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Os dois ficaram conversando até pouco antes do amanhecer que foi quando andaram de volta para a casa de Yuuko. Quando chegaram ao telhado, Levi pegou e vestiu suas roupas, recolheu suas asas e entrou no quarto de sua mestra junto com sua serva e Edgar que se empoleirou na cabeceira da cama. Instantes após, quando surgiram os primeiros raios de sol, Levi disse: - Edgar, faça as honras, mas com calma, por favor – sorriu.

A coruja pulou para a cabeça de Yuuko e começou a bicá-la de leve.

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Yuuko sempre, sempre acordava calma e tranquilamente. Isso porque seu cérebro não estava ainda com a parte sarcástica e meio mal humorada “on”, por isso, quando sentiu algo picar sua testa uma, duas, três vezes, não se incomodou. Segurou a coruja com as duas mãos, sentou-se, saiu da cama, foi até o armário de roupas, abriu a porta por baixo com o pé, colocou Edgar encima de um cobertor dobrado e falou calmamente: - Dorme – pegou seu uniforme, roupas íntimas, fechou a porta do armário e foi tomar banho.

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Olhou-se no espelho. Ainda estava com as marcas das bicadas de Edgar na testa. Suspirou. Não era tão ruim. Abriu o chuveiro e deixou a água quentinha Cairo sobre sua cabeça, espalhar-se por seus longos cabelos pretos e por seu rosto e descer por seu corpo até chegar ao chão. Ficou assim por uns dois minutos, depois se lavou, lavou seu cabelo, desligou o chuveiro e enxaguou-se. Antes de se vestir, olhou-se no espelho. Seus cabelos estavam no comprimento de sues cotovelos. Sorriu. Havia parado de cortar o cabelo desde que...

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Seus pensamentos foram interrompidos por algumas batidas na porta seguidas pela voz de sua mãe: - Yuuko, filha você está bem? Você nunca acordou essa hora...

A menina, após se recuperar do susto respondeu: - Estou bem mãe. Só quero chegar um pouco mais cedo na escola hoje.

- Devia fazer isso sempre – disse enquanto descia as escadas e ia para a cozinha preparar o café da manhã.

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Quando saiu do banheiro Yuuko estava praticamente pronta, faltando apenas calçar-se. Entrou no quarto e... “um, dois, três... quatro?”

- Olá – disse a menina -, sou Eveline Kate Goodman. Prazer em conhecê-la – faz uma mesura.

- Yuuko, Kitagawa Yuuko. Pelo visto vocês já se conhecem. Está de passagem ou irá conosco?

- Ela irá com a gente – disse Lavi –; afinal, ela é minha serva.

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Ótimo – pensou Yuuko -, além de pavio curto, convencido e folgado ainda era pedófilo. Mas achou útil ter mais um poder de fogo. Observou a nova integrante. A menina de olhos azuis, cabelos loiros presos em maria chiquinhas, cada uma com uns cinco ou seis cachinhos bem definidos, pele alva e rosto angelical; não devia ter mais de dez anos. Estava com um vestido cor-de-rosa com branco, daqueles com saia balão que as mulheres ocidentais usavam em tempos antigos e uma pequena sombrinha de pano combinando.

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Após analisar a menina por um tempo, um pensamento veio à cabeça de Yuuko, que logo o colocou em palavras: - Por acaso você...

- É, eu a transformei, mas foi porque quase a matei...

- Você a matou. A única pessoa viva neste quarto sou eu, mas não se preocupe – disse quando viu que ele ia protestar - eu entendi o que quis dizer. Bom, vou indo – disse enquanto colocava os sapatos. Vocês três – continuou – façam o que quiserem, só não quero encrencas e... muito obrigada aos três.

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- Ela é sempre assim? –perguntou Levi meio irritado.

- Não – respondeu Tatsuki -, ela ficou assim depois que morremos, mas não tire conclusões precipitadas. Na verdade ela é uma pessoa muito boa, mas... quando se é assim e certas pessoas descobrem é impossível evitar o sofrimento. Para completar o idiota do meu irmão nunca percebeu que ela gos...

- Me chamou? – interrompeu Hiroshi que observava Edgar dormir.

- Não. Então – virou-se para Levi e Eveline - o que faremos agora?