Carpatos escrita por Senhorita Escritora


Capítulo 24
Miller


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!

OBS: Por favor,leiam as notas finais tenho muito coisa para explicar...Obrigada.



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‘’Gritei quando senti seus dentes se cravarem na pele de meu pescoço.

Aquilo era insanamente maravilhoso’’

Acordei em um quarto que daria 10 do meu... Ah, claro, eu estava na casa do Nathan.

Tirei preguiçosamente o cobertor sobre o meu corpo e tive a revelação de que estava nua.

Que legal, eu nem ao menos me lembrei de vestir algo.

Cobri-me novamente com o cobertor e levantei-me a procura de meu celular... Meu pai precisava saber que eu tinha voltado, mas será que ele me perdoaria?

Procurei minha bolsa, mas todas as minhas tentativas de encontrá-la foram em vão.

– Está procurando alguma coisa?

Virei-me assustada e encontrei um ser só de calças negras e um olhar um tanto malicioso.

–Ah! – dei uma risada quase forçada, quase. – Eu nem tinha te visto.

Ele mediu-me com os olhos, quase tentando desnudar-me com seu olhar e se aproximou lentamente, cravando seus surreais olhos azuis sobre os meus.

Engoli em seco e tentei manter-me parada... Eu estava com medo, por que eu estava com medo? Ele por acaso iria me matar?

Segurei o cobertor com força exagerada, até que meus dedos reclamaram da terrível força que eu estava lançando sobre eles.

A cada segundo eu o sentia se aproximar mais, até que seu corpo estava praticamente a 10 centímetros de distância do meu.

– Está com medo? – De repente um sorriso zombador brotou em seu rosto.

– Tome.

Encarei o objeto metálico sobre suas mãos e me perguntei realmente se milagres existiam.

– Eu ia te entregar antes, mas você estava tão linda adormecida e nua em minha cama que não tive coragem de estragar o momento.

Tirei o celular de sua mão com brutalidade e sai pisando forte até o banheiro...

Fechei a porta com brutalidade e bufei de raiva.

– É um imbecil mesmo. – sussurrei.

– Hey, eu ouvi isso. – gritou.

– Então se sinta avisado. – gritei de volta.

Ele gargalhou e nada mais disse.

Disquei o numero e orei para que meu pai estivesse em casa.

Uma chamada... Duas chamadas... 3...

O numero que você discou não se encontra disponível no momento, favor retornar mais tarde.

Bufei de raiva e liguei para outro numero.

– Alô?

– Yasmin? – perguntei esperançosa.

– Quem é?

– Como assim quem é? Sou eu, sua loira de farmácia... A Rúbia.

– Ah, oi Rúbia...Tudo bem? Aparece aqui em casa um dia desses e eu decido se devo ou não ARRANCAR A SUA CABEÇA! Onde você se meteu? SEU PAI TÁ SURTANDO AQUI, SABIA? TODO O SANTO DIA ELE ME LIGA PRA SABER SE EU TENHO NOTÍCIAS SUAS! – Ela praticamente estourou um dos meus tímpanos.

– Ah... – Eu não sabia o que dizer.

– Ah? É SÓ ISSO QUE VOCÊ TEM A DIZER? Diga isso quando eu dizer ao seu querido papai onde você está, Rúbia. – Ela respirou fundo. – Porque fugiu? Porque não me contou nada? Sabe como eu fique preocupada?

– Eu...

–Cala a boca! – Ela me interrompeu. – Você vai me dizer exatamente onde você está!

– Yasmin...Era exatamente isso o que eu ia fazer, mas você não me deixa falar. – expliquei com a voz falha.

– Você está falando agora, não está? – ela nem era irônica.

– Haha, que engraçada. Estou na casa do Nathan.

– Onde ele mora? – Ela perguntou parecendo estar tentando se controlar.

– Minzinha, estou voltando para casa hoje. – disse tentando acalmá-la. – Não precisa vir até aqui e me levar segurando minha orelha até a casa do meu pai.

Espero realmente que eu não tenha que ir te buscar, Rúbia...Volte logo, antes que todos os fios do meu cabelo s tornem brancos.

– Eu também te amo,tá? – desliguei.

Levantei-me do vaso e abri a porta desconfiada. Meus olhos vagaram por todo o cômodo até que eu avistei um corpo sobre a cama.

– Não vamos embora hoje. – ele disse ainda na mesma posição.

– Como assim “não vamos embora hoje”? – imitei seu tom e caminhei até a cama.

– Não me aproveitei o suficiente de você. – disse sério, parecendo estar pensando em algo.

Eu tinha ouvido mesmo isso?

Ele nem ao menos me olhava...Seu olhar estava focado no teto, como se o teto fosse muito interessante.

– Nathan, por favor, pare de graça. – disse com raiva.

– Você ficou uma semana fora de minhas vistas e espera que eu me contente com uma só noite do seu lado? – Disse me encarando com reprovação.

Era impossível conversar com ele.

– Então sexo é o problema? – Eu estava mesmo dizendo isso?

Ele me encarou surpreso e gargalhou. – Quem está dizendo isso é você. – Nathan se levantou e se aproximou, encostando seu corpo ao meu. – Pra isso eu não preciso de tempo. – sussurrou.

Eu pensei que ele fosse me beijar e meu corpo aguardou na expectativa, mas tudo que recebi foi uma risada abafada.

– Ah, doce e pequena Rúbia...Se arrume, estarei te esperando no carro.

Abri os olhos e encontrei o vazio.

Porque ele tinha que sempre tirar sarro da minha cara? Bufei e procurei pelas minhas roupas, encontrando uma mala cheia.

Abri a mala e encontrei várias roupas, mas o único problema eram que essas roupas não eram minhas.

– Nathan...Eu vou matar você!

Ele havia comprado roupas novas, todas as minhas antigas roupas não se encontravam mais em nenhum lugar.

[...]

– Chegamos! – disse enquanto saia do carro.

– Isso é algum tipo de piada? – perguntei com raiva, enquanto saia do carro também.

– Um obrigado também seria bom.

– Porque me levou para cá? – coloquei meu corpo em sua frente para que ele prestasse atenção em mim.

– Não posso ficar com você hoje, por isso espero que desfrute da companhia da única pessoa em que eu confio. – disse se afastando.

– A sua mãe? Ela me odeia! – gritei.

– E? – disse sem entusiasmo. – Vai, entra logo antes que eu me arrependa.

Nathan me guiou até a porta e bateu repetidas vezes contra a mesma.

– Filho! E... Você. – A brux...Pietra disse com seu sorriso falso cintilando por todos os cantos.

– Mãe, faça o que combinamos e, por favor, não tente morder a Rúbia. – disse com sarcasmo, lançando um sorriso maldoso para mim.

– Hahaha. – gargalhei falsamente.

– Resolva logo isso, filho. O pai dessa criança aqui está sofrendo horrores.

– Eu sei, mãe. Logo a levarei de volta. – disse se afastando. – E...Rúbia se arrume para hoje a noite. – murmurou enquanto entrava no carro.

– Hoje à noite? – confusão... Confusão... Confusão.

Ele não me respondeu, pelo contrário, Nathan lançou o seu sorriso mais inebriante e se foi a alta velocidade com seu carro nada chamativo.

Argh!

Virei-me lentamente contando de zero a dez...

– Eu sei que vai ser difícil, mas precisamos tentar. – murmurou abrindo a porta para que eu entrasse.

Engoli em seco, era como entrar na boca do lobo.

– Não sei o que Nathan viu em você.

Virei-me encarando-a sem acreditar em suas palavras venenosas. Agora eu estava me deparando com a verdadeira Pietra, A bruxa.

– Eu digo o mesmo com relação ao meu pai.Com tanta mulher no mundo, ele veio justamente escolher uma vampira! – exaltei-me tentando não soltar nenhum palavrão.

Ela cruzou os braços sobre o peito e inclinou a cabeça para o lado, me encarando com zombaria. – O que você tem contra com os vampiros? Sabendo que você está tecnicamente casada com um. – disse enquanto se aproximava.

A palavra “casada” se fixou em minha mente com cola.

– Ah, então ele não te contou? – Ela gargalhou ao se deparar com a minha expressão confusa. - Nathan realmente gosta de te poupar do nosso mundo maravilhoso que é Carpatos! – ironizou lançando uma risada satânica.

Encarei-a estática. Por mais que todas as suas ações me irritassem até o ultimo, eu não conseguia ter nenhuma reação.

– Ca-casada? – gaguejei.

– Venha se sentar um pouco na sala de estar, antes que você tenha um ataque cardíaco na minha frente.

[...]

Encarei a xícara de café enquanto ouvia atentamente o que ela me dizia.

– Quando um Carpato faz uma interconexão de sangue com sua companheira, eles de fato se tornam casados, mas para a união se concretizar é preciso que ambos tenham dormido juntos. – explicou enquanto lixava suas unhas.

– Dor-dormido juntos? – encarei-a bestificada.

Então... Isso não pode estar certo!

– Oh meu Deus! – Ela se levantou me encarando com um enorme sorriso macabro. – Então, vocês dois... – Ela não terminou a frase enquanto me puxava, levantando-me com tudo do sofá. – Você agora é uma Miller!

Oh Deus!


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Notas finais do capítulo

Olá, peço desculpas a aqueles que pensaram que eu tinha desistido de Carpatos, eu não queria causar essa impressão mas vários fatores me impulsionaram a isso.

Quero agradecer também a aqueles que não desistiram das minhas boicotagens com relação a frequência de postagens...Vocês são meus verdadeiros leitores e verdadeiros amigos!

E uma novidade! A partir de hoje farei um esquema de postagens, pode funcionar ou não, mas eu quero tentar...Se o capitulo receber 50 comentários, eu prometo que postarei o próximo capitulo...Então, por favor façam uma forcinha!

Nem sou folgada,né?

Um grande beijo e espero que tenham gostado do capitulo!