One Day We Will Be Remembered escrita por Paloma Machado


Capítulo 5
Louis has an idea.




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Chegou a hora de me arrumar e ir para o Nando's onde havia marcado com os meninos. Levantei da cama, lavei meu rosto, escovei os dentes, coloquei uma maquiagem básica e arrumei o cabelo. Saí do quarto e encontrei meu pai sentado conversando com a Lori.

– Madson, precisamos conversar.

– Agora não, eu tenho que sair.

– NÃO TEM! – gritou ele, eu me assustei. – Precisamos conversar e vamos conversar, me entendeu?

– Se é por causa da enxeção de saco da Lori em cima de mim, eu não tenho mais nada a falar sobre isso.

– Enxeção de saco? Ela só se preocupa com você. 

– Preocupar? Preocupar? Pelo amor de Deus, ela gosta de me ferrar e fez de tudo pra que eu me irritasse e assim brigasse com ela, e então ela saiu correndo pra contar pra você. 

– Você anda bem estressadinha também...

– E como você repara nisso? Nunca está em casa. Se baseia nas fofocas que ela te conta e não quer nem saber do meu lado da história né? Só faltava me bater com esse grito que você deu agora.  Você nunca se preocupa comigo, nunca pergunta se eu estou bem. Ontem eu liguei pra você e eu pensando que iria me xingar ou gritar comigo só por que eu fiquei fora de casa tão tarde. Mas não, você nem ligou. Vocês não se importam comigo, então parem de fingir que se importam! Eu não sou uma criança mais e posso muito bem decidir quem é ou não é meu amigo. – saí e bati a porta. 

Desci as escadas correndo e peguei um táxi. Tudo foi tão rápido. Eu estava chorando.

– Tá tudo bem, moça? – perguntou o taxista.

– Sim, está, obrigada. – falei mas eu não conseguia parar de chorar.

Chegamos, eu paguei o táxi e entrei no Nando's. Logo avistei os meninos que estavam no segundo andar. Subi até lá e eles estavam rindo, estavam felizes. Quando Louis me viu, apontou pra mim e mostrou aos outros que eu estava lá. Ele se levantou e veio até mim.

– Tá tudo bem, Maddie?

– Tá, tá tudo bem sim. Por quê?

– Seus olhos estão vermelhos.

– É um cisco, só um cisco. Então, vamos comer? Eu estou com fome. – falei tentando mudar de assunto.

Pela cara de Louis, pareceu que ele não acreditou em mim, eu sei mentir muito mal. Me juntei aos garotos e eles disseram que não haviam comido ainda por que estavam me esperando, awn. Então depois pedimos e almoçamos, estava bom.

– Vou no banheiro. – falei.

– Ok. – disseram.

Fui em direção ao banheiro, olhei como eu estava, retoquei minha maquiagem e voltei. Louis estava ali parado.

– Louis? – falei.

– Você acha que eu acreditei no que você disse?

– Não né? – ele fez negativo com a cabeça.

– Me conte, o que aconteceu? Pode confiar em mim, eu sou seu amigo agora.

– Eu briguei com a minha madastra hoje mais cedo quando cheguei em casa, ela me irritou e eu acabei xingando ela. Então ela contou pro meu pai, e agora quando eu estava vindo pra cá, ele apareceu e quis conversar sobre o que aconteceu. Eu falei tudo que eu estava segurando, ele nunca para em casa e depois vem falar da minha vida como se ele me conhecesse direito. Aquela bruxa fofoca tudo pra ele, e  depois ele nunca quer saber o meu lado da história. Por que tudo isso teve que ser tão difícil depois que a minha mãe morreu? Por quê... – já estava chorando novamente.

Louis me abraçou e beijou a minha testa.

– Quanto você menos esperar, mais rápido tudo vai melhorar. Eu prometo. – disse ele.

Abracei-o mais forte ainda.

– Agora vai lá secar o rosto, não dá pra ver o quão linda você é com tantas lágrimas no seu rosto.

– Obrigada, Lou. – falei e dei um beijo na bochecha dele.

Entrei no banheiro novamente e sequei o meu rosto. Voltei e ele ainda estava ali me esperando. Que fofo. Voltamos ao encontro dos meninos, eles repararam que eu estava meio mal mesmo, mas acho que não quiseram comentar nada para que eu não ficasse pior.

– Como foi a entrevista de vocês?

– Foi legal, a gente ganhou uns presentes e fizemos umas brincadeiras... – disse Zayn.

– Ah que bom! – falei. 

–  Mais tarde nós temos um show, quer ir? – disse Harry.

– Sério?

– Aham! 

– Ah, não sei se poderei ir. Eu não pude vir nem aqui agora.

– Por quê?

– Meu pai.

– Ahhhh... Foge! – disse Niall, eu ri.

– De novo? Ele me põe pra fora de casa.

– Você vai morar com a gente daí. – disse Louis.

– Vocês tão é loucos. Nem sei com que cara vou chegar em casa.

– Com essa sua cara linda. – disse Liam, eu fiquei toda vermelha.

– Boa, mas não vai dar gente. Desculpa. 

– Olha lá! São eles. –  disse uma menina a poucos metros da gente.

– Vamos lá. – disse a outra que estava do lado da primeira menina.

Cinco meninas vieram pra perto de nós e ficaram sorrindo e nos olhando, nos não, ficaram olhando para os meninos. Eu fiquei olhando para a janela.

– Podem tirar uma foto com a gente? Somos muito suas fãs! – disse ela.

– Pode tirar a foto, moça? – perguntou a outra.

– Ahn??

– Poderia tirar a foto? Por favor. – disse ela me entregando uma câmera – Só apertar aqui.

– Ah, ok.

Elas se agarraram neles, ficavam se "esfregando" e Louis fez uma cara de assustado. Eu ri, mas estava que meio que com ciúmes dos meus irmãozinhos, principalmente do Louis, que eu acho que já não o via só como irmão.

– Obrigada. – agradeceu a menina.

Então elas foram embora e ficaram cochichando olhando pra mim. É, já começariam a falar sobre mim. Nós saímos dali logo depois. 

– Eu acho que agora eu vou pra casa.

– Não, você vai ver filme na casa do Harry e do Lou com a gente.

– Sério, gente. Eu preciso ir, meu pai não vai gostar.

– Ok, então. Eu te levo. – disse Harry.

– Não, é melhor não. Lori fica vigiando a frente da casa e foi desse jeito que ela descobriu vocês. Eu pego um táxi, obrigada.

– Ah, tá bom então. Deixa eu pagar o táxi então. – disse Louis.

– Vocês me amam muito.

– Você é nossa irmã caçula. – falou Liam.

– É isso aí. – disse Zayn.

– Cadê o Niall? 

– Lá vem ele com um milk shake. Esse garoto não para de comer. – disse Liam, eu ri alto.

Avistei um táxi e fiz sinal. Me despedi dos meninos, deixei Louis pagar o táxi, senão ele iria morrer pedindo. Cheguei em casa e fui pro meu quarto. Olhei em volta, não havia nada meu mais no quarto, somente minha cama, armário e escrivaninha, coisa que não dava para empacotar em caixas. No armário não tinha mais minhas roupas, nas gavetas não haviam mais minhas coisas. Tudo estava em uma grande mala de rodinhas

– Que que isso? – falei.

– São as suas coisas. Pode cuidar da sua vida sozinha, não é? Então vai, sai da minha casa. Não precisa dela. – disse meu pai.

– Você tá falando sério?

– Sérissimo. 

– Pai...

– Basta. Pegue suas coisas e saia daqui.

Peguei as malas e quando fui passar por ele, fiquei olhando bem nos olhos dele.

– Se mamãe estivesse aqui hoje, ela não saberia quem você é, como eu não sei mais.

Saí do quarto e deixei a casa. Andei com a mala até onde pude, ela era pesada e eu acabei cansando. Eu nem sabia para onde estava andando. Me sentei no chão ao lado da mala e fiquei ali chorando baixinho. Eu acabei de ser expulsa de casa, como meu pai pode fazer isso? Eu nem sei onde eu vou ficar, não tenho pra onde ir. Meu celular começou a tocar, era Niall. 

– Niall? – falei entre os soluços.

– Madson, você tá chorando?

– Sim...

– Por quê?

– Meu pai me expulsou de casa.

– O quê? Onde você está? Vamos te buscar. 

[...]

Logo depois do telefonema de Niall, os meninos vieram me buscar. Eu expliquei tudo que aconteceu.

– Eu não tenho pra onde ir...

– E seus parentes? 

– Não tenho nenhum que mora aqui, só em Doncaster. 

– Seu pai não pode fazer isso! – disse Niall.

– Pode, não sou mais menor de idade. 

– Você vai ficar aqui, é isso. – disse Harry.

– Tá louco? Eu só vou atrapalhar. Vocês não vão me sustentar nem nada.

– Nós não iremos precisar, você arranja um trabalho. – disse Niall.

– Ahá, como se fosse fácil né. 

– Talvez até pode ser se... Você sabe mexer com maquiagem? – falou Harry.

– Sei, eu fiz um curso a algum tempo, mas... Por quê? – falei e todos eles se entre olharam.

– Acho que tenho uma ideia... – disse Louis.

– Que ideia? – perguntei.

– Você vai ser nossa maquiadora!


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Notas finais do capítulo

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