Your Love Is Off The Chain escrita por Nalu Braddock


Capítulo 22
Cruelty.


Notas iniciais do capítulo

Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/269024/chapter/22

– VOCÊS FIZERAM SEXO?! – demi perguntou aos gritos e logo deu risinhos bobos.

– Demi, nós dizemos amor. Sexo é superficial. – eu falei vermelha.

– Awww, isso é mais fofo ainda. – ela jogou uma almofada em mim. Revirei os olhos.

– Mas enfim… porque me chamou?

Demi se virou no chão e puxou uma mochila grande e preta.

– Moment de la vengeance – ela riu.

– Desde quando sabe falar francês? – falei tentando ignorar o fato de ter um bastão de basebol na mochila de Demi.

– Achei que soaria mais legal e pesquisei na internet. – Demi mordeu o lábio. Ela levava toda essa história de vingança numa boa. Balancei a cabeça em negativo e pulei da cama redonda e gigantesca de Demi.

– Agora? – Perguntei olhando a hora. Eram 19:45. – A boate stripper não vai estar aberta a essa hora. Deve abrir umas 21:30 sei lá.

– O tempo de irmos deve abrir. – ela colocou a mochila nas costas e olhou em volta procurando algo que faltava.

– Tudo bem. Isso vai acabar rápido! – falei colocando a mão gélida em minha nuca.

Demi pegou o carro da irmã e disse a ela que iriamos dormir na casa de uma amiga. Ela acreditou. O tempo passou rápido, talvez porque passei o tempo todo pensando em como iria contar tudo à Justin.

– Chegamos. – falou Demi cuspindo o chiclete de sua boca pela janela do carro. Olhei em meu relógio na esperança da boate ainda estar fechada.

– São 21:57. – falei suspirando.

Saímos do carro batendo forte as portas. A uns 5 metros pude ver as luzes da boate, e três homens grandes e carecas com fones de ouvido.

– Vamos. – falou Demi, me puxando pelo braço. Ao irmos entrando pela porta estreira e vermelha da boate, um dos homens nos parou.

– Ei mocinhas, aonde pensam que vão? – ele falou com o semblante sério.

– Nós não vamos ficar. Só vamos encontrar nosso amigo e sair. – Demi falou mostrando um sorriso. Mesmo assim o homem a nossa frente se mostrou indiferente.

– Mulheres só entram se for pra dançarem. – ele falou cruzando os braços.

O sorriso de Demi não me agradou.

***

– EU NÃO VOU DANÇAR PARA UM MONTE DE HOMENS SÓ PRA VOCÊ SE VINGAR! – falei segurando um sutiã um tanto que brilhoso em mãos. Demi já se trocava, e usava um vestido longo, porém sexy. Ela não podia mostrar o corpo devido aos ematomas.

– É só até eu convencer Christian a sair Sel! – sussurrou passando um vermelho batom nos lábios finos.

– Tá mas eu não vou! – falei. Demi virou os olhos e concordou.

– Me espera lá fora. Dentro de 5 ou 10 minutos eu estarei com Christian lá fora.

Ao sair um vento frio me atingiu me fazendo ficar aliviada. Fiquei pensando em como Demi iria convencer Christian a sair, afinal: por cargas d'água ele sairia da boate com uma garota que ele espancou toda a vida, e que com toda certeza ia querer se vingar. Até que meu cérebro funcionou: Demetria estava quase irreconhecível. O cabelo antes loiro, ondulado e comprido estava preto e totalmente liso. Demi levara óculos escuros e seu peso tinha diminuido. Isso tudo somado a embriaguez de Christian, ele não poderia saber quem o levava para fora da boate. Assim que completei meus pensamentos, Demi e Christian sairam rindo da boate. Demi segurava Christian que estava quase caindo no chão. Com a cabeça, ela fez um sinal para que eu entrasse no carro, e logo os dois entraram. Me abaixei no banco de trás, para Christian não me ver e suspeitar, e logo Demi entrou. Ela dirigiu alguns km, e logo estava na floresta do lado, um lugar pouco frenquentado, pois alguns adolescentes ficavam assustando crianças até que o lugar ganhou fama de mal assombrado. Demi saiu do carro e me olhou de relance, depois tirou Christian do carro.

– Hey gatinha, vem logo! – gritou Christian que urinava na árvore. Demi vinha falar comigo.

– Espera um pouco, esqueci uma coisa! – Demi gritou de volta. Depois se virou pra mim, enquanto pegava na mochila um pano e um líquido em um vidro transparente. – Só saia quando eu falar.

Demi colocou um pouco do líquido no pano branco, e saiu fechando o carro. O pano estava em suas mãos, e enquanto Christian se virava Demi o agarrou e colocou o pano em sua boca. Christian estava tão bebado que não reagiu. Demi então pegou uma corda em sua mochila e me chamou. Enquanto amarrava Christian numa árvore, eu descia do carro hesitante.

– Tá! O que a gente faz agora? – perguntei cruzando os braços. O vento insistia em bagunçar meus cabelos. Demi demorou um tempo para responder. Ela fitava Christian com uma raiva que me apavorava.

– Ele vai acordar daqui a alguns minutos. O que dei à ele é um anestésico cirurgico. Consegui com aquela menina que é filha de dentista. Ela me deu o suficiente, para dopá-lo por 10 minutos. – Demi coçou o nariz e foi mexer em sua mochila novamente. – Quando ele acordar não precisa fazer nada. Irei dar uma lição e soltá-lo pela estrada. Ele não vai contar o que fizemos, por que vai saber que posso fazer pior do que irei fazer agora. E também não vai fazer nada comigo, pois pegará perpétua se encostar em um fio de cabelo meu.

Demi tirou os óculos escuros e pegou a roupa com que veio de casa. Após trocar o vestido longo e apertado pelas calças jeans e blusa largada, Demi pegou um pedaço de madeira pesado, mas que ela conseguia segurar perfeitamente. Ela fez uns gestos com as mãos.

– Não acho isso certo. – resmunguei quase que para mim mesma. Me virei com o barulho das folhas, e vi que Christian estava acordando. Senti um arrepio incômodo na costela. Ele me fitou primeiro, e logo depois ligou os pontos. Demi, que o fitava com um sorriso, já sabia que ele descobrira quem era a stripper que o trouxera para fora. Ela não precisou fazer nenhum esforço.

– Filha da.. – Demi encostou o pedaço de madeira em sua boca antes que ele terminasse a frase.

– Bom Christian... deve tá se perguntando o que tá acontecendo não é mesmo? – Demi perguntou andando de um lado pro outro vagarosamente. Eu estava a uma razoável distância entre os dois, mas Christian podia ver meu rosto. Enquanto Demi falava ele me fitava. Seu olhar queimava em mim como fogo. Desviei minha atenção para o discurso de Demi. – Você provavelmente não tem noção do que fez com minha vida. De todo o sofrimento que passei. Da vontade de fugir desse maldito mundo...

– Eu não fiz nada demais! – sussurrou Christian agora olhando diretamente para Demi!

– NADA DEMAIS? – Demi vociferou. Ela olhou pros lados procurando uma alternativa para não o matar naquele exato momento. Com a mão livre da madeira, ela levantando a blusa, deixando a mostra sua barriga e parte dos seios que estavam cobertos por um apertado sutiã. A área, estava coberta por ematomas. Lágrimas escorriam pelas bochechas vermelhas de Demetria. – Foi isso que você fez comigo Christian. Você me deformou. Sou tratada como um monstro. Não posso ir a praia pois o medo de verem os ematomas, que se espalham por toda a extremidade de meu corpo, tenho medo de me achar bonita e ser julgada por isso. Eu estou presa na prisão de meu corpo, e isso tudo por SUA CULPA! – Demi tascou-lhe uma madeirada no rosto, que deixou bons arranhões.

Christian aguentou a dor enquanto alguns filetes de sangue escorriam pelo rosto com a barba mal feita. Ele sussurrara algum chingamento em espanhol, mas Demi não prestara atenção, ela olhava para o sangue na madeira.

– Hoje Christian. – ela falou jogando a madeira de um lado pro outro na mão. – Você vai pagar por tudo que me fez. Vai sentir na pele, o que eu senti.

Christian me fitava. Por algum motivo ele parecia ter raiva de mim, e não de Demi.

– Hoje... – continuou Demi. – você vai pedir... me implorar pra parar, assim como eu fazia.

Demi começou a lhe madeiradas, e mais madeiradas. Em algumas parte do pescoço, era visível as farpas de diversos tamanhos, que a madeira deixava em Christian. Demi jogava a madeira com tanta força, que eu podia ver seu braço tremer, quando a madeira tocava o rosto de Christian. A cena me deu repulsa, e por pouco vomitei. Quando Demi finalmente parou, Christian ainda me olhava.

– Gran finale! – Demi disse rindo, e foi até sua mochila. O sangue escorria pela bocade Christian, e ele não desviava o olhar. Virei o rosto, para Demi, e depois para a lua que pairava no céu.

– O que você vai fazer? – gritou Christian.

Olhei de relance para Demi, em suas mãos estava algo metálico e fino. Em um golpe Demi acendeu o isqueiro embaixo do objeto. E esperou até que ficasse vermelho o bastante. Eu já imaginava o que ela ia fazer. E pelo visto, Christian também.

– SUA MALUCA! – Christian gritou. – NÃO, NÃO POR FAVOR!

Demi lentamente encostou o o objeto quente na barriga bem definida de Christian, que gritou em resposta.

– Para de se mexer! Minha letra já é feia, vai ficar pior!

Demi wa. Foi a única coisa que li antes de me virar. Christian gritava, pedia para Demi parar. E eu podia ouvir Demi rindo. Christian já estava rouco e cansado quando Demi parou de escrever. Me virei e estremeci ao ver a pele queimada e vermelha de Christian.

Demi was here.

– Demi esteve aqui! – demi falou em voz alta rindo. – Espero que nunca me esqueça, quando estiver na PRISÃO, Christian!

Minha mão estava em minha boca. Eu estava completamente assustada com o sangue frio de Demi.

Sangue.

O corpo de Christian, exausto e completamente ensanguentado, fazia um movimento de sobe e desce, devido a respiração ofegante. Demi o soltava e novamente pôs o anestésico em sua boca. O largou na rua atrás da boate. Todos achariam que ele estava bêbado, se meteu em uma briga, e os amigos para zoarem escrevem aquilo na barriga.

Já no carro, a felicidade de Demi era difícil de não se vê.

– Foi fácil né? – ela riu e deu partida no carro. O resto da noite, tinha sido no mínimo desconfortável.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

reviews, algo?