Akai Ito escrita por Ushio chan


Capítulo 4
Força de Vontade.


Notas iniciais do capítulo

OYASUMI, MINNA-SAN!
Bem, de acordo com o que ele me contou, ontem foi aniversário de um dos meus leitores, o INOVADOR... Eu pensei em dizer "feliz aniversário" por MP, mas aí pensei "Nhá... Não... Vamos dedicar este cap a ele...".
Bem, Ino-kun, feliz aniversário! Você, como eu já disse antes milhares de vezes, tu é uma das pessoas que mantém a fic sendo escrita, viu? Obrigada por tudo o que você está fazendo por mim, Ino-kun!
Beijos!
Bom, pessoal, boa leitura.
(Nota: Tive que dividir este cap em dois de novo... Se rolar três reviews até amanhã, eu posto assim que voltar da aula... Senão... Bem, aí eu posto nessa mesma hora de sempre...)



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__PDV MELLO__

Mesmo com o Death Note em minhas mãos, mesmo depois de ter matado quase toda a SPK, exceto o pessoal do Wammy’s e mais alguns, cujos nomes eu não sei; mesmo sabendo que a resolução do caso Kira está próxima, eu não consigo relaxar. Por causa de Kim? Também, mas principalmente porque tenho um péssimo pressentimento. E Kim me ensinou a acreditar em pressentimentos.

- Agora precisamos saber até que ponto podemos controlar nossos alvos. - Digo com o caderno em mãos, olhando uma página em branco. Repentinamente, o objeto parece criar vida e alçar voo, indo parar na cabeça de Snydar. – Mas o quê?! – Digo, seguindo o percurso do Death Note com os olhos. – O caderno voou sozinho!

- É  um caderno que mata pessoas, não me assustaria se tivesse vida própria! – Ri Ross.

- AAAAHHHH! – Berra Snydar. – C... Chefe, tem um cara estranho aqui... Ele é novo?! – O homem aponta para o nada. Mas o que diabos está acontecendo?! – Um shinigami? – Geme ele, ainda conversando com alguém que, aparentemente, não está aqui. – E... Ele quer que vocês toquem o caderno para poderem vê-lo! Venham encostar no caderno, eu não estou maluco!

Todos nós permanecemos encarando-o como o maluco que aparenta ser.

- Certo. – Jack diz. – Todos toquem o caderno.

Nós o obedecemos. Imediatamente depois, meu coração para enquanto ergo minha arma e atiro. E atiro de novo. Atiro repetidas vezes contra esta coisa alta, estranha e com o rosto enfaixado que está diante de mim. Shi... Ni... Gami. Uma das palavras que Katherine me ensinou. Deus da Morte. De acordo com ela, foi a coisa que matou Yukiteru.

- Não adianta. – começa a coisa. – Humanos não podem me matar.

- Já é prova o bastante... O Shinigami é real.

O tempo se passa e o Shinigami, Shidoh, nos revela coisas das quais não fazia a menor ideia. Sobre o Death Note, sobre as regras, sobre as punições. Em troca, eu lhe apresento o chocolate, pelo qual Shidoh se “apaixonou”. Desgraçadinho...

- Hm... Chocolate... Como isso é bom... – Geme ele. Que lindo, fiz um shinigami ter um orgasmo comendo meus chocolates. Se pudesse, prometeria a mim mesmo parar de comer isso. Mas não posso, é impossível para mim.

- É verdade o que disse antes? Sobre a regra que diz que se o possuidor passar 13 dias sem matar alguém, morrerá... E que todos os que tocarem o caderno morrerão caso ele seja inutilizado... Ambas foram inventadas?

Abro uma barra de chocolate e passo a acompanhar o deus da morte, que, na verdade, me parece até mesmo simpático.

- Sim, são totalmente falsas. – Diz a coisa enquanto mastiga. – O shinigami provavelmente escreveu isso para fazer uma piada com os humanos.

A regra dos treze dias... Ela poderia fazer com que o humano se livrasse da culpa, posteriormente. A questão é: Este caderno pertencia a Kira? E, se pertencia, ele sabia que era uma farça? Se sabia, poderia usar estas regras, especialmente a dos treze dias, para forjar sua inocência após este período...

- Shidoh, vá vigiar lá fora! – Ordeno para o shinigami, que mastiga meu chocolate com sua mandíbula que é, no mínimo, curiosa. – É bem conveniente que não possa ser visto por humanos. Vá fazer vigília lá fora, entendeu?

O deus da morte me olha com uma expressão ligeiramente... Assustada. Bem, que eu saiba, todos tem medo de mim no primeiro momento. Que bom! Shidoh sai de cena.

Em pouco tempo, apenas eu e Matt estamos na sala. Ele desliga seu PSP e me olha. Em resposta, paro de comer chocolate.

- Mello... Tem certeza do que está fazendo? Quero dizer... Matar os membros da SPK?

- Matt, se este é o caminho para proteger Near, Kim, Íris, Ushio, Ino e Leila, é o que eu farei... Especialmente por Kim. De qualquer forma, entendo sua preocupação.

- Não acha que, assim, você perderá Kim mais do que reconquistará?

- Não sei até que ponto a perdi... Ainda assim, se for para perde-la para sua segurança, permaneço disposto a arcar com as consequências. – Digo.

- Íris diz que Kim parece te odiar agora... Ou, ao menos, não gostar de você. Ela diz que Ushio tem certeza de que uma pequena parte da Ki-Ki ainda te ama, ao menos como amigo, porque outro dia ela quase a estrangulou por Ushio simplesmente mencionar o fato de já ter ficado sozinha com você. Na verdade, Íris pediu para eu não falar com você a respeito, mas...

- Obrigado, Matt... Isso me dá esperanças. Ao menos um pouco.

- Sabe que, talvez... Não. Deixa pra lá. – Eu sei o que ele ia dizer. Que, talvez, Kim deva seguir com sua vida, se apaixonar por outro e continuar. Ainda assim... É doloroso demais. Sei que pode ser uma atitude egoísta, mas eu preciso ao menos tentar. Gostaria de poder pedir que Shidoh a vigiasse... Isso seria interessante, um Shinigami-de-guarda... E Shidoh me lembra um pouco um cão, de qualquer forma. Ele não me assusta. Talvez seja porque me identifico com seu claro gosto por chocolate.

- Eu sei. Mas preciso tentar. Bem, eu vou dormir, preciso digerir isso tudo o que aconteceu agora. Boa noite, Matt. – Levanto-me e vou para meu quarto. Não me surpreendo quando encontro uma mulher desconhecida deitada em minha cama. – Hm... Você deve ser mais uma das brincadeira de Jack... – Resmungo.

- Ele me mandou esperar até que um cara louro aparecesse... – Diz.

- Não que eu me surpreenda... Ele tem tentado me fazer transar com qualquer mulher neste mundo há uns seis meses. – Revelo.

- E serei eu a sortuda? – Diz sugestivamente. Reviro os olhos, pensando em Kim. A prostituta deitada aqui não lembra nem um pouco o jeito todo delicado e tímido de Kim. E nem chega aos pés da beleza da albina, sendo muito mais alta que ela, cabelos castanhos e traços harmoniosos. A mulher se aproxima de mim e faz menção de abrir minha blusa. Seguro sua mão e a afasto de mim.

- Não. Vou lhe pedir que se retire. – Digo, indo em direção a minha cama e me deitando.

- E o que é que eu devo fazer, então? Eu vim aqui por dinheiro, não saio antes que me paguem ao menos a passagem para casa. – Ela diz, fechando os olhos e abaixando a cabeça.

- Jack provavelmente não vai te pagar... Mas, se quiser fazer o que veio fazer aqui, sugiro que tente dois quartos a frente, seguindo à direita. Boa noite.

A mulher se retira de meu quarto. Jack... Idiota. Em especial agora, que sabe da existência de Kim.

__ 10 de Novembro__

Sento-me no sofá e fico encarando a porta. Estou com um péssimo pressentimento para hoje... Algo vai acontecer... Algo que afetará a todos nós, mas não sei o que é... Por enquanto, só posso sentir medo. Muito medo.

Abro a boca para me dirigir a Matt exatamente no instante em que ouço gritos. Gritos agoniados e apavorados. Gritos de morte. Eu e o  ruivo erguemos os olhos para ver... Para ver todos eles deitados, contorcendo-se e com as mãos apertando o peito, cada um deles tentando conter a dor no próprio coração. Death... Note.

- Deve ser obra de Kira. – Declaro, mordendo meu chocolate e tentando pensar. Até numa hora dessas ele tem sangue frio para pensar num plano impecável! Desvio meus olhos para o computador, para a imagem das câmeras. Bem, eu e Matt estamos seguros, sendo assim. Sei que é um jeito egoíta de se pensar, mas... Mas que merda é que Shidoh está fazendo?! O shinigami está se debatendo, preso por mãos que não posso ver. Outro shinigami? O que acompanha... Kira?

Merda! Levanto-me e mando que Matt corra para uma direção diferente da minha, assim ambos teremos mais chances de sobreviver. Então me lembro do caderno... Precisamos dele.

- Ei, Skinner! O caderno está embaixo do corpo de Rod! Vai logo pegar ele lá em cima! – Grito, subindo a escada. Matt, aparentemente, já saiu. Só espero que esteja bem. Se Matt morrer... Não sei o que farei. Ambos os homens sentados se levantam e correm para o corpo de Rod, pegando o Death Note.

Uma explosão. Tiros. Mortes. Onde está o caderno?! Bem, foda-se, agora preciso escapar daqui. Olho em volta, buscando uma rota de fuga. Nada.

Ok, Mihael, mantenha a cabeça no lugar. Se esconda, agora! Ordeno a mim mesmo. Assim faço, indo me esconder em uma das salas, onde estão guardados alguns explosivos. Ativo um deles em uma das saídas e volto a me esconder.

Congelo por um segundo quando um agente entra no recinto. Ok, ok... Manter a calma... Detono um dos explosivos, bloqueando a última saída do prédio.

- Não se movam. Este é meu ultimato. A próxima bomba destruirá a estrutura inteira. – Saio de meu esconderijo debaixo da mesa e sento-me na cadeira. O agente tira a máscara, revelando seu rosto. Não consigo conter uma risada sarcástica com a ironia da situação. – Yagami de novo. Devia tê-lo matado quanto tive chance. Nunca ia imaginar que iria aparecer aqui de novo, procurando o caderno. – Digo, ficando de pé. Porra, Mello, você não poderia ser só um pouquinho mais idiota? Revelando-se assim para seu inimigo? Está tentandos e matar antes mesmo de reencontrar a Kim ao menos uma vez?

Então Yagami me olha de um jeito estranho... Como se estivesse olhando algo além de mim. Um jeito que faz todos os meus músculos se contraírem e meus pelos se eriçarem.

- Seu nome é... Mihael Keehl – Murmura ele em um tom de voz grave e ameaçador.

- Maldição! Como...?!

- Desista, Mello. Entregue-se e eu não vou mata-lo. – Nem pensar. Não vou me entregar... Kim... Preciso viver por ela, preciso sair disso... Por ela. – Caso eu escreva seu nome, morrerá! – Diz ele, abrindo o caderno e pegando uma caneta. Merda!  - Largue a arma e mãos ao alto.

- Yagami...

- Não se mexa! Só falta escrever seu sobrenome! – Grita. Estremeço. Bem que eu poderia ter mais um nome... – E isso levaria um segundo.

- Sinto muito... Não queria mesmo matá-lo. – Declaro antes de fazer mais uma constatação. Não foi Yagami quem matou meus companheiros minutos atrás, foi Kira. – Yagami... Nunca matou ninguém, não é? – Atrás dele, um dos últimos de meus comparsas atira repetidas vezes contra o colete a prova de balas de Yagami Soichiro. Depois de muitos tiros, o agente cai no chão.

- José, o caderno! – Grito, certo de que logo outros chegarão aqui.

- Merda! Ele não solta o caderno! – Reclama José. Prevendo o que acontecerá em segundos, pego a máscara que pertencia a Yagami e a coloco em meu rosto exatamente quanto agentes invadem o ambiente e, imediatamente, atiram em José, que parece morrer instantaneamente.

- VICE-DIRETOR! – Grita alguém.

- Parado, Mello! Mãos ao alto! – Um agente ordena, apontando uma arma para mim. Merda... Eu não tinha acabado de decidir que não me renderia por nada neste mundo? Pois bem, é verdade. Preciso viver para ir me desculpar com Kim, para contar-lhe a verdade, pare dizer que a amo ao menos uma última vez. Ergo o detonador do outro explosivo até a altura de meus olhos e, com o rosto de Kim em minha mente, aperto o botão. Ao menos Matt conseguiu sair daqui... E, por Kim, eu farei o possível para sair também.

Sinto o fogo e pedaços de concreto me jogarem para longe enquanto toda a estrutura é destruída. Kim... Se algo acontecer... Eu te amo. Penso, desejando mais uma vez em minha vida que a albina pudesse escutar meus pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? Espero que sim, porque eu passei o dia todo escrevendo esse cap, que acabou ficando enorme!
Deixem reviews, por favor!!!
Beijos!
- Ushio.