Assim que nossos olhos haviam se encontrado ele desfez sua expressão triste e sorriu pelo canto da boca. Eu sabia que não deveria deixá-lo assim, afinal, havia muito tempo que eu não o via por razão de suas constantes viagens para Raccoon City.

   Saí de trás de Claire engolindo meu choro e fui em direção ao Steve. Ele merecia um abraço. Cambaleando, estiquei meus braços e solucei até conseguir apertar ele. Afundei meu rosto em seu peito e desabei a chorar. Não conseguia distinguir o que doía mais, perder minha irmã ou ficar longe de uma das melhores pessoas que eu já conheci.

   Ele percebeu o que eu estava sentindo e me apertou mais forte ainda. Embora eu tivesse a impressão de que meus ossos estavam sendo quebrados, eu estava confortável junto a ele. Eu o amava demasiadamente.

   Assim que ele resolveu me soltar, me entregou a tulipa sem pronunciar nenhuma palavra. Apenas me segurou pela cintura e me beijou. Foi um choque mortal. Eu senti que iria cair, mas ele não deixou e me apertou junto a ele. Naquele momento eu me senti bem. Inteira. Pude sentir meu coração batendo no peito. Era como se nunca tivesse havido um buraco em mim. Eu estava praticamente perfeita, não curada, mas como se nunca tivesse sido ferida.

   Virei-me e sorri para as duas pessoas que eu amava. Claire e Edward. Eles estavam ali, vendo minha felicidade e sorrindo também. Pisquei para Claire e ela me fez um sinal positivo. Sabíamos do que se tratava.

   Depois de tantas tristezas e desgostos, depois de tantas lágrimas e soluços, eu poderia garantir a mim mesma que minha irmã estava feliz. E assim, alegremente, continuei aquela parte pequena e perfeita da minha eternidade.