Every Part Of Me - 2 Temporada escrita por Ali


Capítulo 4
Vá se divertir com a sua nova melhor amiga.


Notas iniciais do capítulo

A Jo só se ferra né? tô ficando com dó :( hahahahha.
Deixem reviews.
Nanite :)x



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Jo's POV

Sabe quando você está naqueles dias querendo dormir e nunca mais acordar? Ultimamente eu estava triste, não sabia bem ao certo o que estava sentindo. Sentia saudades, mas raiva. Um desejo enorme de não ter vivido nada daquilo. Assim, eu não estaria sofrendo agora. O que mas dói, é ver que Zayn assim como Lily estão felizes ao lado de Perrie. Embora eu queira colocar em minha mente que Lily jamais me trocaria por aquela garota, uma parte de mim diz que já fui trocada. Céus, quando essa tortura vai acabar?

– Jo. - gritou Gabs. Levantei minha cabeça rapidamente assustada. - Vamos, já deu hora de irmos para casa.

Espreguicei e peguei minha bolsa. Eu queria ficar sozinha, mas não iria afastar minhas amigas. Então resolvi ficar quieta a amanhã toda "dormindo".

– Nós estávamos combinando de irmos na casa da Carol, ver um filme. - indagou Jé. - Quer ir?

– Não estou afim, quem sabe outro dia.

As meninas assentiram e ficaram comigo até Felipe chegar para me buscar. Era horrível vê-lás rindo e feliz em quanto a mim não conseguia ficar bem. Porque inventaram a distância? Aliás, quem foi o infeliz que inventou a saudades?

– Joara. - falou Thainá se aproximando. Revirei os olhos e a encarei.

– Que foi?

– Já viu isso? - falou me entregando uma revista que havia a capa dos meninos.

– Não mas-

– Leia. Pode ficar com a revista, não quero.

Assenti e abri a revista, as meninas fizeram um círculo em minha volta e todas esperavam para que eu abrisse a revista. Já podia sentir minhas mãos ficarem geladas e frios em minha barriga. Foliei a revista e não encontrava nada demais.

– Que estranho, aqui não tem nad- me interrompi ao abrir uma página onde havia uma foto de Perrie, Zayn e mais uma garota.. - Não pode ser!

Já podia sentir meus olhos se encherem de lágrimas. Aproximei a revista mais de meu rosto para poder me certificar de quem era a garota misteriosa. Desci meus olhos até a parte de baixo da revista e havia uma foto que a própria Perrie havia tirado.

É a Lily? - perguntou Gabs arregalando os olhos. Dei de ombros e assim ela tomou a revista de minha mão. - Deixe-me ler.

– Leia em voz alta. - falaram em uni som.

"Perrie Edwards integrante da banda Little Mix namorada de Zayn Malik (One Direction) teria uma nova melhor amiga? É o que está parecendo. Ultimamente Perrie anda saindo com uma garota misteriosa, que de nossas fontes seguras dizem ser Lily. Sim, a garota brasileira que chegou a Londres conquistando o coração dos meninos com Jo sua tal melhor amiga que voltou para o Brasil. Veja as ultimas fotos tiradas por Perrie."

– Quer que eu continue? - perguntou Gabs me encarando. Fiz que sim com a cabeça e respirei fundo sentindo meu sangue ferver cada vez que Gabs pronunciava uma palavra.

"Perrie twittou alguns dias atrás que havia passado uma tarde incrível com sua melhor amiga na Disney ao lado dos meninos da 1D.

Se juntarmos os fatos, Lily twittou que havia ido a disney com seus irmãos e sua super amiga.

Nós achamos que as garotas tem tudo haver. São lindas e parece que a amizade delas está com tudo. Fãs torcem para que elas a amizade dure."

Meus olhos estavam molhados e vermelhos, minha voz não saia mesmo que eu quisesse gritar. Eu havia perdido minhas forças e sentia um aperto em meu peito. Vários nós se formaram em minha garganta. Fazendo uma lágrima escorrer. Carol me abraçou e as lágrimas foram inevitáveis.

– Fica calma Jo, a Aline jamais te trocaria. Você sabe disso. - sussurrou em meu ouvido.

Respirei fundo secando as lágrimas que escorriam em meu rosto. Estava decidida a tirar essa história a limpo assim que chegasse em casa. Perrie podia ficar com o garoto que eu amava mas não tiraria minha melhor amiga de mim tão fácil.

– Felipe está ali. - falei apontando para o outro lado da rua. - Nos vemos amanhã.

– Você não vai fazer nada não é? - perguntou Erica preocupada.

– Não se preocupem. - falei correndo e adentrando o carro. Óbvio que eu não contaria a elas o que pretendia fazer, caso contrário elas iriam me impedir.

Não demoramos para chegar em casa, mamãe já havia chegado e fazia o almoço. Abri a porta da sala com violência jogando minha bolsa no sofá e corri ao meu quarto. Não me importava se mamãe iria brigar comigo por fazer isso, mas eu não iria discutir por internet. Não mesmo.

Peguei meu celular, coloquei o código e o número de Lily. Respirei fundo e disquei. Pedi uma ligação a Londres e fiquei esperando ser encaminhada. Chamou, chamou, chamou até que...

– Hello. - falou. Não era Lily, conhecia um bom sotaque britânico e mesmo que ela morasse lá a um ano não teria sotaque tão perfeito assim.

– Quem é?

– What? - falou a garota. - Sorry, but i dont speak portuguese! You are brazilian right?

– Yea! oh sorry honey, who is?

– Perrie and who are you?

Senti meu sangue ferver e lágrimas se formarem em meus olhos, eu queria gritar e xinga-lá de tudo quanto fosse palavrão existente no mundo. Fiquei ainda mais irritada quando ela perguntou quem era... Lily havia excluído meu número?

Respirei fundo várias vezes e continuei...

– I want to talk to Lily. Please, call her!

– Ok, one minute.

Respirei diversas vezes tentando controlar minhas lágrimas para não chorar assim que eu ouvisse a voz de Lily soar sobre o celular. Pensei várias vezes como deveria começar, mas não conseguia me decidir. Pude ouvir uma voz de fundo e havia risadas e barulhos que se não me engano eram de panelas.

– Hey, it's Lily. Who is? - sua voz soou suave e calma, ela parecia animada e ria de algo.

– Lily?

– Yea?

– É a Jo. Porque diabos Perrie atendeu seu celular?

– Jo? - gritou ela. - É a Jo? Minha melhor amiga?

– Sua melhor amiga eu não sei, mas sim é a Jo.

– Quê? Claro que você é minha melhor amiga boba. - riu ela. - Puxa, que saudades.

– Nossa, sério? Você precisa se decidir de quem afinal você é melhor amiga Aline.

– Do que você está falando? Ficou maluca?

– Não. Mas acho que antes de você deveria de ter um pingo de consideração a mim e ter me contado.

– Contado o quê?

– Não se faça de desentendida. Você e Perrie, viraram melhores amigas e em todas as revistas estão comentando que eu fui trocada.

– Não, nada a ver. Somos só amigas, só isso. Você continua sendo minha melhor amiga. Não acred-

– Tão amigas que vivem grudadas, vai ao estúdio, starbucks em todos os lugares.

– Jo, me ouve. - implorou. - Ela é só minha amiga, só isso. Eu ando com ela para todos os lugares porque os meninos estão ocupados gravando novas músicas.

– Então porque você acompanha Perrie ao estúdio se elas também estão gravando novas músicas?

Lily ficou em silêncio e a unica coisa que eu conseguia ouvir eram os barulhos de gritaria. Provavelmente ela estava na casa de algum dos meninos e apareceu na varanda causando uma gritaria...

– Silêncio vale mais que mil palavras. - falei.

– Eu juro, que ela não é minha melhor amiga Jo. Eu juro, acredite em mim.

Fiquei em silêncio pensando o que dizer, mas não havia nada... até que pude ouvir o barulho da porta sendo aberta e Perrie falar com Lily.

– Amiga, vamos. Está na hora de irmos as compras só de meninas.

– Já vou.

– Então, hoje é dia de compras só de meninas? - bufei.

– Olha Jo, você está no Brasil e tem as meninas com você. Eu tenho apenas cinco garotos, as vezes eu preciso de uma amiga ao meu lado. Você não pode me impedir de fazer novas amizades.

– Você não se importa não é? Como pode fazer isso comigo? - falei baixo tentando segurar o choro.

– Eu não fiz nada. - gritou. - Será que é difícil de entender? Eu não fiz nada!

– Você me fez uma promessa, não lembra? - gritei novamente sem me dar importância por mamãe e Felipe estarem em casa. - Você que dizia que promessas nunca deviam ser quebradas, foi lá e quebrou. Não dá para confiar em você mesmo.

– Se você não confia em mim porque insistiu tanto nessa porcaria de amizade durante esses anos? - gritou - Eu não quebrei promessa nenhuma, Perrie só quer me ver bem. Ao contrário de você, que me liga para tirar minha paz! Você estragou o meu dia, feliz?

– Chega tá bem? - gritei o mais possível. - Não vou mais te segurar, vai se divertir com aquela rapariga. Não me ligue nunca mais.

Desliguei o celular sem dar importância se ela disse algo ou não.

"Perrie só quer me ver bem. Ao contrário de você" aquilo ecoava em minha mente fazendo meus olhos não suportarem mais segurar as lágrimas, aqueles nós em minha garganta se desfez quando as lágrimas começaram a cair. Chorava de soluçar, abracei meu travesseiro enfiando meu nariz sobre ele. Fazendo o barulho de choro diminuir.

Uma raiva começou a invadir meu interior, eu queria gritar. Socar algo, precisava de uma maneira de colocar minha raiva para fora. Joguei o travesseiro sobre minha cama e o soquei. Me sentei sobre a ponta da cama chorando de soluçar, olhei para os pôster que haviam em minha parede dos meninos e me aproximei até a grande parede roxa e comecei a rasga-los. Embora Liam, Louis, Harry e Niall não tivessem nada a ver com aquilo, vê-los me lembraria Zayn e isso me torturava. Já não bastava isso, a maioria dos pôsters em minha parede havia sido Lily que havia colocado ali e isso me iria me torturar.

Mamãe abriu a porta bruscamente assustada pelos meus gritos e pelos barulhos de papéis sendo rasgados. Ao me ver rasgar todos os pôsters que cobriam minha parede por completa ela se aproximou me puxando para a cama e me abraçou.

– O que houve filha?

– Eu odeio o dia em que fui para Londres e conheci esses garotos mãe. - falei aos prantos.

– O quê? Porque? - falou segurando meu rosto sobre suas mãos.

– Porque eles estragaram minha vida. - gritei abraçando meu travesseiro.

Mamãe ficou conversando comigo tentando me acalmar, contei tudo o que aconteceu comigo em Londres, tudo. Coloquei tudo o que me sufocava para fora, sentindo um alívio imenso invadir meu peito.

– Mãe, meus olhos estão ardendo. - falei os cossando. - Vou dormir um pouco, conversamos mais tarde.

– Ok querida, descanse. - falou beijando minha testa e saindo do quarto.

Me deitei e fiquei a encarar os pôsters rasgado sobre o chão, por um momento senti um arrependimento mas depois passou quando meu cerébro fez questão de se lembrar de tudo o que passei ao lado daqueles garotos.

– Eu nunca mais vou voltar para Londres. - sussurrei. - Nunca mais quero vê-los.

Minhas pálberas ficaram pesadas e foram se fechando vagarosamente. E assim acabei adormecendo.



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