No dia seguinte
Delegacia 1-6

Olivia abriu seus olhos lentamente por volta de nove na manhã seguinte. Sentou-se, e percebeu que seus filhos não estavam mais com ela. Embora era provável que eles estavam com Elliot, ela ainda sentia-se assustada por não tê-los em sua vista.

Pulou para sua cadeira de rodas, ajeitou parcialmente seu cabelo e saiu do berço, procurando com seus olhos por seus filhos, não achando-os onde costumavam brincar aqui em cima. Gritou o nome de seu parceiro, indicando que já havia acordado e queria descer. Ele logo chegou a ela "Bom dia, Liv. Dormiu bem?"

"Sim" disse simplesmente "Onde estão os gêmeos?"

Começou a leva-la para baixo "Eles estão com Cragen, quem levou-os para o parque"

Ela balançou a cabeça. Ao menos sentia-se confortável sabendo que estavam com seu capitão, cujo confiava totalmente e sabia que era capaz de manter seus filhos seguros "Você esta com fome?" escutou Elliot perguntar.

"Sim" disse novamente.

Ele guio-a então até uma lanchonete no final da rua, onde sentaram-se na mesa mais no canto do lugar, onde uma garçonete veio logo atende-los "Bom dia. Vocês gostariam de beber logo?" perguntou, ao entregar-lhes o menu.

"Hmm, apenas café" disse Olivia.

"O mesmo para mim" respondeu Elliot pegando o menu de sua mão.

"Certo, já estarei de volta com suas bebidas" finalizou a mulher.

Depois de um tempo analisando o cardápio, Elliot diz: "Eu acho que vou ter as panquecas. E você, Liv?"

"Ovos e bacon" respondeu simplesmente.

Elliot assentiu com a cabeça e disse os pedidos a garçonete quando ela voltou. Logo, ambos estavam silenciosamente aproveitando suas comidas. Mas acontece que quando Olivia olhou para o lado, ela viu alguém que não esperava ver para o resto de sua vida "Elliot..." ela chamou-o.

Ele olhou para ela, e viu o medo em seus olhos, e também olhou para onde ela olhava. Entendeu a razão de seu medo. Em uma janela próxima a janela, encontrava-se Diego Carter, um dos homens que arruinou a vida de sua parceira quatro anos atrás, e arruinava novamente agora. "Fique aqui" disse a ela.

Caminhou lentamente até ele "Diego?" ele chamou seu nome a alguns metros de distância. Ao ver o policial a sua frente, Carter pôs-se a correr para fora da rua, Elliot seguindo-o o mais rápido possível.

Mas nenhum deles sabia que isso apenas era parte do plano que Jeremy criara. Olivia olhava nervosamente para a janela, a espera de ver seu parceiro voltar com seu irmão algemado, mas não viu quando alguém se aproximou por trás dela. Apenas sentiu uma mão em sua boca, proibindo-a de gritar. Sentiu o cano de uma arma em sua cabeça "Grite, e você morre" ouviu a voz malícia de seu pai. Ele lentamente tirou a mão de sua boca, e levou-a para fora do lugar, escondendo a arma novamente, evitando que qualquer um o visse como uma ameaça.

Quanto a Olivia, ela estava petrificada em sua cadeira. Sentiu como seu pai a levava para fora da lanchonete, e levemente olhou para o lado, na esperança de que Elliot voltaria a tempo de salva-la. Mas já era tarde demais. Jeremy a jogou para dentro da vã que se localizava em frente ao local. Viu como novamente estava nas mãos de seu pai e seu irmão.

Elliot logo voltou para a lanchonete "Eu sinto muito, Liv, não consegui pega-lo..." mas ele parou ao ver que sua parceira não se encontrava mais na mesa onde ele havia a deixado, não se encontrava em lugar nenhum. Ele começou a entrar em desespero. Viu um casal sentado a mesa ao lado dele "Com licença, você viu para onde foi a mulher que estava aqui a pouco tempo?"

"Um homem veio aqui e levou-a" disse o rapaz, olhando para Elliot.

Preocupação de Elliot cresceu mais ainda "Você olhou bem para ele?" a jovem assentiu com a cabeça "Você acha que poderia descreve-lo para um desenhista?" novamente balançou a cabeça "Ok, então eu preciso que vocês venham para a delegacia o mais rápido possível"
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"It's Jeremy" disse Elliot, voltando para a sala esquadrão com o retrado falado em mão "Jeremy Carter armou para que Diego Carter aparecesse na lanchonete, onde sabia que eu e Liv estariamos, e quando fui atrás dele, Jeremy aproveitou a oportunidade para sequestrar Liv, novamente"

Ele olhou para os gêmeos, que brincavam na mesa de sua mãe, nenhum deles sabendo que sua mãe estava desaparecida. "O que nós vamos fazer?" ele perguntou para seus colegas de trabalho.

"Vocês já checaram as câmeras de segurança em frente ao local?" perguntou Cragen, juntando-se ao seus detetives. Assim como qualquer outro, ele estava apavorado com o que poderia acontecer com a mulher que considerava sua filha, quem o permitiu ser o avô de duas crianças maravilhosas.

"Sim, mas para a surpresa de ninguém, a van com que Jeremy sequestrou Liv foi roubada, portanto não há nenhuma placa, o que será mais difícil de rastrea-lo" respondeu Fin.

"Então, nós não temos basicamente nada?"

Os três homens ficaram em silêncio, apenas assistindo como os filhos de Olivia brincavam alegremente, sem terem ideia do que sua mãe poderia estar passando agora. Quando eles voltaram do parque com Don e perguntaram onde sua mãe estava, Elliot disse que ela havia saído e demoraria um pouco para voltar. Mas eles não tinham ideia quando ela voltaria.

Enquanto isso, em algum lugar da cidade de Nova York, Olivia estava sendo realizada como refém por homens que ela tinha a repugnância de chamar de pai e irmão. Estava apavorada, não podia mentir, além de seus punhos estarem amarrados a sua frente, sua cadeira de rodas estava longe de ser vista.

Ela não sabia onde estava. Não fora neste lugar que os Carters a mantiveram. Além do mais, tudo era escuro, ela mal podia ver um palmo a sua frente, e não saber o que estava ao seu redor a assustava ainda mais.

Ao ser traga como refém novamente por eles, trouxe-lhe a memória de tudo que sofreu naqueles meses que estava nas mãos deles, e desta fez, ela estava incapacitada de lutar. Quatro anos atrás ela também não ousava lutar, por medo de seus bebês serem mortos, mas agora, ela honestamente não tinha escolha nenhuma. Mas ela era agradecida por estar aqui ao invés de qualquer um de seus filhos.

Ela pensou em todos seus amigos, que depois de anos de convivência, tornaram-se uma família para ela. Pensou se eles estariam a procura dela, se eles dariam o trabalho de procura-la novamente, porque não conseguiram nada em seu ultimo sequestro, nem no sequestro de suas crianças, e mais uma vez, a chance de encontra-la seria praticamente nula.

Não havia janelas naquele lugar, e mesmo se tivesse, provavelmente seriam muito altos para ela tentar pular, e provavelmente estariam trancadas. E isso a fez perceber que precisava de um plano, um bom plano para que pudesse sair daqui. Mas o que ela poderia fazer? E mesmo se conseguisse domina-los, não importava como, qual seria a chance de sair daqui sozinha sem suas pernas? Ela estava totalmente perdida.

Ouviu algum barulho ao seu redor, apenas para fazer seu coração bater mais forte ainda. Viu o contorno de um homem entre a escuridão, que foi se aproximando cada vez mais dela. Sentiu seu bafo quente contra seu rosto, assim como ele levemente apertou seu peito "Sentiu minha falta, princesa?"