Your Love Is Off The Chain escrita por Nalu Braddock
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem.
Quando seus lábios tocaram os meus, senti asco. Depois de ter beijado Selena na biblioteca, qualquer outro beijo não era o mesmo, me dava repulsa. Mas eu tinha que esquece-lá. Eu precisava esquece-lá. Então aceitei o beijo de Trudy como um recomeço. E ela claro, ela percebeu isso quando respondi ao beijo com as mãos.
Assim que Trudy e eu descemos no quarto, os olhares de meus colegas rodeavam dentre eu e ela. Quando finalmente todos foram embora eu ainda tinha em mãos o trabalho de literatura. Uma ideia fixa de entregar a Selena o mais rápido possível parou em minha cabeça. Talvez por que eu sabia que quando mais coisas e contato com ela, mas minha boca ficaria sedenta por um beijo, e mãos em overdose de um toque. Ou talvez porque eu estava arrumando um motivo para vê-la de novo. Olhar em seus olhos e ver se tudo o que disse veio de seu coração, ou de sua razão.
– Vou ter que entregar isso a ela mais cedo ou mais tarde... – falei coçando a nuca e levantando-me. Ao sentar no banco do carro, era como se pudesse sentir a presença de Selena ao meu lado. Balancei a cabeça rápido tentando apagar seu nome da cabeça, mas isso foi impossível. O caminho pra casa de Selena, nunca foi tão rápido.
– Uhn, ahn... Sra. Morris? – falei ao avistar a tia de Selena juntamente com Miley. – Selena está em casa?
– Tá sim. – Miley falou desconfiada. – O que quer com ela?
Ignorei as perguntas de Miley, e a sra. Morris me levou até o quarto de Selena. E logo depois sairam. Ela comentara algo sobre ir assinar uma advertência de Miley, mas fui indiferente quanto o assunto. Bati na porta oca de Selena, e ao ouvir um fraco "pode entrar" pus um pé na frente do outro.
– Justin? – ela falou limpando lágrimas.
Pov. Selena.
Miley havia ganhado uma advertência por fumar pelos arredores da escola, e ela junto com tia Morris, foram até a escola. Depois de dormir, a primeira coisa que fiz foi chorar. Eu chorei como se todo o peso que carregara em meus ombros estivessem se transformando em água e escorrendo por meus olhos. Fiquei alguns segundos assim, mas logo diminuir a intensidade do choro. Eu estava pronta para voltar pro meu sono - o único em que eu me sentia salva - a porta bateu. Foi uma batida fraca, assim como minha resposta.
– Pode entrar! – falei me sentando na cama e secando o restante das lágrimas. Pra minha surpresa, não era Miley perguntando sobre alguma coisa perdida, nem tia Morris sobre a bicicleta quebrada: Justin.
– Justin? – falei já sentindo a respiração ofegante. – O que está fazendo aqui?
Me levantei e após sentir o vento balançar meus cabelos longos fechei a janela.
– Uhn... – ele hesitou em falar. – o trabalho de literatura. O professor disse que tinha que ficar com você.
Meu coração ficou decpcionado por ele ter ido lá somente pra me entregar a porcaria de um trabalho. Mas essa é a questão: porque ele iria lá SOMENTE pra entregar o bendito trabalho, se no dia seguinte tinha aula?
– Você tava chorando? – Justin falou coçando o braço direito.
– Não, tava babando pelos olhos Justin. – falei irônica me apoiando na estante de meu quarto. ele estava a pelo menos 2 metros de mim, mas eu já estava nervosa.
– Por que você tem sempre que ser tão arrogante?
– O que te importa? Você veio aqui pra entregar o trabalho, não para falar sobre minha auto-estima. – fitei o chão e segurei o máximo que pude minhas lágrimas.
Justin se aproximou de mim e segurou meus pulsos contra a estante o que o deixou próximo o bastante para me fazer sentir sua respiração.
– Você não vai me explicar o que tá acontecendo Selena? – ele falou e meus olhos só conseguiam enxergar seus lábios. – Não acha que eu mereço uma explicação?
– Eu... eu... – as palavras escapavam de minha boca e meu cérebro parecia ter pifado. Os olhos castanhos e exageradamente redondos de Justin fitavam os meus e eu não conseguia fazer nada. Eu estava rendida. Rendida ao amor, rendida aos problemas. De repente, toda a ameaça de Trudy me parecia futilidade.
– Você... não vai dizer nada? – Justin falou e pela fraqueza de sua voz, percebi que ele sentia o mesmo que eu. O desejo. A sede.
Então pela primeira vez na minha vida eu tomei a decisão certa. Sem perder tempo pra pensar ou pegar ar, deixei que meus lábios me levassem de encontro com Justin.
O gosto de algodão-doce.
O cheiro de seu perfume.
Era como se todos meus sentidos estivessem aguçados. Seus lábios doces e macios roçavam nos meus, e sua língua foi a primeira a pedir passagem, e seu hesitar eu liberei. Nós não respiravamos. Não pensavamos. Estavamos em um estado de hipnóse e aquilo me excitava.
Justin como em um passe de mágica de pôs sentada em minha estante, e o beijo só aumentava de ritmo e intensidade. Agarrei minha perna por sua cintura e vagarosamente movi minha mão até seu abdômen e subi sua camiseta devagar. Nesse lento e deliciosio despir de roupas eu e Justin já estavamos ofegantes em minha cama.
– Mas que merda foi que eu fiz?! – falei eu sentando na cama. Ao perceber o que Justin ia falar, pus o dedo indicador em sua boca e ele riu. – Eu sei o que fiz, mas eu to perguntando porque fiz?
Justin também levantou e sentou-se ao meu lado. O lençol branco que nos cobria por inteiro, era a única coisa que nos separava. Justin segurou minha mão e me fitou nos olhos.
– Agora dá pra me contar o que está acontecendo?
Antes que pudesse mover os lábios, meu telefone tocou. Era Demi.
– Já ouviu falar em salva pelo gongo? – eu ri e ele me encarou com um sorriso bobo me puxando para um beijo.
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