Meu nome é Kiddo Meisu. Tenho 17 anos, mas as pessoas dizem que eu pareço ter 13 anos. Não sei se isso é um elogio ou se elas querem dizer que eu sou infantil, mas isso não importa pra mim. Tudo começou quando minha mãe, Ashi Meisu, estava indo me acordar de manhã...

–Kiddo, acorda. -Ela.

–Ah mãe, só mais um pouco. -Eu.

–Tudo bem, mas eu fiz seu prato favorito, vou comer tudo sozinha. -Ela disse, saindo do quarto.

–Ah, você não disse que fez bolo de camarão. -Eu disse e dei um pulo da cama.

A minha mãe pegava pesado quando o assunto era me acordar. Ela sempre falava que fez algo especial pra mim, e eu saia correndo da cama para ver o que era. Mas enfim, depois que eu terminei de comer, eu voltei pro meu quarto e arrumei as minhas coisas pra ir para escola.

–Kiddo. -Minha mãe me chamando antes que eu saísse.

–Eu? -Eu perguntei.

–Não arrume confusão na escola. -Ela.

Ela sempre dizia isso quando eu estava indo pra escola. Era o jeito dela de dizer "vai com Deus" ou algo assim.

–Eu nunca arrumo, mãe. -Eu respondi.

No caminho pra escola, eu fico pensando no que aconteceu com a minha mãe. Ela é só dez anos mais velha do que eu, mas ela nunca disse que foi estrupada ou algo assim. Não sei muito do passado dela, sei que os seus pais, ou melhor, os meus avós morreram quando ela era criança. Não sei quem cuidou dela depois que seus pais morreram. Além disso, não sei quem era meu pai. Ela nunca fala nada dele, e quando eu pergunto, ela diz que não quer falar sobre ele. É pensando assim que eu chego na escola. A primera pessoa que eu vejo na escola é a que eu mais odéio: Sekken. Ele fica enchendo o saco de todo mundo na escola. Já levou duas suspenssões, suas notas sempre vão de mal á pior e ele já repetiu a mesma série três vezes. Não sei como ainda está na escola.

–Olha quem chegou, o Olho Vermelho. -Sekken.

Sim, meus olhos eram vermelhos, Não sei como, só sei que eram. Sekken ficava zombando de mim por causa disso. Não sei porquê, mas idiotas são assim: zombam de qualquer besteira que você tenha. Eu simplesmente ignoro o que ele fala.

–Os olhos dele são lindos. -Argent.

Essa era Argent. Sim, o nome dela é estranho, mas eu quero deixar claro que ela era uma menina. Ela não me deixava em paz. Ficava grudada em mim o tempo todo. Tinha uma mania de me defender, vocês podem pensar que isso era bom pra mim, mas não era. As vezes dava vontade de meter o soco no fucinho dela.

–E ai cara. -Eu.

–Opa, e ai Kiddo. -Okotte.

Okotte, meu melhor amigo na escola. Ele era legal, as pessoas gostavam dele.

–E ai cara, que golpes você apreneu hoje com a sua mãe? -Okotte.

Ele sempre me perguntava isso. Ele achava o máximo que eu treinasse artes marciais com a minha mãe.

–Nenhum. -Eu respondi.

–Oh, okey então. -Ele disse.

E é assim que eu começo na escola. Vou pra sala e fico lá, sentado, ouvindo o que os professores tem á dizer. É como qualquer escola normal. Depois disso, eu volto pra casa, e era hora deu treinar com a minha mãe. Mas naquele dia, não foi bem assim... Quando eu cheguei em casa, minha mãe estava com um corte no pescoço. Estava morta, caída no chão. Eu não acreditei no que eu ví... Do lado dela, tinha um bilhete escrito com sangue. "Hamu", era o nome do homem que organizava o torneio First Fist todo ano...