Sun Of Earth (Jacob+Renesmee) escrita por Cláudia Ray Lautner


Capítulo 29
Dor & Morte


Notas iniciais do capítulo

O capitulo se chama Dor & Morte, mas eu estou viva!! HAUSHAUHSUA Não tenho nem palavras pra dizer o quanto lamento por fazer vocês esperarem tanto, mas foi uma pausa necessária... eu passei por algumas dificuldades por esses meses (incluindo financeiras) e minha inspiração estava zero! Tudo que eu escrevia não valia a pena ser postado... eu quero sempre dar o meu melhor para vocês e mesmo que não seja a fic Jake/Nessie mais impressionante do universo, mas é com tanto carinho e dedicação que pra mim é como se fosse... ♥

Obrigada a quem está esperando e quem tem recomendado e comentado na fic, mesmo ela estando parada. Obrigada também ao meus amigos no fb que ficam me cobrando com tanta educação e compreensão, porque se fosse eu xingava a autora dos piores nomes possíveis! XD Por vocês que nunca desisti!

Espero imensamente que todos sintam que valeu a pena ter esperado este capitulo. Estamos na reta final e vocês terão a conclusão que merecem. Obrigada! ♥

PS: O canal do You Tube que estava hospedado o trailer da Fanfic foi excluído e eu perdi também as traduções de algumas músicas que havia feito. Estou tentando ajeitar tudo antes da conclusão e ainda farei uma despedida em vídeo especial. *u*

by Cláudia Ray



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*****

Atordoada. Esse era a palavra que definia meu estado, quando senti que recobrava a consciência.

A dor aguda do lado esquerdo da minha cabeça começou a me puxar lentamente de volta a realidade, mais não foi suficientemente forte para me puxar da escuridão. Eu sentia todo meu corpo fraco e não conseguia abrir meus olhos.

Encontrei em algum lugar ao lado do meu corpo, meus braços flácidos e levei as mãos à cabeça, pressionando meu crânio, como se de alguma forma a pressão das minhas mãos anestesiasse a dor latejante.

Meu primeiro pensamento lúcido, foi me perguntar de onde vinha tanta dor. Ela corria por todo meu corpo, meus músculos, minhas veias e terminava em minha cabeça, como uma grande explosão a cada pulsação.

Meu segundo pensamento lúcido, foi Jacob. Seu rosto veio a minha mente, acompanhado imediatamente pelo desespero. A lembrança do acidente surgiu do nada e com força total e meu pânico duplicou.

Abri meus olhos, procurando o desesperadamente me localizar e localizar Jake! Mas eu não conseguia ver nada, meus olhos não focalizava e eu só via sombras e formas embaçadas. Meu coração se acelerou, e minha respiração ficou frenética, o que fazia com que a pressão em minha cabeça aumentasse insuportavelmente.

Apurei minha audição, tentando ouvir o coração dele ou sua respiração, mas meus ouvidos não registravam nada além do zumbido do meu próprio coração. O cheiro de metal e esgoto era forte e queimava meu nariz, tornando impossível tentar sentir qualquer outro cheiro.

Um soluço saiu de meus lábios, enquanto lágrimas desciam por meus olhos nublados e eu gritei o nome dele, ignorando a dor em meus pulmões quando o fiz. Minha voz retornou estridente de volta aos meus ouvidos.

Minhas mãos tatearam a minha volta e eu me localizei. Eu estava deitada de costas no chão, mas não era o chão da floresta de Forks. Senti a textura lisa e fria com grãos de areia que arranharam minha pele. O chão era de metal.

Me sentei respirando fundo duas vezes tentando me acalmar e minha visão gradativamente retornou. Pisquei tentando ajudar meus olhos a focalizarem para que eu pudesse encontrar Jacob.

Quando meus olhos finalmente clarearam, eu me vi em uma redoma.

Um quarto escuro e pequeno de metal, onde a única saída era uma porta igualmente de metal, e a única entrada de luz, era a janela pequena e quadrada, fechada com grades. Era tudo muito claro e brilhante, uma cela novinha em folha.

O pânico me dominou novamente, enquanto eu tentava encontrar forças em minhas pernas para levantar.

Gritei o nome de Jacob mais uma vez. Onde ele estava? Minha última lembrança de seu rosto, foi minutos antes dos faróis altos e cegantes nos atingirem.

Eu já soluçava quando fiquei em pé e cambaleie até a pequena janela. Do lado de fora a luz da lua se infiltrava por pequenos buracos no teto que davam para um corredor escuro. As paredes ali eram de pedra.

Eu gritei o nome de Jacob e minha voz ecoou pelo corredor vazio. As lágrimas desciam por meu rosto enquanto eu chamava por ele. Meu corpo todo se arrepiou quando enquanto eu olhava cada canto do corredor.

Quem havia me trazido para cá? Por quê? O que haviam feito com Jacob?

As perguntas se formavam e eram respondidas por meu subconsciente automaticamente.

Os Volturi. As histórias desses corredores ecoaram por meus ouvidos. Quantas vezes, Bella não me contou sobre os apavorantes tuneis de Volterra? Eu tinha certeza que eles haviam me trazido para cá, mas não sabia o que eles haviam feito com Jacob...

O choro convulsivo me tomou enquanto eu desabava no chão de metal, me recusando a sequer pensar na hipótese que ele estava morto. Ele estava bem! Estava bem, em algum lugar me procurando, tentado me encontrar! Eu tinha que acreditar nisso.

Mas minha mente jogava para mim, sem que eu quisesse ver, imagens de vampiros frios de olhos vermelhos, desmembrando o corpo do grande lobo avermelhado.

Com esses pensamentos, com a dor latejante, minhas poucas forças fugiram de mim e eu tornei a cair na inconsciência.



*****

Quando meus olhos abriram pela segunda vez, eu sabia onde estava, e exatamente por isso eu não queria acordar. Queria dormir para sempre, nunca mais acordar a não ser que fosse para ter Jacob ao meu lado.

Mas fui forçada. Meu pulmão e vias respiratórias queimavam com o fedor que invadiu o pequeno cômodo em que eu estava, seguido por passos do outro lado da porta. Eu conhecia bem aquele cheiro. Me sentei e encarei a janela pequena, me perguntando se eu queria ou não ir ver o que estava acontecendo.

A reposta era simples: eu não me importava. Não me importava se quem me mataria era um Filho da Lua ou um dos Volturi. Minha única preocupação era se iria demorar demais.

Nunca em toda a minha existência eu havia desejado a morte como a desejava agora. Não ter a certeza que meu Jacob estava bem, me partia o peito em dois, e eu queria nunca ter vivido para experimentar isto. A dor de ir embora não era comparada a ser arrancada dele.

Quando parti para o Alasca, eu pude suportar porque era para o bem dele e de sua família. Eu sabia que estar longe dele era o melhor que eu podia lhe dar e continuava com essa certeza.

Por minha culpa ele estava ferido e talvez morto.

O pensamento, não me trouxe mais nenhuma lágrima. Apenas a dor lancinante. Encostei na parede, abracei meus joelhos e deitei minha cabeça em meus braços, esperando que meu executor entrasse pela porta e acabasse de uma vez com tudo isso.

Perguntava-me vagamente o que haveria para mim do outro lado. Eu não tinha a menor dúvida de que havia algo mais após esta vida, se é que eu posso chamá-la de vida. Mas talvez só houvesse para os humanos. Talvez esta imortalidade na terra, já fosse nosso paraíso ou nossa condenação e não houvesse outra coisa além do completo vazio quando meu corpo fosse estraçalhado.

Jacob com toda certeza seria recebido com honras em qualquer paraíso, seja lá qual deles existisse. Será que eu teria a chance, mesmo ínfima, de encontrá-lo?

Os passos se aproximaram da porta e a tranca se moveu num som alto, que incomodou meus ouvidos depois de tanto tempo silêncio. Ouvi meu carrasco dar dois passos para dentro do cômodo e parar.

Esperei o golpe sem me mover. O que mais eu poderia fazer?

Mas ele não veio. Era idiotice, mas com curiosidade, levantei meu rosto para fitar o último ser que eu veria. O meu choque foi forte o bastante para que eu esquecesse da dor e perceber o quanto eu era uma idiota para não ter percebido antes que ele estava envolvido.

Nahuel estava parado em minha frente, parecendo muito mais alto, olhando do ângulo em que eu estava. Em seus ombros trazia o corpo de uma mulher. Seus cabelos loiros e lisos caiam junto com seus braços flácidos, nas costas de Nahuel.

Ele me olhou de uma forma indecifrável por alguns momentos antes de jogar a mulher no chão a minha frente.

Ela estava viva. Eu podia sentir sua pulsação jogando calor e seu cheiro pelo pequeno espaço entre nós. Minha garganta queimou com a sede que o som me causou, mas eu estava indiferente isto.

Meus olhos estavam nele.

– Por quê? - a breve pergunta sussurrada e fraca saiu de meus lábios. Era a única coisa que eu poderia perguntar agora.

Nahuel apenas me fitou. Não havia uma única sombra em seu olhar, nenhuma nuance de que ele me mataria agora. E eu me vi desesperada ao ver que ele não me permitiria o meu encontro com Jacob no outro plano onde deveria estar agora.

– Onde está Jacob? - perguntei novamente com a voz fraca e morta. Eu sabia pelos seus olhos que ele estava morto.

Sua expressão vazia, não se alterou quando seus lábios de moveram:

– Alimente-se. Você precisa estar forte.

Antes que qualquer pensamento racional se formasse em minha mente, ele deu meia-volta e saiu de minha redoma. Quando o gritei de volta o som de seus passos, já haviam cessado no corredor.

A angústia em meu peito mais uma vez me surpreendeu em não me trazer mais nenhuma lágrima. Talvez se eu chorasse um pouco mais, teria ao menos uma pequena parcela de alívio.

Porque ele não me matou de uma vez? O que eles queriam comigo aqui?

O coração da mulher caída no chão falhou uma vez e isto chamou a minha atenção para seu rosto. Sua face estava sem cor de uma forma nada natural. Sua respiração era praticamente inaudível.

Uma nova onda de tristeza e compaixão me invadiu tornando meu martírio maior, quando seus batimentos cardíacos cessaram. Me aproximei sem nenhuma esperança do corpo na intenção de praticar uma massagem cardíaca, mas eu sabia que seria inútil quando tentei sentir sua pulsação em seu pescoço e percebi que estava quebrado.

Me afastei rapidamente do corpo tentando ficar o mais longe possível, no espaço pequeno e me encostei na parede fria, pensando em quem estaria chorando por ela no dia seguinte.

Fiquei ali por horas, não saberia dizer o quanto. Minha mente vagou entre a dor e as poucas palavras de Nahuel:

Para que eu precisava estar forte?

*****


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo em breve! A inspiração retornou, graças! ♥