Akai Ito escrita por Ushio chan


Capítulo 2
O sequestro parte 1


Notas iniciais do capítulo

OYASUMI, MINNA-SAN! Aqui estou eu, postando mais um capítulo, que é básicamente o episódio 27, mas eu vou dividir em dois para não perder o rumo dos acontecimentos...
Boa leitura!



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PDV NEAR.

Quatro anos se passaram desde a morte de L. Tenho investigado Kira desde então. Ou melhor, tenho investigado Yagami Raito. Estou convicto de que L estava correto quando acusou-o de ser o “justiceiro”. Foi um golpe duro para a minha irmã saber que o assassino dos criminosos é o melhor amigo de Fujibayashi Yukiteru, mesmo tendo conseguido superar a morte do irmão mais velho.

- Ne-Ne... Continue. – Pede minha irmã. Durante meu instante de reflexão, esqueci que estava apresentando meus “estudos” sobre o caso Kira.

- Enquanto o detia, um oficial ouviu Higuchi falar de um caderno que podia matar o humano cujo nome fosse escrito nele, desde que o autor lhe conhecesse o rosto. – Digo enquanto subo em uma cadeira e me sento do jeito que nosso antigo mestre o fazia. Passo a me girar na cadeira, brincando enquanto falo.

- Um caderno assassino, então. – Murmura o presidente dos EUA.

- Sim. E, no momento, provavelmente esta em posse da polícia japonesa.

- E vocês seis investigaram o caso Kira sozinhos durante os últimos cinco anos? – Pergunta ele sarcasticamente. – Um bando de adolescentes?

- Hai. – Ushio responde, totalmente enfurecida. Ela odeia que duvidem de nós.

- Senhor presidente, o atual L é uma farsa da polícia japonesa para ocultar a morte do L original.

- Diretor Mason... Este rapaz... Quem é?

- O verdadeiro sucessor de L. – Minha irmã se sobrepõe à fala do homem. Ela jamais perdoou Kira por “roubar” meu “título”. Agora eu o tenho de volta e iremos trabalhar em uma equipe independente de investigação do caso Kira, a SPK – Special Provison for Kira. A equipe é composta por agentes do FBI e da CIA escolhidos a dedo.

______No QG______

Entramos em uma sala do prédio e eu me sento no chão. Mal se passam dois minutos antes que um telefone toque, o que usamos para clonar o celular de Yagami Soichiro. Gevanni o atende. Uma expressão de choque passa por seu rosto antes que ele se dirija a nós e diga:

- O Diretor Takimura foi sequestrado. Sem suspeitos. O sequestrador fez contato às 18:12, cerca de 45 minutos atrás. A chamada foi feita do celular do diretor.

- Alguma exigência? – Ino pergunta.

- É... Eles... Queriam... O...

- Shi ni Noto. – Minha irmã adivinha, usando o termo em japonês para “caderno da morte”.

- O Death Note. -  Responde Gevanni, ainda não se dando conta de que minha irmã profetizou a resposta há poucos segundos. – Em troca do diretor.

- Quem teria feito isso? Kira? – A voz infantil de Leila ressoa pela sala. Não. Kira já tem um caderno. Ou as pessoas não seriam mais julgadas. E Yagami Raito já tem acesso total ao caderno que está nas mãos da polícia, então não foi ele.

- Não. Mello. – Kim responde com os olhos no chão. A menção do antigo namorado ainda a machuca, ainda que ela o odeie ou, ao menos, isso seja o que ela diz.

- Quem? – Halle se interessa.

- Se a existência do caderno se tornou pública, haveria muitos em busca dele. Kira não está envolvido nisso. Ou melhor, está, mas como Yagami Raito.

- Não sabemos se é assim. Mas Yagami sendo Kira, Mello se torna a opção mais provável. – Ino concorda com minha irmã. No fundo, eu também sei que o louro é o sequestrador. Ele e Matt, infelizmente.

- Queria que não fosse assim. – Suspira Kim em um volume tão baixo que apenas eu consigo escutar o que diz, devido a nossa proximidade. – Mas quem sequestrou o diretor sabe da existência do Death Note e não está dentro da polícia japonesa. E os únicos que sabem disso são Mello e Matt.

- Independentemente de quem sejam Mello e Matt, o FBI pedirá a posse do caderno para a polícia japonesa, embora eu duvide que eles vão ceder. – Halle fala.

- Ok. Por enquanto, vamos apenas acompanhar o caso do sequestro de Takimura. – Digo enquanto inicio a montagem de um pequeno quebra-cabeças. A meu lado, de pé, escuto Kim mexer em sua velha corrente de imãs.

- Bem, o agente que está falando com o Yagami Soichiro já entrou em cena.  Vamos mostrar a transmissão.

Nós todos colocamos os fones de ouvido para escutar Yagami Soichiro gritando:

Foram vocês, não foram? Devem ser os sequestradores! Raptaram o Diretor da Polícia Japonesa para obter o caderno! Então como sabem do caderno?

- O que acha? – Alguém me pergunta.

- Sim, realmente abduziram o diretor... Comandante Rester, diga que auxiliaremos na busca pelos responsáveis pelo sequestro. Se surgir uma oportunidade, usurparemos o caderno. – Respondo enquanto enrolo uma mecha de cabelo.

- Entendo. – Sempre foi conhecimento geral que eu quero o caderno aqui, onde ele não machucará nenhum de nós e onde podemos usá-lo para provar que Yagami Raito é Kira e usou o caderno para matar os criminosos. Olho para cima, para Kim. Ela permanece abalada por saber quem é o sequestrador. Minha irmã percebe meu olhar e desvia o rosto.

__PDV KIM__

Desgraça... Será possível que Mello não poderia ficar de fora do caso Kira? Ou, ao menos, não sequestrar pessoas envolvidas no caso? Quero o louro fora da minha vida e da minha mente, mas se eu tiver que prendê-lo... Se for obrigada a ver Mello ser preso... Se tiver que ir a um julgamento seu... Se ele pegar pena de morte... A verdade é que não o odeio completamente, embora não mais o ame. Ah, Mello, gostaria que você não tivesse feito isso.

E quando foi que o louro se juntou à máfia? O que ele tem feito? Quantos deve ter matado? E Matt? Matt deve estar nisso também.

PDV MELLO

Desço as escadas para encontrar meus capangas junto com a nossa “vítima”. Entro na sala escura e suja, na qual há uma cadeira no meio com um homem sentado. Mordo uma barra de chocolate. Nesses últimos anos, ando ainda mais viciado no doce.

- Ele disse alguma coisa? – Pergunto.

- A polícia japonesa encerrou a investigação do caso Kira. Os únicos que ainda continuam são, além de L, Soichiro Yagami, Kanzo Mogi e Tatsu Matsuda, não? – Um de meus companheiros fala, dirigindo-se ao Diretor.

- Hai. Havia o falecido agente Ukita.

- E você é o diretor, mas não sabia da existência do caderno...

- Essa polícia japonesa é mesmo um lixo... – Ri um outro. Eu mantenho-me apenas ouvindo. Depois, começo a perguntar.

- Yagami Soichiro é o chefe dentro desta equipe, certo?

- Hai. – Por um instante, agradeço por Kim ter passado aquele tempo todo no Japão. Assim eu posso aprender japonês... Mas, depois, mudo de ideia. Aquele foi o segundo pior período de minha vida... Sendo que o pior é este pelo qual estou passando agora, sem saber se ela me ama, se está bem, se está sofrendo. Mordo o chocolate novamente.

- Segundo minha teoria, há dois cadernos. Um está com Kira; o outro, com a polícia japonesa. E teremos ambos.

- É exatamente o que disse Mello. Ele está conosco há um ano e meio e quando esteve errado? – Começa um deles. Ah, a doce genialidade... Convencendo todos tão facilmente...

- E não apenas isso... Matou um chefe da máfia em quem nem mesmo Kira conseguiu encostar... Por que tanto trabalho pelo caderno?

- Não é só o caderno que quero... – Começo a responder. Não... Eu quero resolver logo o caso Kira... Para tentar resolver meu problema com Kim. Para tentar ser perdoado por ela. Mas não é isso o que eu digo. – Quero matar todos que estiverem em meu caminho. Serei o número 1! Farei qualquer coisa para derrotar Near.

Depois de meu pequeno discurso, deixamos a sala, o diretor, e um deles tomando conta.

Voltamos a subir para a casa principal. Vamos para a sala e nos sentamos. Não gosto deste lugar. Em especial quando algum deles traz uma prostituta para dentro. Ou pior, quando tentam contratar uma para dar em cima de mim e de Matt. Não. Eu jamais faria algo assim com alguém que não significasse nada para mim. Ou seja, ou farei isso com Kim ou morrerei virgem mesmo. E Matt e Íris continuam juntos, de forma que ele também esperará até seu reencontro com a morena. Assim, sempre que trazem alguém para ficar comigo ou Matt, outra pessoa do grupo acaba se divertindo.

- Então, Mello, quando vai nos contar quem é esta tal Kim? – Pergunta Jack, sentado no sofá. Como ele sabe sobre Snowdrop? Olho para Matt, que não diz absolutamente nada, apenas me olha, quase refletindo minha expressão.

- Como sabe sobre ela? – Pergunto rispidamente, esquecendo-me de minha humanidade.

- Você fala dormindo. – Explica-se. – Vai falar ou não? Porque o Matt não abre a boca.

- Ah... Obrigado, Matt.

- Fale logo, Mello. – Ordena Ross. – Ou não saberemos se vamos confiar em você. – Ameaça. Merda. Isso me deixa encurralado.

- Kim... Ela era minha namorada há uns anos atrás. Depois eu tive que sair do orfanato e deixá-la lá.

- E porque fica gritando o nome dela enquanto dorme?

- Porque eu a amo. Não quero que se machuque... Ela está envolvida no caso Kira.

- Chefe! – Grita um de meus capangas, entrando na sala correndo, desesperado.

- Fale baixo. – Ordena Ross. – O que foi?

- Desculpa... É que eu e o Eddie acabamos cochilando, e... E nesse meio tempo Takimura se enforcou com a gravata!

- IDIOTA! Agora que o refém morreu, o que vamos fazer.

- Não. Tudo bem. Se foi obra de Kira, significa que não pode nos alcançar, pois não sabe quem somos. Por isso matou Takimura ao invés de nós. Em suma, Kira é alguém que sabe do sequestro. – Concluo, mordendo meu chocolate.

- E agora, o que fazemos, Mello?

- Agora é a vez da filha mais nova de Soichiro, Yagami Sayu. – É a minha resposta. Se estou certo, Kira é Raito Yagami. E ele não mataria a irmã para não dar o caderno. – Talvez... Talvez devêssemos cuidar um pouco do cadáver de Takimura... Imagino que uma foto do cadáver dele todo mutilado pode motivar a polícia a nos dar o caderno.

***

Em pouco tempo – apenas o bastante para chegar ao Japão e voltar, temos Yagami Sayu em nossas mãos. A garota está em pânico. Nós não a maltratamos, apenas a deixamos devidamente amarrada. E eu e Matt tomamos conta dela na sala, para que os outros não a tocarem.

- Onegai... Não façam nada comigo... – Implora a menina amarrada.

- Não se preocupe, menina. Desde que nos entreguem o que queremos, nada acontecerá com você. – Digo em japonês, encostado na parede, comendo meus chocolates.

- Fala japonês? – Interessa-se ela.

- Hai. – Respondo.

- Mello... Talvez não devesse falar com ela. – Matt aconselha.

- Mello... Eu já ouvi esse nome uma vez... – Murmura Sayu. Merda... Ela sabe quem sou eu? – Você... Era o namorado da Kim, não era? – Diz com a expressão de alguém que sabe que está certa. Não digo nada. Ela não sabe o meu nome de verdade, não é um problema que saiba quem sou. – Como está ela?

- Queria saber. – Digo, me levantando. Gostaria que ela não proferisse o nome de Kim.

- Matte kudasay! – Ela pede que eu fique. – Eu... Não me deixe sozinha com ele! Você me assusta mais, mas ao menos é relativamente conhecido... Onegai...

- Y... Yoshi. – Viro-me e sento ao lado de Matt.

- Eu sou confiável. – Matt diz, jogando algo em seu Nintendo DS.

- Gomen... Mas não sei quem você é... E a Kim amava muito o Mello, e ela era uma menina muito doce, e eu confiaria em alguém que ela confiasse... E, mesmo que ambos estejam me ameaçando, confio mais em alguém que Kim confiava.

- Se te consola, preferiríamos não te matar. Mas tudo depende de como seu pai e Kira reagirão a isso.

- O que Kira tem a ver com isso? – Ela pergunta, o desespero voltando a sua voz.

- Você não sabe? – Matt pergunta.

- O... O que?

- Então não serei eu a contar. Mas prometo que te direi, se preciso for. – Eu suponho que seja porque a garota era amiga de Kim que estou dizendo isso tudo. Por isso não consigo ser imparcial com relação a ela. Simplesmente não quero matar Yagami Sayu.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Amaram? *devaneia* Bem, deixem reviewa, onegai!
Beijos, amores da minha vida!
Sayonara!
- Ushio.