Undiscovered Feelings escrita por matokii


Capítulo 3
Capítulo 3 (Final)


Notas iniciais do capítulo

Útimo capítulo aqui... bem, foi minha primeira fanfic, e, pra quem nem se imaginava escrevendo algo pra postar no nyah, foi super divertido. Quero agradecer demais às lindas da Larissa, da Vanessa e da Bia, porque sem elas, eu nem teria começado a escrever, e da Julia, minha irmãzinha perdida que eu conheci graças a essa fic. :3
Sem mais delongas, boa leitura, espero que gostem~



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   Não consegui mais tirar Daehyun da cabeça, nem mesmo nos meus sonhos, totalmente povoados por ele: pelo seu sorriso quando brincava com os maknaes; pela sua expressão satisfeita quando comia algo de que gostasse; pelo seu sotaque fofo de Busan, que insistia em se mostrar quando ele estava nervoso, sempre me fazendo rir e tentar imitá-lo; pela sua voz tão poderosa e cheia de emoção quando cantava; pela sua mania de passar a língua nos lábios carnudos; pela sua atitude confiante e sexy no palco, que capturava a atenção das fãs.

   Quando acordei, não o vi nos beliches. Embora soubesse que ele acordava bem cedo, senti certa decepção... mas também um pouco de alívio. Depois de passar a noite sonhando com o mais velho, ainda não fazia idéia de como encará-lo. Ainda mais porque agora entendia que toda a raiva que eu vinha sentindo era ciúmes, algo com o que eu não sabia lidar. Não podia simplesmente chegar e falar “Ei, Dae, sai de perto dos outros, estou com ciúmes!”, ele me acharia um estranho... e também, ele parecia preferir a companhia dos outros muito mais que a minha...

   E por falar nisso, lá estava ele, na sala, conversando animadamente com Yongguk. Aproximei-me, tentando ouvir o que diziam.

   -E se quiser, eu pego os CDs pra você... Oh, bom dia Youngjae-ah! – O líder me cumprimentou com um sorriso.

   -Bom dia, Jae! – Quando Dae se voltou para mim, de imediato desviei meu olhar, que até aquele momento, estava centrado em seu rosto. Isso pareceu incomodá-lo, pois continuou, em um tom preocupado:

   -Está bem? – Logo ele fazendo tal pergunta? Nem mesmo eu sabia ao certo como estava: descobrir-se apaixonado pelo melhor amigo, que certamente vai encontrar gente bem melhor que eu para corresponder, não parecia tão bom assim. Mas não iria responder isso, então só murmurei um “sim” e saí da sala sob o olhar dele, que fazia minhas bochechas queimarem.

   Decidi voltar para o quarto. Não estava com muita fome mesmo... e pelo menos assim eu emagrecia. Passei alguns minutos sentado na minha cama, olhando para o teto e tentando tirar o outro vocalista da minha mente, até que ele entrou no quarto, ainda com uma expressão de preocupação no rosto. O que queria, aparecendo assim de surpresa e fazendo meu coração acelerar, não apenas devido ao susto?

   -Jae, posso falar com você? – Aproximou-se de mim, ao que respondi virando o rosto para a parede.

  -Tá... – Tentei fingir desinteresse. Com certeza não era nada de importante, ele só perguntaria porque eu não tomara café, eu responderia com qualquer coisa e ele iria embora. Não havia porque ficar tão ansioso, minha mente sabia disso... mas pelo visto, meu coração não.

   -Você não está bem. – Seu tom não deixava espaço para discussões. – Desde ontem você está tão estranho, quieto, nada parecido com você – À medida que falava, aproximava-se, sentando-se bem ao meu lado. Me encolhi, tentando controlar minha respiração acelerada. – Não quis incomodá-lo primeiro porque achava que estava cansado e queria um tempo sozinho, mas você continua assim, a ponto de Yongguk-hyung me perguntar se tínhamos brigado... Não aguento mais te ver assim, Jae. Anda, sabe que pode me contar o que tá te incomodando, vou fazer de tudo para ajudá-lo, se for algo comigo prometo que vou mudar... só não quero te ver assim. – Aquelas palavras fizeram meu coração quase saltar... mas eu sabia que não eram verdade. Ele não poderia me ajudar, não poderia corresponder aos meus sentimentos tolos. Ele se aproximou ainda mais, segurando meu queixo para fazer com que eu virasse o rosto. Tê-lo tão próximo, tocando em mim, fazendo meu coração bater tão forte a ponto de doer, numa atitude que eu tinha certeza significar muito mais para mim que para ele...era tudo demais. Afastei sua mão de forma brusca, fazendo-o me encarar confuso.

   -Para que se preocupar comigo, Daehyun? Por que não vai brincar de bater no Junhong, errar a coreografia para o Jongup te ensinar, trocar CDs com o Yongguk? Deve ser muito mais divertido que falar com esse esquisito aqui! – Lágrimas começaram a se formar nos meus olhos e eu tentava segurá-las, fazendo minha voz soar tensa e cada vez mais alta, até que estava quase gritando. – Melhor ainda, por que não vai procurar seu amiguinho de Busan e cantar com ele?  Você parecia estar gostando tanto!!!

   -Aish, nunca disse que os outros eram mais diverti... - Ele tentava responder, cada vez mais confuso. Mas quando mencionei o “amiguinho de Busan”, abriu um sorrisinho. – Yoo Youngjae...não está com ciúmes, está?

   -Claro que sim! Eu te amo, Jung Daehyun, seu idiota! – Foi então que tomei consciência do que tinha feito. Eu havia revelado meus sentimentos, que eu havia descoberto há tão pouco tempo e que eu sabia não terem nenhuma esperança...

   A reação de Daehyun não foi a que eu esperava. Em vez de se afastar, de me olhar com repulsa, estranhamento ou pelo menos surpresa, seus lábios carnudos simplesmente se curvaram no sorriso mais deslumbrante que havia visto. Ele estava rindo de mim? Achava engraçado que eu o amasse? Encarava tudo como uma grande piada?

   -Ei, por que está... – Não consegui terminar a frase, pois ele selou meus lábios com os dele.

   O beijo começou suave, sentia somente seus lábios grossos e incrivelmente macios contra os meus, mas logo senti a língua dele entre meus lábios. Entreabri-os, dando passagem para que ele praticamente invadisse minha boca e a explorasse por completo. Entrelacei meus braços em seu pescoço e senti uma de suas mãos na minha nuca, puxando meus cabelos e provocando arrepios em mim, e a outra percorrendo as minhas costas. Continuamos assim por um tempo que eu desejava que fosse a eternidade. Quando nos separamos, ele tinha o olhar transbordando afeto e aquele mesmo sorriso de momentos antes, que eu agora entendia não ser de diversão ou de desprezo, mas sim de pura alegria e amor.

   -Para o “cérebro” do nosso grupo, você demora a perceber os próprios sentimentos, não é? – Disse, enquanto acariciava minhas bochechas quentes com as pontas dos dedos.

   -Cala a boca, Dae, a culpa é sua por me deixar idiota assim... – Falei, mal contendo o sorriso.

   -Youngjae pabo... – Ele riu, colando nossos lábios rapidamente. – O meu pabo.


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