11 Days escrita por Lay


Capítulo 11
Day 10




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It’s a good day for love, for love to die.

-Só eu acho que a Nareesha vai ganhar a aposta? – Pattie perguntava a Max que estava a seu lado na cama.

-Não, eu também acho. – Max concordou com a namorada. – Droga. Vou perder dinheiro.

Pattie gargalhou.

-Todos perderemos. – Pat entortou a boca.

-Às vezes eu tenho medo da Nah, ela parece aquelas videntes do amor sabe? – Max falou e logo estremeceu.

-HEY. Tadinha da Nah. – Pat deu um tapinha no braço do namorado.

-É SERIO. Ela sempre fala esses negócios de namorados, amor e destino. Igual a Bess que fala que tudo é obra do destino. – Max falou.

-Ok, vamos parar de falar nas macumbas que Bess e Nareesha fazem e fazer algo mais interessante. – Pat falou sedutoramente enquanto passava os dedos pelo peito de Max.

-Gostei. – Max subiu em cima da namorada.

-Gostou?

-Eu gostei. – Max tirou a camisa e Pat riu.

-Então, você tem lábios lindos, use-os para outra coisa. – Pat fez biquinho e logo recebeu um beijo de Max.

Não dizem que umas pessoas completam as outras? Então, ali estavam Max e Pat, se completavam, foram feitos um para o outro... Como diz uma música bem conhecida. “We are made for each other like sunshine and day”

Xx

-Eu to achando que vou perder. – Bess reclamava com Kelsey.

-Também to achando... Merda. Nareesha ta jogando macumba. – Kelsey resmungou com a amiga.

-Nem me fale dude. Não quero perder aquela grana toda. – Bess entortou a boca.

-EU APOSTEI 100 CONTO Bessie. – Kelsey se alterou.

-EU SEI MAN. – Bess coçou a cabeça. – Mas... Vamos mudar de assunto.

-Ok... Me diz, o que aconteceu entre você e Sid? – Kelsey perguntou e Bess fez cara de nojo.

-Bler, aquele nojento? Peguei se agarrando com Dionne. – Bess deu de ombros.

-COMO É? – Kelsey tornou a se alterar. – COM A PIRANHA? MEU DEUS. E VOCÊ, O QUE FEZ?

-Nada né. Só fiz o que achei certo... Disse que não o amava mais. – Bess observou as unhas.

-Mas você o ama. – Kelsey encarou a amiga.

-A gente desama ué. – Bess revirou os olhos.

-Essa palavra existe? Desamar? – Kelsey questionou mexendo nas pontas do cabelo.

-Vai eu saber? Mas é boa pro momento loirinha. – Bess sorriu.

-Concordo. Mas e na aposta do Jay e da Laurie? Algum bafo?

-Ih, nem te conto. Ontem a Laurie recebeu proposta pra ir trabalhar em NY, sabe, assinar contrato com uma gravadora de lá...

-E?

-Deixa eu terminar carai. – Bess disse. – Ai, que ela contou pra gente, o Jay se alterou, eu me alterei e assim sucessivamente.

-Será que ela vai aceitar? – Kelsey parou de mexer nos cabelos.

-Não sei. Acho que não. É pra ir amanhã, e ela teria de dar a resposta hoje. – Bess fez cara pensativa. – Acho que ela não aceitará.

-A não ser que algo acontecesse né Bess? – Kelsey a encarou e Bess deu de ombros.

Do jeito que a aposta Lay está indo, é meio que impossível Laurie ir embora... Certo? Talvez sim, talvez não. Who knows?

Xx

-Ai Laurie recebeu proposta pra ir pra NY. – Siva explicava a história para Nathan que apenas ouvia tudo de bico fechado.

-Será que ela aceita? – Nathan perguntou.

-Não sei. Provável, é uma OTIMA oportunidade e é o futuro dela em jogo. – Tom deu de ombros.

-Ela não pode aceitar. – Jay falou e todos os olhares da sala foram designados a ele.

-E porque não? Podemos saber? – questionou Max.

-Porque se ela aceitar, ela vai ter que ir amanhã e isso vai acabar com nossa aposta. – Jay explicou.

Todos se entreolharam.

 -É mesmo por isso bird? – Tom se virou para Jay com um olhar irônico. – Eu acho que tem mais do que isso.

-Q-Que? – Jay gaguejou.

-Nada dude. Deixa quieto. – Max riu.

Pobre Jay, tendo que agüentar as implicâncias dos amigos.

-Vocês vão na casa das meninas hoje? – perguntou Nathan sem olhar os amigos.

-Não sei. Talvez... Por quê? – todos olharam para Nathan.

-Queria que vocês... Sabe... Er... – o jovem coçava a cabeça... Nervoso.

-FALA CARAI. – Tom gritou.

-QUE VOCÊS TENTASSEM FALAR COM A Bessie. PRONTO, FALEI. – Nathan levantou os braços.

-Você ferrou tudo de novo. Pede pra Laurie. – Max deu de ombros.

-Ela também não quer falar comigo. – Nathan abaixou os olhos.

-BEM. FEITO. – Tom apontou o dedo pra ele. – Quer fazer merda.

-HEY. Eu não fiz nada. A Dionne me beijou, eu não correspondi. – Nathan se defendeu.

-AH TA. E eu me casei com o Bozo. Conta outra Sykes. – Jay revirou os olhos.

-QUER SABER? VOCÊS NÃO QUEREM ACREDITAR, NÃO ACREDITEM. NÃO DEVO SATISFAÇÕES PRA VOCÊS. – Nathan levantou e saiu da cozinha.

Pobre Nathan Sykes, Bess não acredita nele, os amigos também não... Onde tudo foi parar afinal?

Xx

-Ah Laurie, por favor, ajuda o Nathan, só dessa vez. – Jay pedia, praticamente implorava, pela quarta vez.

-Não. Não... E não. – Laurie se virou para o garoto.

-Por favor. – Jay fez cara de bebê.

-Nem adianta fazer esse bico não. Eu NÃO vou ajudá-lo. Ele já fez merda demais com a minha amiga. – Laurie ficou de costas pra ele, voltando a limpar a pia.

-Por favor Laurie. Por favor. Eu imploro. – Jay parou ao lado da menina.

Laurie respirou fundo.

-AI MEU CARAI. – a menina abaixou a cabeça resmungando. – TA. EU AJUDO. Mas eu só vou falar com ela. E ponto.

-OBRIGADO, OBRIGADO. – Jay abraçou a menina.

Laurie saiu da cozinha e foi em direção ao quarto de Bess.

-Bess? – a menina bateu na porta e ouviu um “entra”.

Laurie entrou no quarto da amiga e encontrou Bess deitada na cama de barriga pra cima.

-O que quer? – Bess perguntou sem se virar.

-Falar com você... – Laurie começou. – Sabe... Dialogar.

A mais nova se sentou ao lado da amiga que a encarou com um rosto desconfiado.

-Se for pra falar de Nathan, NEM TENTE. Se não quiser perder minha amizade é bom que nem ouse tocar no nome da peste. – Bess voltou a sua posição inicial.

Laurie respirou fundo.

-Mas ele te ama Bess. – Laurie insistiu. – Eu sei que ele fez merda... Mas ele ainda te ama.

-EU FALEI O QUE? NÃO QUERO SABER Laurence. E SE VEIO PRA FALAR DELE, É MELHOR QUE SAIA. – Bess se alterou.

-Não Bess, eu vim aqui pois sei que os dois sofrem pela perda um do outro. – Laurie entortou a boca.

-Eu não sinto falta dele coisa nenhuma. Foi ate melhor ele ter ido. Foi tarde.

-Mas você o ama.

-Isso foi uma pergunta? – Bess se virou para a amiga.

-Não. Eu afirmei.

-Há. – Bess soltou uma risada sarcástica. – Se é pra falar de amor, então vamos lá querida McGuiness.

-Como?

-Ah Laurence, me poupe, ta na cara que você ta gostando do Jay, nem adianta vir com o papo de “é pela aposta” – Bess imitou a voz da amiga.

-Mas eu não gosto dele. Eu o odeio, e sim, é pela aposta. – Laurie encarou as pontas do cabelo.

-Me poupe Blake. – Bess revirou os olhos e se levantou. – Você decide, fala com ele agora o que sente ou continua com essa aposta e no final fira seus sentimentos. – Bess deu de ombros.

-Mas... O Nath...

-SEM NATHAN. OK? CHEGA.

Laurie respirou fundo e saiu do quarto, havia tentado.

Laurie se encaminhou para o andar de baixo e já da escada era possível ouvir a voz de Jay falando com alguém. Mas com quem se só estava Bess e Laurie na casa?

A mais nova foi andando em passos leves até a porta da cozinha, sabia que era errado espiar... Mas o que poderia acontecer de ruim se espiasse a conversa de Jay com...

-Kelsey? – o menino perguntou ainda confuso.

Por que diabos sua ex ficante estava ligando pra ele afinal?

-Oi, tudo bem sim. E com você? – Jay perguntou.

Laurie arqueou a sobrancelha, havia lido algumas matérias sobre Kelsey e Jay. Mas não sabia se eram verdadeiras... Bem... Será?

-Sério?... Fico feliz... HAHAHA, pode deixar... – Jay conversava animadamente com a “amiga” ao telefone. – Capa de revista?... Ah ta, a Laurence.

Laurie passou a prestar mais atenção na conversa quando seu nome virou motivo de risinhos.

-Não... Tenho nada com ela não... É que foi por uma aposta inútil que eu fiz... Quem ta ganhando? Quem você acha?... Amanhã minha aposta acaba ai podemos nos ver... Claro né... Ok... Beijos... Até. – Jay desligou a ligação.

Laurie estava parada na porta da cozinha, o sorriso que antes tinha no rosto havia sumido e dado lugar a um olhar sombrio, longe... Pobre Laurie.

Como ele pôde fazer isso afinal? Logo com ela. E ela achando que ele tinha mudado.

Laurie respirou mais fundo do que o necessário. Secou uma lágrima solitária que escorria pela bochecha. Então era assim que Bess estava se sentindo afinal. Traída, trocada, jogada pra escanteio. Mas o que Laurie estava pensando afinal? Era por uma aposta. Certo? Bem, talvez tenha deixado de valer a aposta quando a menina começou a se entregar de verdade para Jay. Mas porque agora? Porque com ela?

Laurie subiu as escadas, pegou seu celular, sabia pra quem ligar, havia guardado o número.

Ela discou os números e então rapidamente a voz de um homem atendeu. Ela estava decidida a fazer o que ia fazer. Respirou fundo.

-Eu aceito. – ela disse totalmente decidida.

Xx

-COMO É QUE É? – Pat berrava ao telefone com Bess.

Pat se sentou em sua cama ainda tentando digerir o que lhe havia sido dito ao telefone.

-Bess, calma, respira. – Pat pediu. – Ok, vai lá, toma um banho e respira. Também te amo. Tchau. – Pat finalizou a ligação e se deitou em sua cama com a cabeça enfiada no travesseiro.

Max entrou no quarto e viu a namorada, achou que estivesse dormindo, então deitou em cima dela e começou a beijar-lhe a nuca.

-Para. – a loira falou com a voz chorosa.

Max se jogou ao lado da namorada na cama.

-Pat? – Max chamou e a loira só sacudiu a cabeça em sinal de não. – Pattie, o que houve?

A loira respirou fundo e levantou o rosto mostrando as lágrimas.

-Estava chorando amor? – Max perguntou secando as lágrimas de Pat, que assentiu. – O que houve?

Pat negou com a cabeça. Não queria falar sobre isso.

-Pat... Fala. – Max pediu.

-Não quero. – ela falou baixinho e abraçou Max que acolheu a namorada em seus braços permitindo que a loira chorasse em seu peito.

-Amor, fala. Por favor. – Max pediu de novo.

Pat respirou fundo e se afastou para observar Max.

-A Laurie vai pra Nova York. – ela falou bem baixinho que foi quase impossível ouvir.

-O que? – Max perguntou.

-A Laurie vai pra Nova York. – ela repetiu e Max travou.

Para Max, Laurie era uma irmã mais nova, que ele defendia, protegia, cuidava. Desde que Laurie e Bess tornaram-se amigas da banda, Max se apegou muito a Laurie, quando ele se separou de Michelle, foi Laurie quem o ajudou a superar e agora ela estava indo embora? Como assim?

-Como é? – Max perguntou desacreditado. – Isso é serio?

Pat assentiu.

-Não pode ser sério. – Max levantou coçando a cabeça. – Quem contou isso?

-Bess acabou de ligar dizendo que a Laurie aceitou ir pra Nova York amanhã. – Pattie secou as lagrimas.

-Só ela sabe ate agora? Quando ela tomou essa decisão? – Max se virou para Pat.

-Hoje mesmo. E sim, só a Bess sabe. – Pat se levantou e foi até o namorado. – Temos que contar pros meninos.

-Eu sei. – Max respirou fundo e saiu do quarto com Pat em seu encalço.

Ambos foram para a sala onde todos os garotos se encontravam sorrindo, conversando e o assunto era: Kelsey quer ficar com o Jay de novo.

Esse assunto assustou Max, já que ela havia deixado Jay.

Kelsey liga querendo ficar com Jay, Jay fica feliz e Laurie decide ir pra NY. Mais alguém percebeu algo?

-O que houve? – perguntou Nareesha apontando para o rosto de Pattie.

Os dois respiraram fundo.

-Eu conto? – Max perguntou e Pat assentiu. – Laurie aceitou a oferta e vai pra Nova York pela manhã.

Seis rostos se entreolharam confusos, todos ficaram estáticos, sem reação.

-Como? – Kelsey perguntou saindo do colo de Tom. – Ela vai pra onde? Eu acho que não ouvi direito.

-Ela vai pra Nova York Kel. - Pat disse de cabeça baixa.

-Ela não pode ir. – Nathan se pronunciou. – E a Bess?

-A Bess vai ficar, claro. Mas a Laurie vai, ela já contou pra mãe dela e a mãe dela deixou. Bess esta arrasada, claro, mas disse que é o melhor e tal. – Pat entortou a boca.

Jay apenas ouvia tudo de cabeça baixa, ainda não acreditava que estava ouvindo isso. Então ela havia aceitado. Mas e a aposta?

-Porque ela aceitou de uma hora pra outra? – Seev se perguntou e então todos olharam para Jay.

Todos tinham a mesma coisa em mente, mas decidiram não falar NADA.

Xx

-Laurence SUA GALINHA. – Kelsey entrou na casa e pulou em cima da mais nova que estava no sofá.

-KELSEY BISCATE LOIRA. – Laurie abraçou a amiga.

-VOCÊ ACHOU QUE IA EMBORA SEM UMA DESPEDIDA? – perguntou Pattie.

-Tentei né. – Laurie respondeu sorrindo de lado.

-TENTOU? SUA BISCATE SONGA MONGA. – Kelsey bateu no braço da amiga que apenas riu.

-ABRAÇO GRUPAL NA Laurie. – gritou Max e logo todos se encontravam em cima de Laurie...

Com exceção de Jay que estava na porta da casa vendo tudo. Ele sentia uma coisa estranha... Não queria que Laurie fosse embora, não sabia por quê. Mas não queria que a garota o deixasse. Como assim o deixar? Eles não tinham nada... Certo? Certo.

-Cadê Bess? – perguntou Nareesha que estava jogada em cima da quase ruiva.

-Está no quarto. – Laurie abaixou os olhos.

Todos ficaram quietos por um momento. Um silencio perturbador se espalhou pela sala, só era possível ouvir o som das respirações.

-Vou sentir saudades de vocês. – Laurie quebrou o silencio se virando para os amigos. – Muitas mesmo.

E então o que a garota estava segurando desde o momento em que decidiu ir para NY saiu. Laurie começou a chorar e todos se juntaram no sofá e abraçaram a menina.

-Não vai. – Pat pediu.

-Eu tenho que ir Pat, é meu futuro. – Laurie falou depois de fungar.

-HEY GENTE. CHEGA. SEM ESSE CLIMA. – Kelsey gritou levantando os braços. –VAMOS PARA UM PUB, ENCHER A CARA E FAZER A DESPEDIDA DA Laurie DE UM MODO FELIZ. OK? OK.

Todos começaram a rir, alguns secaram as lagrimas e Laurie foi para o andar de cima chamar Bess.

Entrou no quarto da amiga sem bater e encontrou Bess jogada na cama.

-Hey xuxu. – Laurie se sentou ao lado dela.

-Que foi? Vai levar mais alguém embora? – Bess falou sem se virar.

-HEY. Você deveria me entender Bess, isso é uma oportunidade.

-Eu sei disso, e apoio, pois os Nova-Iorquinos são hots, mas é difícil, pois uma hora você está aqui por perto, pra eu te encher o saco. E na outra hora, puf, você some. – Bess se virou para Laurie. – Eu só não aceito que vá ficar longe de você.

Laurie tentou prender o choro, porem, foi mais forte que ela, e logo ela caiu em prantos.

Bess se levantou e abraçou a amiga. Era difícil ver duas amigas, bromance, irmãs, se separarem depois de anos juntas.

-Promete que não vai me trocar por uma Nova-Iorquina brancazeda? – perguntou Bess, fazendo Laurie soltar um risinho.

-Nem que eu quisesse, já tenho minha brancazeda Beurie, aqui em Londres. – a ruiva se afastou um pouco e secou as lágrimas. – Awn, vou sentir sua falta Bess.

-E eu a sua. – Bess tornou a abraçar a amiga.

-AI, OK, AGORA CHEGA DE LAGRIMAS. VAMOS LÁ, QUE VAMOS NOS DESPEDIR EM UMA FESTA EM UM PUB. – Laurie se levantou puxando Bess pela mão. – Vá se arrumar.

Bess assentiu e foi em direção ao banheiro se arrumar.

Xx

-MAIS UMA DOSE. – pediu Laurie fazendo Pattie rir.

Logo o barman entregou a quarta dose de vodka que a ruiva pedia.

-SUA ÉBRIA. – Pat apontou o dedo na cara de Laurie.

-NÃO SOU ÉBRIA, É MEU ULTIMO DIA EM LONDRES, QUERO QUE SEJA MEMORAVEL. – Laurie levantou os braços.

-Quero me lembrar de você assim... Feliz. – Pat empurrou a amiga com a cintura.

-GENTE. AQUI TA MUITO CHEIO. – Bess chegou por trás das meninas gritando.

-SEM GRITOS. – Pattie reclamou.

-QUIETA Pat. DEIXA EU GRITAR. – Bess deu língua e Laurie gargalhou.

-Cadê os meninos? – Laurie perguntou olhando em volta.

-Com as namoradas... Menos o Max que está no banheiro. – Pat deu de ombros.

-Hm. – Laurie se voltou para o bar. – Eu vou...

Laurie não terminou a frase, simplesmente se afastou indo em direção a uma área um pouco longe da multidão. Teria ido, se uma mão não a tivesse puxado para o lado oposto.

-Hey. – Jay falou.

-Oi. – Laurie respondeu sem encarar os olhos dele.

-Porque decidiu ir pra Nova York? – ele questionou.

-Bem direto você. Porque eu tenho que seguir, tenho que aproveitar todas as oportunidades que eu tenho. – Laurie deu de ombros.

-E porque não me contou?

-Não me lembro de ter seu nome da minha certidão de nascimento como meu pai. – a ruiva debochou e Jay arqueou a sobrancelha.

Estava achando estranho demais aquele comportamento de Laurie.

-O que deu em você? – ele perguntou.

-Nada. Por quê?

-Está estranha... E parece que só comigo.

-Não pira. – Laurie olhou para ele.

-É serio. Hoje você estava sorrindo, chorando... Com eles. E agora comigo, você parece fria e incapaz de ser...

-Emotiva? Fofa? – Laurie completou.

-Não. Incapaz de ser você... Como você foi nos dias da aposta.

-A aposta foi um erro, eu só queria ganhar. – Laurie deu de ombros.

-E eu também. Então dá pra parar de agir estranho comigo e pelo menos aproveitar o ultimo dia que temos juntos?

-Pra que? Não vai ter valor de qualquer jeito... Logo esqueceremos. – Laurie se soltou dos braços de Jay e voltou a andar.

Jay ainda confuso foi atrás da menina e a puxou pelo braço grudando seu corpo ao dela.

-Por favor. – ele pediu e Laurie abaixou os olhos. – Vem.

Jay puxou Laurie pela mão até uma parte que tinham menos pessoas. Praticamente uma área apenas para casais.

Jay encostou Laurie na parede do local e se aproximou da menina. Nenhum dos dois falou nada, não havia o que ser dito. Jay não hesitou em beijar a menina de um jeito que poderia fazê-la desistir de se mudar só para sentir isso todos os dias. Mas não podia. Estava decidida.

O beijo tinha toda a intensidade do mundo, era um beijo merecido de guardar na memória.

Xx

Jay subia as escadas de sua casa ainda beijando a garota. Eles não iriam se afastar nem para isso.

Uma porta foi aberta e dois corpos se encaminharam até a cama. O beijo ficava mais intenso a cada toque.

Não era apenas um beijo pela aposta... Era um beijo de despedida, um beijo que dizia tudo e ao mesmo tempo nada.

-Não vai. – Jay sussurrou contra o lábio da menina.

Laurie sorriu e deu um leve beijo nos lábios do loiro.

Não tinha o que ser respondido, ela sabia o que queria e ele também. Mas não podiam arriscar colocar tudo a perder.

Laurie puxou o garoto para mais perto e voltou a beijá-lo.

Era daquele jeito que Laurie queria lembrar-se de Jay, um beijo doce, um sorriso lindo e apenas seu... Naquele momento.

E era assim que Jay queria se lembrar de Laurie, um beijo doce, sorriso fofo, olhos de criança e em seus braços, sua pequena desprotegida, que iria embora pela manhã.


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