Voltei para a festa que ainda acontecia na minha casa deixando Diego no meu quarto dormindo. Avistei Tiffany e corri para abraça-la. – Tiiiiiffany! Vamos beber algo! – ela deu risada foi até a geladeira e tirou de dentro uma garrafa de vodka, daquela bem barata, mas que queima até o útero. Ela encheu um copo para mim e guardou a garrafa, colocando em seguida para ela um suco de laranja. – Essa é minha garota! – disse rindo da carinha que ela fez. – Você deveria ser assim sempre! – ela falou bebendo seu suco. Peguei o copo de vodka e bebi tudo e uma só vez. Realmente queimou até meu útero. – Eu sou assim sempre! – falei me sentindo ofendida. – Não é não! Você é chata, irritante, e mal humorada! – ai essa doeu! – dei risada e revirei os olhos. – E você coisa linda, beijou alguém essa noite? – olhei para o relógio vendo que eram duas da manhã. E a casa ainda estava lotada, algumas pessoas se agarravam, outras dançavam, tinha um ser vivo caído no chão e isso me fez rir. Olhei novamente para Tiffany ela estava vermelha. – Fiquei com o André! – olhei para ela assustada. – O ANDRÉ? – eu gritei e ela tampou minha boca correndo. – fala baixo garota! É o André aquele seu colega do inglês que você acha ridículo, o que não é novidade! – comecei a dar risada, não acredito que ela tinha ficado com aquela coisa! Ri tanto que cai de cima do banco que estava sentada, batendo com tudo a cabeça no chão. – Ai essa doeu! – Tiffany ficou meia hora rindo da minha cara para depois ir me ajudar. – E você finalmente beijou alguém? Você sumiu! – fiquei vermelha, totalmente vermelha, será que Tiffany ia me matar? Ela me olhou curiosa e depois começou a rir lendo meus pensamentos. – VOCÊ FICOU COM O DIEGO? – ela ria tanto que isso me deixou nervosa. – Fiquei e cala a boca! – Meu Deus o que o álcool não faz com uma pessoa! – revirei os olhos. – vou voltar para o quarto com aquela anta! – O que vocês ficaram no seu quarto? Ai que romântico! – como ela podia falar aquilo? Ela gostava do Diego. Eu acho. – Cala a boca idiota! – dei um tapa na bunda de Tiffany e ela riu mais ainda. – Se você aparecer no meu quarto eu te mato! – Ah, mas eu quero te ver beijando ele! – Tiffany cala a boca peste! – que ironia Danni! Logo você que faltava vomitar quando via o Diego agora tá ai nos beijinhos com ele! – Tiffany! – a olhei de uma forma ameaçadora. – quer saber não vou mais para o quarto! Perdi a vontade de beijar o Diego graças a você! – Tiffany me olhou assustada e fez biquinho. – Ah não pode voltar para lá agora! – ela começou a me empurrar para o quarto me fazendo rir. Meu plano deu certo. – E a festa quem vai cuidar? – você que não é! Olha seu estado! Só ia piorar ainda mais as coisas aqui! – Mas você vai ficar agarrando o André e vai esquecer-se da festa! – ela deu risada e continuou me empurrando. – Eu não vou ficar agarrando ele! Anda o Dih deve de estar te esperando! – Mas o álcool tá acabando o efeito e eu vou voltar a bater nele! – ela parou de me empurrar e olhou para um garoto que estava perto da gente assistindo a cena com um copo de vodka na mão. Ela deu uma risadinha sexy para o garoto e tomou o copo de suas mãos me dando. – agora toma! – bebi a vodka toda de uma só vez, devolvi para o garoto magrelo que nunca tinha visto na minha vida, agradecendo. E me deixei ser empurrada. Quando chegamos ao quarto ela começou a dar risada ao ver Diego na minha cama sem blusa. – Que foi? Ele tava com calor e tirou a blusa! – Uhum! Eu não quero saber o motivo dele estar sem blusa! – tá, mas só não pensa besteira tá? – Já é tarde! Já estou pensando besteira! – dei risada e revirei os olhos a empurrei para fora e tranquei a porta. Com o barulho Diego deu um pulo e faltou pouco para ele não cair de cima da cama. O que seria muito divertido. – Você voltou! – ele disse sorrindo e me puxando para me deitar ao seu lado. – Voltei! – disse e já indo de encontro aos seus lábios. Sua língua pediu passagem com urgência e eu cedi. Passei minhas unhas em sua nuca o fazendo arrepiar todo. Naquele momento não me preocupei com meu sapato, na verdade nem sabia onde ele estava não me preocupei nem em estar somente de vestido. Bem pelo menos meu vestido eu sabia onde estava! Diego passou as mãos por minhas costas, acho que procurando pelo zíper do meu vestido. – Ei onde está o treco para tirar seu vestido? – dei risada e revirei os olhos. – Não tem idiota! – levantei ficando de frente para ele e tirei meu vestido jogando em algum lugar do quarto. Olhei para o Diego que parecia hipnotizado com algo. – Fala sério onde você esconde isso? – ele me puxou pela cintura e posicionou delicadamente suas mãos em cima dos meus seios. – Eu não os escondo. – falei rindo da cara que ele fazia. – São lindos! – mais que meus olhos? – falei fazendo biquinho e levantando seu rosto o forçando olhar para mim. Ele ficou um tempo olhando em meus olhos perdidos em algo. – Não, não tem nada mais bonito do que seus olhos. – mordi meu lábio inferior e o puxei para mais um beijo.

[...]

Acordei morrendo, mais do que o normal! Passei a mão pela cabeça sentindo uma dor horrível. – Caramba o que aconteceu? – tentei abrir os olhos, mas eles estavam pesados demais e acabei desistindo. Resmunguei de dor de cabeça e tentei me movimentar na cama, mas algo me prendia. Pernas ou braços talvez. Tentei novamente abrir os olhos, mas a luz do dia me cegou e desisti novamente. Tateie algo com as mãos e... – AI MEU DEUS ISSO É UM CORPO! – cai de cima da cama assustada. Diego me olhou confuso, mas depois percebeu que eu havia acordado. – O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NO MEU QUARTO SEM BLUSA ABRAÇADO COMIGO PESTE NEGRA? – Diego olhou para mim com os olhos arregalados, mas depois começou a rir feito um idiota que ele era. – Por-que-você-está-rindo? – falei o fuzilando com os olhos. – Você que pediu para eu dormir aqui com você! – ele deu de ombro e voltou a deitar na cama. – Sai de cima da minha cama que eu não pedi nada para você! – eu me lembro muito bem, você estava me beijando e depois que você tirou o vestido e voltamos a nos beijar... Você cochichou no meu ouvido para que eu dormisse aqui com você. – fiquei totalmente vermelha ao olhar para meu corpo e ver que realmente estava sem o meu vestido, ficando somente com minhas roupas intimas. – Seu tarado! – falei me levantando e indo para ao banheiro. O infeliz me acompanhou. – Sai daqui Die... – antes que pudesse continuar a frase ele encostou me na parede e me beijou, no começo tentei afasta-lo mas seu beijo era-me tão familiar e tão doce que acabei cedendo e o correspondendo. – tá vendo como você estava me beijando noite passada. – ele falou assim que o ar nos faltou e precisamos parar. – você abusou de mim por que estava sobre o efeito do álcool! Tarado! – e você gostou! – Não gostei não! – então por que correspondeu meu beijo agora? – Por que, por que... Por que eu não sei! – ele deu risada e me deu mais um selinho. – Sua idiota teimosa, a gente passou a noite e a madrugada toda beijando. – fiz cara de nojo e entrei no banheiro analisando minha situação. Ok noite passada, pelo que parece, perdi meu BV e meu BVL com a peste negra. E para piorar ele ainda dormiu comigo, isso é péssimo! Olhei no reflexo do espelho vendo Diego me encarar. – que foi? – tem duas pessoas mortas na sua sala! – olhei para ele espantada. – PESSOAS MORTAS? MEU DEUS! – sai correndo do banheiro e abri a porta do meu quarto, corri pelo corredor e cheguei à sala, suspirei de alivio ao ver Tiffany e aquele garoto ridículo da minha sala de inglês, André, deitados no sofá, que pelo visto Tiffany havia trazido de volta para sala. Olhei para o Diego morrendo de vontade de soca-lo – Eles não estão mortos! – falei dando um tapa no seu braço. Por sorte faltava somente dois meses para que eu fosse morar em Londres. E por mais sorte ainda a peste negra não iria comigo. – Vai embora Diego! – Mas antes me da mais um beijo! – Tá pedindo para morrer né? – Por favor! Seu beijo é viciante! – corei ao ouvir aquilo. Pelo menos não beijava mal, isso era um bom sinal. Aproximei-me de Diego lentamente, observando cada movimento. Ele me puxou pela cintura aproximando nossos corpos. Ele passou a mão pelo meu rosto e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. Ele sorriu para mim vitorioso. – Diego para de enrolar e me beija logo! – falei brava com ele. Ele deu risada e aproximou nossos lábios. – Então você continua beijando ele mesmo depois do efeito do álcool passar? – ouvi a voz de Tiffany, e quase a matei por ter atrapalhado o beijo. – Cala a boca peste! – Eu não falei nada! – Diego se defendeu e isso me fez rir. – Você é a peste negra, ela é somente peste! – apontei para Tiffany, mas depois a ignorei voltando a beija-lo. Precisei ficar na pontinha dos pés, por sorte Diego sustentava meu peso me puxando pela cintura, me ajudando a alcançar sua boca. Paramos de beijar quando o ar nos faltou e quando Tiffany jogou uma almofada nas minhas pernas. – Idiota! Vai embora Tiffany! – Diego deu risada e me deu mais um selinho. – Preciso ir! – Eu falei para a Tiffany ir embora e não você! – ele me olhou assustado, ops o que foi que eu falei? – Er... Você também precisa ir embora! – ele revirou os olhos e me deu mais um selinho. – mas eu volto! – infelizmente você sempre volta! – dei as costas para ele e fui para meu quarto.