Capítulo 3 – O (quase) beijo

         Noite passada, chorei até dormir. Quando acordei, meus olhos estavam inchados e tinham grandes olheiras à volta dos meus olhos, devido ao ataque na noite anterior. Meu corpo estava todo dolorido.

Olhei pro relógio de cabeceira. Marcava oito horas da manhã. Poxa! Acordar as oito da manhã em um sábado?? Todos que vão a festas dormem até as duas da tarde. Esse era o preço que se pagava por ser sempre certinha!

Suspirei, cansada. Tentei dormir de novo, mas sem muito sucesso.

Resolvi descer e tomar café da manha. Para minha total sorte, meu celular tocou. Hayley, dizia no visor.

- Alô – atendi mal-humorada, da forma mais seca possível, com a voz grossa do sono.

- Renesmee Cullen? – uma voz não identificada me chamou do outro lado da linha.

- Sim, quem é?

- Eu sou Paulo, o pai da Hayley. – medo! Omg, eu estava ferrada, sabia disso!!

- Ah, olá...

- Bom, eu soube que a senhorita literalmente atacou minha filha ontem. Posso saber o motivo? – senhorita? Aquele homem veio da pré-história?

- Não, não pode – se eu já estava ferrada, resolvi fuder tudo mesmo. Mas aí uma idéia me veio na mente: acabar com a Hayley. Será que o pai dela sabia que ela estava se esfregando com um garoto que ela nem conhecia?

- Desculpe, como é? – ele respondeu, surpreso.

- Bom, na verdade pode saber sim. Hayley estava se esfregando com o meu “amigo” – enfatizei bem a palavra amigo, pra ele se tocar.

- E isso é motivo para brigas? – porque ele estava tão formal??? E tão calmo???

- Eu acho que sim, já que esse “amigo” estava quase me beijando minutos antes de ela se oferecer pra dançar com ele. Meu deus!! Será que ele ia contar pros meus pais??

- ELA FEZ *cof* O Q*cof cof cof cof*UE????? – meu deus, agora fudeu de vez! O cara tava tendo um ataque de tosse extremamente apavorante.

De repente, o silêncio.

- Alo? – nada. – Seu Paulo, senhor ainda está aí? – bom, acho que não. Esperei mais um minuto e desliguei o telefone. Se o cara tivesse tido um troço, eu com certeza iria morrer. Ou Hayley ou meus pais iriam me matar... Ou os dois, já que a minha vida está uma loucura mesmo!

         Bem, para minha total sorte, o cara teve um troço e foi para o hospital. Eu só pensava em uma coisa: não fui eu!!

            Brincadeirinha, ele só teve um ataque de pânico... E Hayley se fudeu... Bem feito!!

            De uma coisa eu estava certa: Hayley devia estar com MUITA raiva de mim. Eu estava com medo do que ela podia fazer. Mas ela mereceu, eu tive minha vingança. Bom, não totalmente ainda. Eu ainda tinha um plano em mente.

            O resto de sábado e o domingo passaram monotonamente. Eu não fiz nada mais do que dormir até o meio dia e ficar pensando em uma coisa (ou melhor, pessoa): Jacob. Eu estava ficando louca. Talvez fosse melhor esquecer ele. Eu até tentei. Mas não deu.

Eu estava em mais uma manha de segunda feira. Mas, quando eu chegou na aula, surpresa!: Jacob estava sentado na mesa depois da minha. “Melhor ainda” pensei.
Antes, a minha mesa era a última e agora, nada vai atrapalhar meu plano. OMFHG! Eu quase não acreditei. Achei que estava sonhando de novo, como sempre acontece (saco!!).

            O pior é que dessa vez foi de verdade. Me sentei sem dizer nada e ele abriu “o sorriso” para mim. Quase me derreti <3

Hmmm... Acho que eu estou me apaixonando por ele. Não, vou esperar mais um pouco pra tirar conclusões.

- Oi, Jacob – disse, animada.

- Nessie! – ele tinha se mudado de outra escola, noutra cidade.

UM MÊS SE PASSOU. Nesse mês, eu sempre puxei conversa. Ele era divertido e engraçado. Acho que foi por isso que eu me apaixonei por ele.

Nesse mês, eu descobri um monte de coisas. Ele sabe fazer um mundo de coisas, não tem irmãos, mora com o pai, tem duas irmãs que não moram com ele, etc. E eu quase não acreditei no que aconteceu hoje. Eu fiquei pensando nisso um montão de tempo.

Ele começou a puxar conversa. Passou a aula inteira me “enchendo o saco”. Como se eu não tivesse gostado (mal eu). Passei o dia inteiro nas nuvens.

Hoje tem uma festa (olha, Forks ta crescendo!). E adivinha quem me convidou pra ir? Jacob!, claro. Não sei porque, mas acho que estou criando uma espécie de um amor “viciante”, como se eu precisasse dele pra viver. Estranho...

Me arrumei e fui com Carmem pra festa. Depois do que aconteceu com a Hayley na festa, a gente nunca mais se falou. Que bom.

Quando a gente chegou, fiquei esperando em pé Jake, e Caas foi dançar com um gatinho que chamou ela.

- Ness! – ouvi aquela voz rouca que eu tanto gostava.

- Jake! – disse. E, antes de qualquer outra coisa, ele me puxou pra pista de dança. A gente dançou de novo. Eu estava rezando pra tocar uma musica lenta. Demorou mas veio.

Dessa vez, Jacob foi com mais calma. Subiu a mão até a minha nuca e começou  virar meu rosto. Quando seus lábios estavam a centímetros dos meus, uma sirene muito alta tocou, nos fazendo acordar do transe.

- OLHA A FESTA AÊÊ!!! – Um carinha totalmente bêbado gritou, mais alto que a maldita sirene. Oh, maravilha! Será que eu nunca vou ser beijada??

Eu estava começando a pensar que era melhor desistir e ir para um convento, como minha mãe disse muuiitass vezes. É, era isso que eu ia fazer. Que mentira!! Eu quero é ir em muitas festas (com Jacob, é claro) e tentar dar uns amassos nele.

Mas, como eu não tenho nem um pouquinho de sorte, um carinha me chamou para dançar e Jacob quase matou ele. (nossa, que legal, expulsa de duas festas em menos de dois meses... Ù.Ú)

Tudo bem, nós não fomos expulsos. Na verdade todos gostaram da briga e eu estava começando a acreditar que não tinha nenhum adulto nessa casa.

à mini flash black – luta de Jake e Mike

Nós estávamos curtindo, dançando sem parar. Até que Jake foi no banheiro e eu fiquei numa mesinha, bebendo um pouco. Então, chegou um carinha loiro, olhos azuis, lindoo!! Ele veio na minha direção, e me chamou pra dançar.

Mas, antes que eu terminasse de responder, Jacob veio por trás do carinha e deu um chute no meio das pernas de Mike. Ele urrou (literalmente) de dor e começou a socar Jake.

No, fim, estavam todos aplaudindo pela briga, muito bêbados (inclusive eu – por incrível que pareça). Então, algum retardado gritou – LUTAAA!! – e fizeram um tipo de ringue de luta no meio da piscina (?), acho. Na verdade as imagens não estavam muito nítidas na minha cabeça. Então é assim que é se embebedar? Sensação estranha... Eu nunca fui de beber, afinal, eu nunca fiz nada de bom. Agora é que eu ia aproveitar (66’). Talvez sem beber, a dor de cabeça é inacreditavelmente chata.

Acordei de manha com muita dor de cabeça. O que aconteceu? Só vinham imagens desfocadas na minha cabeça. Espera aí! AONDE EU ESTOU?