Carlos e Anita: 5 anos                                                                                 Lucas e Maria: 3 anos

O tempo havia passado muito rápido e agora já fazia três anos que Brittany dera luz aos gêmeos.

Aquele seria o primeiro dia dos mais velhos na creche. Elas haviam esperado o máximo que podiam para matricula-los,mas agora não podiam mais esperar ou as crianças ficariam prejudicadas. Deixaram os mais novos com Quinn e Rachel para que pudessem se dedicar exclusivamente aos dois.

Santana estava uma pilha de nervos, seus protestos haviam sido a principal razão pela qual elas haviam esperado tanto, e durante todo o percurso de carro, havia se segurado para não chorar, porque apesar de querer parecer casca grossa com todo mundo, ela era uma manteiga derretida quando o assunto era sua família. Estacionaram o carro da família e os quatro foram andando de mãos dadas até o portão do colégio. A partir daquele ponto teriam que deixar seus bebês irem, e elas sabiam que aquele era o começo de uma longa estrada que acabaria com eles saindo de casa e formando suas próprias famílias. Elas não estavam prontas para isso, principalmente Santana. Abaixaram-se para se despedir dos filhos, Santana falou com Anita primeiro:

-- Ei bebezinho...— ela se segurou para não desabar ali, mas uma lágrima solitária correu o seu rosto.

--Mãe, eu não sou mais um bebê, eu tenho assim ó – e mostrou a mãe aberta para dizer que tinha cinco anos.

-- Você tá certa, já é uma mocinha. – disse abraçando a filha bem forte. Saindo do abraço, olhou no fundo dos olhos verdes e continuou— Promete para mim que vai se cuidar? Que vai falar com seu irmão se precisar de qualquer coisa?

--Prometo!!—a menina respondeu abrindo um sorriso de orelha a orelha que Santana achava lindo, mesmo faltando um dente na frente. – Vai ser tão divertido mamãe!!! – a pequena completou. Santana sorriu com a doçura da filha, com certeza ela havia herdado de Britt, mesmo não sendo filha biológica dela.

--Vá se despedir da sua outra mãe, Hermorosa.—A latina disse, depositando um beijo na bochecha da garotinha, que saiu correndo para os braços da loira.

O outro filho se aproximou de Santana um pouco emburrado:

--Mi hijo, me prometa que vai cuidar de sua irmã.

--Si Mama – com a resposta que o menino deu, Santana percebeu o quanto ele se parecia com ela e chegava ser até assustador.

--Não deixem que riam da cara dela. E se algum moleque chegar perto dela, você...—Santana queria terminar a frase, mas foi cortada por um som de desaprovação feito do por Brittany. – Então é isso Mi hijo, apenas ajude a sua irmão e divirta-se Ok?

--Si mama!!

-- Me dá um abraço aqui meu homenzinho!!! – e com isso, ele correu para os braços dela, que o girou no ar; Ele não conseguia parar de rir enquanto brincavam daquele jeito.

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Após Santana ter se assegurado de que a professora sabia de todos os detalhes necessários para manter as crianças seguras, elas deixaram a escola e estavam sentadas no carro. Santana não fazia mais esforço nenhum para segurar as lágrimas que caiam livremente de seus olhos.

-- San...—Brittany tentava acalma-la, mas falhava miseravelmente.

-- Britt, Como você pode estar tão calma? E se não gostarem deles? E se fizerem a Ani chorar? Ela é tão frágil e doce!!!—ela agora engasgava com os próprios soluços –E se o Carlitos for defender ela e acabara se machucando? – ela chorava copiosamente nesse momento – daqui a pouco eles vão estar no ensino médio e vão se formar e ir para a faculdade e ai nos vamos estar velhas e... – Britt revirou os olhos com o exagero da esposa e não deixou que ela terminasse.

-- Santana!! Não exagere! Ainda falta muito tempo para isso! Agora se acalme e vamos para casa porque não ainda temos outros dois nos esperando – a loira disse com uma firmeza pouco comum.

-- Ok Britt. Só não se esqueça que eu te amo. – a outra respondeu com um pouco mais de calma.

-- Eu também te amo, bobinha.

Brittany sabia que um dia todos eles sairiam de casa para viver suas próprias vidas, mas desejava que esse dia demorasse o muito a chegar. Enquanto isso, ela aproveitaria ao máximo.