Vida Em Família escrita por amazingLeek


Capítulo 8
Cicatrizes do passado -- parte 1


Notas iniciais do capítulo

1-Esse capitulo é o primeiro de uma "série" que vai se estender um pouquinho, então eu espero que gostem.
2- A musica do capitulo não me pertence
3-Espero que gostem



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Carlos e Anita:11 anos

Lucas e Maria:9 anos

Quinn chegava cansada de mais um plantão. A única coisa que queria era tomar um bom banho, e depois relaxar com a sua família. Abriu a porta de casa, e percebeu que as luzes estavam apagadas. Estranhou, porque nem era tão tarde assim. Mas provavelmente era só porque todas estavam nos quartos. Foi quando algo fez com que ela congelasse. Era uma melodia que ela não ouvia há muito tempo, e que ela evitava, por trazer muitas memórias doloridas do passado. Seu desespero aumentou quando a musica começou:

Beth I hear you calling
But I can't come home right now
Me and the boys are playing
And we just can't find the sound

Aquela música, que Puck tinha cantado para ela ha tanto tempo, quando estava grávida de Beth. Aquilo fazia ela se lembrar de seu maior arrependimento, Beth, a sua menininha, aquela que ela tinha deixado ir embora.

Just a few more hours
And I'll be right home to you
I think I hear them calling
Oh Beth what can I do
Beth what can I do

You say you feel so empty
That our house just ain't our home
I'm always somewhere else
And you're always there alone

Quinn estava absolutamente hipnotizada, ela seguia a musica, e queria saber de onde aquele som vinha. Ela desceu as escadas e viu que a porta do porão entreaberta. Ela sabia que aquela voz cantando não era a de Puck, mas tinha esperança que essa melodia a guiasse para a sua Beth.


Just a few more hours
And I'll be right home to you
I think I hear them calling
Oh Beth what can I do
Beth what can I do

Beth I know you're lonely
And I hope you'll be alright
'Cause me and the boys
Will be playing all night

A loira voltava à realidade a medida que a melodia ia morrendo, percebeu que estava no porão, e que a sua frente estavam Barbra, sua filha mais velha, Lucas, uns dos filhos de Santana, sentado ao teclado. Ela percebeu os olhares dos dois sobre ela, e decidiu que ela tinha que falar alguma coisa:

–-Ahnn... Desde quando você gosta de Kiss? Pensei que só cantasse clássicos da Broadway. – ela perguntou à filha.

–-Uma boa cantora tem que dominar todos os gêneros musicais. – a filha respondeu no melhor estilo “Rachel Berry”, e fez Quinn revirar os olhos.

–-Oi Luckie! – ela não poderia deixa de cumprimentar o menino.

–-Oi tia! – ele falou animado, muito parecido com sua mãe Brittany, e Quinn apenas riu.

Ela ia saindo do cômodo, quando se lembrou de uma coisa:

–-Barbra, onde está sua mãe?—a loira perguntou.

–-A Jane não estava se sentindo bem, então ela foi se deitar com ela. – a menina respondeu dando os ombros.

–-Você sabe se é alguma coisa séria?

–-Na minha opinião, ela tava apenas sendo uma bebezona.—a menina disse como se fosse a pessoa mais adulta do mundo.

–-Barbra Lucy Berry-Fabray, não chame sua irmã de bebezona!! – Quinn repreendeu a filha.

–-Ok, eu sinto muito!— ela disse isso, mas no fundo não estava nem um pouquinho arrependida.

Quinn apenas suspirou com o comportamento da filha. Ela não queria lidar com isso agora, portanto, apenas deixou para lá.

–-Eu vou subir para o quarto, e vocês podem ficar aí. Só não façam muito barulho, e quando for a hora de dormir, eu venho aqui chamar você. Entendido?

–-Claro!—os dois falaram num uníssono. —e assim, a loira subiu para o quarto. Ela já estava cansada antes, e ouvir aquela música e ter todas as lembranças de volta de uma vez só, lhe deixou mais cansada ainda. Ela só queria descansar um pouco.

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Mais tarde naquela noite, num bairro nem tão longe dali, Santana suspirava enquanto olhava no relógio de sua sala no departamento de polícia. Já era tarde e ela continuava presa ali. Trabalhando. Essa seria uma daquelas noites nas quais ela ficaria longe de sua loira, e de seus quatro pequenos causadores de problemas. Ela sorriu ao se lembrar deles.

Porém, ela foi chamada de volta a realidade quando percebeu uma espécie de tumulto fora de seu escritório. Ela levantou-se para ver do que se tratava. Quando chegou ao local do tumulto, viu que se tratava de uma espécie de briga entre um homem que deveria ter entre 40 e 50 anos, e uma mulher, ou melhor, uma menina, que deveria ter uns 20 anos. O cara gritava e xingava a menina de um monte de nomes, e a menina, também estava gritando, e sendo controlada por um policial.

–-Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?!?!? – Santana praticamente gritou, interrompendo aquela comoção.

–-Tenente, esse senhor chamou a polícia porque afirma que essa senhorita roubou dele cem dólares. – o jovem policial tentava explicar a situação um poço afobado.

–-Isso procede? – Ela perguntou de forma intimidante a uns dos causadores de tumulto.

–-Essa vagabunda passou por mim e tirou cem doláres de dentro do meu bolso!! E esse bando de incompetentes não fazem porcaria nenhuma. Essa piranha tinha que ta é na cadeia. – o cara gritou com Santana. O cara era tipo de pessoa que Santana tinha nojo. Um homem no pior estilo machão, que se achava dono do mundo, e das mulheres, ela só conseguia desprezar esse tipo de gente.

–-Se o senhor achar que foi prejudicado, é só procurar um dos oficiais daqui e prestar uma queixa. Mas não é necessário causar um tumulto. – ela dizia de forma calam e fria. Tinha que por aquele cara no lugar dele, mas não queria se rebaixar ao nível dele para isso.

–-Mas é claro que você não vai fazer nada!! Afinal vocês mulheres se protegem!! Mesmo que essa ai seja uma piranha! Vocês são todas iguais!! – o cara não parecia se intimidar com Santana, mas ela já havia lidado com coisas muito piores do que aquilo, por isso continuava com o nariz em pé.

–-O senhor deveria prestar mais atenção no que fala. Eu poderia agora mesmo mandar te prender por desacato, mas como hoje eu estou de muito bom humor, eu vou deixar essa passar, e não ferir esse seu orgulho de macho, mas se você disser mais alguma coisa, eu mando te jogarem numa cela com um monte de caras te esperando para te fazer de namoradinha deles. Fui clara? – ela disse com veemência, e ele colocou o rabinho entre as pernas e não se atreveu a dar mais nenhum pio. – Adams, leve esse senhor para prestar queixa. —ela ordenou a um dos policiais que estavam ali presentes, que seguiu o senhor que continuava em silencio. –e você menina...—ela falou virando-se para a jovem--...depois que todos os procedimentos acabarem, eu quero te ver na minha sala. –a moça apenas acenou que sim com a cabeça, antes de ser levada por uma policial.

Santana voltou à sua sala e se sentou. Pelo visto aquela seria uma longa noite.

–-//--//--//--//--///--//--//--//--//--//--//--//--//--//--//--//--//-//--//-//-//--//--//--//--//--//--//--//-

Após algum tempo, Santana não sabia quanto, a moça entrou na sala dela seguida por uma policial. Santana aproveitou para dar uma boa olhada na menina. E por fim suspirou. A jovem usava uma micro-saia, com uma blusa que mal cobria a barriga, e deixava o umbigo aparecendo. Usava um par de saltos que nem a própria Santana teria coragem de por, e seu rosto estava excessivamente maquiado. A oficial sabia bem qual era a profissão da mulher a sua frente, mas ela ficava muito triste em admitir. A moça era uma prostituta. Mas uma coisa chamava bastante à atenção de Santana. Todo o jeito da menina era muito familiar a latina. Os cabelos loiros, os olhos verdes, o jeito de arquear a sobrancelha e principalmente o nariz em pé. Aquela menina tinha algo que ela não sabia o que era, mas que era muito familiar.

Após algum tempo só observando, ela pediu:

–-Por favor sente-se. –a menina obedeceu ao pedido da policial e se sentou a frente dela.

–-Essa é a pasta com a ficha dela, Tenente. – o policial que acompanhava a menina disse, entregando uma pasta à Tenente.

–-Obrigada, Adams. Você pode sair agora. –ela deu a ordem ao policial que a obedeceu.

O silêncio se instalou na sala e Santana foi a responsável por quebrá-lo:

–-Então, você pode me dizer o seu nome?—ela tentou puxar assunto usando sendo agradável, e usando a voz mais suave que possuía.

–-Desire— a menina respondeu.Santana revirou os olhos, ela sabia que aquele obviamente não era o nome da menina a sua frente.

–-Agora me diz seu nome verdadeiro. – ela pediu novamente, dessa vez com mais veemência. A menina apenas ficou calada. Santana suspirou, pois sabia que seria difícil tirar qualquer informação da jovem. Mas ela não desistiria. – Ok. Então você pode me dizer pelo menos quantos anos você tem?

–-21—a loira sussurrou.

–-Já teve alguma outra passagem pela polícia?— como resposta, a latina recebeu apenas um aceno positivo com a cabeça. Ela percebeu que conversar não adiantaria nada, e resolveu ver logo a ficha da menina. – Já que você não quer me dizer nada, vamos ver o que temos aqui na sua ficha. – ela disse enquanto abria a pasta.

Santana começou a ler o que estava dentro da pasta, e o tempo pareceu congelar. Ela não conseguia acreditar no papel a sua frente. Seu olhar ia da pasta para a moça, e vice e versa. Ela tentava encontrar algum tipo de confirmação para as informações nos olhos da menina. Agora tudo fazia sentido na cabeça dela, agora ela entendia porque a pessoa na sua frente lhe era tão familiar. Era releu as informações do arquivo, e a primeira coisa que ele dizia era:

Nome: Elizabeth Corcoran

CONTINUA



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Notas finais do capítulo

TAN. TAN. TAAAAAN.
O que acharam do capitulo? gostaram?
Bjjjss pessoal!! Até segunda!! E desculpem qualquer erro.



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