker! O garoto enlaçou minha cintura com os braços, fiquei estática.

–O que... O que você esta fazendo? - Perguntei nervosa, me amaldiçoando por parecer tão nervosa. Ele tirou o rosto da curva de meu pescoço, mas o deixou bem perto do meu rosto, fazendo questão de mostrar que estávamos muito perto um do outro. Tentei relaxar, e mostrar que não estava tão abalada.

–Sempre fingindo ser forte, você não cansa?- Ele murmurou indignado.

– O que você quer?

–Seu cérebro, sua mira... Seu corpo... -Suas mãos se moveram de minha cintura e foi deslizando ate minhas coxas. E foi como se eu tivesse acordado com esse gesto. Agarrei o pescoço dele com minhas mãos e fazendo pressão para baixo fazendo ele se curva para frente levantei o joelho esquerdo com intenção de bater ou esmagar o brinquedinho dele, mas o garoto foi esperto e rápido e desviou minha joelhada flexionando a perna esquerda e deu um passo para trás me soltando, não esperei ele se recuperar do susto e fui para cima dele desferindo um jeb, mas ele foi rápido e esquivou, mas acabando sendo atingido pelo meu cruzado de direita no rosto fazendo com que ele ficasse levemente cambaleante. Não perdi a chance, dei um chute com a perna direita na altura da costela dele o fazendo arfar de dor. Voltei para minha base, perna esquerda atrás da perna direita flexionadas, braços levantados enfrente ao tronco com os cotovelos encostado no estômago punhos fechados na altura da testa, e me afastei alguns passos dele avaliando a situação. Ele estava segurando a lateral esquerda do corpo, mais precisamente a costela com a mão direita levemente inclinada para frente arfando.

–Então você luta mesmo? - Ele falou divertido, como se não tivesse apanhado agora. Ele limpou a boca com as costas da mão esquerda, e sorriu animado. -Sabe quantas pessoas conseguem me acerta um soco? - Ele perguntou sorrindo muito animado.

–Do jeito que se defende... Bastante gente! - Falei irônica ainda sem sair da base.

–Relaxa. Não vou atacar você, não agora... - ele falou relaxando a postura e botando às mãos nos bolsos do jeans escuros. Ele riu levemente. - Estou brincando! - Falou enquanto levantava as mãos em sinal de rendição. Abaixei os braços deixando eles penderem ao lado de meu corpo.

–Para que isso tudo? - Perguntei séria.

–Queria te testar.

–Me testar? Para quê isso? Cruzei os braços enfrente ao peito.

–Queria ver se você era boa. - Levantei a sobrancelha direita sem entender nada. -Você não entenderia, não agora!

–Eu não estou entendendo mesmo! Te conheço do teatro mal falei com você, tenho uma das conversas mais estranha da minha vida, ai você me aparece na minha escola do nada me agarra me bota contra a parede e me alisa e diz que não vou entender? - Falei exasperada gesticulando com as mãos.

–Você fica adorável quando fica nervosa e corada! - Ironizou. Botei as mãos no rosto incrédula sentido o rosto levemente quente. - Não estou vermelha. - Murmurei olhando para o lado constrangida. Escutei a risada adorável do garoto.

– Não é o que o seu rosto esta dizendo.

–Não muda de assunto!

–Me transferi para essa escola mês passado, e digamos que estou atrás de certo tipo de pessoas... - Ele falou enquanto me media com os olhos. -Que tipo de pessoas?

–Ai você quer saber demais. -Ele falou enquanto me circulava.

–Você não me responde nada, fica fazendo mistério sem necessidades. O garoto parou na minha frente, parecia cansado como se estivesse debatendo algo dentro da própria cabeça, como se estivesse ponderando algum assunto.

–É complicado. - Falou enquanto esfregava a barba feita.

O sinal do intervalo ecoou pela escola, fazendo alunos lotarem os corredores. Dei dois passos para trás e juntei minha mochila e botei a alça no ombro direito enquanto algumas pessoas esbarravam em mim. Senti algo, ou melhor, alguém agarrar meu pulso me fazendo olhar para trás dando de cara com garoto do teatro. -Sou Sasuke. –Esta! E puxei meu braço com violência fazendo com que ele soltasse meu pulso. O encarei séria. Idiota. Dei dois passos para trás, me virei e comecei a andar em direção a rampa de deficientes que ficava ao final do corredor que interligava o primeiro prédio com o segundo. Minha sala ficava no segundo andar e eu não gosto de escadas, sempre usava a rampa. 'Hey' Alguém gritou chamando a minha atenção, virei para trás e vi Sasuke no meio do corredor com as mãos no bolso. -O que foi? - perguntei sem interesse.

–Tens um belo par de pernas, deverias usar shorts!

Ele esta querendo apanhar? Fiz um sinal feio com as mãos e voltei a caminhar em direção a minha sala. Garoto idiota! Sabe aquela sensação chata de que você vai ser jogada de lado? Então, estou tendo ela, ou melhor, estou vivendo ela. Caminhando a minha frente em direção ao terminal praticamente soltando corações no ar Ino e TenTen caminhavam apaixonadamente junto com seus namorados e peguete esquecendo de minha insignificante existência. Pelo menos o palito de fósforo não deu as caras hoje e muito menos está aqui. Calada acompanhei os quatro ate a entrada do terminal, passando meu cartão na maquininha para liberar a catraca, continuei atrás deles. Ino se virou sorrindo para mim. -Vai na frente, vamos ficar aqui! - Falou levemente constrangida, mas sem abandonar o tom animado. Olhei para os quatro, que agora estavam me olhando esperando alguma reação. É. . estou sendo abandonada! -Tudo bem! - Fingi um tom animado fiz um sinal de despedida com a mão direita e continuei a caminhar em direção a minha plataforma passando por eles como se nada tivesse acontecido.

Meu estomago se contorceu levemente, fiz uma careta e botei a mão no estomago, quê fome! –Há Tá de zueira!- Exclamei ao ver a fila do meu ônibus enorme, fui para o final contragosto. -Para você! - Alguém falou com uma voz familiar enquanto parava na minha frente me mostrando um calzone, tive que levantar a cabeça levemente para poder ver quem era, pois a pessoa era mais alta que eu. Sasori!

–Pode pegar, comprei para você! - Ele falou levemente constrangido, me oferecendo o calzone. Cruzei os braços. -Não obrigada.

–É de presunto e queijo e trouxe também os molhos. Ketchup, maionese e não esqueci da mostarda! Ele falou enquanto me mostrava os saquinhos de molho na outra mão com orgulho como se tivesse algo grande a ponto de ganhar um prêmio. Bem... Ele não esqueceu a mostarda, de certa forma isso merece um prêmio!

–Pega, sei que você esta com fome!- Ele insistiu.

–Olha Sasori eu... -Eu estraguei tudo eu sei! - Sasori me interrompeu. Cruzei os braços encima do peito. -pode ter certeza que sim! -falei séria. Ele pareceu não se surpreender com o comentário.

–Eu quero que as coisas deem certo. Sinceramente! - Ele suspirou forte. -Eu comprei para você, pegue, por favor! Meu estômago se contorceu levemente, com uma cara emburrada peguei o calzone. Sasori sorriu para mim contente, pegou o saquinho de ketchup e me entregou. Comi em silêncio, com auxílio de Sasori, ele ficou ao meu lado abrindo os saquinhos de molho e me entregando guardanapos e me indicando onde estava sujo.

–Você vai de 267? -Ele perguntou enquanto andava ao meu lado me acompanhando. Olhei para o lado e vi o grande ônibus verde encostado com as portas aberta, a fila tinha começado a andar algumas pessoas. A grande maioria entrava no ônibus e outros ficavam na fila, como eu. -Não... - Ele iria me deixar duas quadras longe da rua da minha casa, vou caminhar muito. O meu é o próximo. -Hum... -Ele murmurou enquanto fazia cara de pensativo. - Nós vamos juntos então. – Comentou. Dei de ombros. Durante os próximos cinco minutos nem eu e nem Sasori falamos nada para meu alívio. O ônibus chegou lentamente, aos poucos se encostando à plataforma e abrindo as portas, a fila mais uma vez começou a andar em menos de um minuto eu já estava sentada em um dos bancos do fundão do ônibus acompanhada por Sasori.

–Você esta... Muito braba comigo? - Sasori murmurou ao meu lado. Desviei a minha atenção da janela para ele, ele parecia por um momento frágil, preocupado, ele me olhou esperando alguma resposta. Suspirei e desviei o olhar para a janela de novo.

–Sim brava, mas não o suficiente para te bater. Chateada na verdade. -Por quê? Olhei para ele. -Não gosto, não suporto me sentir pressionada. Já não vou muito com a sua cara, não tenho um motivo especial para isso. Talvez seja seu jeito arrogante ou essa sua prepotência. . - Falei enquanto olhava para ele. Sasori esteve o tempo todo me escutando, não fez menção de interromper simplesmente me deixou falar.

–É isso que você acha de mim? - Ele perguntou com a voz baixa... Frágil até.

Olhei para o banco a minha frente. -Sim. É o que eu acho! - Falei séria. - Você não deveria se sentir abalado. Não há nada de novidade sobre o que eu falei!

–Não esperava que você fosse tão... Direta. Contrai os lábios mostrando um meio sorriso irônico. -Você não viu nada! O ônibus começou a diminuir a velocidade até parar, abrindo a porta da frente algumas pessoas embarcaram no ônibus - Não sou desprezível. - Murmurou Sasori ao meu lado, fracamente. Encostei-me no banco e observei pela janela a paisagem mudar lentamente quando o ônibus começou a andar pegando velocidade gradualmente. -Não me importo... -Murmurei olhando para a janela. Sasori suspirou profundamente ao meu lado e se mexeu. -Você é impossível! Como Neji me disse. Totalmente grossa desinteressante e desagradável. - Desdenhou Sasori. Revirei os olhos.

–Demorou para perceber! - falei olhando para ele. Sasori relaxou no banco. -Até que você mantéu a pose de "bom samaritano" por um bom tempo. Sasori fechou os olhos e esfregou as duas mãos no rosto.

–não manti pose nenhuma Sakura. Desvie a atenção da janela para ele.

– É que você só me olha, me da atenção quando eu sou justamente um canalha com você! Não importa se... Se eu te levo para a porcaria do teatro ou te pago um sorvete ou se eu te trato bem. Você, você não liga! Simplesmente vira um tipo de... Boneca? Isso uma boneca, não demonstra nada não sente nada! E quando demonstra... - Sasori parou para respirar e me olhou triste. O rosto dele estava vermelho quase da cor doa cabelos dele, os lábios rígidos levemente contraídos. -Parece que você... Você demonstra desprezo. Por mais que eu tente ser legal. Você não da chance, você acaba com quaisquer possibilidade de alguém se aproximar! - Ele falou indignado. -Você sempre esta na defensiva. – Murmurou

–Mais alguma coisa? Ou já acabou o discurso? - Perguntei sarcástica. Sasori me olhou indignado.

–Como assim acabou? Você me escutou? Você realmente me escutou?

–Escutei e muito bem. Dei a mesma atenção que te dei na nossa primeira conversa. Você se lembra do que você me disse? -Sasori arregalou os olhos levemente e ficou branco.

–È por isso que você me trata assim? - Murmurou.

–Digamos que aquele dia, meu conceito sobre você... Não é dos melhores. soltou uma risada desanimada. -Isso foi no início. Eu não sabia o que eu estava fazendo. -E agora sabe? -Sei! -Por quê? -Por que eu mudei? -Assim, tão rápido? Não faz uma semana que nós saímos, que fomos para o teatro e duas semanas que fomos ao dugs.- Mudasse muito rápido. Mudasse em duas semanas! - Falei sarcástica. -Eu to falando sério! -Adiai... Sasori... O que você quer? - suspirei. -eu quero... - Sasori suspirou fortemente. Foi tudo tão rápido. Uma hora ele estava ao meu lado, praticamente gritando comigo e em outra, só pude sentir a pressão dos lábios dele encima do meu. Foi algo... Inesperado. Permaneci estática, não consegui reagir, foi como se algo travasse meus sentidos, tudo que eu poderia sentir era a pressão dos lábios dele nos meus. Devagar ele foi se afastando ate voltar à posição normal de antes, ele ofegava fortemente um rubor subia pelo pescoço dele e queimava nas bochechas, os lábios levemente entreabertos e inchados se repuxavam para os lados em um sorriso maroto. Ele me beijou. Me encostei bruscamente no banco e baguncei meus cabelos com a mão direita. -Era isso que eu sempre quis fazer. - Ele falou com doçura ao meu lado. Aquilo foi como um tapa. Eu não queria... aquilo. Não com ele! Era como dar uma facada no meu ego! Senti meus olhos arderem. Eu não vou chorar! Levantei a cabeça e suspirei forte. Juntei minha mochila do chão e me levantei bruscamente, passei pelo Sasori e puxei a cordinha do ônibus.

–Essa não é a sua parada. - gritou. Ignorei ele e caminhei apressada ate a porta. O ônibus diminuiu a velocidade gradualmente. Sasori agarrou meu braço e puxou me obrigando a olhar para ele. -Me larga! – Exigi.

–Vamos conversa.

–me larga ou se não eu faço um escândalo e digo que você me ameaçou a me bater! - resmunguei para ele. Sasori me olhou com tristeza e soltou meu braço. O ônibus parou a abriu as portas, não perdi tempo e desci praticamente correndo. Andei alguns passos e vi o ônibus passar por mim, na porta pôde ver rapidamente um Sasori cabisbaixo. Fingi o ignorar. Parei de andar e observei o ônibus se afastar rapidamente ate o perder de vista. Meus olhos arderam com mais intensidade. Um soluço reprimido escapou de minha boca.

Eu não vou chorar! Sasori poderia ter razão sobre o que ele me disse, mas ele não tinha o direito de fazer o que ele fez. Mas por que aquele beijo me doeu tanto? Por que eu não fiz nada? Desde quando ele se interessa tanto por mim?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bem... espero que tenham gostado desse cap tanto quanto eu!
Por favor não deixem de comentar!
Seus comentários me influenciam a escrever... É gratificante ter uma resposta das pessoas que leem essa história. É bom saber o que vocês acham dela! ^^

Bjkas Até o próximo Cap.

May!



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