A Thounsad Years - Christina Perri
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O coração acelerado
Cores e promessas
Como ser corajosa?
Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar?
Mas ao ver você sozinho
Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira

Um pouco mais perto

Eu morri todos os dias esperando você
Querido, não tenha medo eu amei você
Por mil anos
Eu amarei você por mais mil

O tempo para
A beleza em tudo o que ela é
Terei coragem
Não deixarei nada levar embora
O que está à minha frente
Cada suspiro
Cada momento nos trouxe aqui

Um pouco mais perto

Eu morri todos os dias esperando você
Querido, não tenha medo, eu amei você
Por mil anos
Eu amarei você por mais mil

E o tempo todo eu acreditei que encontraria você
O tempo trouxe o seu coração para mim
Eu amei você por mil anos
Eu vou amar você por mais mil

Um pouco mais perto
Um pouco mais perto

Eu morri todos os dias esperando você
Querido, não tenha medo, eu amei você
Por mil anos
Eu amarei você por mais mil

E o tempo todo eu acreditei que encontraria você
O tempo trouxe o seu coração para mim
Eu amei você por mil anos
Eu vou amar você por mais mil

*****

Jacob me colocou em pé no chão de seu quarto bagunçado e tão familiar. Tudo estava na penumbra, não havia nenhuma luz acesa, mas com minha visão aguçada podia ver cada detalhe de seu rosto preocupado e cheio de desejo.

– Tem certeza? - ele perguntou novamente, num sussurro, segurando meu rosto entre suas mãos quentes.

Encarei seus lindos olhos, por um momento. Depois lentamente, beijei sua boca e comecei a distribuir beijos na linha o seu queixo, sentido seu perfume e ele fechou os olhos.

Não precisávamos de palavras. Esse era um momento tão certo quanto respirar.

Meu coração parecia que iria sair pela boca, tamanha era minha emoção. A pele do meu rosto queimava onde ele tocava e também onde não tocava.

O corpo dele tremeu quando apoiei minhas mãos em seu peito.

Jacob abriu os olhos e segurando minha nuca, enrolando as mãos em meus cabelos, me beijou com ternura sem tirar os olhos dos meus. Eu podia ver sua alma pura através daquele olhar. Como poderia, por um segundo sequer, duvidar que fomos feitos um para o outro?

Era tão claro como cristal. E essa certeza que me deu coragem para seguir em frente.

Minhas mãos deslizaram pelos músculos de seu tórax ate alcançarem a gravata. Sem tirar os olhos dele, desfiz o nó e a joguei na cama. Meus dedos alcançaram os botões do colarinho e eu os abri um por um. Meus dedos trêmulos roçavam sua pele, enquanto eu desabotoava a sua camisa e era como se levasse um choque a cada novo toque.

Jacob me olhava como se estivesse hipnotizado pelos meus movimentos, enquanto eu deslizava seu termo e sua camisa e os jogava sobre uma cadeira próxima a cama.

Minha respiração sumiu, quando olhei seu corpo. Seus músculos pareciam esculpidos em mármore. Ele era tão lindo, que meu sistema inteiro reagia apenas em olhá-lo. Com as mãos tremulas, o abracei pela cintura sentindo o calor de sua pele. Jacob apoiou as mãos em meus ombros.

Beijei seu pescoço forte, seu cheiro ativando todos os sentidos do meu corpo, enquanto ele descia as mãos por meus braços. Ele ergueu meu rosto novamente e seus lábios quentes, beijaram os meus. Abri minha boca para receber de bom grado a invasão doce de sua língua. Jacob me beijou devagar, com extrema calma, que faziam as borboletas em meus estômago se alvoroçarem. Minhas pernas ficaram bambas, apenas com aquele beijo.

Quando interrompeu, foi apenas para descer sua boca em meu pescoço. Arrepios percorriam toda a minha coluna, pelas carícias lentas que Jake fazia. Não pude evitar um gemido quando ele roçou os dentes no lóbulo da minha orelha.

Suas mãos percorriam minhas costas, subindo e descendo, até seus dedos encontrarem o fecho do meu vestido. Lentamente, desceu o zíper e o tecido escorreu por meu corpo e braços, caindo aos meus pés suavemente.

Esperei pelo rubor que não veio. Eu deveria estar envergonhada, por estar seminua na frente de jake, mas não estava. Eu já pertencia a ele e meu corpo parecia saber disso.

Ele olhou para mim por um momento, mas logo voltou a prender meus olhos nos dele. As chamas que eu sempre via em seus olhos, quando nos perdíamos em carinhos , não era nada comparado o fogo ardente que os consumia neste momento.

Jacob acariciou meus cabelos, com uma mão.

– Você é tão linda, Renesmee. - ele sussurrou, jogando seu hálito quente em meu rosto, o som de sua voz me aquecendo tanto quanto suas palavras.

Fechei meus olhos, tentando conter as emoções que afloravam meu corpo, meu desejo por ele só aumentando.

Gemi, quando suas mãos deslizaram por minha cintura nua. Finalmente podia sentir sua pele quente e macia contra a minha.

Jacob me puxou para seus braços, e seu calor me invadiu de forma devastadora. Não havia mais volta. Talvez nunca tenha existido.

Me beijou com paixão, enquanto eu explorava todo corpo do meu Jacob, com mãos tremulas. Ele me deitou sobre a cama e me olhou com tanto amor, que eu diria ser impossível, se não estivesse presenciando em seu rosto. Tirou seus sapatos e suas calças e deitou-se sobre mim, seu peso apoiado nos cotovelos, enquanto retirava as últimas peças que faltavam para que ficássemos pele contra pele e deslizando suas mãos fortes pelas minhas pernas, retirou meus sapatos.

Onde ele tocava, minha pele queimava.

Nossos corpos estavam tão quentes que poderiam muito bem incendiar o quarto. Sua respiração estava ofegante. Eu há muito, havia perdido a capacidade de respirar.

Tocou com ternura seus lábios nos meus e olhando em meus olhos, se uniu a mim. Gememos juntos, enquanto ele me preenchia. A dor que senti foi ínfima, comparada ao prazer e a emoção de finalmente, eu e Jacob sermos um só. Ele tremia com a intensidade do momento. Colou sua boca na minha enquanto eu abraçava seu pescoço e começou a se mover. Foi como se meu mundo explodisse em mil pedaços e mesmo assim me sentia completa.

O prazer me dominava, enquanto eu gemia agarrada ao homem que amava. Jacob se movia lentamente e me beijava meu rosto, minha boca e meu pescoço enquanto dizia que me amava. Quando achava que explodiria de prazer, ele intensificou os movimentos, me fazendo perder meu próprio eu.

Eu não sabia mais nada. Não me lembrava de mais nada. Nem do meu nome.

Éramos apenas dois amantes. Um homem e uma mulher, se entregando aos sentimentos mais profundos já conhecidos pelo mundo.

*****

Um pequeno feixe de claridade do farol de um carro, invadiu o quarto pela janela e atingiu meus olhos. Eu sentia um calor intenso. Eu estava tão bem onde estava, não queria acordar.

Contra vontade, abri os olhos. O céu estava azulado na madrugada, aparecendo pela janela, denunciando que o dia seria ensolarado. Por um momento, observei maravilhada. Há dias que o céu não ficava assim, brilhante e sem nuvens.

Mas então eu sorri, lembrando que até o sol teria que reconhecer a felicidade do momento e dar o ar de sua graça.

Virei meu rosto, para ter a visão mais linda, que um nascer do sol em Forks.

O rosto de Jacob estava a centímetros do meu, sua expressão era serena. Parecia um menino, com mechas de seu cabelo negro caindo sobre a testa.

Nossos corpos estavam entrelaçados, cobertos apenas por um lençol fino. Por isso eu sentia tanto calor. Ele estava todo a minha volta, seus braços fortes me mantendo próxima, enquanto eu apoiava a cabeça em seu ombro.

Suspirei sentindo todo meu corpo responder a proximidade e o cheiro dele. Como podia deseja-lo tanto após a noite que tivemos?

Com muito cuidado, para não acorda-lo, acariciei seus rosto com as pontas dos meus dedos.

Ele sorriu e sem abrir os olhos, pegou minha mão e beijou-a.

Ri baixinho.

– Você me enganou! - sussurrei para ele - Achei que estava dormindo.

Jacob olhou para mim. Minha respiração se perdeu ao encontrar aquele olhar.

– Estou acordado há algum tempo, olhando você dormir. - ele respondeu e se inclinou para me beijar levemente.

O estômago dele roncou e nos dois rimos.

– Como pode já estar com fome? - perguntei com olhos arregalados. - Você comeu o suficiente para um mês ontem.

Ele deu de ombros e me olhou com olhos marotos.

– É que por alguma razão desconhecida, eu perdi muitas calorias esta noite. - brincou maroto.

O rubor ardeu em minha face e eu abaixei os olhos. Fiquei feliz que depois da noite que tivemos, eu ainda possuía a capacidade de corar.

– O que você anda fazendo hein, Jacob? - perguntei entrando na brincadeira.

Ele riu e acariciou meus cabelos. Então, suspirou e ergueu meu rosto para que eu o encarasse.

– Amando. - ele respondeu, num sussurro intenso e se inclinou para encostar seus lábios nos meus.

O beijo começou de forma leve, mas logo se aprofundou e o desejo voltou a pulsar em formas de ondas de calor. Quando interrompemos o beijo, estávamos sem fôlego.

Inspirei profundamente, esperando que meu coração voltasse ao normal.

Observei a forma como seu peito subia e descia ao respirar e não resisti o impulso de tocá-lo.

Jacob voltou a acariciar meus cabelos, enquanto meus dedos o faziam por seus músculos.

– Renesmee. - ele me chamou com a voz grave. - Tenho algo pra te dizer.

Seu rosto estava tenso novamente e imediatamente, me lembrei de nosso assunto inacabado da noite anterior. Não queria que ele estragasse o momento com coisas tristes.

– Precisa ser agora? - perguntei.

Ele sorriu, desfazendo um pouco sua expressão séria.

– Talvez eu não viva para ter outra oportunidade.

Rimos juntos, até eu imaginar a reação de Edward com tudo isso. Meu corpo todo gelou, ao pensar nas possibilidades. Sacudi a cabeça para espantar estes pensamentos. Preocuparia-me com isso quando chegasse a hora.

Voltei a olhar os olhos emocionados do meu amado, esperando que ele me dissesse o que queria.

Seus olhos de ébano estavam mais escuros que o natural.

– Eu quero que se case comigo, Nessie. - ele murmurou com sua voz potente, fazendo todo meu corpo tremer e meu coração palpitar como um cavalo selvagem.

Minha respiração sumiu novamente, enquanto eu o encarava de olhos arregalados. Ele disse o que eu realmente acho que ele disse?

– Eu não tenho muito a te oferecer. - ele continuou, me fitando. - Droga! Nem um anel eu tenho! Eu não estava esperando que tudo isso fosse acontecer. - ele lamentou, fechando os olhos. Quando os abriu novamente, ele continuou, com convicção. - Eu não posso te dar tudo com o que você esta acostumada Nessie. Sua vida sempre foi cheia de um conforto que está longe do meu alcance. Mas eu tenho mãos. Eu posso trabalhar e construir uma casa para nós. Simples, mas grande e espaçosa, com um jardim onde você possa ler ou apenas descansar. Tenho umas economias, que dá para comprar alguns móveis. Não muitos, mas o suficiente pra gente começar. Posso fazer alguns também. Tenho alguma experiência nisso.

Ele falava com emoção, enquanto eu apenas observava as palavras saindo de sua boca, sem ter certeza se tudo era real.

– Eu não posso te dar roupas caras, nem comprar um carro do ano pra você. - ele continuou, sem se abalar pelo meu silêncio. - Mas eu prometo tentar de todas as formas possíveis neste mundo, compensar essas faltas, se você me disser sim e aceitar ser minha até o fim dos meus dias.

Ele terminou com um suspiro, seus olhos me sondando em expectativa.

Eu não sabia o que dizer, neste momento. Meu coração pareceu inchar em meu peito enquanto absorvia suas palavras.

Ele me pediu em casamento! - gritei em minha cabeça. O homem que eu amava e por quem daria a vida, estava deitado comigo, me pedindo para ser sua para sempre.

Como se eu já não fosse dele, com ou sem casamento!

Mas a ideia se prendeu em minha mente, como se já estivesse ali há muito tempo. Consegui imaginar tudo que Jacob me disse e a ternura invadiu meu peito.

Vi com clareza, minha casa recém-feita pelos braços fortes do meu Jacob. Grande, pintada em um azul céu, repleta de moveis de madeira, simples e delicados. Na frente, um jardim com lindas flores silvestres, grama verde e nele, varias crianças de cabelos negros e pele avermelhada correndo atrás de uma bola, ou brincando num grande balanço, enquanto eu os olhava pela janela.

Não consegui conter as lágrimas de alegria que desceram por meu rosto.

Jacob as enxugou, com as costas de sua mão grande e quente, sua testa franzida e seus olhos preocupados com minha demora em responder.

Segurei seu rosto adorado entre as minhas mãos, e o beijei entre lágrimas. Ele gemeu de felicidade me abraçando forte e intensificando o beijo, quando eu mostrei meus pensamentos para ele.

– Isso foi um sim? - ele arfou com a boca encostada na minha.

Balancei a cabeça, com um sorriso.

– Com toda a certeza do mundo. - respondi, calando-o com um beijo.

E então não precisávamos mais falar, pois nossos corpos se encarregariam de mostrar, o que as palavras não conseguiam expressar.

****

Como eu imaginava os primeiros raios de sol apareceram pela janela, lançando sua luz dourada em todo quarto, banhando nossos corpos suados em seu calor.

Estava deitada em cima do corpo febril de Jacob, a cabeça apoiada em seu ombro forte, recuperando o fôlego.

Eu nunca tinha me sentido tão viva em toda a minha existência. Meu coração queria sair pela boca tamanha era a minha felicidade.

Levantei a cabeça para olhar o rosto do meu amado. Ele me olhou de volta, me dando seu lindo sorriso, que me aquecia mais que seu corpo quente no meu. Alcancei seus lábios. Eu nunca me cansaria de sentir sua maciez, seu calor e a doçura deles.

Suspirei olhando para a janela novamente, enquanto Jake acariciava meus cabelos. A luz amena do início do dia trouxe a tona, as dificuldades que teria que enfrentar a partir de agora.

Edward estaria furioso com toda a certeza. O estranho era que ele não havia nem me ligado até agora...

Meu telefone!

Levantei depressa olhando em volta.

– O que foi? – Jacob perguntou curioso.

– Meu celular... – murmurei, puxando o lençol para me enrolar, enquanto continuava a passar os olhos pelo quarto a procura do aparelho. – Devo ter perdido ... Droga! Meu pai deve ter me ligado um milhão de vezes! – choraminguei me levantando.

Jake suspirou com a menção de Edward, mas apenas virou de lado e ficou me olhando, enquanto eu tentava me lembrar, quando havia visto meu celular pela ultima vez. E me lembrei que Bella havia me ligado antes de entrarmos na oficina. Então eu devia tê-lo deixado cair no galpão, um pouco antes de virmos para a casa.

– Acho que o deixei na oficina... – disse para Jacob colocando a mão na testa. – Vou buscá-lo e tentar acalmar meu pai antes de chegar em casa.

Peguei minhas roupas no chão e estava me preparando para me vestir, quando vi que Jake ainda me olhava. Corei violentamente.

– Jacob, preciso me vestir! – reclamei, com o rosto queimando. Ele continuava me olhando, com um sorriso maroto, muito confortável em sua nudez. O calor no meu rosto duplicou.

– Fique a vontade... – ele me respondeu com malícia.

– Não vou conseguir me vestir com você me olhando! – disse como se não fosse óbvio.

– E porque não? – ele perguntou sem se abalar. – Não tem nada ai que eu já não tenha visto. – disse brincalhão.

Minha boca se abriu em choque, com o tamanho de sua ousadia.

– Pois se não se virar agora, nunca mais vai ver nada, pois vou arrancar seus olhos! – sibilei entre dentes.

Ele riu alto, enquanto puxava o travesseiro para cobrir o rosto.

– Puxa! Como estamos sensíveis esta manhã... – sua voz risonha, soou abafada.

Sorrindo, joguei o lençol em cima dele e vesti minhas roupas. Quando acabei, ele jogou o travesseiro para o lado.

– Volte logo pra mim... – ele murmurou.

– Sempre. - concordei, enquanto disparava pela porta.

Corri descalça, sentindo o ar frio da manhã. Era tão cedo que o orvalho ainda caia. Meus cabelos voavam para traz e mais um sorriso bobo estampou meu rosto. Acho que depois dessa noite, nunca mais conseguiria olhar para Jacob sem corar.

Mal acreditava que fosse possível existir tanta felicidade. Eu havia passado a noite mais maravilhosa da minha vida. Havia me entregado de corpo e alma, ao homem que com certeza me amaria para sempre, ao homem que queria dividir sua vida comigo. Seria uma vida simples, porém plena e feliz.

Só que primeiro, eu teria que enfrentar um pai antiquado.

Suspirei. Não ia ser fácil, mas eu iria convencê-lo. Fugiria se fosse preciso. Minha família era a melhor do mundo, sempre estiveram ao meu lado, me protegendo e cuidando, mas eu não abriria mão da minha felicidade, por causa de preceitos mal formados. E como eles me amavam, iriam entender mais cedo ou mais tarde.

Avistei a oficina com um sorriso de confiança cada vez mais largo. Tudo iria dar certo.

Dei a volta pela parte de trás do galpão, para entrar pela porta dos fundos, que Jake havia deixado aberta na noite anterior. E paralisei na porta, ao dar de cara com Jhonatan Uley lá dentro.

*****