16 de Dezembro
Delegacia 1-6

"Tio Elliot, quando mamãe vai voltar para casa?" perguntou Emily junto a seu irmão. Nenhum dos dois sabiam do que acontecera com sua mãe, e ninguém sabia como lhes contar. Na noite anterior, os gêmeos mal conseguiram dormir, e quando dormiram, foram atentados com pesadelos, e tudo que queriam era sua mãe junto a eles, e ambos já estavam pensando que ela havia abandonado-os.

Elliot ajoelhou-se, ficando na altura das duas crianças, e depois de um tempo, disse: "Olhe, mamãe não voltará para casa tão cedo, crianças..."

"Mamãe nos abandonou?" questionou August, com lágrimas em seus olhos.

"Não, não, mamãe nunca seria capaz de fazer isso a vocês" dizia Elliot.

"Ela não nos ama mais?" continuou a perguntar Emily.

"Sua mãe os ama mais que qualquer outra coisa neste mundo, criança. Mas acontece que o homem mau pegou-a" ele tentou explicar-lhes.

"O homem mau a sequestrou?" tentou entender uma das crianças.

"Sim. Mas mamãe nunca deixou de ama-los. Aposto que ela esta pensando em vocês agora" sorriu Elliot.

"Você vai acha-la, tio El?"

Elliot suspirou "Sim, eu prometo que sua mãe logo vai voltar, eu prometo" ele mentiu.

A verdade era que já se passara um dia desde seu sequestro e ninguém tinha ideia de onde Jeremy Carter poderia ter levado-a. Trabalhavam tentando descobrir onde ela poderia estar desde que fora sequestrada, sem dormir nem nada, mas Carter era bom em esconder suas pistas. Já haviam levado o caso a mídia, mas até agora nada. Já haviam recebido algumas pista sobre o paradeiro da vã, mas nada sólido até então.

"Vão brincar lá em cima, crianças" disse Elliot "Quando estiverem com fome, venham aqui para que possamos comer algo"

Os gêmeos assentiram a subiram as escadas. Elliot olhou para o quadro, onde tinha uma foto de sua parceira desaparecida. Os telefones da unidade não paravam de tocar, e detetives corriam de um lado para outro para atende-los, na esperança de que algo os levaria a achar Olivia, mas a maioria das vezes não conseguiam nada.

"Elliot!" gritou Munch, chamando-o até sua mesa "O dono de um posto disse que uma vã preta, sem placa passou por posto ontem um pouco depois do sequestro de Liv. Ele disse que ouviu um choro agudo de dentro do furgão, mas não fez nada para ver o que era""

"Ok, então eu e Fin vamos falar com ele. John, fique aqui caso os gêmeos queiram alguma coisa, e se conseguir mais uma informação, ligue-nos imediatamente"
disse Elliot "E por favor, pense em Olivia e não diga nenhuma conspiração às crianças"
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"Jeremy, por que você esta fazendo isso?" perguntou Olivia, apavorada.

O homem a sua frente ignorou totalmente sua pergunta "Estou feliz que estamos finalmente juntos novamente" disse, aproximando seu rosto cada vez mais do dela.

Olivia esquivou seu corpo do dele "Por favor, não me machuque..." ela implorou-lhe. A verdade era que depois de saber tudo que seu pai poderia fazer, ela tinha medo dele. Medo de que poderia mata-la, ou pior, estupra-la novamente. Neste momento, ela preferia ser morta do que estuprada.

Mas ela pensou em seus filhos, quem provavelmente estariam sentindo sua falta já, e sentiriam muito mais se ela morresse. As palavras que seu parceiro lhe disse alguns dias atrás agora corriam livremente por sua mente: "eles passaram pelo inferno, mas precisam de sua mamãe agora, e você é a única que pode fornecer isso a eles". Sabia que isso era verdade, então agora não havia nada agora que não a faria lutar por sua liberdade.

Jeremy riu de seu medo "Você é patética. Você é patética igual a seus filhos." ele provocou-a, e pelo olhar mortal que Olivia o deu, sabia que tinha achado um jeito de atingi-la. "Sim, seus filhos são patéticos, Olivia. Eles ficavam gritando 'mamãe, mamãe' o tempo todo. Nós nos divertíamos com eles e isso que eles ficavam gritando! Eles são patéticos igual a você"

Olhos de Olivia pegavam fogo, assim como lágrimas escorriam por seu rosto. Se ela pudesse movimentar suas pernas... com certeza daria um chute entre suas pernas. Mas apenas deu-lhe um soco em seu estômago. Embora suas mãos estivessem amarradas a sua frente, certamente continha toda sua raiva neste momento.

Jeremy não esperava por isso. Ao sentir a dor vinda de seu abdômen, ele literalmente pirou. Deu um tapa no rosto de Olivia, levando-a a cair na cama onde estava "Você nunca mais ouse algo do tipo, nunca mais!" disse, saindo. Ao chegar na porta, deu-lhe mais um lembrete: "E, como punição, você não ganhará água ou comida até que eu decida que ganhe. Lembre-se, bitch, o que seja que você faça que nos irrite, você será punida" finalizou, batendo a porta atrás de si, então trancando todas as fechaduras possíveis.

Olivia pôde ouvir seu estômago roncar. Sua última refeição foi quando seu irmão veio aqui na noite anterior trazendo-lhe água e um pão velho, embora fosse melhor que nada. Mas ainda sim, ela estava morrendo de fome, e se quisesse ver sua família e amigos novamente, honestamente precisava ter de comer e beber.

Ao menos, Jeremy esqueceu de desligar a luz ao sair. Ela analisou tudo ao seu redor. Era um lugar pequeno, menor do que o porão que ficou da ultima vez, bem menor. Não havia janelas, e além da cama onde estava, nada mais havia no local. Ela só se perguntava o que aconteceu com todos aqueles "brinquedos". Mas de uma maneira ou outra, ela estava feliz por não tê-los mais.

Deitou-se desconfortavelmente naquela pequena cama, pensando no que poderia acontecer ao chegar o amanhã. Deixou que algumas lágrimas escorressem por seu rosto e logo permitiu que o sono consumisse seu corpo.