Um Louis Em Minha Vida escrita por Kou


Capítulo 2
2 – Gatuno na área


Notas iniciais do capítulo

Era pra eu ter vindo ontem, perdoem-me. Tive um contratempo.
Bom, enfim, ficamos surpresas com os reviews kkk particularmente, achei que ia ter uma chuva de xingamentos, sei lá. Aliás, obrigada por cada um deles :)
Mudamos já o título do cap 1, o 2 também tem um que é pura sedução PFFF então vamos ao segundo.
Por favor, leiam as notas finais.
Boa leitura!



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Abre, fecha, abre, fecha. Abre.

Ah é, calma. Não cheguei no olho ainda.

Algumas palavras passeavam pela língua de Harry, implorando por uma saída rápida e direta para Liam, ainda mais que envolvia o Zayn como fonte de informação.

E eu, pessoalmente, compartilho completamente do desejo dele.

Porém, havia um desentendimento próprio e mental do antigo narrador: alguma conexão estava incompleta. Era aquele negócio: sua tentativa de enviar uma mensagem, todo cílios e sedução, tinha caído no desentendimento. Pois ele, que conhecia Liam tão bem, era incapaz de mandar uma indireta decente. Ficava uma indireta tão indiretamente disfarçada, que era desinterpretada. Quero dizer, mal entendida.

E isso fazia um mal desgraçado. Se Liam entendesse errado...

Este não tinha muita certeza, afinal, mas acabara curioso. Harry ficava uma princesinha piscando os olhos assim, como se brilhassem esperando o mais inusitado dos resultados. Ele que o desculpasse, porque não era assim tão levado para sair piscando de volta. Não depois daquele fora indignamente merecido.

Se bem que, com o que Harry queria que ele pensasse, não tinha como aquele azul não... Epa.

Já tô falando demais. O Liam que venha dizendo a beleza que...

Deixa pra lá.



– E aí, quem é? – perguntei, olhando em volta daquele refeitório enorme atrás da novidade do Harry, que andava à minha esquerda.

– Calma, nem vi ainda. – Harry murmurou, o rosto virado para os lados, como se o cara fosse de repente brilhar na frente dele.

Podia brilhar. Aí eu veria quem era.

– E quem é?

– Calma! Depois eu que sou o curioso. – sorriu de lado, zombando de mim.

– Você me atiça e pede calma? Se decide! – mas Harry, além de tudo, me ignorou, me largando do nada e indo para perto de uma mesa.

– AQUI!, Zaaaaayn!!! – e pulou em cima dele, que vinha andado desavisado perto de um grupo de garotas barulhentas. Elas o olharam atravessado, mas seguiram sem falar nada para o bolinho de alunos mais no fundo do refeitório.

– O-Oi. – cumprimentou meio assustado, recuperando o equilíbrio ainda com Harry abraçando seu pescoço. Ele o trouxe arrastado.

– Pronto, agora conta pra ele! – Harry exclamou, quase pulando no mesmo lugar.

– Oi, Liam.

Acenei com a cabeça, tão calmo quanto possível. Por fora. Harry já devia dar bandeira por nós dois.

– Conta!

– Também quer saber sobre o aluno novo? – Zayn perguntou, olhando disfarçadamente para o braço que não saía de seu pescoço.

– Quero. Esse daí – apontei para o inútil. – me disse que tinha uma novidade incrível e agora está me enrolando desde a aula do Lewis!

Harry sorriu maligno.

– Mas a culpa é sua! – arregalei os olhos. – Ficou me torturando a manhã inteira pra falar do fora, agora aguenta!

– Que fora? – Zayn olhou de um para o outro. Suspirei.

– É que quando-

– Depois ele te conta, fala logo do Louis! – Harry interrompeu.

– Louis?

– Ele... se matriculou aqui na semana passada. – Zayn começou. – Você ainda tava viajando, né? – me perguntou. Assenti. – Ficou na minha sala. Hoje foi o primeiro dia dele. Parece ser um cara legal.

– E...? É isso? – Harry o soltou. – Cadê os detalhes picantes?

– Cadê o quê? – Zayn franziu a testa.

– Os detalhes! Nome completo? Onde ele senta? Com quem ele falou hoje?

– Ah... – ele respirou fundo, parecendo cansado. – Louis Tomlinson. 18 anos. Mudou de Manchester com os pais tem uns quinze dias. Senta do meu lado, atrás do Brian Nelsen, a duas carteiras do fundo. Gosta de inglês e biologia... – murmurou automaticamente, quase sem respirar. – Não tem ideia de quantas vezes já tive que repetir isso para cada uma das meninas da escola. – explicou para minha cara confusa.

– Então as garotas já caíram em cima? – falei com uma careta.

– Namorada? – era Harry, altivo.

– Hum, sem namorada. – o Zayn automático respondeu. – Não sei dizer se está procurando. Nem de que tipo gosta.

– Você falou muito com ele hoje?

– Falei. Acho que-

– Ele fez amigos?

– Eu não... – Zayn parou, confuso. Franzi as sobrancelhas.

O curioso era eu e Harry é que fazia todas as perguntas?!

– Onde ele foi almoçar? – foi a última, dele, só para variar.

– Era isso que eu ia dizer. – Zayn parecia um pouco nervoso. Não gostava muito de ser interrompido. – Louis disse que ia ver como era o refeitório, só que aí as meninas todas ficaram sabendo e foram para cima dele. – apontou com o polegar para o lugar.

– Aquele bolinho de gente lá no fundo? – estranhei. Sempre tinha um aglomerado em algum ponto do refeitório, mas os motivos eram sempre tão sem sal que eu nem olhava duas vezes.

– É... Acho que ele nem conseguiu comer nada ainda, coitado.

– Como é que ele é? – perguntei, subitamente interessado. Pelo tamanho do bolinho...

– Quer que eu descreva? – franziu a sobrancelha. Confirmei. Harry olhou para mim. – ... Sei lá, cabelo castanho não muito curto, franja de lado...

– Como assim franja?! – Harry exclamou.

– Ele tem. – Zayn insistiu. Ele se calou. – Tem mais ou menos a minha altura, olho claro-

– Olho claro? – interrompi, fazendo-o suspirar. As interrupções.

Mas não fazia diferença. Já sabia que valia o esforço, aparentemente.

– É, o olho dele é claro. – ele repetiu.

– Quero ir ver. – murmurei, sorrindo, e virei para o aglomerado.

– Você vai lá? – Harry perguntou.

– Vou. Agora.

– Espera aí, por que isso de repente?

– Ué, – falei, como se fosse óbvio. – ele parece ser bonito.

– Quê? Por quê? – Harry franziu a sobrancelha. – Por causa do olho claro?

– É. – respondi simplesmente.

– E desde quando você gosta de olho claro?

– Desde sempre. – sorri.

Harry ficou sem expressão. Mal arregalou os orbes verdes. Reparou que Zayn nos olhava e então ambos me encararam esquisito.

Okay, talvez eu estivesse dando bandeira demais agora.

– Você vem? – perguntei a Zayn.

– Não. – ele mirou as meninas. – Prefiro ficar longe delas.

– Tudo bem.

Harry deu uma risadinha e saímos. Devia pensar o mesmo que eu.

Quem sabe qualquer dia desses Zayn não dividiria parte do nosso segredinho e...

É.

– De onde foi que elas surgiram? – reclamei, já parado em volta do bolinho, que de perto era maior ainda. Parecia que todas, todas as garotas da escola tinham resolvido ir ali de repente, só porque eu queria dar uma boa olhada nele. Gritando, fazendo escândalo, lançando pergunta idiota, fazendo coisa de garota. Bufei. Ergui a cabeça, esticando o pescoço para tentar me aproveitar da minha altura, mas mesmo assim era difícil.

Harry riu.

– Argh, tem menina até do fundamental aqui. – ele franziu o nariz, me imitando. – Essa escola às vezes é pior que cidade pequena, não pode acontecer nada que- – mas Harry voltou ao normal, com a visão tapada pelas garotas.

– Que foi? – eu o olhei, sem ganhar resposta. Virei para frente.

E lá estava ele.

– Ca. Ram. Ba.

Ele sorria. E fechava os olhos (eram claros mesmo. E lindos, só para constar). E falava com as garotas na maior boa vontade, respondendo as perguntas delas todo educado, assentindo e... Na verdade, essa parte era pura suposição, porque, se, antes de conseguir ver Louis entre as diversas cabeças, eu não ouvia a voz dele nem de longe, agora que conseguia é que não ia mudar muita coisa.

Mas eu continuava encarando de boca aberta.

– Será que eu consigo passar aqui no meio? – perguntei em voz alta, chamando a atenção de Harry de volta.

– Quer ir para perto dele? – indagou chocado. – Não conseguiu ver daqui? Se chegar muito perto só para isso, não acha que vai ficar meio... – ele deu uma quebrada de mão, num gesto típico.

– Não, vou lá dizer oi.

– Quê? Pra quê?!

– Pra ele me conhecer, ué.

Harry enrugou a testa.

– Acha que ele vai querer falar com você com tanta menina em volta?

– Ah, se não fizer bem nenhum, mal é que não fazer. – dei de ombros, indo na direção dele.

– Espera! – Harry segurou meu pulso, me parando. Fiquei sem entender – Essas aí – franziu o nariz para as garotas. – são capazes de te atacar antes de você dar um passo na direção do alvo novo delas. Já tão te olhando feio, Liam. – e elas estavam mesmo, mas a impressão que eu tinha era que olhavam para o Harry. – Fica por aqui mesmo. Ó, pode vir pro meu lugar, aqui tá mais fácil de ver.

– Mas eu já consegui daqui.

– Você viu então? – ele me olhou confuso.

– Vi. Só queria chegar mais perto mesmo. – sorri de canto. – Tem um sorriso...

– Ahhh, viu! Eu disse que ele era bonito! – Harry se gabou, me encarando.

– Quê? Disse nada! – reclamei, ainda tentando olhar. – Nem queria me contar o nome dele pra começo de conversa.

– Você é que não prestou atenção. – bufou, fazendo bico. Ou quase.

– Claro que prestei atenção. – franzi as sobrancelhas. – Era um bilhetinho de duas linhas, besta. Se tivesse mencionado essa parte, eu ia lembrar.

Harry rodou os olhos.

– E quanto a ISSO?! – puxou meu ombro e piscou os olhinhos repetidamente na minha direção, as mãos unidas na frente do corpo. Travei por um momento.

Ele estava fazendo aquilo de novo!

Mas aí me toquei, enquanto Harry me encarava com aquele ar de vitória.

– Há! – me apontou o polegar, sorrindo travesso.

– Tá bom. Você ganhou. – falei, e ele pareceu satisfeito.

Melhor assim.

– Olá. – alguém disse, vindo do lado das garotas e chamando de cara a atenção de nós dois.

Era o Louis.

– O-Oi. – gaguejei, patético. Mas foi melhor do que o Harry, que só ficou lá parado de olho arregalado.

– Vi vocês dois entre as garotas e achei que devia vir cumprimentar. Não vieram muitos meninos falar comigo hoje. – e sorriu, virando-se para Harry, enquanto as meninas se dispersavam com cara feia atrás de nós. – Eu sou Louis. Louis Tomlinson.

Bem feito, oferecidas.

– Harry. – Harry disse (quem mais poderia ser?) meio rouco. O sorriso bonito de Louis se alargou. – Styles. – acrescentou.

– Liam Payne. – ele se virou para mim. – Ninguém se ofereceu para te mostrar a escola ainda? Mostrar como as coisas funcionam?

– Acho que metade das garotas. – ele riu. – Mas talvez eu prefira uma visão mais masculina das coisas, sabe? Para falar dos vestiários, campo de futebol...

– Eu adoro futebol. – falei rápido, Harry me encarando de pronto com MENTIROSO estampado em neon na cara.

– Ótimo!

– A gente pode te encontrar no fim da aula, que tal? – propus, com Harry ainda me olhando feio. – A nossa turma é a C, a última aula é no fim do corredor do primeiro andar.

– Perfeito. – Louis respondeu, bem quando o sinal tocou, marcando o fim do intervalo, para minha total decepção. – Bom, então, – ele arrumou a franja, virada para a direita. – vejo vocês mais tarde. – e sorriu para mim, me dando uma piscadela com um daqueles olhos azuis brilhantes.

Arregalei os olhos. E quase senti as pernas tremerem.

Harry me encarou.

E aí Louis piscou para ele também.


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Notas finais do capítulo

Acho que vale a pena falar, né, as idades a gente, hum, usou licença poética (?) AUAUHAUA
Ah, gente, uma coisa importante: com a nova regra do nyah, a fic será excluída com todas no final do ano, né, mas, até lá, os posts continuam normalmente. Creio que dê pra gente até terminar a fic antes do fim de dezembro. Pelo sim e pelo não, a Möps tem um blog (é a Anne postando) e eu planejo fazer um, então, qualquer coisa, a gente passa o link pra vocês.
Deixem reviews e até o próximo!
Beijinhos!~